*Dark Hunter 26*
*Lua Crescente do Mal*
O COMEÇO DOS
WERE-HUNTER
Muito antes
que a história fora registrada, viveu um valente rei. Um que se negou a ceder
ante a vontade que os deuses gregos ordenavam. Como tantos antes e depois,
cometeu o engano de apaixonar-se pela mulher mais bela do reino. Uma mulher
cujo só sorriso era o sangue de sua vida.
Pouco sabia
ele que ela carregava a mais escura das maldições. Pelos atos que seus
antepassados tinham cometido contra o Deus Grego Apolo, há mais de dois mil
anos antes de seu nascimento, sua raça estava condenada a morrer brutalmente em
seu vigésimo sétimo aniversário. Era um segredo que ela manteve até o dia em
que, como todos os outros da raça Apolita, começou a envelhecer e morrer.
Em só vinte e
quatro horas passou de uma bela jovem a uma bruxa, e então não restou nada,
salvo um montão de pó espalhado.
Lycaon ficou
devastado pela perda de seu amor, mas pior era o conhecimento obcecante de que
logo seus filhos se uniriam a sua mãe e morreriam do mesmo horrível modo.
Como ela,
morreriam por algo no qual nenhum deles tinha tomado parte.
Incapaz de
suportar essa injustiça enfrentou aos deuses e lhes disse que se fodessem. Não
ficaria esperando para ver seus filhos morrer. Jamais.
Nessa mesma noite, começou
a utilizar a mais escura das magias para unir os genes da raça de sua esposa
com os dos animais mais fortes. Lobos, chacais,
leões, tigres, panteras, jaguares, guepardos, ursos, falcões, leopardos,
inclusive um raro dragão... esses foram os poucos que escolheu para salvar aos
seus filhos.
Quando
terminou seus experimentos, tinha criado uma espécie completamente nova. Não
mais humanos, nem Apolitas ou animais, eram algo completamente distinto.
Os
experimentos converteram seus dois filhos em quatro seres separados. Duas criaturas
que mantinham o coração de animal e viviam como animais à luz do dia. E dois
que tinham coração humano. Durante o dia, sua forma base seria a humana.
Este foi seu
presente.
E desta
maneira nasceu uma nova maldição.
Da raça
Apolita de sua mãe herdaram as habilidades mágicas e psíquicas. O que seu pai
tinha forçado fez com que vivessem durante o dia em sua forma base, seja humana
ou animal, e de noite poderiam mudar ao seu desejo à outra. O homem se
converteu em besta e a besta em homem.
Sob a luz da
lua cheia, quando seus poderes eram mais fortes, nem tão sequer as leis do
tempo ou da física tinham controle sobre eles. A partir desse dia viveriam
durante séculos, imunes à maldição de Apolo.
Os deuses não
estavam felizes. Exigiram ao rei que matasse a todas as criaturas que tinha
criado. Como se atrevia ele, um simples mortal, a ser o bastante beligerante
para frustrar sua vontade.
Mas o rei se
negou.
Desse modo,
enquanto seus filhos se salvavam da maldição Apolita, os deuses lhes deram uma
nova. Nenhum de sua espécie poderia escolher ao seu companheiro por seu
livre-arbítrio, só as Parcas poderiam atribuir a eles. E nunca haveria paz entre
os animais Katagaria e os humanos Arcadianos que o rei tinha criado.
Eternos
inimigos, ambas as raças se conheceriam como Were-Hunters porque caçariam uns
aos outros. Com o passar do tempo, lutariam e matariam a sua raça... sempre
desconfiando. Sempre zangados. Mais que isso, converter-se-iam na fonte de
alimento escolhida por seus primos, os vampíricos Daimons que necessitavam de
almas para viver depois de seu vigésimo sétimo aniversário.
Nenhuma paz.
Nenhuma ajuda. Seu destino era sofrer e existir apesar dos deuses.
Até o dia em
que os dois últimos superviventes se aniquilassem. Essa foi sua profecia.
E nenhum deveria sofrer mais que os que levavam o
nome dos descendentes diretos do rei. Aqueles que carregavam o sobrenome
Kattalakis...
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