sábado, 29 de novembro de 2014

Presente do amigo Rivadávia Leite


LÁGRIMAS DE AMOR

Lágrimas frementes de uma mulher no passado.
Visão onírica que sua alma ainda em vão ostenta;
Fascínio louco que na lembrança tem guardado,
O amor-criança que seu egro coração alimenta.

Na vastidão do seu líbito vejo-o tão desgraçado,
Por nutrir esperança que julgo dúlcida tormenta,
Festival do supérfluo a conduz ao emaranhado,
Dos sentimentos heus enleados na cata sedenta.

Infernal escopo que torna o encanto profanado,
Do esbelto corpo que a Natureza a contempla,
Conquista outra desfaz seu intento desesperado,
Para na memória seja a renúncia uma ementa.

E com ampla consciência absolver o condenado.
Dos tantos espinhos sejam flores a vestimenta!
Rivadávia Leite






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