O cara o pior. Verdadeiramente. Literalmente. Um atleta quente, sim, mas também um valentão. Chama os outros que não são atletas de bichas. Grita com os professores. Bateu em sua ex-namorada. Está preste a ser expulso da escola e do time de futebol. Muitos boatos ruins circulam sobre dele. O mais revoltante é que é vendido por seu próprio pai como um prostituto.
Uma noite o vi num beco perto de um distrito da luz vermelha. Com nada menos que o pênis de um homem na boca! Fiquei colado no lugar até que terminou, até me esqueci de esconder. O que me surpreendeu foi que conseguiu algum dinheiro! O boato de que era um prostituto era verdade, afinal de contas?
Mas, logo depois que o homem foi embora, eu o vi cuspi no chão com desgosto claro em seu rosto. Então, nossos olhos se encontraram! Naquele instante pude ver sua dor, raiva e tristeza, tão claras como um aquário. E justamente naquele momento efêmero, a linha vermelha1 tinha me amarrado.
O que deveria fazer? O que iria fazer comigo? Devo ficar longe? Ser um herói e salvá-lo? Sou normal, alegre e comum o suficiente para ser um herói para um idiota problemático da escola. Bem... Talvez um boquete possa me fazer reconsiderar... Se o seu punho não me pegar primeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário