CAPÍTULO
CINCO
Jayden
Desviei os olhos da paisagem
idílica de Angra e encarei Cassie que ainda estava emburrada na poltrona em
frente à minha. Ela relutou bravamente em vir comigo para o resort. Deu-me um
mundo de razões, mas eu sabia que só havia uma que a prendia lá no Rio. O maldito
almofadinha que enche a boca para chamar de namorado.
Ela já sabe como trabalho.
Praticamente me mudo para o local das obras. Agora não seria diferente. O projeto para a área interna dos chalés nupciais era dela. Cassie continuava sendo tão perfeccionista quanto eu. Suas sugestões eram arrojadas, requintadas. Cedeu porque também se doava até o trabalho estar pronto. Essa foi uma das muitas coisas que me encantaram nela há dois anos. Reconhecia-me nela. Apesar da sua inexperiência e timidez suas colocações eram sempre oportunas, inteligentes, ousadas, arrojadas. Visualizei uma parceria para toda a vida não apenas no sentido profissional. Eu me dei à ela de uma forma que nunca saberá. A minha sorte é que nunca percebeu como me afetava. Como me tinha nas mãos. Aprendi desde muito cedo a dissimular emoções. De onde vim ou eu fazia isso ou sofria as consequências. Nos orfanatos ainda existiam regras, mas depois nas ruas a lei era brutal. Sobreviviam apenas os mais fortes. Eu não podia me dar ao luxo de ser ou parecer fraco. Eu morreria. Foi assim que lutei e sobrevivi. Eu venci. No entanto, era oco por dentro. Antes dela eu simplesmente não sentia. Essa é a verdade. Ela chegou e tudo mudou. Meu mundo preto e branco ganhou uma variedade de cores. Ela me fez desejar coisas que jamais havia sequer cogitado com outra mulher. Eu a quis, desesperadamente. A quis tanto e ela me destruiu com sua traição. Cassandra Miller destruiu toda e qualquer possibilidade de vir a acreditar de novo no sexo feminino. Me traiu duplamente. Juntou-se ao maldito asqueroso para me roubar e ainda o deixou tocá-la. Lembrar disso ainda me ferve o sangue. Isso foi o que mais doeu, admito. Ela o deixou... Arg! Cristo! Por que estou trazendo isso tudo de volta? Remexi-me no assento de repente sufocando.
Praticamente me mudo para o local das obras. Agora não seria diferente. O projeto para a área interna dos chalés nupciais era dela. Cassie continuava sendo tão perfeccionista quanto eu. Suas sugestões eram arrojadas, requintadas. Cedeu porque também se doava até o trabalho estar pronto. Essa foi uma das muitas coisas que me encantaram nela há dois anos. Reconhecia-me nela. Apesar da sua inexperiência e timidez suas colocações eram sempre oportunas, inteligentes, ousadas, arrojadas. Visualizei uma parceria para toda a vida não apenas no sentido profissional. Eu me dei à ela de uma forma que nunca saberá. A minha sorte é que nunca percebeu como me afetava. Como me tinha nas mãos. Aprendi desde muito cedo a dissimular emoções. De onde vim ou eu fazia isso ou sofria as consequências. Nos orfanatos ainda existiam regras, mas depois nas ruas a lei era brutal. Sobreviviam apenas os mais fortes. Eu não podia me dar ao luxo de ser ou parecer fraco. Eu morreria. Foi assim que lutei e sobrevivi. Eu venci. No entanto, era oco por dentro. Antes dela eu simplesmente não sentia. Essa é a verdade. Ela chegou e tudo mudou. Meu mundo preto e branco ganhou uma variedade de cores. Ela me fez desejar coisas que jamais havia sequer cogitado com outra mulher. Eu a quis, desesperadamente. A quis tanto e ela me destruiu com sua traição. Cassandra Miller destruiu toda e qualquer possibilidade de vir a acreditar de novo no sexo feminino. Me traiu duplamente. Juntou-se ao maldito asqueroso para me roubar e ainda o deixou tocá-la. Lembrar disso ainda me ferve o sangue. Isso foi o que mais doeu, admito. Ela o deixou... Arg! Cristo! Por que estou trazendo isso tudo de volta? Remexi-me no assento de repente sufocando.
Ela finalmente virou-se da janela
para mim, os olhos muito azuis sombreados por cílios negros e ridiculamente
longos tirando toda a minha capacidade de raciocinar com sensatez. Eu estou na
merda de novo! Completamente na merda porque ela me afeta. Porra! Ela ainda me
afeta! Não era para eu sentir nada disso. Não depois de dois anos. Era para
tê-la exorcizado, arrancado de mim, mas tudo que sinto quando estou diante
desses olhos é uma vontade absurda de beijá-la, de puxá-la para mim e... Ah!
Santa Mãe! Ela tem a moral mais duvidosa que uma gata de rua, porra! Meu
cérebro sabia disso, mas meu pau não parecia se importar. Era um bastardo sem critério
pelo visto. O maldito traidor só insiste em me lembrar do quanto sua boceta é
gostosa, apertada e quente.
_ Você o ama? _ indaguei, obrigando-me
a por um ponto final nos meus devaneios patéticos.
_ O que? _ sussurrou e piscou como
que saindo de um transe. Parecia perdida em pensamentos também. Odeio esse
olhar triste, magoado que me lança como se fosse a vítima. Como se eu a tivesse
traído e não o contrário.
_ O almofadinha, seu namorado. _
esclareci praticamente rosnando a última palavra.
_ Eu não vou ter essa conversa com
você, Jayden. _ falou se esticando no assento numa postura defensiva. _ isso
não é da sua conta. _ completou, seus olhos gélidos.
_ É da minha conta sim. _ tornei.
Eu estava ficando irritado. Irritado com toda a maldita situação. Odeio não ter
o controle. Ela estava voltando para minha vida permanentemente e eu não podia
fazer nada porque havia meus filhos. Meus filhos. Eu estava repetindo isso
desde ontem quando descobri que os escondeu de mim. _ você é mãe dos meus
filhos. Preciso saber quais são seus planos com ele. Não vou permitir que outro
homem crie meus filhos, Cassie. É bom que fique bem claro. _ injetei meu olhar no
dela. _ nenhum filho da puta vai tomar posse do que é meu. _ rosnei. Nem eu
sabia por que estava tão zangado.
_ Sim, sou mãe. _ disse levantando
o queixo em desafio. O olhar não se desviando ou abaixando. _ e também sou
mulher. Você terá acesso aos meninos quando quiser, mas não ouse interferir na
minha vida. _ seus olhos foram tomados por aquela expressão de mágoa de novo. _
você perdeu esse direito quando me mandou embora grávida. Você não tem ideia do
que passei sozinha, grávida e com uma mãe doente. _ sua voz quebrou um pouco ao
mencionar a mãe. _ eu sofri para cria-los bem até agora. Reergui-me, Jayden.
Você não conseguiu me destruir completamente. E onde estava nesse período? _
resfolegou os olhos azuis vítreos agora. _ Você desfilava com suas putas. Fui
obrigada a ver semanalmente fotos suas nas revistas de fofocas com uma mulher
diferente a cada vez. _ ela estava berrando agora, seu rosto vermelho
incendiado com uma indignação que parecia verdadeira. _ então não ouse me
questionar sobre o meu namorado e o que eu sinto por ele. Isso é problema meu.
E não use meus filhos para tentar me controlar. Você. Não. Tem. Esse. Direito.
Oh! Uau! Essa Cassie altiva, cheia
da razão era novidade para mim. Ela estava linda toda empertigada. Certo,
admito. Eu não havia pensado nas coisas dessa forma. Ela era apenas uma garota.
Merda! Ela ainda é uma garota, embora tenha amadurecido nesses dois anos, não
só fisicamente, pela explosão acalourada que acabei de presenciar. Sim, não sou
tão bastardo e acabo de perceber o quanto deve ter sido difícil para ela cuidar
de dois filhos sozinha. O que me leva à pergunta que não quer calar: por que
nunca me procurou? Por que não se aproveitou do fato de ter dois filhos meus
para tirar dinheiro de mim? Isso estava queimando no meu cérebro desde ontem.
Isso não batia com a golpista traidora que ela era. Mas está certa numa coisa. Realmente estive com muitas mulheres nesse
período. Foram muitas por um motivo. Eu nunca mais me prenderia. Nenhuma mulher
teria poder sobre mim de novo. Nenhuma. Jamais. Continuamos nos encarando,
medindo forças. Ela não cedeu um milímetro. Não consegui evitar que um pequeno
sorriso se abrisse nos meus lábios. Era óbvio o esforço dela para não se
submeter. Ok. Vou conceder-lhe essa pequena vitória. Nicolau Maquiavel já dizia
que às vezes é necessário perder uma batalha para ganhar a guerra.
_ Meu irmão Dom e a esposa Helena estão
chegando daqui a pouco. Ofereci o resort para a lua-de-mel deles. _ mudei o
tema e suavizei a voz. _ Vou aproveitar e apresentar Lucas e Samuel. Eles também
têm um bebê de apenas um mês. Uma linda princesinha, Anna Júlia. _ meu riso
ampliou ao lembrar da pequena. Já mencionei que amo meus sobrinhos? Eu realmente
amo meus sobrinhos. Passei minha vida inteira sozinho, mas agora tenho uma
família. É curioso que meus irmãos tenham chegado justamente no período mais
conturbado da minha vida adulta. Os conheci logo depois do rompimento com
Cassie. Isso me ajudou a passar por tudo. Leon e tio Max acolheram a mim e Dom
de uma forma tão verdadeira que nenhum de nós conseguiu se manter distante. Dom
caiu logo de amores por Helena e se rendeu mais rápido. Eu ainda tentei
resistir, mas acabei me rendendo também. Eles são a minha família. Eu
finalmente tenho uma família.
_ Sim, estou a par do casamento
deles. O mundo todo conhece Dom e Helena. _ Cassie falou num tom mais ameno
também. Havia um brilho de diversão nos olhos azuis agora. Ela devia estar
lembrando os inúmeros vídeos do you tube. Meu irmão é um bastardo
exibicionista. Acabei abrindo um riso a contragosto. _ Eles não são muito
discretos, não é?
_ Não, eles não são. _ assenti e de
repente o clima mudou entre nós. Nossos olhares se mantiveram presos. Passeamos
os olhos ávidos por cada detalhe do rosto do outro e voltamos a nos fitar nos olhos
de novo. Ela ruborizou, mas não conseguiu desviar. Nem mesmo piscava. Eu também
não. Sua boca rosada se entreabriu e ela correu a língua pelos lábios. Tive que
conter um gemido a muito custo. Ela era uma provocadora do caralho e nem se
dava conta disso. Uma intimidade dolorosa, nostálgica se instalou entre nós. O
ar creptava, denso cheio de desejo, palavras não ditas, mas que estavam claras
ali. Ainda nos queríamos. Um tesão latente, carnal, animal pedindo para ser
saciado. Lembranças de como era absurdamente gostoso estar enterrado nela me
engolfaram e grunhi. Meu pau traidor pressionou o zíper das calças, louco para
prova-la de novo. Um gemido suave escapou dos lábios cheios. Ah! Cristo! Ela
era perigosa. Não posso me deixar envolver assim, pateticamente fácil outra vez.
Definitivamente não. Nosso momento foi quebrado pela voz do comandante
anunciando que íamos aterrissar. Cortamos o contato visual e nos viramos para a
janela. Ainda ouvi um suspiro suave vindo dela.
Cerca de dez minutos depois
descíamos do carro no resort. Havia me encantado pelo lugar quando estive aqui
no ano passado na casa que Leon possuía em outra ilha. Lucas e Samuel foram
instalados em um quarto com as babás que contratei no dia anterior. A cena
grotesca que presenciei da antiga babá ainda me deixava furioso. A vadia deixou
meus filhos sozinhos para foder com o vizinho. Foi uma discussão longa, mas
Cassie cedeu por fim quando viu as qualificações e referências das senhoras.
Eram Pedagogas e técnicas em enfermagem. Perfeitamente capazes de cuidar dos
meninos. Eu disse que meus filhos teriam o melhor de agora em diante e eu
definitivamente não estava brincando.
Dom e Helena chegaram ao final da
tarde. Fui busca-los na pista de pouso. Meu irmão tinha um enorme sorriso no
rosto. Helena também não era diferente. Eles estavam felizes. Permiti-me esquecer
minhas merdas e compartilhar da felicidade deles. Anna Júlia dormia nos braços
de Dom. Acariciei sua cabeleira negra e beijei suavemente sua testa. Basti nas
costas de meu irmão num cumprimento de caras. Helena me abraçou e beijou meu
rosto. A beijei de volta. Minhas cunhadas são mulheres especiais. Mas o
principal é que amam meus irmãos incondicionalmente. Elas têm meu carinho e
respeito por isso.
_ Uau! Irmão, isso é... Isso é o
que chamo de surpresa. O resto é conversa. _ Dom exclamou meio atordoado quando
entrei em seu quarto uma hora mais tarde carregando Lucas e Samuel nos braços.
_ surpresa em dobro! _ acrescentou e então sorriu daquele jeito despreocupado
dele. Tomou Samuel nos braços, parecendo verdadeiramente feliz. Havia falado
com ele e Leon ontem à noite. A primeira reação de Dom foi cair na risada. Ele
era um bastardo idiota, mas depois viu que eu não estava brincando. Leon ficou
lá, em silêncio com aquele olhar solene de rei que adora jogar para cima de
mim. Maricas. Passado o susto inicial os dois me parabenizaram e perguntaram o
que eu faria. Eu gelei, porque apesar deles não pronunciarem, a palavra estava
lá no semblante, nos olhares que lançaram em mim: casamento. Falei que ainda era muito recente e que estava estudando
uma forma de lidar com tudo. E antes que ousassem verbalizar informei que
casamento estava fora de cogitação. Eles não sabiam muito sobre a mulher do meu
passado, mas já haviam percebido que nosso relacionamento terminou mal. Helena
saiu do quarto conjugado cortando meus pensamentos e seus olhos de uísque
brilharam ao ver os meninos.
_ Oh! Dio mio! Eles são lindos, Jay. _ abriu um riso luminoso tomando
Lucas no colo também. Os dois pequenos riam e balbuciavam interagindo com os
tios. Eles eram tão sociáveis. Meu peito se encheu de orgulho. Eles são meus
filhos. Meus filhos. Eu simplesmente não consigo parar de sorrir quando estou
com eles. _ e a mãe deles? Onde está? _ meu corpo se retesou com a menção de
Cassie. Helena franziu um pouco o cenho ao ver minha reação. Leves batidas
soaram na porta. Era ela. Deixei um recado com as babás assim que peguei Lucas
e Samuel. Ela estava no banho segundo as senhoras.
_ Deve ser ela. _ avisei, minha voz
mais tensa do que eu gostaria. Fui até a porta. Dom me olhava com seus olhos
verdes maliciosos como se tivesse vendo dentro de mim. Ele adora bancar o
maldito psicólogo comigo. Bastardo! Mas tudo sumiu da minha mente quando abri a
porta e ela estava lá, parada. Os cabelos caindo em cachos molhados pelos
ombros e cintura. O rosto livre de maquiagem. Fresca e linda. Tão malditamente
linda, porra! Meus olhos desceram esfomeados pelo seu corpo como se não a
tivesse visto há pouco menos de uma hora. Vestia uma calça jeans de cintura
baixa e uma camiseta azul que destacou seus olhos. Fiquei hipnotizado, perdido
nos olhos de feiticeira. Reaja, caralho! Você é um bastardo de trinta anos não
a porra de um fedelho vendo uma mulher bonita pela primeira vez! Recriminei-me
tentando ferozmente tomar o controle de volta. Ela arquejou levemente,
parecendo tão afetada e fodida quanto eu nessa merda toda. Isso não vai
prestar. Quase rosnei alto permitindo-lhe a passagem. Santa Mãe! Ainda bem que
minha camiseta estava por fora das calças porque seu cheiro de morangos invadiu
meus sentidos, viajando todo o meu corpo se alojando no meu pau. Ela entrou
devagar com passos hesitantes. Meus olhos foram direto na bunda durinha,
arrebitada, bem delineada pelo jeans. Dessa vez eu rosnei mesmo. Dom levantou
uma sobrancelha para mim e seu semblante foi tomado pela compreensão quando
pousou os olhos em Cassie.
_ Você tem cachos ruivos. _ disse
cravando os olhos em mim de novo, seu tom tinha uma sutil provocação que apenas
eu entenderia. _ e olhos azuis incríveis. _ acrescentou, abrindo um riso amplo e
eu revirei os olhos. Vou quebrar a cara desse idiota! Ele estava repetindo o
que disse a ele no dia de seu casamento há uma semana. Bastardo provocador!
_ Dom, Helena. _ minha voz era um
pouco instável, rouca. _ essa é Cassandra Miller. Ela é, hum, a mãe dos meus
filhos. _ verbalizar isso foi estranho. Os exames de DNA que ela fez questão que
fossem feitos sairiam só na próxima semana. Mas eu já sabia. Dentro de mim eu
já tinha a certeza. Eles são meus.
_ Oh, Jay ela é tão jovem. _ Helena
veio até ela com um enorme sorriso no rosto. _ prazer, cara mia._ Lucas estendeu os bracinhos em direção à Cassie. Ele era
realmente possessivo com a mãe. Me vi rindo porque ele era igualzinho ao pai. Dom
pigarreou de leve. O olhei e ele ria de novo. Um riso sem vergonha, conhecedor
da situação em que me encontrava. Bufei. _ sou Helena. Você está de parabéns,
Cassandra. Seus filhos são lindos.
_ O prazer é meu, Helena. _ Cassie
retribuiu os beijinhos de mulherzinha e seu rosto estava lindamente corado.
Estava claramente desconfortável na frente da minha família. Quase tive pena
dela. Quase. _ obrigada, apenas Cassie.
_ Ela realmente tem olhos azuis
incríveis, amore mio. _ Helena sorriu
concordando com Dom. O bastardo riu mais ainda adorando me alfinetar.
_ É o que estou dizendo, princesa.
_ disse e gargalhou. Samuel deu um risinho infantil alheio à provocação do
idiota do tio. _ concorda comigo garotão? Hum? Sua mãe deve ser muito assediada
com esses olhos, não é? _ bufei audivelmente. _ Olá, Cassie. Sou Dom, irmão
desse idiota aqui. _ disse indo até as mulheres, estendendo a mão livre para
ela. _ é um prazer conhecê-la. Você é exatamente como Jay me descreveu. _
Cristo! É oficial: vou matar meu irmão na sua lua-de-mel!
_ O p-prazer é meu, Dom. _ ela gaguejou
apertando sua mão, corando mais ainda. Os olhos me procuraram nervosamente. Eu
senti ciúmes. Eu senti ciúmes do meu próprio irmão, porra! Dom era um
galanteador do caralho! Não percebi o que estava fazendo. Só sei que no segundo
seguinte estava ao lado de Cassie. Muito próximo na verdade. Dom olhou de mim
para ela e vice versa e um risinho malicioso, sem vergonha se insinuou de novo.
_ Cassie, gostaria de conhecer
nossa princesinha? _ Helena chamou alheia às provocações de seu marido idiota.
_ Oh, sim, eu adoraria. _ Cassie
abriu um daqueles risos doces que costumava dar para mim antes de toda a merda
nos atingir. As duas mulheres saíram para o quarto conjugado e eu fiquei à
mercê do escrutínio agora escancarado de meu irmão.
_ Hum, então casamento está fora de
cogitação, irmão? _ Samuel estendeu os bracinhos para mim e eu o peguei. Ele
era o mais frágil dos gêmeos. Cassie havia me informado que nasceu por último e
ficou uma semana numa incubadora. Os dois eram fortes e robustos, mas Lucas era
mais ativo. Acho que Samuel tinha o temperamento doce e tímido da mãe. Ah!
Merda! Eu estou parecendo um maldito maricas desde que a reencontrei.
_ Sim, está. _ rosnei. Ele
gargalhou. Bastardo!
_ Então me explique irmão. Por que
está babando e ofegando atrás dela como um cachorro no cio? _ ele era direto.
Nós todos somos. Não tem meias palavras. É tudo preto no branco.
_ Você a viu, não é? _ rosnei de
novo. _ sinto tesão por ela. É só isso. Sexo. Puro. Bruto. _ ele riu de novo.
_ Eu acho que já ouvi essa frase em
algum lugar. _ pausou significativamente. _ ops, fui eu mesmo quem disse isso
sobre Helena e olhe só como estou agora? Feliz, irmão. Feliz como nunca estive
em minha vida. Alguém me disse que não era só sexo. _ pausou de novo. _ ops,
foi você quem me disse isso. _ bufei. _ o que quer ela tenha feito irmão, tem
que passar por cima disso porque ela te deu dois filhos lindos e é neles que
tem que pensar agora. Faça a coisa certa por eles. Pense nisso. _ concluiu subitamente
sério.
_ Eu sei disso. Vou fazer o melhor
pelos meus filhos, acredite, irmão. Mas casar com ela não. Nunca vou me casar
com ela. _ rosnei e nesse momento ouvi um gemido surpreso. Caralho! Elas haviam
voltado. Helena segurando Anna Júlia nos braços. Cassie me fitava com olhos
magoados, o rosto pálido. Piscou, os olhos muito brilhantes. Oh! Merda! Um
silêncio constrangedor tomou conta de nós. Ela desviou os olhos para Lucas em
seus braços e o beijou suavemente na cabecinha. Parecia frágil buscando forças
no filho. Ok. Isso foi mesmo muito ruim.
_ Anna Júlia está meio enjoadinha,
amor. _ Helena quebrou o silêncio vindo até Dom. _ deve ser por causa da viagem
longa. _ Dom a pegou, aconchegando a pequena no peito.
_ Foi um prazer conhece-los. _
Cassie falou num tom meio apertado, os olhos não me fitando mais. _ sua
princesinha é mesmo linda, Helena. _ abriu um riso sem graça. _ vou voltar ao
meu quarto, depois nos falamos.
_ Eu, hum, vou com você. _ falei me
sentindo um bastardo. Todos me olhavam acusadores. Eu sei. Eu sei que mereci,
porra! _ nos vemos no jantar. _ avisei a Dom e Helena sem olhá-los nos olhos. Eles
assentiram e segui atrás de Cassie pelo corredor. A figura delicada dela
segurando nosso filho mexendo comigo absurdamente. Que porra vou fazer da minha
vida?
Antes do jantar liguei para o
quarto dela convidando-a a se juntar a nós. Ela foi mais fria que o ártico e me
disse que ia pedir serviço de quarto e ler um pouco depois. Confesso que
suspirei de alívio porque ficar perto dela estava me matando. Então qual foi a
minha surpresa ao vê-la adentrar no restaurante uma hora depois toda produzida.
Usava um vestido preto tomara que caia, vários centímetros acima dos joelhos,
abraçando as novas formas deliciosas. As pernas estavam impossivelmente longas
e bem torneadas num desses sapatos foda-me que as mulheres tanto gostam. Parei
o copo de uísque a caminho da boca quando entrou sorridente. Meu corpo todo
tremeu, entrando em ebulição. Porra! Ela estava de cair o queixo. Meus olhos
deslizaram por ela enlouquecidos e aí percebi algo que turvou minha visão: ela
estava segurando a mão de um homem. Ah! Porra! Era o tal almofadinha. De onde o
imbecil saiu? Meu sangue foi drenado do corpo. Virei a dose, o líquido desceu
queimando minha garganta e meus olhos arderam. Eles se aproximaram e passaram
diante de nossa mesa. Sabe aquelas imagens em câmera lenta? Foi dessa forma que
meus olhos acompanharam. Acenou ligeiramente para Dom e Helena nossos olhares
se encontraram e se prenderam por um momento fugaz. O babaca também nos cumprimentou.
Ouvi sua voz, mas não olhei seu rosto. Meus olhos não queriam deixa-la. Uma
sensação desconfortável invadiu meu peito quando ele a puxou e se dirigiram a
uma mesa no canto do salão lotado, onde tinha uma fraca iluminação, íntima. A
mesa era própria para casais que querem dar uns amassos. Grunhi. Os acompanhei o
tempo todo sem entender que merda era isso se revolvendo dentro de mim. E a
partir daquele momento, meu jantar virou um martírio. Helena e Dom o tempo todo
se tocando e fazendo carinhos também não ajudou em nada. Ah! Santa Mãe! Vou
desenvolver diabetes se ficar muito tempo perto deles. A cada vez que olhava na
direção dos dois pombinhos dava um bufo, mas não consegui mais acompanhar a
conversa com meu irmão. Meu peito se comprimia horrivelmente.
_ Ei, irmão, tá muito duro aí? _ o
tom provocador de Dom me fez desviar os olhos da mesa de Cassie e do maldito
almofadinha. Eu não consegui mais prestar atenção em nada na última meia hora. _
Jay, você podia ao menos disfarçar, irmão. O cara já percebeu que está comendo
a garota dele com os olhos. _ bufei. Odiei ouvir a última parte. Ela não era a garota dele, porra! Flexionei meus
punhos e olhei na direção do casalzinho feliz de novo. Meu sangue ferveu. Uma
ira descomunal tomou conta de mim porque o maldito a estava beijando. Ele a
estava beijando, porra! Vi vermelho. Me levantei bruscamente, a cadeira caiu
para trás. Helena assustou-se. _ Jay? Irmão, volte aqui! Jay, seu idiota, não
vá fazer uma besteira. _ ignorei os protestos de meu irmão e deixei a raiva me
guiar. Avancei a passos largos na direção de Cassie. Essa palhaçada vai acabar.
Agora!
Ele ainda enfiava a maldita língua
na garganta dela quando cheguei finalmente à mesa e cravei minhas mãos com
força em seus ombros.
_ Tire as malditas mãos de cima
dela, porra! _ rosnei e o puxei levantando-o num golpe rápido. Logo estava o
segurando pelo colarinho, tão apertado que seu rosto ficou vermelho. Sem mais
delongas mandei um soco certeiro no seu maxilar e o deixei ir ao chão num baque
forte. Então, Dom estava me agarrando pela cintura e me puxando. Meus olhos
pousaram nela. Tinha se levantado e corrido em direção ao imbecil que levantava
meio atordoado. Ele ameaçou avançar para mim, mas ela o deteve, segurando-o
pela cintura, falando rapidamente em Português. Entendi perfeitamente a palavra
cretino. Os olhos azuis pousaram em
mim incendiados, lívidos.
_ Você está louco? _ cuspiu.
_ Irmão, todos estão olhando.
Jesus! Você é o proprietário, porra! _ Dom grunhiu me contendo a muito custo. _
se acalme. Que merda está acontecendo com você? _ sim, eu sou o dono. Um
sorriso de escárnio se espalhou em meu rosto.
_ Isso não vai ficar assim, seu
bastardo de merda! _ o almofadinha berrou, massageando o queixo.
_ Você tem que usar um gelo aí,
parceiro. _ sugeri, com deboche. Meus seguranças chegaram. Levaram um susto
quando perceberam que era eu o causador da desordem. _ tirem esse idiota das
minhas vistas! Agora! _ rosnei. Eles agiram imediatamente. O almofadinha
resistiu no começo, mas não havia muito o que ser feito e foi escoltado para
fora. Cassie me atirou punhais com os olhos quando passou por mim atrás do
imbecil. _ você fica! _ bradei. Ela virou-se e levantou o queixo vindo até mim.
Enfiou o indicador no meu peito, enlouquecida de raiva.
_ Você não manda em mim, cretino! _
rosnou, seus lábios tremendo de raiva. _ fique. Longe. De. Mim. _ e virou-se de
novo indo atrás do namorado. Os segui
até o terraço. Dei ordens expressas para levarem o imbecil para um dos chalés
mais afastados. Amanhã logo cedo o despacharia para o Rio. Cassie fitou-me
atônita.
_ Você vem comigo, Cass? _ ele quis
saber. Eu odiava a forma que a chamava. Fechei meus punhos de novo. Se ela
dissesse que iria eu...
_ Não, não vou Vítor. Samuel está
ainda resfriado. Não quero ficar longe dele. _ ela disse e soltei o ar que nem
sabia que estava prendendo. A expressão do almofadinha caiu e ele falou num tom
que odiei mais ainda. Era um tom de deboche.
_ Claro. Como posso competir com
seus preciosos, não é?
_ Não, nem você e nem ninguém pode
competir com meus filhos. _ ela afirmou numa voz apertada, quase magoada. _ nos
falamos amanhã. _ acrescentou e deu as costas ao imbecil. Dei-lhe um olhar que
dizia perdeu, idiota! E segui atrás
dela. Lembrei-me de Dom e Helena que ficaram lá dentro horrorizados. Fui até
eles e me desculpei. Mas a ira ainda estava em todo o meu corpo. A imagem do
maldito a beijando como se fosse o dono dela me queimava o cérebro. Passei pelo
bar. Uma música tocava animada. Animals
do Marron 5. Torci os lábios sarcasticamente. Era assim que me sentia: um
animal, uma fera enjaulada que estava arrebentando as grades.
Cassandra
Entrei no quarto, irritada.
Duplamente irritada. Quem aquele cretino pensa que é para fazer aquela cena?
Por que estava se intrometendo na minha vida dessa forma? Caminhei de um lado
para outro. As últimas palavras de Vítor terminaram de arruinar a noite. Ele
tinha certa implicância com minha dedicação aos meninos já tinha percebido. Mas
nunca tinha verbalizado isso. Talvez eu deva rever meu namoro com ele. É muita
pretensão dele querer concorrer com meus filhos. Eu devo ter o dedo podre mesmo
quando se trata de homens. Malditos!
_ Você vai terminar com aquele
palhaço, ouviu? _ virei assustada. Jayden escancarou a porta e avançou para
mim, os olhos escuros furiosos, selvagens, perigosos.
_ O que está fazendo aqui? _
grunhi, alarmada, me afastando até o meio do quarto, enquanto ele me
espreitava, rondando como um predador esperando o momento de atacar a presa. Mesmo
irritada, meus olhos masoquistas correram por ele. Estava cada vez mais difícil
ficar perto dele. Era impossível ignorar as reações do meu corpo quando cravava
esses olhos negros hipnóticos em mim. Sim, é vergonhoso, mas raiva, mágoa e
luxúria guerreiam dentro de mim na mesma medida. Sou humana. Gostaria de não
sentir nada, mas ele ainda mexe comigo. Usava uma camiseta preta de mangas
compridas, arregaçadas até os antebraços e calça escura. Seu corpo grande,
poderoso, sua beleza morena, primitiva, indomável, pecaminosa me engolfou. A energia
sexual crua vinha em ondas para mim. Os olhos escuros estreitaram deslizando pelo
meu corpo e um riso obsceno se espalhou na boca sensual.
_ Vim pegar de volta o que é meu. _
rosnou, suas narinas dilatando. O olhar me queimando, me violentando, deixando
claro o que ele queria.
_ Q-que seria? _ gaguejei,
abraçando a mim mesma. Ele voltou andar, avançando devagar, os olhos escuros
nunca deixando os meus. Arfei, meu corpo todo estremecendo sob a intensidade do
seu olhar. Seu rosto de traços perfeitos tirando-me toda a capacidade de pensar
ou de me mexer. Meus pés pareciam ter grudado no tapete macio.
_ Nervosa, Cassie? _ seu tom foi mais
baixo, suave, sexy. Meus seios arrepiaram, sua voz profunda viajando por cada
célula do meu corpo. _ eu a deixo nervosa? _ sussurrou, seu peito musculoso
parando bem na minha frente, quase tocando em mim. Oh! Merda! Seu cheiro
delicioso me invadiu. Inalei ruidosamente tentando recobrar os sentidos. Sua
boca se curvou num riso lascivo, seus olhos brilhando perversos. Ele sabia o
que estava acontecendo comigo. _ você. Eu vim pegar você. _ completou. Engoli
em seco com a expressão em seus olhos e a forma como pronunciou as últimas
palavras. Eu vim pegar você.
_ Você só pode estar louco se acha
que sou sua! Saia, seu imbecil! Você não tem o direito de entrar aqui no meu
quarto! _ berrei descontrolada, conseguindo finalmente me afastar. Ele me
alcançou em um segundo e colou meu corpo no dele bruscamente. Seu pênis duro
cavou em meu ventre. Esmurrei seus ombros. Uma mão amassou minha bunda e a
outra me puxou pelos cabelos da nuca, arqueou meu corpo, me imobilizando e
abaixou a cabeça, nossas bocas ficando a centímetros. Meu coração galopava no
peito. O dele batia forte também. Seu cheiro entrou em minhas narinas de novo como
uma droga. A sensação do corpo musculoso contra o meu me fazendo gemer vergonhosamente.
Ele gemeu também, moendo o pênis na minha pélvis. Grunhimos juntos. Nossos
olhos travados, nossas bocas quase se tocando, respirando uma na outra. Seu
hálito quente cheirava a uísque caro.
_ O resort é meu. Esse quarto é
meu. _ mordeu meu lábio inferior. _ você é minha. Negue o quanto quiser, mas
essa porra de tesão entre nós não foi embora. Meu pau enlouqueceu desde que pus
os olhos em você de novo. _ deslizou os dedos pela fenda do meu traseiro e
cavou seu pênis mais embaixo direto na minha vulva. Um gemido desejoso, cheio
de saudade, escapou do fundo da minha garganta, minha vagina latejou. Eu estava
completamente dominada. Isso me enlouquece. Não sei se sou uma aberração, mas
sempre gostei de ser dominada por ele. Da forma dura com que tomava meu corpo. _
porra de gemido do caralho! Vai me pagar por cada vez que me masturbei
imaginando você gemendo assim no meu pau. Imaginando meu pau rasgando seu rabo
apertado. _ minha calcinha alagou. Rosnou, puxando mais meus cabelos e mordeu
meu queixo, descendo para o pescoço. Seus lábios desceram deixando um rastro de
fogo até meu ombro. Deu um beijo erótico e de boca aberta e gritei quando
cravou os dentes bem no ponto entre o pescoço e o ombro.
_ Ahhhh! Deus! Oh! _ Convulsionei
descontroladamente em seus braços e meu corpo não era mais meu. Era dele de
novo. Sua risada baixa, obscena, arrepiou minha pele enquanto sua boca subia de
novo, devagar. Nossos olhos se encontraram outra vez e por um instante vi algo
lá. Havia um brilho diferente da raiva dos últimos dias. Eles estavam mais
suaves. Ficou me olhando como que hipnotizado, como se tivesse tão afetado
quanto eu. A mão que estava na minha nuca relaxou o aperto e sua cabeça foi
descendo sem nunca deixar meus olhos.
_ Linda! Tão linda... _ gemeu
deslizando a língua suavemente pelos meus lábios. Seu quadril movendo-se em mim
numa dança indecente. Abri mais as pernas. Gememos com o aumento da fricção de
nossos sexos. _ não tenho pensado em outra coisa desde que provei seu gosto de
novo. Estou desesperado para me afundar até o cabo em você. E também quer isso.
Está tudo aí nesses olhos de feiticeira. Você. Me. Quer. _ sussurrou, seu
hálito quente, delicioso me fazendo quase implorar para que me beijasse. Ele
deve ter percebido meu desespero porque finalmente sua boca desceu sobre a
minha. Um gemido necessitado, esfomeado deixou meus lábios assim que senti os
seus. Oh! Merda! Isso é poderoso demais para ser ignorado. Era isso que eu
temia. Que viesse para cima de mim, porque sou ridiculamente fraca perto dele e
ele sabe disso. É involuntário. Ele drena minhas forças, completamente. Eu
nunca consegui resistir. À volta dele sou como uma mariposa atraída pela luz. Meu
corpo tremeu, se colando mais ao dele. Seu peito duro contra meus seios. Chupou
e mordeu meus lábios e língua. Rosnamos os dois e viramos uma confusão ansiosa.
Minha língua passou a dançar com a dele. Nossas bocas se comendo sem nenhuma
reserva agora. Minhas mãos passearam pelos ombros e costas musculosos indo se
enfiar em seus cabelos macios. Uivou com meu toque, o corpo grande
estremecendo. Sempre me senti sensual e poderosa pela fome carnal que sentia
por mim. Pela sua reação ainda sente. Bom saber que não estou sozinha nesse
desejo primitivo, violento.
_ Vai me pagar pelas noites que
sonhei que estava fodendo sua boceta gostosa e acordei frustrado percebendo que
era só a merda de um sonho. _ rosnou, seu tom doloroso. _ Você não estava lá.
Mas você voltou. Está aqui agora, permanentemente na minha vida. _ moeu em mim
de novo, girando o quadril. Soltou um grunhido angustiado. Gemi também. _ vou
comer você. Vou meter bem duro e forte nesse corpo gostoso até matar minha
vontade. Não tô nem aí se tem a porra de um namorado. Vou te foder. Vai tomar o
meu pau sempre que eu quiser. _ seu tom foi duro, rouco, sua mão deixou minha
bunda e se infiltrou pela barra do vestido, numa carícia suave pelo interior
das coxas até alcançar a calcinha. Grunhiu quando tocou o tecido todo empapado.
Sua mão entranhou em minhas coxas obrigando-me a abri-las mais. Apalpou
rudemente minha vagina, friccionando meu clitóris. Miei quando afastou o tecido
para o lado e um dedo deslizou nos lábios melados. Uivou na minha boca e meteu
dois dedos sem aviso, rasgando minha vulva bruscamente.
_ Ahhhhh! Jay... Oh! Deus... _
choraminguei, meu corpo virando uma massa trêmula em suas mãos. Arrancou a boca
da minha e ficamos lá nos olhando, respirando com dificuldade. Seus olhos loucos,
incendiados, um reflexo dos meus.
_ Gostosa! Porra de boceta apertada
do caralho! _ ganiu e tirou os dedos, seu polegar passou a massagear
delicadamente meu clitóris. Ronronei, relaxando. Meteu em mim de novo agora
mais fundo. Gritei alto. Não me deu mais trégua, me comendo com seus dedos
grossos, violentando minha vulva. Os olhos escuros presos nos meus atentos a
toda e qualquer reação minha. Fechei meus olhos, deixando-o me foder cada vez
mais rápido e forte. O som de seus dedos deslizando em meus líquidos enchendo
nossos ouvidos. _ abra os olhos, Cassie. Quero ver o quanto está desesperada
para ser fodida por mim. _ sua voz rouca e profunda reverberou em meu corpo. Os
abri. Ele sorriu e sua boca tomou a minha de novo num beijo de olhos abertos.
Um beijo lascivo, molhado. Puxei seus cabelos com força. Ele deu-me um puxão
forte também. E viramos animais. Fodeu minha boca e vagina sem dó. Girou os
dedos devagar lá dentro e um orgasmo começou a se formar. Aquela sensação
vertiginosa, viciante que há muito não sentia tomando meu ventre. Gemi, meu
corpo começando a amolecer e ele retirou os dedos bem na hora me deixando na
borda. Choraminguei, desavergonhada,
esfregando minha vagina em sua mão. Sorriu em minha boca então fui levantada em
seus braços. _ você vai gozar muito hoje, querida. Mas vou foder você em meu
quarto, na minha cama. _ avisou e nos guiou para a porta. Deixei-me levar pelo
corredor. Não sei como acertou sua suíte, pois sua boca não largou a minha em
nenhum momento. Assim que conseguiu abrir sua porta me pôs no chão e me bateu
contra ela rudemente, seu corpo grande prendendo o meu. Suas mãos apertaram
minha cintura bem forte e desceram pela bunda, cavando nelas, me levantando.
Esfregou sem pênis enorme e duro direto em minha vulva. Sua boca comeu a minha
de novo. Grunhimos, rosnamos. Nos mordemos, enlouquecidos de tesão. Me pôs no
chão e suas mãos foram bruscas para o meu vestido, arrancando-o, rasgando de
mim. Gritei de surpresa, excitada. O tecido caiu em frangalhos pelas minhas
pernas. A calcinha teve o mesmo destino. Ele afastou-se um pouco, os olhos
escuros me devorando, ardendo em cada centímetro da minha pele. Arquejei,
expectante. Abriu o riso sacana e avançou para mim outra vez. As mãos enchendo
nos meus seios, juntando-os, amassando-os. Puxou os mamilos túrgidos e sua boca
quente desceu sobre eles. Rugiu, lambendo, chupando duro. Mordeu um pouco mais forte
e gritei ensandecida, enfiando as mãos em seus cabelos, mantendo-o no lugar.
Joguei minha cabeça para trás contra a porta, gemidos incessantes e suplicantes
escapando da minha boca. Seus lábios desceram esfomeados pelo meu ventre, me
chupando e mordendo como se nunca pudesse ter o suficiente de mim. Acariciou
minhas coxas e as separou com ânsia. Senti seu hálito soprar no meu clitóris.
Minha respiração travou em expectativa. Um gemido desesperado saiu de mim
quando abocanhou minha vagina.
_ Ohhhh! Deus... _ balbuciei, seus
dedos me abriram e sua língua chicoteou meu brotinho inchado. Eu estava na
borda de novo. Meu corpo todo pedindo alívio. Enfiou dois dedos em meu canal e
mordeu-me levemente. Convulsionei. Espasmos incontroláveis tomaram conta de mim.
Meus olhos arderam e não consegui conter as lágrimas. Meu corpo era dele de
novo. Emoções que jurei esquecer vieram com força me levando a outro tempo. Um
tempo em que fui feliz, muito feliz e eu gozei. _ ahhhhhhhhhhhh! Oh, meu
Deus... _ minhas pernas amoleceram e ele me levantou nos braços atravessando o
quarto. Minhas costas desceram sobre o colchão macio. Um clarão vindo das
janelas na cabeceira da cama iluminou seus traços. Ele pairou sobre mim. Os
olhos negros me invadindo pedindo tudo. Arfei suavemente quando desceu a boca
sobre a minha num beijo lento, delicioso. Pingos de chuva bateram nos vidros
atrás de nós e imagens de outra noite há dois anos encheram minha mente. Separou
nossas bocas e se afastou começando a despir-se. Meus olhos o buscaram
famintos, com uma saudade dolorosa. Puxou a camisa pela cabeça e engasguei com
seu peito musculoso, duro. O abdome reto, bem definido, me fazendo salivar de
vontade lambê-lo. Tirou o cinto, sua expressão um tanto dura agora. Juntou as
duas pontas e estalou o couro. Meus olhos alargaram, o som excitando-me de uma
forma que nunca consegui compreender. Era louco, primitivo. Jogou-o em cima da
cama perto de mim. Os olhos escuros perversos mandando uma mensagem silenciosa.
Arfei levemente. Desceu o zíper das calças e se livrou delas junto com a cueca
boxer. Meus olhos foram imediatamente para seu pênis ereto, orgulhoso, longo,
grosso, cheio de veias. Lindo. Absurdamente viril e lindo. Sorriu-me do jeito
que sempre fazia no quarto de jogos. Um predador faminto pela presa. Virou-se
abrindo uma gaveta do criado mudo e tirou vários preservativos espalhando-os na
cama.
_ Tem ideia de quantas vezes sonhei
com isso? hum? _ subiu de joelhos na cama e pegou o cinto. Estalou de novo as
duas pontas e minha vagina vibrou. Meus seios intumesceram. Abriu um riso
obsceno e conhecedor do meu estado. Me puxou pelos braços bruscamente, me
fazendo ficar de joelhos também. Seu olhar correu por todo o meu rosto e voltou
aos olhos. Puxou-me pelos cabelos e devorou a minha boca num beijo voraz, de
posse, de domínio. Continuou me beijando e levou o cinto ao meu pescoço,
rodeando-o e afivelando. Não colocou apertado. Puxou a ponta como uma coleira.
Arrancou a boca da minha e seus olhos negros me diziam que o dominador estava
assumindo a partir de agora. _ deite-se. Vou finalmente enterrar meu pau nessa
boceta perfeita do caralho! _ rosnou. Ele parecia zangado de repente. Obedeci,
deitando-me à medida que o cinto ia escorregando em sua mão. Bati as costas no
colchão e travesseiros. Em um segundo ele estava em cima de mim, afastando
minhas pernas grosseiramente. Seu olhar passeou por todo o meu corpo. Fiquei receosa
que visse as mudanças após a gestação. Engordei muito e alguns quilos não foram
embora depois do parto. A mão livre encheu no meu seio direito, beliscando o
mamilo, descendo pelo ventre, devagar. Franziu o cenho quando deparou com a
cicatriz da cesariana. Os olhos escuros encontraram os meus, cheios de
perguntas, então algo surpreendente aconteceu. Ele se abaixou e espalhou beijos
muito suaves pela extensão do corte. Convulsionei quando a língua morna o
lambeu repetidas vezes. _ seu corpo ganhou forma. É uma mulher agora. Uma
mulher linda e gostosa que vou ter na minha cama todas as noites a partir de
hoje. _ murmurou, mordendo forte na minha virilha. Gritei, quando abocanhou
minha vagina outra vez.
Comeu-me grunhindo lascivamente até
me ter tremendo, minhas mãos puxando os lençóis, meus lábios arquejando,
necessitando dele dentro de mim. Então parou o ataque e pegou um preservativo.
Notei que suas mãos tremiam um pouco. Vestiu-o espantosamente rápido e veio
para cima de mim. Gememos com o contato. Seu corpo grande cobrindo, dominando o
meu delicado. O contraste da sua pele morena com minha tez pálida era erótico.
Minhas mãos se banquetearam em seus ombros fortes, descendo pelos bíceps
tatuados. Amo suas tatuagens. Elas são Jayden em sua essência bruta. Seu pênis
procurou minha entrada, friccionando. Minha vagina completamente inundada
esperando por ele. Acariciou-me o rosto como se ainda não acreditasse que
estávamos assim e senti a cabeça gorda em minha vulva. Ofeguei e ele finalmente
veio. Meteu rasgando-me até o fundo. Gritei de dor e prazer. Mais dor do que
prazer para ser sincera. Merda! Fazia dois anos e ele era muito grande.
_ Ahhhh! Deus! Sim! Cassie... Tão
gostosa... Cristo! Muito mais gostosa do que nos meus sonhos... Caralho!
Deliciosa... _ sussurrou, gemendo quando se alojou fundo. Gemi agoniada de
novo. _ Estou machucando você? _ Seus olhos correram preocupados pelo meu
rosto. Uma expressão surpresa e confusa em seu semblante.
_ Eu... Hum _ remexi-me
desconfortável sob seu olhar. Ele parecia querer ver dentro de mim. _ já tem
algum tempo que não... Que não... _ puta merda! Isso ficou estranho.
_ Que não tem sexo. _ não era uma
pergunta. Algo brilhou no fundo da íris escura. Algo como satisfação. Assenti
incapaz de falar. Ficamos lá nos olhando. Um tentando analisar o outro. Nossos sexos
palpitando loucamente. Então abriu um riso enigmático, mais sexy que perverso e
me beijou. Um beijo que começou suave e foi esquentando aos poucos. Ele queria
trazer minha excitação de volta. Sua língua habilidosa lambeu cada canto da
minha boca. Suas unhas desciam e subiam nas laterais do meu corpo,
arrepiando-me. Abri mais as pernas e o abracei pela cintura. Uivou e tirou a
boca da minha. Tirou o pênis devagar, deixando só a ponta e voltou mais devagar
ainda, girando o quadril, tocando todos os nervos do meu canal. Os olhos parecendo
maravilhados, extasiados por me encontrar quase virgem depois de dois anos. _
ahhhh! Porra! Muito apertada! Bocetinha deliciosa... Cristo! Não vou durar
muito... Ohh! Gostosa! Gostosa... _ gemeu, sua voz tensa. Sua boca deslizou
pelo meu queixo, pescoço e tomou o seio esquerdo. Chupou-o duro. Mais sucos
jorraram da minha vagina. Sorriu safado contra meu seio e passou a estocar com
mais força. Gemi, desavergonhada, enfiando as mãos em seus cabelos e me
entreguei de vez. Ele sentiu minha submissão. Puxou tudo e bateu num golpe
brutal e fundo, muito fundo se alojando no meu útero. Apoiou uma das mãos ao
lado da minha cabeça e a outra veio para o cinto de novo. Puxou-me, me fazendo
arquear as costas. Sua boca continuou voraz buscando o outro seio. Seu pênis
batendo em mim duramente agora. Me rasgando sem dó. Me comeu com fome, seus
rosnados e grunhidos um reflexo dos meus. Passou a combinar os puxões no cinto
com as estocadas brutais. Me puxava para baixo enquanto seu quadril me
encontrava, seu pênis indo todo o caminho me esticando quase além da minha
capacidade. Deu uma mordida na auréola e lambeu acalmando. A sensação deliciosa
pre orgasmo começou a se espalhar no meu ventre e eu soltei um gemido alto,
necessitado. Puta merda! Ele percebeu e meteu com tudo, acelerando os golpes. O
cinto apertou mais meu pescoço. _ isso, goze! Goze no meu pau, porra! Goze,
minha escrava, minha putinha safada, gostosa!
_ Jay! Oh! Deus... Ohhhhhhhhhhh! _ quebrei
gritando e gozando, meu corpo tremendo violentamente.
_ Isso, escrava, geme no meu pau!
Grite o meu nome, porra! Esse som me perseguiu dois anos! Dois anos inteiros
lembrando desse gemido do caralho! _ Ele afrouxou o aperto no meu pescoço e
acho que desfaleci por alguns segundos contra os travesseiros. Meu corpo mole
caiu pesadamente. Ele se deitou completamente em cima de mim. Enfiou uma mão
por baixo do meu ombro esquerdo e me puxou, a outra continuava firme no cinto.
Ele adora isso. Domínio total. Continuou me comendo sem trégua, meu corpo todo
sacudindo com suas estocadas violentas. _ ahhhhh! Porra! Eu vou gozar... _ rosnou
e saiu de dentro de mim, me puxando pelo cinto. Forçou-me a ficar de joelhos
com ele. Arrancou a camisinha rapidamente e girou a ponta do cinto para trás,
para a nuca. _ vem, me chupe! Mama bem gostoso. Quero encher sua boca de porra.
_enfiou a mão livre em meus cabelos e a
outra manteve o agarre no cinto. Abaixei minha boca em seu pênis quente,
latejante, deslizei meus lábios até onde consegui ir, dilatando minha garganta
para alojá-lo. Gemeu, um som lindo de desespero, fome e um toque de saudade. Seu
corpo estremeceu e jatos fortes de sêmen encheram minha boca. _ porraaaaaaa!
ahhhhhhhhhhhhh! _ bombeou duro, mantendo minha cabeça imóvel para minha foder
com vontade. _ tome tudo, Cassie... Ohhhhh! Boquinha deliciosa, anjo... _
balbuciou e foi diminuindo a força dos golpes. Me puxou para cima, seu pênis
escapulindo da minha boca num barulho alto. Ainda estava duro. Os olhos escuros
me fitaram quase ternos. _ agora não há mais nenhum vestígio daquele babaca em
sua boca. Só meu. _ rosnou e me beijou duro, possessivo. Nossas bocas se
separaram, nossas respirações ainda tentando se acalmar. Suas mãos foram em
volta do cinto e o tirou com cuidado do meu pescoço. Me empurrou para o colchão
de novo. Massageou suavemente as marcas. Ronronei fechando os olhos. _ eu ainda
não tive o suficiente de você. _ abri-os e o olhei. Seu corpo esticado do meu
lado, o pênis cutucando minha coxa. Deixei escapar um gemido. Ele é insaciável.
Quero dizer, realmente insaciável. Pode fazer sexo por horas. O som da sua
risada foi quase livre de sarcasmo, mas estava pingando sacanagem. Levantou-se
e me puxou para fora da cama. _ rosto no colchão. Mãos para trás. _ seu tom
voltou a ser duro. _ Estou louco de saudade de comer seu rabo. _ miei com suas
palavras cruas e colei a lateral do meu rosto na cama. Não amarrou minhas mãos.
Mas eu sabia que não podia movê-las. _ porra de bunda linda que você tem,
escrava. _ rosnou e um tapa desceu forte na minha nádega direita. Sua língua lambeu
onde tinha batido. Deu outro tapa do outro lado e repetiu o mesmo processo.
Minha vagina já estava palpitando de novo. Estapeou minha bunda com vontade,
sempre acalmando com a língua ou com as mãos em carícias suaves. Se debruçou
sobre minhas costas e puxou meus cabelos, expondo minha nuca. Beijou, chupou e
sem aviso cravou os dentes bem forte. Soltei um misto de grito e gemido. Sua
risada baixa, pecaminosa, perversa soou bem no meu ouvido. Lambeu o lóbulo da
minha orelha. Senti meus líquidos escorrerem entre minhas coxas. Enfiou dois
dedos em minha vulva melada e levou o creme para o ânus. Saiu de cima de mim e
pouco depois sua língua deslizou da minha vagina ao meu orifício. Gemi, meus
quadris rebolando involuntariamente. Deu mais uma palmada dura. _ eu disse que
podia se mexer? Hum? Quieta, porra! _ rosnou e continuou o ataque. Seus dedos
levaram mais líquidos e foram forçando passagem. _ relaxe, Cassie. Isso... Me
deixe entrar... Isso... _ seu tom era tenso, grave. Passou a chupar meu
clitóris enquanto seus dedos me rasgavam cada vez mais fundo. Rosnou e
acrescentou mais um dedo. Gritei, ensandecida. Como uma viciada que foi privada
por muito tempo do seu vício. Meteu a língua na minha vulva e eu estava
surpreendentemente me encaminhando para outro orgasmo. Levantou-se e senti a
ponta robusta se alinhar no meu ânus. Segurou forte em meus quadris, cravando
os dedos na minha carne e estocou firme, rasgando-me até o fundo. Suas bolas
bateram na minha vulva. Gemi, suspensa entre a dor e o prazer de novo. Se
abaixou sobre mim e lambeu toda a extensão da minha coluna. Seu pênis latejando
no meu ânus completamente cheio. _ Ahhhhh! Cristo! Você é a porra do pacote
completo! Nunca fodi um rabo tão gostoso... Tão quente e apertado... Ohhh! _
rugiu e tirou tudo, voltando de novo num impulso brutal que quase me fez
desabar na cama. _ aguente firme, escrava! Só vou gozar quando tiver matado
minha fome desse cu gostoso que você tem. _ avisou e passou a me comer sem
piedade. Golpes duros. Eu estava bem lubrificada agora. Seu pênis entrando
muito fundo, até o cabo. Eu estava bem perto de gozar de novo. Cada vez que
suas bolas batiam na minha vagina ele girava o quadril massageando meu
clitóris. Puxou minha bunda, me empinando mais para continuar tomando suas
estocadas rudes. Me comeu assim por muito tempo. Seu suor pingava nas minhas
costas e bunda. Seu agarre forte nunca cedeu nos meus quadris e não aguentei
mais quando levou uma mão para meu clitóris e o beliscou duro.
_ Oh! Deus! Jay...Eu.. _ chorei na
intensidade da sensação deliciosa que tomou meu corpo indo se instalar na
vagina. Gozei, soluços me fazendo convulsionar.
_ Shhhh, goze gostoso... Isso...
Assim, meu anjo. _ não sei se ele se deu conta do que estava me chamando. Sua
voz foi apertada e ele finalmente uivou, seu pênis inchando e despejando sêmen
quente no meu canal. _ perfeita! Santa Mãe! Gostosa demais... _ minhas pernas
cederam e caí na cama com ele ainda profundamente enterrado em mim. Continuou
metendo até cessar o ritmo, sua boca quente e macia espalhando beijos muito
suaves nas minhas costas. Meus soluços foram diminuindo. Meus olhos foram
pesando. Uma letargia tomando conta do meu corpo. Ele saiu devagar de dentro de
mim. Arquejei e depois disso simplesmente apaguei.
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