domingo, 16 de novembro de 2014

Sr. G. - Prólogo


Patrícia Alencar Rochetty...

Ok, confesso que tenho um “PONTO fraco”!

Mas, por favor, nem por isso me analise ou procure outros pontos fracos em mim, como ciúme, insegurança, carência. Esta última, sim, com certeza, deixou marcas, em minha vida, mas,
este não é o momento certo para abordar a questão. Se você é resistente a uma análise minuciosa, imagine eu? Detesto...

Tenho mantido um excelente relacionamento com um querido amigo, que mora no interior de meu corpo, entretanto, apesar disso, há vezes em que ele grita sua carência.

Só que, vamos combinar? Nem sempre ele coopera!

Além de ser bem turrão e teimoso!

Nos últimos tempos, só por causa de um encontro de uma noite, com um sujeito para lá de atencioso, este meu amiguinho quer tentar convencer meu coração a se abrir para a ideia do amor. Como se apenas ao querer isso, as coisas fossem acontecer, unicamente a partir da vontade dele, como um simples toque de mágica, atropelando-se qualquer lógica ou razão.

Mas, a despeito da duradoura e sólida amizade, sou o lado dominante, sendo que, nesta etapa de minha vida, estou focada apenas em alcançar segurança e estabilidade financeira.

E tenho certeza de que não há nada de errado com isso, principalmente, considerando-se que a vida de meus pais, que são artesãos e vivem das suas criações, a cada dia que passa, motivam-me mais em minha determinação, pois quero ter condições de dar a eles um mínimo retorno ao muito que já me presentearam, durante toda a minha vida!

Assim, meu amigo vai ter que entender que não vai ser atendendo aos inúmeros e diferentes desejos das diversas partes de meu corpo que alcançarei os objetivos que já tracei para mim.

Então, senhoras glândulas e terminações nervosas e senhores vasos sanguíneos aquietem o facho e sosseguem os comandos e fisgadas do ponto para onde vocês todos convergem, pois esse meu amigo vai ter que entender que quem manda aqui sou eu.

Carlos Tavares Junior.

Uma noite!

Uma única e insana noite foi suficiente para marcar em minha memória, o cheiro de uma mulher misteriosa...

Uma desafiadora...

Nunca um sobrenome foi tão importante... E tão fugaz...

Penso, esforço-me e... Nada acontece!

A única coisa que consigo vislumbrar; em minha memória, sempre que tento recuperar esse sobrenome, é o movimento dos lábios dela, sem som, pronunciando essa vital informação.

Bastaria apenas uma leve dica de lembrança e eu faria dela a melhor oportunidade para encontrar essa quimera, pois, de fato, essa mulher maravilhosa, mais parece produto da imaginação, um sonho ou fantasia, como se tivesse simplesmente evaporado com o ar.



Um comentário:

  1. Olá Sue Hecker, seja bem vinda ao Espaço K.
    Parabéns e muito sucesso.
    Gostei do prólogo.
    Bjus

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