CAPÍTULO CINCO
Helena
Espreguicei-me
languidamente nos lençóis macios. Uma sensação gostosa de saciedade,
relaxamento em meu corpo inteiro. Abri os olhos lentamente. Arregalei-os, as
memórias de todas as coisas que havia deixado Dom fazer comigo, invadindo-me. Dio! Minhas
faces incendiavam só de lembrar. O prazer absurdo que senti quando me penetrou
de todas as formas. Tomou meu corpo como se pertencesse a ale, só a ele.
Dominic era intenso. Muito, muito intenso. Ouvi um movimento nas amplas portas
de vidro da varanda. Meu coração acelerou loucamente com a visão dele entrando
no quarto, vestindo apenas uma calça de malha pendendo abaixo do quadril. Dio mio!
Que abdome! Ele devia estar se exercitando porque uma fina camada de suor cobria sua pele. Eu estava hipnotizada. Ele era soberbo. Era... Sua risada baixa e sexy me fez levantar o olhar para o seu rosto.
Que abdome! Ele devia estar se exercitando porque uma fina camada de suor cobria sua pele. Eu estava hipnotizada. Ele era soberbo. Era... Sua risada baixa e sexy me fez levantar o olhar para o seu rosto.
_
Apreciando a vista, princesa? _ sussurrou, a boca sensual curvada naquele riso
lindo dele, mostrando as covinhas. Os olhos verdes flamejando em mim,
provocadores, irreverentes, mas também claramente apreciando me pegar olhando-o
com desejo. _ você parece bem relaxada. _ chegou bem perto da borda da cama. _
estava mesmo precisando transar.
_
Bom dia pra você também, idiota! _ cuspi revirando os olhos. Por que ele tinha
que abrir a boca? Era tão perfeito calado.
_
Ainda com uma linguinha afiada, pelo visto. _ gargalhou e se afastou em direção
ao banheiro. _ vou arrumar outra função para ela hoje... _ subiu as
sobrancelhas sugestivamente. Bufei. Livrou-se da calça no meio do caminho.
Cristo! Quase gemi ao ver seu traseiro duro, musculoso. Arfei quando vi
arranhões em suas costas. Eu tinha feito aquilo? Dio mio! Dessa vez não segurei um gemido abafado. Ele olhou por cima
do ombro e deu-me uma piscadela desavergonhada. Bufei de novo e caí contra os
travesseiros. Maldito convencido!
Pouco
depois saiu ainda mais sexy. Enxugando-se displicentemente com uma toalha
branca. Seu tórax poderoso coberto de pingos d’água. Ele era a perfeição
masculina. Eu estou definitivamente ferrada, porque não há a menor
possibilidade de meu coração sair intacto no final de três meses. Não quando
apenas no segundo dia ele me tem salivando de forma ridícula quando surge na
minha frente. Livrou-se da toalha e andou esplendorosamente nu até o closet,
quando voltou já estava numa cueca boxer preta. Si, o idiota exibicionista estava tentando me provocar
abertamente. Reuni o lençol em torno de mim e deixei a cama desajeitadamente
sob seu olhar zombador.
_
Jesus! Princesa, deixa de ser ridícula. _ riu baixinho colocando as mãos nos
quadris e isso evidenciou a protuberância em sua cueca. Meu rosto queimou. Seu
riso ampliou. Maledeto! _ já vi tudo
aí. Sei que tem um sinal sexy bem na virilha. Duas covinhas que me excitam pra
caralho bem acima desse traseiro gostoso. _ seus olhos incendiaram quando disse
isso, porque ele tinha ejaculado a última vez bem em cima das tais covinhas. Si, isso vai ser realmente difícil. _ e
você tem a boceta mais linda e rosada que já vi na minha vida.
Prendi
a respiração com suas últimas palavras sujas. Foram baixas naquele tom rouco,
sexy como o inferno que ele usa para escravizar as mulheres.
_
Cale a boca, imbecil! _ disse e virei-me em direção ao banheiro. Meu corpo já
excitado, louco para ser tomado por ele de novo. O bastardo continuou rindo às
minhas costas.
Vinte
minutos depois estávamos tomando nosso café na sacada diante da vista
panorâmica de Las Vegas. Era incrível. Uma cidade tão glamourosa no meio de um
deserto.
_
Ficaremos mais essa noite e voltaremos a Nova Iorque amanhã. O que quer fazer
hoje? _ a voz de Dominic me fez desviar os olhos da vista. _ vou deixar você
escolher. Afinal estamos em lua de mel. _ acrescentou zombeteiro.
_
Eu não tenho ideia. Você já esteve aqui antes? O que me sugere?
Ele
me deu aquele sorriso lascivo.
_
Princesa, já visitei Vegas muitas vezes, mas não vai gostar de nenhum dos
lugares em que estive.
Revirei
meus olhos.
_
Sério? Você pensa mesmo em sexo todo o tempo? _ meu tom foi seco. Ele tomou seu
suco. Encarando-me por cima da borda do copo. Ele tinha uma forma de me olhar
que mexia com tudo dentro de mim e ele sabia disso.
_
Não, só penso a metade do tempo. _ riu e antes que dissesse algo, completou: _
na outra metade eu faço sexo.
_
Você é mesmo um cachorro vadio, tarado, sabia disso? _ tomei meu suco também.
Minha mão levemente trêmula. Ele me afetava de uma forma que estava além da
minha compreensão.
_
Olha só quem fala. A gata selvagem que arranhou minhas costas a noite toda. _
sussurrou ainda prendendo meu olhar, desconcertando-me. Minha vagina palpitou
com seu linguajar esdrúxulo. _ não, acho que cadela gostosa fica melhor em
você.
_
Você não é mesmo um cavalheiro, não é? _ cerrei meu maxilar.
_
Não, princesa. Definitivamente não sou um cavalheiro. Devia demitir sua fada
madrinha. _ Disse zombeteiro. _ olha só o príncipe que ela arrumou pra você...
_
Concordo. Vou demiti-la ao final de três meses. _ algo passou pelos olhos
verdes e ele finalmente desviou o olhar para a cidade abaixo de nós.
_
Por que deixou Ardócia? _ disse depois de um silêncio desconfortável.
A
pergunta direta me pegou desprevenida. Eu não posso dizer a ele porque deixei o
único lugar que conheci como lar. Ele não entenderia. Julgaria-me, aliás já
tinha feito isso dois dias antes em seu escritório. Os olhos verdes cravaram em
mim de novo, intensos, como se enxergassem minha alma. Como se exigissem a
verdade. Não deixando que me escondesse. Eu soube que não podia mentir. Ele não
me deixaria.
_
Tive ilusões tolas que nunca se concretizaram. _ remexi-me desconfortável diante
de seu escrutínio. _ eu amei Leon. _ fui direta também.
Seu
maxilar cerrou visivelmente. Os olhos inflamaram quase como se estivesse
zangado. O que havia com ele?
_
Não ama mais? _ seu tom foi ligeiramente aborrecido, apreensivo.
_
Não. Não mais. _ sorri um tanto sem graça. _ não dessa forma. Ele encontrou uma
mulher que o ama como eu nunca seria capaz de amar e ele a ama com a mesma
intensidade. _ suspirei. _ Júlia e Leon são almas gêmeas. Se pertencem. Eu
precisava seguir minha vida. Por isso, achei melhor partir.
_
Você nunca teve um namorado? Guardou-se esse tempo todo para ele? _ sua voz foi
abertamente dura, ríspida. Oh! Uau! O que há com ele?
_
Si, tive um namorado uma vez no
ensino médio. Mas foi só uma tentativa de provocar ciúmes em Leon. _ sorri do
quanto a situação foi patética. _ não funcionou, é claro.
Ele
não sorriu. Só continuou lá me olhando como se eu fosse um enigma para ele.
_
O que fará depois que pegar a herança?
Oh!
Ele estava bem profundo essa manhã. Nunca havíamos conversado sobre nossas
vidas pessoais. Era sempre ele vindo para cima de mim com tudo. Tentando me
levar para a cama de qualquer jeito.
_
Vou viver a minha vida. _ disse tentando soar tranquila. Na verdade eu ainda
estava perdida. Ainda precisava procurar um rumo. _ encontrar o homem que Júlia
me falou.
Ele
franziu o cenho.
_
Que homem?
_
O homem da minha vida. Aquele que segundo ela vai virar meu mundo de cabeça
para baixo, me tirar do meu eixo, mexer com tudo dentro de mim. _ ele ficou
olhando-me incontáveis segundos, então seu rosto se abriu naquele riso
provocador e irreverente de sempre.
_
Ah, nossa! Princesa. É muito trabalho o que acabou de descrever. _ apoiou-se na
mesa, debruçando-se em direção a mim, me fazendo arfar com a intensidade de seu
olhar.
_
Este homem fará isso. Fará qualquer coisa por mim. _ disse desafiando-o.
_
É claro que fará. _ riu cínico, debochado. _ mas enquanto o sr perfeito não chega, você é minha,
princesa. _ seus olhos me consumiram de novo. _ está presa comigo e devo dizer
que não sou nada certinho. Não sigo convenções. Odeio regras. Tenho as minhas
próprias convicções. _ curvou os lábios sedutoramente, fazendo-me contorcer na
cadeira. _ mas é assim que você gosta, princesa. Você tem fogo aí dentro. Não
acha que já passou tempo demais sonhando com príncipes encantados?
Fiquei
calada por alguns instantes. Ele estava malditamente certo. Eu nunca vivi de
verdade.
_
O que está tentando dizer, Dominic? _ minha voz foi baixa.
_
Que você viva, princesa. Que viva intensamente. _ seus olhos queimaram em mim.
_ comigo. Aproveite comigo por três meses. Seja irresponsável. Liberal. Livre
das convenções. Se jogue pela primeira vez na sua vida.
Dio mio! Meus olhos arregalaram
com suas palavras. Seu tom, seu olhar me chamando num nível profundo que eu não
conseguia entender. O que havia nele que me fascinava desde o primeiro momento?
Ele levantou-se e estendeu a mão para mim. O olhei assustada, tentada,
excitada.
_
Venha, princesa. _ sua voz me acariciou naquele tom que molhava minha calcinha.
Eu me rendi. Coloquei minha mão na sua e me levantei também. Meu coração
batendo freneticamente no peito porque eu havia acabado de fazer um pacto com
um homem perigosamente intenso e sedutor e si,
poderia sair machucada no final. Mas quando suas mãos quentes circularam minha
cintura levando-me para ele. Quando fiquei a poucos centímetros daqueles olhos
incríveis, entendi que não haveria mais volta. Suas mãos viajaram pelas minhas
costas e se infiltraram em meus cabelos da nuca. Arquejei quando puxou
bruscamente minha cabeça, aproximando nossas bocas. Perfurou-me com seu olhar
por um tempo longo demais, só então baixou sua boca na minha, provocando-me
incialmente, chegando muito perto, recuando depois, gemi louca de tesão,
levando minhas mãos para seu pescoço, puxando-o par mim. Ele sorriu e me beijou
finalmente. Me perdi de vez. Comeu minha boca, gemendo, grunhindo, exatamente
como eu. Fizemos sexo nesse beijo.
_
Jesus! Princesa. _ sussurrou, chupando meus lábios. _ quero foder você agora. _
gemi. Ele sorriu baixo. _ mas não vou. Quero mostrar uma coisa primeiro. Vem,
vamos nos vestir e sair. _ deu-me um último beijo e me puxou pela mão.
Não
demorou muito estávamos num lugar a céu aberto, parecia um aeroporto, mas não
era isso. Então paramos diante de um logotipo: Nevada Paraquedismo. Cristo! Ele estava louco se achava que eu iria
fazer o que estou pensando.
_
Dom... Eu não vou... Eu não posso... _ senti um surto de adrenalina entrar na
minha corrente sanguínea. Isso sempre acontece quando me deparo com situações que
me oferecem desconforto ou perigo eminente. Fechei os olhos, tentando
desesperadamente me controlar.
_
Helena? _ ele deve ter percebido minha reação, pois estacou, virando-se para
mim. _ princesa? O que houve? Suas mãos estão geladas. _ disse olhando-me
preocupado. _ ei, o que houve? _ segurou meu rosto, me olhando nos olhos. Pisquei
e puxei uma respiração aguda.
_
Não posso fazer isso, Dom. _ minha voz saiu baixa, trêmula.
_
Ei, não. Não quero que você salte. _ sorriu, mas seu olhar era ainda confuso, preocupado
como se tivesse visto o que realmente significou meus poucos segundos de surto.
_ dessa vez, apenas eu vou saltar. _ me beijou levemente e acrescentou: _ mas
estará pronta para ir comigo em breve, princesa. Você vai ver. _ seus olhos,
seu tom, era como se falasse de algo mais do que um salto de paraquedas.
Avançamos
sob o sol da manhã até um amplo barracão. Após várias instruções, Dom foi
equipado com um macacão, capacete, óculos e arnês.[1]
Depois de ser verificado duas vezes, seguimos para a pista onde um pequeno
avião nos aguardava. Havia vários transeuntes pelo local, mas estavam entrando
em outros aviões. Dom deve ter reservado esse só para ele.
_
Você vai subir comigo, ou prefere esperar aqui? _ seu tom era ainda receoso.
Ele havia realmente percebido alguma coisa. Eu odeio quando as pessoas
descobrem sobre a minha doença e me tratam diferente, com pena. Não suportaria
isso dele.
_
Vou com você. _ disse num impulso e ele me estendeu a mão de novo como se
quisesse me passar coragem. _ você é completamente louco, sabia disso? _ tentei
descontrair. Ele abriu aquele riso sem vergonha, já bem familiar.
_
Sim, esse sou eu, princesa. _ afirmou me ajudando a subir na aeronave. Subimos,
subimos. O piloto informou que estávamos a 3.200 metros acima da Terra. O
instrutor checou mais uma vez todo o equipamento de Dom.
_
Dom... Dio! Você sabe mesmo o que
está fazendo, não é? _ minha voz saiu arfante.
Ele
sorriu e veio até mim, sentada no meu banco.
_
Preocupada comigo? _ seu tom era provocador, mas seus olhos eram quase suaves._
ainda não será dessa vez que se verá livre de mim, princesa. _ sussurrou e me
beijou. Um beijo lento, excitante, lambendo, chupando minha língua. _ faço isso
desde os dezoito anos, Helena. Vou ficar bem. _ murmurou em minha boca. Levantou-se
e a porta se abriu. A pressão atmosférica nos assaltou no interior do avião.
Ele andou até a porta. Meu coração começou a bater descontrolado de novo. Dom
parou, virou-se e abriu aquele riso lindo. _ te vejo lá embaixo, princesa! _
gritou e pulou de braços abertos. Oh! Dio
mio! Prendi a respiração e fui soltando aos poucos. Ele era louco!
Completamente louco! Mas eu estava sorrindo agora. Sorrindo! Parecendo uma
boba. Procurei-o pela janela imediatamente. Ele caia rapidamente. Cristo! Deve
ser uma experiência arrebatadora, caiu mais, mais até que seu paraquedas abriu
e eu soltei a respiração que nem percebi estar prendendo. Fiquei o observando
maravilhada. O piloto posicionou o avião de forma a oferecer a vista completa
do salto de Dom. Ele deve ter pedido isso também. Tão exibicionista! Mas meus
olhos não desgrudaram dele até o momento em que ele aterrissou num local um
pouco afastado da pista. O instrutor vibrou do meu lado, o piloto também.
_
Seu marido é muito bom, senhora. _ disse o instrutor, empolgado. Meu marido.
Meu lindo, indomável e apaixonante marido. Apaixonante? De onde saiu isso? Oh! Dio!
Foi
tudo muito rápido. Assim que o avião aterrissou Dom já estava vindo a uns cem
metros de mim. Alto, imponente, macacão pendurado na cintura, livrando-se do
capacete, dos óculos. Lindo! Absurdamente lindo! Fui em direção a ele. Minhas pernas
tinham vida própria. Mal cheguei, meu corpo foi içado em seus braços. Me rodou,
tomando minha boca com fome. Pessoas transitavam por ali, mas ele não se importava,
obviamente. Continuou me devorando para quem quisesse ver. Santo Cielo! Quando por fim me colocou no chão, meu rosto estava em
chamas.
_
Desculpe, princesa. _ sussurrou, mas seus olhos e seu sorriso safado
contradiziam suas palavras. _ adrenalina demais...
Deixamos
o local não muito tempo depois e me deixei guiar por ele. Acabei descobrindo
que Las Vegas ia muito além dos cassinos. Almoçamos num dos famosos clubes de
golfe e visitamos a famosa represa Hoover e Lago Mead[2].
Voltamos ao hotel, tomamos banho de banheira, Dom me fez montá-lo. Me comeu
desesperadamente, batendo em minha bunda, rosnando sacanagens para mim, forçando-me
a tomar cada polegada dele, me esticando quase além da minha capacidade. Gozamos juntos. Manteve-me ainda por muito tempo
empalada nele, me beijando suavemente, chupando meu pescoço. Mais tarde fomos
para a noite de Vegas. Dom estava magnífico numa camiseta preta de gola v e
mangas compridas arregaçadas até o antebraço, calças escuras também. Seus olhos
estavam mais intensos, misteriosos nessa noite. Usei um dos modelos que Júlia
havia me sugerido. Um pretinho aparentemente comportado na parte de cima, mas
esvoaçante e vários centímetros acima do joelho. Entramos numa danceteria,
clandestinamente. Os seguranças de Dom nos colocaram dentro sem chamar a
atenção. Fomos imediatamente para o piso superior. Na ala vip. Havia muita
gente. Muitas mulheres seminuas. Retesei-me porque esse não era um lugar para
estar com Dominic. Mas ele não pareceu notar as mulheres que praticamente o engoliam
com os olhos enquanto procurávamos um lugar para nós.
_
Dom... Aqui é muito abafado. _ disse no seu ouvido, tentando conter as
palpitações no meu peito. A música muito alta. A quantidade de pessoas ao
redor. Senti como se as paredes estivessem se movendo para me esmagar._ Não tem
uma sacada, onde possamos respirar melhor?
Ele
me olhou, franziu o cenho e me puxou para a sua frente. Andamos assim, abrindo
caminho até sairmos numa pequena sacada. As luzes esplendorosas nos
recepcionaram. Mais acima no céu, uma lua magnífica completou o quadro. Puxei
uma respiração lenta e fui me acalmando. Seu corpo se acomodou melhor atrás do
meu. Senti as pernas musculosas, o peito duro contra minhas costas. Se esfregou
em mim, sutilmente. Prensando-me no parapeito.
_
Tá melhor assim, princesa? _ murmurou na minha orelha. Meu corpo tremeu. Suas
mãos subiram pelos meus braços numa carícia suave, passando pelos ombros e
foram descendo audaciosas. Lá embaixo o trânsito continuava intenso. As pessoas
alegres. Gemi quando suas mãos cobriram meus seios. Amassou-os e gemeu. _ você
quase não usa sutiã. Amo isso. _ lambeu minha orelha e passou a puxar os
mamilos por cima do vestido. Um movimento atrás de nós, o fez baixar mais as
mãos para minha cintura. Sorriu no meu ouvido. Aquele tom rouco, excitado,
safado que já era tão familiar. Logo um garçom nos serviu champanhe.
_
De onde veio isso? _ indaguei confusa.
_
Apenas Ben e Scot fazendo o ser serviço. _ disse dando de ombros, abrindo seu
sorriso sexy. Eles eram os seguranças dele. Pelo visto estavam acostumados com
aquele tipo de tarefa com um chefe como Dominic. Tentei não sentir-me mal
imaginando ele assim com outras mulheres. Eu não tinha esse direito. Tomei um
grande gole da minha bebida. Ele veio para mim. Meu corpo cantou quando enlaçou
minha cintura voltando a nossa posição inicial. Beijou meu pescoço, os lábios
frios da bebida causando-me arrepios. Mordeu-me quase forte demais. Gemi
esfregando minha bunda no seu pênis duro. Sua mão desceu pela minha coxa
esquerda passando a unha do polegar para cima e para baixo. Em instantes estava
esgueirando-se pela saia do vestido. Grunhi quando seu polegar chegou ao meu
clitóris. Passou a fazer círculos preguiçosos, incendiando-me. Líquidos
jorraram em meu canal. Ele sorriu na minha orelha, mas estava um tanto
ofegante. Eu o afetava também. _ Eu vou comer você, agora. _ rosnou e minha
calcinha foi afastada. Mordi os lábios para não gritar quando um dedo invadiu
minha vulva, abrindo-me bruscamente. Afastei mais as pernas, facilitando o
acesso. _ Jesus! Princesa... Corro o risco de me viciar nessa bocetinha virgem.
_ tomou o resto da bebida num só gole. Eu também tomei um grande gole. Ele
apoiou nossas taças no parapeito. Suas duas mãos livres, agora. Seu dedo
continuou me fodendo com força. Gemeu e o retirou, chupando-o lascivamente.
Puxou meu queixo e me beijou forte. Reivindicando-me, consumindo-me. _ sinta o
quanto seu gosto é embriagador. Sonhei, desejei ter você assim por tanto tempo,
princesa. Minha para eu foder sempre que eu quiser.
_ Oh! Dom... Não
podemos fazer isso aqui... _ gemi, enquanto suas mãos se infiltravam entre
minhas pernas, levantando meu vestido. A brisa noturna nos assaltando. Seus
lábios quentes em minha orelha. Seu pênis duro cavando na minha bunda. Gritei
quando puxou bruscamente minha calcinha.
_ Você está comigo
agora, princesa. _ rosnou, mordendo meu pescoço. Minha vagina inundou. _ Você
pode tudo! Tudo!
_ Dio! Não... _ meu protesto saiu em forma
de gemido e ele riu mais o som reverberando em meu corpo. _ alguém pode ver,
Dom.
Ele me puxou mais
para um canto onde a iluminação era mais fraca, mas ainda podíamos ser vistos
se alguém saísse ali, ou pelas pessoas que transitavam três andares abaixo de
nós.
_ Isso não a
excita? _ sussurrou na minha orelha, lambendo, mordiscando o lóbulo. _ não quer
meu pau todo enterrado em sua boceta, minha cadelinha gostosa? Hum? Saber que
alguém pode vir aqui, ou olhar para cima e me ver fodendo você? Isso me excita
pra caralho. _ suas mãos terminaram de puxar minha calcinha até as coxas. Gemi
completamente entregue.
Dominic
Meu coração batia
descompassado. Amo esse tipo de emoção. O proibido me atrai. Adoro quebrar
regras. Bati na bundinha linda de Helena e abri o zíper da minha calça. Não
abri o botão, apenas tirei meu pau furioso, babando por ela. Em tempo recorde
eu já havia vestido a camisinha e a curvava sutilmente sobre o parapeito.
Deslizei meu pau em sua racha molhada. Ela gemeu alto. Tapei sua boca com uma
mão a puxei bruscamente pela cintura com o outro braço. Rasguei seu canal
apertado e quente até o fundo. Seu corpo estremeceu em meus braços. Um grito
escapando de sua boca por entre meus dedos. Rosnei baixinho e me forcei a ficar
parado uns instantes. Caralho! Eu estava prestes a gozar se eu me mexesse.
Porra! Havia estado a tarde quase toda dentro dela, mas essa fome que tomava
conta de mim quando meus olhos pousavam nela estava me consumindo. Tirei
devagar e meti de novo, girando o quadril como se estivéssemos dançando. Comi
sua bocetinha gostosa bem devagar. Minha mão desceu de sua cintura e foi para
seu clitóris. Ela grunhiu, rebolando em mim, pedindo-me para foder mais duro.
_ Quer mais duro,
minha cadela gostosa? Quer meu pau comendo essa bocetinha virgem bem forte? _
ela assentiu. Seu corpo me dizendo que estava bem perto. Bati violentamente
dentro dela, sentindo seu útero. _ ohhh! Princesa! Jesus! Caralho de boceta
gostosa! Toma, cadela safada! Toma meu pau onde qualquer um pode ver! Gostosa!
_ enlouqueci comendo-a freneticamente. Eu não pararia nem se aparecesse alguém
ali. Ela é minha e vou comer quando eu quiser. Ela soltou um gemido abafado
pela minha mão e seu canal me estrangulou. Meu pau expandiu e eu meti sem dó em
seu buraquinho. Meus dois braços vieram ao redor de sua cintura e a trouxe para
mim, fazendo-a tomar todo o meu pau numa estocada brutal. Ela gritou, agora e
eu também. _ ahhhhhhhhhh! _ esporrei dentro de seu calor. Esvaindo-me em
esperma. Mordi sua nuca e continuei fodendo-a como um louco. Jesus! Eu vou me
viciar. Não, eu já estou viciado, caralho! Fui perdendo a força dos movimentos
e parei dentro dela, mais relaxado, satisfeito do que já estive em toda a minha
vida. Cheirei seus cabelos. Eu não queria sair de dentro dela. A boceta de
Helena era meu novo lugar preferido. _ Jesus! Princesa... Você é dinamite pura!
_ sorri em sua nuca. Ela sorriu também. A apertei mais. Ela virou o rosto
afogueado, corado para mim. Nos olhamos por alguns momentos, então a beijei.
Ela era exatamente do jeito que eu imaginei. Linda, muito gostosa e quente pra
caralho por baixo daquela aparência fria e enfadonha. Mas era também perigosa
porque algo nos olhos dela me chama, me encanta, me domina de um forma que
ainda não consigo entender. Preciso lembrar que isso é apenas sexo. Sexo
espetacular, explosivo, mas apenas sexo. Dom Harper não faz romance. Eu fodo e
vou embora. Sempre. Já comi muitas mulheres gostosas, não vou ficar todo
maricas porque Helena tem uma boceta que só podia ser descrita como presente
dos deuses. Acho que o homem das cavernas dentro de mim está gostando de saber
que meu pau foi o único a estar dentro dela. Cristo! Só de pensar nisso, ele palpitou.
Obriguei-me a arrancar minha boca da dela e saí de sua quentura, devagar.
Gememos. Dei um jeito na camisinha e arrumei minhas calças. Ela já havia arrumado
o vestido.
_ Dio! Você é realmente louco! _ exclamou
baixinho enquanto a tomei nos braços de novo, agora frente a frente.
_ Sua vida comigo
nunca terá um minuto de tédio, querida. _ avisei, beijando-a de leve nos
lábios. Porra! O que havia comigo? Não sou de ficar de chamego depois do sexo.
Odeio essas merdas! Não gosto nem de beijar. Mas, estou parecendo um
adolescente viciado na primeira garota com quem fez sexo. Ela é a inexperiente.
Não eu, porra!
_ Percebi. _
murmurou e me enlaçou pelo pescoço. Foda-se todas as merdas de não beijar! Eu a
quero completamente.
_ Isso é só o
começo, princesa. Vou levar você a lugares inimagináveis. _ sussurrei e enfiei
uma mão em sua nuca mantendo-a cativa. _ você é minha e eu sou seu, por três
meses. _ completei e tomei sua boca de novo. Ela se moldou a mim com o mesmo
desespero com que a puxei para mim e nos devoramos. Ficamos assim por um tempo
que não soube cronometrar. Então, ela arrancou sua boca da minha sorrindo,
buscando por ar. Sorri também. Nossas bocas respirando uma na outra. Nossos
olhos travados. _ eu quero dançar com você. O que acha de irmos lá para dentro?
Os olhos de uísque
se alargaram e seu corpo ficou tenso.
_ Eu... Eu nunca
dancei esse tipo de música. _ ela disse visivelmente perturbada.
_ Eu conduzo você.
É muito fácil. Ninguém liga muito se você sabe ou não. A pista está lotada,
princesa. _ seu desconforto aumentou com a menção da última parte.
_ Dom... Eu
realmente não me sinto bem em lugares fechados e cheios de pessoas. _ revelou,
seu corpo ainda mais tenso.
_ Ei, tudo bem. _
concordei preocupado, agora. Mais cedo na empresa de paraquedismo ela teve uma
reação estranha quando achou que a forçaria a saltar. _ não precisamos ir lá
para dançar. _ segurei os lados do seu rosto e a forcei a me olhar. Seus olhos
tinham a mesma expressão apavorada. _ vamos dançar bem aqui.
Ela relaxou nos
meus braços e seus olhos suavizaram um pouco. Mas ainda havia uma sombra lá.
_ Ok, mas não
reclame se eu pisar nos seus pés. _ concordou abrindo um riso ainda meio
nervoso. Eu estava intrigado porque havia me acostumado a vê-la sempre altiva,
segura de si. Essa garota frágil, insegura e tímida que vislumbrei hoje não
combinava com ela. Sorri e a beijei de leve. Timber de Pitbull e Kesha começou a tocar. Seus olhos se iluminaram
lindamente. _ adoro essa música. _ sussurrou. _ quero ir lá. Leve-me, Dom. _
ainda detectei um toque de incerteza no seu tom.
_ Tem certeza?
Podemos dançar aqui se ficar mais confortável, princesa. _ ofereci. Ela se
esticou toda. Assumindo aquele ar de sou inatingível que eu me acostumei a ver.
Mas eu já havia visto em sua fragilidade.
_ Eu vou lá. Tenho
certeza. _ disse parecendo querer convencer mais a si mesma do que a mim.
Apenas sorri
admirando-a, porque era obvio que estava tentando vencer algo que a incomodava.
Eu ainda não sabia o que era, mas descobriria. Por enquanto, a ajudaria dando a
melhor dança que ela já teve. Tomei sua mão e a conduzi para dentro. Cortamos
todo o caminho, descendo a escada para a pista de dança que estava realmente
lotada. Duas loiras voluptuosas dançando obscenamente me encararam. Desviei os
olhos e continuei abrindo caminho puxando Helena comigo. Ben e Scot enlouquecem
quando faço isso. Misturando-me na multidão. Mas sou assim. Cresci assim, no
meio da massa. É assim que me sinto bem. Parei e virei para encarar Helena. A
expressão no rosto dela era de fascínio puro. Sorri e a puxei virando-a de
costas contra meu peito.
_ Bem vinda ao meu
mundo, princesa!_ disse bem no seu ouvido. Minhas mãos foram para a cintura
delicada e a puxaram mais colando-a completamente a mim. _ feche os olhos e
sinta a música. Sinta o clima. Sinta meu corpo. _ completei e comecei a mover o
quadril em direção ao dela simulando o ato sexual, bem lento. Ela arfou quando
minhas mãos desceram mais segurando sua pélvis. As subi de novo até a base de
seus peitos, meus polegares massageando perigosamente perto dos mamilos.
It’s
going down
Está
caindo
I’m
yelling timber
Estou
gritando "madeira"
You
better move, you better dance
É
melhor você se mexer, é melhor você dançar
Let’s
make a night you won’t remember
Vamos
fazer uma noite que você não vai lembrar
I’ll
be the one you won’t forget
Eu
serei aquela que você não vai esquecer
Deixou a cabeça cair
para trás em meu ombro. Seu corpo todo meu. Dando-me acesso total. Moí meu
quadril no dela. Começou a mover-se lentamente a princípio, mas foi ganhando
ritmo e crescendo junto com a batida animada da música. Começou cantar
baixinho.
_ Isso, princesa! Se
solte! Cante! _ gritei sorrindo, moendo em sua bunda deliciosa. Ela sorriu. Um
riso lindo, de puro deleite e virou o rosto para mim. Peguei seu queixo com uma
das mãos e espalmei a outra de dedos abertos em seu ventre, os dedos encostando
e massageando discretamente sua pélvis. Seus olhos incendiaram. Lindos no jogo
de luzes a nossa volta. E nos beijamos. Um beijo sensual, lascivo. A música a
todo vapor. Meu quadril colado no dela, movendo-se obscenamente agora. Meu pau
completamente duro de novo, cavando no meio de sua bunda. Tudo sumiu em volta.
Éramos só nós dois, beijando-nos e quase fazendo sexo no meio da pista. Nunca
me senti tão eletrizado. Tão louco de desejo por uma mulher. A música acabou e
outra se seguiu, outra, mais outra e estávamos suados agora, minhas mãos
passeando por ela sem qualquer pudor. Sua bunda serpenteando deliciosamente no
meu pau. Jesus! Ela era nitroglicerina pura!
_ vamos pegar uma bebida, princesa. Você é mesmo uma coisinha quente,
não é? _ sorri, batendo em sua bunda indicando para ela ir na frente. Enrolei
meus braços ao redor dela. Parei de tentar entender. Eu quero ficar com ela nos
braços. Ponto! Era só isso! Bebemos dançamos de novo e quando por fim estávamos
deixando o local, um verdadeiro circo estava armado do lado de fora. Os
malditos paparazzi estavam a postos na nossa saída não mais clandestina.
Caralho!
_ Duquesa! É verdade
que se casou com o príncipe Dom? _ disse um sujeito asqueroso que vivia me
seguindo e ganhando dinheiro com meus escândalos. Ele já devia estar rico, por
sinal.
_ Isso tem algo a ver
com o testamento de seu avô? _ gritou uma mulher no meio deles.
Flashes nos cegando de
todos os lados. Helena estava pálida, trêmula, estática do meu lado.
_ É verdade que está
falida? Por isso se casou com o libertino de Manhatan? _ gritou o sujeito
asqueroso de novo.
_ Venha! Vamos sair
daqui, rápido! _ chamei, mas ela continuava lá com aquela expressão de cedo e
de antes da nossa dança. Jesus! Seus olhos estavam vítreos, era como se não
tivesse vendo, nem escutando nada. _ Helena? Afastem-se, seus abutres! Não
estão vendo que ela não está bem? _ berrei e eles afastaram um pouco. Ben e
Scot chegaram e foram para cima deles com tudo. Virei-me para Helena de novo e
a levantei nos braços. Seguindo pelo caminho que meus seguranças iam abrindo.
Os flashes ainda continuaram. Mais perguntas. Cristo! Eles nunca me deixavam em
paz. Entramos finalmente na limusine. Acomodei-me com ela no meu colo. _ fale
comigo, princesa. _ meu tom foi suplicante, preocupado. Ela estava me
assustando pra caralho. _ vamos, Helena. _ sussurrei olhando seu rosto. Ela
estava retomando a cor. Piscou e lágrimas se formaram em seus olhos. Escondeu o
rosto na curva do meu pescoço. O que era aquilo? Então, começou a soluçar
baixinho, seu corpo tremendo. Havia algo muito sério ali. Mas não era o momento
de confrontá-la. Suspirei e a aconcheguei mais contra mim, adorando a forma
como se encaixava perfeitamente em meus braços. Beijei seus cabelos suavemente
e antes que eu pudesse detê-las as palavras escaparam dos meus lábios: _ eu vou
cuidar de você, princesa.
[1] Arnês
(cadeirinha, arreio) é uma espécie de cinto de segurança para a escalada, paraquedismo,
espeleologia,
iatismo etc.
[2] A represa Hoover
teve um papel transcendental no desenvolvimento alcançado por Las Vegas, pois
gera a eletricidade consumida pela cidade, que ao cair da noite se torna o
ponto mais iluminado sobre a face da Terra.
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