quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Príncipe da Perdição - Capítulo 05



CAPÍTULO CINCO
Jayden
Desviei os olhos da paisagem idílica de Angra e encarei Cassie que ainda estava emburrada na poltrona em frente à minha. Ela relutou bravamente em vir comigo para o resort. Deu-me um mundo de razões, mas eu sabia que só havia uma que a prendia lá no Rio. O maldito almofadinha que enche a boca para chamar de namorado. Ela já sabe como trabalho.
Praticamente me mudo para o local das obras. Agora não seria diferente. O projeto para a área interna dos chalés nupciais era dela. Cassie continuava sendo tão perfeccionista quanto eu. Suas sugestões eram arrojadas, requintadas. Cedeu porque também se doava até o trabalho estar pronto. Essa foi uma das muitas coisas que me encantaram nela há dois anos. Reconhecia-me nela. Apesar da sua inexperiência e timidez suas colocações eram sempre oportunas, inteligentes, ousadas, arrojadas. Visualizei uma parceria para toda a vida não apenas no sentido profissional. Eu me dei à ela de uma forma que nunca saberá. A minha sorte é que nunca percebeu como me afetava. Como me tinha nas mãos. Aprendi desde muito cedo a dissimular emoções. De onde vim ou eu fazia isso ou sofria as consequências. Nos orfanatos ainda existiam regras, mas depois nas ruas a lei era brutal. Sobreviviam apenas os mais fortes. Eu não podia me dar ao luxo de ser ou parecer fraco. Eu morreria. Foi assim que lutei e sobrevivi. Eu venci. No entanto, era oco por dentro. Antes dela eu simplesmente não sentia. Essa é a verdade. Ela chegou e tudo mudou. Meu mundo preto e branco ganhou uma variedade de cores. Ela me fez desejar coisas que jamais havia sequer cogitado com outra mulher. Eu a quis, desesperadamente. A quis tanto e ela me destruiu com sua traição. Cassandra Miller destruiu toda e qualquer possibilidade de vir a acreditar de novo no sexo feminino. Me traiu duplamente. Juntou-se ao maldito asqueroso para me roubar e ainda o deixou tocá-la. Lembrar disso ainda me ferve o sangue. Isso foi o que mais doeu, admito. Ela o deixou... Arg! Cristo! Por que estou trazendo isso tudo de volta? Remexi-me no assento de repente sufocando.
Ela finalmente virou-se da janela para mim, os olhos muito azuis sombreados por cílios negros e ridiculamente longos tirando toda a minha capacidade de raciocinar com sensatez. Eu estou na merda de novo! Completamente na merda porque ela me afeta. Porra! Ela ainda me afeta! Não era para eu sentir nada disso. Não depois de dois anos. Era para tê-la exorcizado, arrancado de mim, mas tudo que sinto quando estou diante desses olhos é uma vontade absurda de beijá-la, de puxá-la para mim e... Ah! Santa Mãe! Ela tem a moral mais duvidosa que uma gata de rua, porra! Meu cérebro sabia disso, mas meu pau não parecia se importar. Era um bastardo sem critério pelo visto. O maldito traidor só insiste em me lembrar do quanto sua boceta é gostosa, apertada e quente.
_ Você o ama? _ indaguei, obrigando-me a por um ponto final nos meus devaneios patéticos.
_ O que? _ sussurrou e piscou como que saindo de um transe. Parecia perdida em pensamentos também. Odeio esse olhar triste, magoado que me lança como se fosse a vítima. Como se eu a tivesse traído e não o contrário.
_ O almofadinha, seu namorado. _ esclareci praticamente rosnando a última palavra.
_ Eu não vou ter essa conversa com você, Jayden. _ falou se esticando no assento numa postura defensiva. _ isso não é da sua conta. _ completou, seus olhos gélidos.
_ É da minha conta sim. _ tornei. Eu estava ficando irritado. Irritado com toda a maldita situação. Odeio não ter o controle. Ela estava voltando para minha vida permanentemente e eu não podia fazer nada porque havia meus filhos. Meus filhos. Eu estava repetindo isso desde ontem quando descobri que os escondeu de mim. _ você é mãe dos meus filhos. Preciso saber quais são seus planos com ele. Não vou permitir que outro homem crie meus filhos, Cassie. É bom que fique bem claro. _ injetei meu olhar no dela. _ nenhum filho da puta vai tomar posse do que é meu. _ rosnei. Nem eu sabia por que estava tão zangado.
_ Sim, sou mãe. _ disse levantando o queixo em desafio. O olhar não se desviando ou abaixando. _ e também sou mulher. Você terá acesso aos meninos quando quiser, mas não ouse interferir na minha vida. _ seus olhos foram tomados por aquela expressão de mágoa de novo. _ você perdeu esse direito quando me mandou embora grávida. Você não tem ideia do que passei sozinha, grávida e com uma mãe doente. _ sua voz quebrou um pouco ao mencionar a mãe. _ eu sofri para cria-los bem até agora. Reergui-me, Jayden. Você não conseguiu me destruir completamente. E onde estava nesse período? _ resfolegou os olhos azuis vítreos agora. _ Você desfilava com suas putas. Fui obrigada a ver semanalmente fotos suas nas revistas de fofocas com uma mulher diferente a cada vez. _ ela estava berrando agora, seu rosto vermelho incendiado com uma indignação que parecia verdadeira. _ então não ouse me questionar sobre o meu namorado e o que eu sinto por ele. Isso é problema meu. E não use meus filhos para tentar me controlar. Você. Não. Tem. Esse. Direito.
Oh! Uau! Essa Cassie altiva, cheia da razão era novidade para mim. Ela estava linda toda empertigada. Certo, admito. Eu não havia pensado nas coisas dessa forma. Ela era apenas uma garota. Merda! Ela ainda é uma garota, embora tenha amadurecido nesses dois anos, não só fisicamente, pela explosão acalourada que acabei de presenciar. Sim, não sou tão bastardo e acabo de perceber o quanto deve ter sido difícil para ela cuidar de dois filhos sozinha. O que me leva à pergunta que não quer calar: por que nunca me procurou? Por que não se aproveitou do fato de ter dois filhos meus para tirar dinheiro de mim? Isso estava queimando no meu cérebro desde ontem. Isso não batia com a golpista traidora que ela era. Mas está certa numa coisa.  Realmente estive com muitas mulheres nesse período. Foram muitas por um motivo. Eu nunca mais me prenderia. Nenhuma mulher teria poder sobre mim de novo. Nenhuma. Jamais. Continuamos nos encarando, medindo forças. Ela não cedeu um milímetro. Não consegui evitar que um pequeno sorriso se abrisse nos meus lábios. Era óbvio o esforço dela para não se submeter. Ok. Vou conceder-lhe essa pequena vitória. Nicolau Maquiavel já dizia que às vezes é necessário perder uma batalha para ganhar a guerra.
 _ Meu irmão Dom e a esposa Helena estão chegando daqui a pouco. Ofereci o resort para a lua-de-mel deles. _ mudei o tema e suavizei a voz. _ Vou aproveitar e apresentar Lucas e Samuel. Eles também têm um bebê de apenas um mês. Uma linda princesinha, Anna Júlia. _ meu riso ampliou ao lembrar da pequena. Já mencionei que amo meus sobrinhos? Eu realmente amo meus sobrinhos. Passei minha vida inteira sozinho, mas agora tenho uma família. É curioso que meus irmãos tenham chegado justamente no período mais conturbado da minha vida adulta. Os conheci logo depois do rompimento com Cassie. Isso me ajudou a passar por tudo. Leon e tio Max acolheram a mim e Dom de uma forma tão verdadeira que nenhum de nós conseguiu se manter distante. Dom caiu logo de amores por Helena e se rendeu mais rápido. Eu ainda tentei resistir, mas acabei me rendendo também. Eles são a minha família. Eu finalmente tenho uma família.
_ Sim, estou a par do casamento deles. O mundo todo conhece Dom e Helena. _ Cassie falou num tom mais ameno também. Havia um brilho de diversão nos olhos azuis agora. Ela devia estar lembrando os inúmeros vídeos do you tube. Meu irmão é um bastardo exibicionista. Acabei abrindo um riso a contragosto. _ Eles não são muito discretos, não é?
_ Não, eles não são. _ assenti e de repente o clima mudou entre nós. Nossos olhares se mantiveram presos. Passeamos os olhos ávidos por cada detalhe do rosto do outro e voltamos a nos fitar nos olhos de novo. Ela ruborizou, mas não conseguiu desviar. Nem mesmo piscava. Eu também não. Sua boca rosada se entreabriu e ela correu a língua pelos lábios. Tive que conter um gemido a muito custo. Ela era uma provocadora do caralho e nem se dava conta disso. Uma intimidade dolorosa, nostálgica se instalou entre nós. O ar creptava, denso cheio de desejo, palavras não ditas, mas que estavam claras ali. Ainda nos queríamos. Um tesão latente, carnal, animal pedindo para ser saciado. Lembranças de como era absurdamente gostoso estar enterrado nela me engolfaram e grunhi. Meu pau traidor pressionou o zíper das calças, louco para prova-la de novo. Um gemido suave escapou dos lábios cheios. Ah! Cristo! Ela era perigosa. Não posso me deixar envolver assim, pateticamente fácil outra vez. Definitivamente não. Nosso momento foi quebrado pela voz do comandante anunciando que íamos aterrissar. Cortamos o contato visual e nos viramos para a janela. Ainda ouvi um suspiro suave vindo dela.
Cerca de dez minutos depois descíamos do carro no resort. Havia me encantado pelo lugar quando estive aqui no ano passado na casa que Leon possuía em outra ilha. Lucas e Samuel foram instalados em um quarto com as babás que contratei no dia anterior. A cena grotesca que presenciei da antiga babá ainda me deixava furioso. A vadia deixou meus filhos sozinhos para foder com o vizinho. Foi uma discussão longa, mas Cassie cedeu por fim quando viu as qualificações e referências das senhoras. Eram Pedagogas e técnicas em enfermagem. Perfeitamente capazes de cuidar dos meninos. Eu disse que meus filhos teriam o melhor de agora em diante e eu definitivamente não estava brincando.
Dom e Helena chegaram ao final da tarde. Fui busca-los na pista de pouso. Meu irmão tinha um enorme sorriso no rosto. Helena também não era diferente. Eles estavam felizes. Permiti-me esquecer minhas merdas e compartilhar da felicidade deles. Anna Júlia dormia nos braços de Dom. Acariciei sua cabeleira negra e beijei suavemente sua testa. Basti nas costas de meu irmão num cumprimento de caras. Helena me abraçou e beijou meu rosto. A beijei de volta. Minhas cunhadas são mulheres especiais. Mas o principal é que amam meus irmãos incondicionalmente. Elas têm meu carinho e respeito por isso.
_ Uau! Irmão, isso é... Isso é o que chamo de surpresa. O resto é conversa. _ Dom exclamou meio atordoado quando entrei em seu quarto uma hora mais tarde carregando Lucas e Samuel nos braços. _ surpresa em dobro! _ acrescentou e então sorriu daquele jeito despreocupado dele. Tomou Samuel nos braços, parecendo verdadeiramente feliz. Havia falado com ele e Leon ontem à noite. A primeira reação de Dom foi cair na risada. Ele era um bastardo idiota, mas depois viu que eu não estava brincando. Leon ficou lá, em silêncio com aquele olhar solene de rei que adora jogar para cima de mim. Maricas. Passado o susto inicial os dois me parabenizaram e perguntaram o que eu faria. Eu gelei, porque apesar deles não pronunciarem, a palavra estava lá no semblante, nos olhares que lançaram em mim: casamento. Falei que ainda era muito recente e que estava estudando uma forma de lidar com tudo. E antes que ousassem verbalizar informei que casamento estava fora de cogitação. Eles não sabiam muito sobre a mulher do meu passado, mas já haviam percebido que nosso relacionamento terminou mal. Helena saiu do quarto conjugado cortando meus pensamentos e seus olhos de uísque brilharam ao ver os meninos.
_ Oh! Dio mio! Eles são lindos, Jay. _ abriu um riso luminoso tomando Lucas no colo também. Os dois pequenos riam e balbuciavam interagindo com os tios. Eles eram tão sociáveis. Meu peito se encheu de orgulho. Eles são meus filhos. Meus filhos. Eu simplesmente não consigo parar de sorrir quando estou com eles. _ e a mãe deles? Onde está? _ meu corpo se retesou com a menção de Cassie. Helena franziu um pouco o cenho ao ver minha reação. Leves batidas soaram na porta. Era ela. Deixei um recado com as babás assim que peguei Lucas e Samuel. Ela estava no banho segundo as senhoras.
_ Deve ser ela. _ avisei, minha voz mais tensa do que eu gostaria. Fui até a porta. Dom me olhava com seus olhos verdes maliciosos como se tivesse vendo dentro de mim. Ele adora bancar o maldito psicólogo comigo. Bastardo! Mas tudo sumiu da minha mente quando abri a porta e ela estava lá, parada. Os cabelos caindo em cachos molhados pelos ombros e cintura. O rosto livre de maquiagem. Fresca e linda. Tão malditamente linda, porra! Meus olhos desceram esfomeados pelo seu corpo como se não a tivesse visto há pouco menos de uma hora. Vestia uma calça jeans de cintura baixa e uma camiseta azul que destacou seus olhos. Fiquei hipnotizado, perdido nos olhos de feiticeira. Reaja, caralho! Você é um bastardo de trinta anos não a porra de um fedelho vendo uma mulher bonita pela primeira vez! Recriminei-me tentando ferozmente tomar o controle de volta. Ela arquejou levemente, parecendo tão afetada e fodida quanto eu nessa merda toda. Isso não vai prestar. Quase rosnei alto permitindo-lhe a passagem. Santa Mãe! Ainda bem que minha camiseta estava por fora das calças porque seu cheiro de morangos invadiu meus sentidos, viajando todo o meu corpo se alojando no meu pau. Ela entrou devagar com passos hesitantes. Meus olhos foram direto na bunda durinha, arrebitada, bem delineada pelo jeans. Dessa vez eu rosnei mesmo. Dom levantou uma sobrancelha para mim e seu semblante foi tomado pela compreensão quando pousou os olhos em Cassie.
_ Você tem cachos ruivos. _ disse cravando os olhos em mim de novo, seu tom tinha uma sutil provocação que apenas eu entenderia. _ e olhos azuis incríveis. _ acrescentou, abrindo um riso amplo e eu revirei os olhos. Vou quebrar a cara desse idiota! Ele estava repetindo o que disse a ele no dia de seu casamento há uma semana. Bastardo provocador!
_ Dom, Helena. _ minha voz era um pouco instável, rouca. _ essa é Cassandra Miller. Ela é, hum, a mãe dos meus filhos. _ verbalizar isso foi estranho. Os exames de DNA que ela fez questão que fossem feitos sairiam só na próxima semana. Mas eu já sabia. Dentro de mim eu já tinha a certeza. Eles são meus. 
_ Oh, Jay ela é tão jovem. _ Helena veio até ela com um enorme sorriso no rosto. _ prazer, cara mia._ Lucas estendeu os bracinhos em direção à Cassie. Ele era realmente possessivo com a mãe. Me vi rindo porque ele era igualzinho ao pai. Dom pigarreou de leve. O olhei e ele ria de novo. Um riso sem vergonha, conhecedor da situação em que me encontrava. Bufei. _ sou Helena. Você está de parabéns, Cassandra. Seus filhos são lindos.
_ O prazer é meu, Helena. _ Cassie retribuiu os beijinhos de mulherzinha e seu rosto estava lindamente corado. Estava claramente desconfortável na frente da minha família. Quase tive pena dela. Quase. _ obrigada, apenas Cassie.
_ Ela realmente tem olhos azuis incríveis, amore mio. _ Helena sorriu concordando com Dom. O bastardo riu mais ainda adorando me alfinetar.
_ É o que estou dizendo, princesa. _ disse e gargalhou. Samuel deu um risinho infantil alheio à provocação do idiota do tio. _ concorda comigo garotão? Hum? Sua mãe deve ser muito assediada com esses olhos, não é? _ bufei audivelmente. _ Olá, Cassie. Sou Dom, irmão desse idiota aqui. _ disse indo até as mulheres, estendendo a mão livre para ela. _ é um prazer conhecê-la. Você é exatamente como Jay me descreveu. _ Cristo! É oficial: vou matar meu irmão na sua lua-de-mel!
_ O p-prazer é meu, Dom. _ ela gaguejou apertando sua mão, corando mais ainda. Os olhos me procuraram nervosamente. Eu senti ciúmes. Eu senti ciúmes do meu próprio irmão, porra! Dom era um galanteador do caralho! Não percebi o que estava fazendo. Só sei que no segundo seguinte estava ao lado de Cassie. Muito próximo na verdade. Dom olhou de mim para ela e vice versa e um risinho malicioso, sem vergonha se insinuou de novo.
_ Cassie, gostaria de conhecer nossa princesinha? _ Helena chamou alheia às provocações de seu marido idiota.
_ Oh, sim, eu adoraria. _ Cassie abriu um daqueles risos doces que costumava dar para mim antes de toda a merda nos atingir. As duas mulheres saíram para o quarto conjugado e eu fiquei à mercê do escrutínio agora escancarado de meu irmão.
_ Hum, então casamento está fora de cogitação, irmão? _ Samuel estendeu os bracinhos para mim e eu o peguei. Ele era o mais frágil dos gêmeos. Cassie havia me informado que nasceu por último e ficou uma semana numa incubadora. Os dois eram fortes e robustos, mas Lucas era mais ativo. Acho que Samuel tinha o temperamento doce e tímido da mãe. Ah! Merda! Eu estou parecendo um maldito maricas desde que a reencontrei.
_ Sim, está. _ rosnei. Ele gargalhou. Bastardo!
_ Então me explique irmão. Por que está babando e ofegando atrás dela como um cachorro no cio? _ ele era direto. Nós todos somos. Não tem meias palavras. É tudo preto no branco.
_ Você a viu, não é? _ rosnei de novo. _ sinto tesão por ela. É só isso. Sexo. Puro. Bruto. _ ele riu de novo.
_ Eu acho que já ouvi essa frase em algum lugar. _ pausou significativamente. _ ops, fui eu mesmo quem disse isso sobre Helena e olhe só como estou agora? Feliz, irmão. Feliz como nunca estive em minha vida. Alguém me disse que não era só sexo. _ pausou de novo. _ ops, foi você quem me disse isso. _ bufei. _ o que quer ela tenha feito irmão, tem que passar por cima disso porque ela te deu dois filhos lindos e é neles que tem que pensar agora. Faça a coisa certa por eles. Pense nisso. _ concluiu subitamente sério.
_ Eu sei disso. Vou fazer o melhor pelos meus filhos, acredite, irmão. Mas casar com ela não. Nunca vou me casar com ela. _ rosnei e nesse momento ouvi um gemido surpreso. Caralho! Elas haviam voltado. Helena segurando Anna Júlia nos braços. Cassie me fitava com olhos magoados, o rosto pálido. Piscou, os olhos muito brilhantes. Oh! Merda! Um silêncio constrangedor tomou conta de nós. Ela desviou os olhos para Lucas em seus braços e o beijou suavemente na cabecinha. Parecia frágil buscando forças no filho. Ok. Isso foi mesmo muito ruim.
_ Anna Júlia está meio enjoadinha, amor. _ Helena quebrou o silêncio vindo até Dom. _ deve ser por causa da viagem longa. _ Dom a pegou, aconchegando a pequena no peito.
_ Foi um prazer conhece-los. _ Cassie falou num tom meio apertado, os olhos não me fitando mais. _ sua princesinha é mesmo linda, Helena. _ abriu um riso sem graça. _ vou voltar ao meu quarto, depois nos falamos.
_ Eu, hum, vou com você. _ falei me sentindo um bastardo. Todos me olhavam acusadores. Eu sei. Eu sei que mereci, porra! _ nos vemos no jantar. _ avisei a Dom e Helena sem olhá-los nos olhos. Eles assentiram e segui atrás de Cassie pelo corredor. A figura delicada dela segurando nosso filho mexendo comigo absurdamente. Que porra vou fazer da minha vida?
Antes do jantar liguei para o quarto dela convidando-a a se juntar a nós. Ela foi mais fria que o ártico e me disse que ia pedir serviço de quarto e ler um pouco depois. Confesso que suspirei de alívio porque ficar perto dela estava me matando. Então qual foi a minha surpresa ao vê-la adentrar no restaurante uma hora depois toda produzida. Usava um vestido preto tomara que caia, vários centímetros acima dos joelhos, abraçando as novas formas deliciosas. As pernas estavam impossivelmente longas e bem torneadas num desses sapatos foda-me que as mulheres tanto gostam. Parei o copo de uísque a caminho da boca quando entrou sorridente. Meu corpo todo tremeu, entrando em ebulição. Porra! Ela estava de cair o queixo. Meus olhos deslizaram por ela enlouquecidos e aí percebi algo que turvou minha visão: ela estava segurando a mão de um homem. Ah! Porra! Era o tal almofadinha. De onde o imbecil saiu? Meu sangue foi drenado do corpo. Virei a dose, o líquido desceu queimando minha garganta e meus olhos arderam. Eles se aproximaram e passaram diante de nossa mesa. Sabe aquelas imagens em câmera lenta? Foi dessa forma que meus olhos acompanharam. Acenou ligeiramente para Dom e Helena nossos olhares se encontraram e se prenderam por um momento fugaz. O babaca também nos cumprimentou. Ouvi sua voz, mas não olhei seu rosto. Meus olhos não queriam deixa-la. Uma sensação desconfortável invadiu meu peito quando ele a puxou e se dirigiram a uma mesa no canto do salão lotado, onde tinha uma fraca iluminação, íntima. A mesa era própria para casais que querem dar uns amassos. Grunhi. Os acompanhei o tempo todo sem entender que merda era isso se revolvendo dentro de mim. E a partir daquele momento, meu jantar virou um martírio. Helena e Dom o tempo todo se tocando e fazendo carinhos também não ajudou em nada. Ah! Santa Mãe! Vou desenvolver diabetes se ficar muito tempo perto deles. A cada vez que olhava na direção dos dois pombinhos dava um bufo, mas não consegui mais acompanhar a conversa com meu irmão. Meu peito se comprimia horrivelmente.
_ Ei, irmão, tá muito duro aí? _ o tom provocador de Dom me fez desviar os olhos da mesa de Cassie e do maldito almofadinha. Eu não consegui mais prestar atenção em nada na última meia hora. _ Jay, você podia ao menos disfarçar, irmão. O cara já percebeu que está comendo a garota dele com os olhos. _ bufei. Odiei ouvir a última parte. Ela não era a garota dele, porra! Flexionei meus punhos e olhei na direção do casalzinho feliz de novo. Meu sangue ferveu. Uma ira descomunal tomou conta de mim porque o maldito a estava beijando. Ele a estava beijando, porra! Vi vermelho. Me levantei bruscamente, a cadeira caiu para trás. Helena assustou-se. _ Jay? Irmão, volte aqui! Jay, seu idiota, não vá fazer uma besteira. _ ignorei os protestos de meu irmão e deixei a raiva me guiar. Avancei a passos largos na direção de Cassie. Essa palhaçada vai acabar. Agora!
Ele ainda enfiava a maldita língua na garganta dela quando cheguei finalmente à mesa e cravei minhas mãos com força em seus ombros.
_ Tire as malditas mãos de cima dela, porra! _ rosnei e o puxei levantando-o num golpe rápido. Logo estava o segurando pelo colarinho, tão apertado que seu rosto ficou vermelho. Sem mais delongas mandei um soco certeiro no seu maxilar e o deixei ir ao chão num baque forte. Então, Dom estava me agarrando pela cintura e me puxando. Meus olhos pousaram nela. Tinha se levantado e corrido em direção ao imbecil que levantava meio atordoado. Ele ameaçou avançar para mim, mas ela o deteve, segurando-o pela cintura, falando rapidamente em Português. Entendi perfeitamente a palavra cretino. Os olhos azuis pousaram em mim incendiados, lívidos.
_ Você está louco? _ cuspiu.
_ Irmão, todos estão olhando. Jesus! Você é o proprietário, porra! _ Dom grunhiu me contendo a muito custo. _ se acalme. Que merda está acontecendo com você? _ sim, eu sou o dono. Um sorriso de escárnio se espalhou em meu rosto.
_ Isso não vai ficar assim, seu bastardo de merda! _ o almofadinha berrou, massageando o queixo.
_ Você tem que usar um gelo aí, parceiro. _ sugeri, com deboche. Meus seguranças chegaram. Levaram um susto quando perceberam que era eu o causador da desordem. _ tirem esse idiota das minhas vistas! Agora! _ rosnei. Eles agiram imediatamente. O almofadinha resistiu no começo, mas não havia muito o que ser feito e foi escoltado para fora. Cassie me atirou punhais com os olhos quando passou por mim atrás do imbecil. _ você fica! _ bradei. Ela virou-se e levantou o queixo vindo até mim. Enfiou o indicador no meu peito, enlouquecida de raiva.
_ Você não manda em mim, cretino! _ rosnou, seus lábios tremendo de raiva. _ fique. Longe. De. Mim. _ e virou-se de novo indo atrás do namorado. Os segui até o terraço. Dei ordens expressas para levarem o imbecil para um dos chalés mais afastados. Amanhã logo cedo o despacharia para o Rio. Cassie fitou-me atônita.
_ Você vem comigo, Cass? _ ele quis saber. Eu odiava a forma que a chamava. Fechei meus punhos de novo. Se ela dissesse que iria eu...
_ Não, não vou Vítor. Samuel está ainda resfriado. Não quero ficar longe dele. _ ela disse e soltei o ar que nem sabia que estava prendendo. A expressão do almofadinha caiu e ele falou num tom que odiei mais ainda. Era um tom de deboche.
_ Claro. Como posso competir com seus preciosos, não é?
_ Não, nem você e nem ninguém pode competir com meus filhos. _ ela afirmou numa voz apertada, quase magoada. _ nos falamos amanhã. _ acrescentou e deu as costas ao imbecil. Dei-lhe um olhar que dizia perdeu, idiota! E segui atrás dela. Lembrei-me de Dom e Helena que ficaram lá dentro horrorizados. Fui até eles e me desculpei. Mas a ira ainda estava em todo o meu corpo. A imagem do maldito a beijando como se fosse o dono dela me queimava o cérebro. Passei pelo bar. Uma música tocava animada. Animals do Marron 5. Torci os lábios sarcasticamente. Era assim que me sentia: um animal, uma fera enjaulada que estava arrebentando as grades.
Cassandra
Entrei no quarto, irritada. Duplamente irritada. Quem aquele cretino pensa que é para fazer aquela cena? Por que estava se intrometendo na minha vida dessa forma? Caminhei de um lado para outro. As últimas palavras de Vítor terminaram de arruinar a noite. Ele tinha certa implicância com minha dedicação aos meninos já tinha percebido. Mas nunca tinha verbalizado isso. Talvez eu deva rever meu namoro com ele. É muita pretensão dele querer concorrer com meus filhos. Eu devo ter o dedo podre mesmo quando se trata de homens. Malditos!
_ Você vai terminar com aquele palhaço, ouviu? _ virei assustada. Jayden escancarou a porta e avançou para mim, os olhos escuros furiosos, selvagens, perigosos.
_ O que está fazendo aqui? _ grunhi, alarmada, me afastando até o meio do quarto, enquanto ele me espreitava, rondando como um predador esperando o momento de atacar a presa. Mesmo irritada, meus olhos masoquistas correram por ele. Estava cada vez mais difícil ficar perto dele. Era impossível ignorar as reações do meu corpo quando cravava esses olhos negros hipnóticos em mim. Sim, é vergonhoso, mas raiva, mágoa e luxúria guerreiam dentro de mim na mesma medida. Sou humana. Gostaria de não sentir nada, mas ele ainda mexe comigo. Usava uma camiseta preta de mangas compridas, arregaçadas até os antebraços e calça escura. Seu corpo grande, poderoso, sua beleza morena, primitiva, indomável, pecaminosa me engolfou. A energia sexual crua vinha em ondas para mim. Os olhos escuros estreitaram deslizando pelo meu corpo e um riso obsceno se espalhou na boca sensual.
_ Vim pegar de volta o que é meu. _ rosnou, suas narinas dilatando. O olhar me queimando, me violentando, deixando claro o que ele queria.
_ Q-que seria? _ gaguejei, abraçando a mim mesma. Ele voltou andar, avançando devagar, os olhos escuros nunca deixando os meus. Arfei, meu corpo todo estremecendo sob a intensidade do seu olhar. Seu rosto de traços perfeitos tirando-me toda a capacidade de pensar ou de me mexer. Meus pés pareciam ter grudado no tapete macio.
_ Nervosa, Cassie? _ seu tom foi mais baixo, suave, sexy. Meus seios arrepiaram, sua voz profunda viajando por cada célula do meu corpo. _ eu a deixo nervosa? _ sussurrou, seu peito musculoso parando bem na minha frente, quase tocando em mim. Oh! Merda! Seu cheiro delicioso me invadiu. Inalei ruidosamente tentando recobrar os sentidos. Sua boca se curvou num riso lascivo, seus olhos brilhando perversos. Ele sabia o que estava acontecendo comigo. _ você. Eu vim pegar você. _ completou. Engoli em seco com a expressão em seus olhos e a forma como pronunciou as últimas palavras. Eu vim pegar você.
_ Você só pode estar louco se acha que sou sua! Saia, seu imbecil! Você não tem o direito de entrar aqui no meu quarto! _ berrei descontrolada, conseguindo finalmente me afastar. Ele me alcançou em um segundo e colou meu corpo no dele bruscamente. Seu pênis duro cavou em meu ventre. Esmurrei seus ombros. Uma mão amassou minha bunda e a outra me puxou pelos cabelos da nuca, arqueou meu corpo, me imobilizando e abaixou a cabeça, nossas bocas ficando a centímetros. Meu coração galopava no peito. O dele batia forte também. Seu cheiro entrou em minhas narinas de novo como uma droga. A sensação do corpo musculoso contra o meu me fazendo gemer vergonhosamente. Ele gemeu também, moendo o pênis na minha pélvis. Grunhimos juntos. Nossos olhos travados, nossas bocas quase se tocando, respirando uma na outra. Seu hálito quente cheirava a uísque caro.
_ O resort é meu. Esse quarto é meu. _ mordeu meu lábio inferior. _ você é minha. Negue o quanto quiser, mas essa porra de tesão entre nós não foi embora. Meu pau enlouqueceu desde que pus os olhos em você de novo. _ deslizou os dedos pela fenda do meu traseiro e cavou seu pênis mais embaixo direto na minha vulva. Um gemido desejoso, cheio de saudade, escapou do fundo da minha garganta, minha vagina latejou. Eu estava completamente dominada. Isso me enlouquece. Não sei se sou uma aberração, mas sempre gostei de ser dominada por ele. Da forma dura com que tomava meu corpo. _ porra de gemido do caralho! Vai me pagar por cada vez que me masturbei imaginando você gemendo assim no meu pau. Imaginando meu pau rasgando seu rabo apertado. _ minha calcinha alagou. Rosnou, puxando mais meus cabelos e mordeu meu queixo, descendo para o pescoço. Seus lábios desceram deixando um rastro de fogo até meu ombro. Deu um beijo erótico e de boca aberta e gritei quando cravou os dentes bem no ponto entre o pescoço e o ombro.
_ Ahhhh! Deus! Oh! _ Convulsionei descontroladamente em seus braços e meu corpo não era mais meu. Era dele de novo. Sua risada baixa, obscena, arrepiou minha pele enquanto sua boca subia de novo, devagar. Nossos olhos se encontraram outra vez e por um instante vi algo lá. Havia um brilho diferente da raiva dos últimos dias. Eles estavam mais suaves. Ficou me olhando como que hipnotizado, como se tivesse tão afetado quanto eu. A mão que estava na minha nuca relaxou o aperto e sua cabeça foi descendo sem nunca deixar meus olhos.
_ Linda! Tão linda... _ gemeu deslizando a língua suavemente pelos meus lábios. Seu quadril movendo-se em mim numa dança indecente. Abri mais as pernas. Gememos com o aumento da fricção de nossos sexos. _ não tenho pensado em outra coisa desde que provei seu gosto de novo. Estou desesperado para me afundar até o cabo em você. E também quer isso. Está tudo aí nesses olhos de feiticeira. Você. Me. Quer. _ sussurrou, seu hálito quente, delicioso me fazendo quase implorar para que me beijasse. Ele deve ter percebido meu desespero porque finalmente sua boca desceu sobre a minha. Um gemido necessitado, esfomeado deixou meus lábios assim que senti os seus. Oh! Merda! Isso é poderoso demais para ser ignorado. Era isso que eu temia. Que viesse para cima de mim, porque sou ridiculamente fraca perto dele e ele sabe disso. É involuntário. Ele drena minhas forças, completamente. Eu nunca consegui resistir. À volta dele sou como uma mariposa atraída pela luz. Meu corpo tremeu, se colando mais ao dele. Seu peito duro contra meus seios. Chupou e mordeu meus lábios e língua. Rosnamos os dois e viramos uma confusão ansiosa. Minha língua passou a dançar com a dele. Nossas bocas se comendo sem nenhuma reserva agora. Minhas mãos passearam pelos ombros e costas musculosos indo se enfiar em seus cabelos macios. Uivou com meu toque, o corpo grande estremecendo. Sempre me senti sensual e poderosa pela fome carnal que sentia por mim. Pela sua reação ainda sente. Bom saber que não estou sozinha nesse desejo primitivo, violento.
_ Vai me pagar pelas noites que sonhei que estava fodendo sua boceta gostosa e acordei frustrado percebendo que era só a merda de um sonho. _ rosnou, seu tom doloroso. _ Você não estava lá. Mas você voltou. Está aqui agora, permanentemente na minha vida. _ moeu em mim de novo, girando o quadril. Soltou um grunhido angustiado. Gemi também. _ vou comer você. Vou meter bem duro e forte nesse corpo gostoso até matar minha vontade. Não tô nem aí se tem a porra de um namorado. Vou te foder. Vai tomar o meu pau sempre que eu quiser. _ seu tom foi duro, rouco, sua mão deixou minha bunda e se infiltrou pela barra do vestido, numa carícia suave pelo interior das coxas até alcançar a calcinha. Grunhiu quando tocou o tecido todo empapado. Sua mão entranhou em minhas coxas obrigando-me a abri-las mais. Apalpou rudemente minha vagina, friccionando meu clitóris. Miei quando afastou o tecido para o lado e um dedo deslizou nos lábios melados. Uivou na minha boca e meteu dois dedos sem aviso, rasgando minha vulva bruscamente.
_ Ahhhhh! Jay... Oh! Deus... _ choraminguei, meu corpo virando uma massa trêmula em suas mãos. Arrancou a boca da minha e ficamos lá nos olhando, respirando com dificuldade. Seus olhos loucos, incendiados, um reflexo dos meus.
_ Gostosa! Porra de boceta apertada do caralho! _ ganiu e tirou os dedos, seu polegar passou a massagear delicadamente meu clitóris. Ronronei, relaxando. Meteu em mim de novo agora mais fundo. Gritei alto. Não me deu mais trégua, me comendo com seus dedos grossos, violentando minha vulva. Os olhos escuros presos nos meus atentos a toda e qualquer reação minha. Fechei meus olhos, deixando-o me foder cada vez mais rápido e forte. O som de seus dedos deslizando em meus líquidos enchendo nossos ouvidos. _ abra os olhos, Cassie. Quero ver o quanto está desesperada para ser fodida por mim. _ sua voz rouca e profunda reverberou em meu corpo. Os abri. Ele sorriu e sua boca tomou a minha de novo num beijo de olhos abertos. Um beijo lascivo, molhado. Puxei seus cabelos com força. Ele deu-me um puxão forte também. E viramos animais. Fodeu minha boca e vagina sem dó. Girou os dedos devagar lá dentro e um orgasmo começou a se formar. Aquela sensação vertiginosa, viciante que há muito não sentia tomando meu ventre. Gemi, meu corpo começando a amolecer e ele retirou os dedos bem na hora me deixando na borda.  Choraminguei, desavergonhada, esfregando minha vagina em sua mão. Sorriu em minha boca então fui levantada em seus braços. _ você vai gozar muito hoje, querida. Mas vou foder você em meu quarto, na minha cama. _ avisou e nos guiou para a porta. Deixei-me levar pelo corredor. Não sei como acertou sua suíte, pois sua boca não largou a minha em nenhum momento. Assim que conseguiu abrir sua porta me pôs no chão e me bateu contra ela rudemente, seu corpo grande prendendo o meu. Suas mãos apertaram minha cintura bem forte e desceram pela bunda, cavando nelas, me levantando. Esfregou sem pênis enorme e duro direto em minha vulva. Sua boca comeu a minha de novo. Grunhimos, rosnamos. Nos mordemos, enlouquecidos de tesão. Me pôs no chão e suas mãos foram bruscas para o meu vestido, arrancando-o, rasgando de mim. Gritei de surpresa, excitada. O tecido caiu em frangalhos pelas minhas pernas. A calcinha teve o mesmo destino. Ele afastou-se um pouco, os olhos escuros me devorando, ardendo em cada centímetro da minha pele. Arquejei, expectante. Abriu o riso sacana e avançou para mim outra vez. As mãos enchendo nos meus seios, juntando-os, amassando-os. Puxou os mamilos túrgidos e sua boca quente desceu sobre eles. Rugiu, lambendo, chupando duro. Mordeu um pouco mais forte e gritei ensandecida, enfiando as mãos em seus cabelos, mantendo-o no lugar. Joguei minha cabeça para trás contra a porta, gemidos incessantes e suplicantes escapando da minha boca. Seus lábios desceram esfomeados pelo meu ventre, me chupando e mordendo como se nunca pudesse ter o suficiente de mim. Acariciou minhas coxas e as separou com ânsia. Senti seu hálito soprar no meu clitóris. Minha respiração travou em expectativa. Um gemido desesperado saiu de mim quando abocanhou minha vagina.
_ Ohhhh! Deus... _ balbuciei, seus dedos me abriram e sua língua chicoteou meu brotinho inchado. Eu estava na borda de novo. Meu corpo todo pedindo alívio. Enfiou dois dedos em meu canal e mordeu-me levemente. Convulsionei. Espasmos incontroláveis tomaram conta de mim. Meus olhos arderam e não consegui conter as lágrimas. Meu corpo era dele de novo. Emoções que jurei esquecer vieram com força me levando a outro tempo. Um tempo em que fui feliz, muito feliz e eu gozei. _ ahhhhhhhhhhhh! Oh, meu Deus... _ minhas pernas amoleceram e ele me levantou nos braços atravessando o quarto. Minhas costas desceram sobre o colchão macio. Um clarão vindo das janelas na cabeceira da cama iluminou seus traços. Ele pairou sobre mim. Os olhos negros me invadindo pedindo tudo. Arfei suavemente quando desceu a boca sobre a minha num beijo lento, delicioso. Pingos de chuva bateram nos vidros atrás de nós e imagens de outra noite há dois anos encheram minha mente. Separou nossas bocas e se afastou começando a despir-se. Meus olhos o buscaram famintos, com uma saudade dolorosa. Puxou a camisa pela cabeça e engasguei com seu peito musculoso, duro. O abdome reto, bem definido, me fazendo salivar de vontade lambê-lo. Tirou o cinto, sua expressão um tanto dura agora. Juntou as duas pontas e estalou o couro. Meus olhos alargaram, o som excitando-me de uma forma que nunca consegui compreender. Era louco, primitivo. Jogou-o em cima da cama perto de mim. Os olhos escuros perversos mandando uma mensagem silenciosa. Arfei levemente. Desceu o zíper das calças e se livrou delas junto com a cueca boxer. Meus olhos foram imediatamente para seu pênis ereto, orgulhoso, longo, grosso, cheio de veias. Lindo. Absurdamente viril e lindo. Sorriu-me do jeito que sempre fazia no quarto de jogos. Um predador faminto pela presa. Virou-se abrindo uma gaveta do criado mudo e tirou vários preservativos espalhando-os na cama.
_ Tem ideia de quantas vezes sonhei com isso? hum? _ subiu de joelhos na cama e pegou o cinto. Estalou de novo as duas pontas e minha vagina vibrou. Meus seios intumesceram. Abriu um riso obsceno e conhecedor do meu estado. Me puxou pelos braços bruscamente, me fazendo ficar de joelhos também. Seu olhar correu por todo o meu rosto e voltou aos olhos. Puxou-me pelos cabelos e devorou a minha boca num beijo voraz, de posse, de domínio. Continuou me beijando e levou o cinto ao meu pescoço, rodeando-o e afivelando. Não colocou apertado. Puxou a ponta como uma coleira. Arrancou a boca da minha e seus olhos negros me diziam que o dominador estava assumindo a partir de agora. _ deite-se. Vou finalmente enterrar meu pau nessa boceta perfeita do caralho! _ rosnou. Ele parecia zangado de repente. Obedeci, deitando-me à medida que o cinto ia escorregando em sua mão. Bati as costas no colchão e travesseiros. Em um segundo ele estava em cima de mim, afastando minhas pernas grosseiramente. Seu olhar passeou por todo o meu corpo. Fiquei receosa que visse as mudanças após a gestação. Engordei muito e alguns quilos não foram embora depois do parto. A mão livre encheu no meu seio direito, beliscando o mamilo, descendo pelo ventre, devagar. Franziu o cenho quando deparou com a cicatriz da cesariana. Os olhos escuros encontraram os meus, cheios de perguntas, então algo surpreendente aconteceu. Ele se abaixou e espalhou beijos muito suaves pela extensão do corte. Convulsionei quando a língua morna o lambeu repetidas vezes. _ seu corpo ganhou forma. É uma mulher agora. Uma mulher linda e gostosa que vou ter na minha cama todas as noites a partir de hoje. _ murmurou, mordendo forte na minha virilha. Gritei, quando abocanhou minha vagina outra vez.
Comeu-me grunhindo lascivamente até me ter tremendo, minhas mãos puxando os lençóis, meus lábios arquejando, necessitando dele dentro de mim. Então parou o ataque e pegou um preservativo. Notei que suas mãos tremiam um pouco. Vestiu-o espantosamente rápido e veio para cima de mim. Gememos com o contato. Seu corpo grande cobrindo, dominando o meu delicado. O contraste da sua pele morena com minha tez pálida era erótico. Minhas mãos se banquetearam em seus ombros fortes, descendo pelos bíceps tatuados. Amo suas tatuagens. Elas são Jayden em sua essência bruta. Seu pênis procurou minha entrada, friccionando. Minha vagina completamente inundada esperando por ele. Acariciou-me o rosto como se ainda não acreditasse que estávamos assim e senti a cabeça gorda em minha vulva. Ofeguei e ele finalmente veio. Meteu rasgando-me até o fundo. Gritei de dor e prazer. Mais dor do que prazer para ser sincera. Merda! Fazia dois anos e ele era muito grande.
_ Ahhhh! Deus! Sim! Cassie... Tão gostosa... Cristo! Muito mais gostosa do que nos meus sonhos... Caralho! Deliciosa... _ sussurrou, gemendo quando se alojou fundo. Gemi agoniada de novo. _ Estou machucando você? _ Seus olhos correram preocupados pelo meu rosto. Uma expressão surpresa e confusa em seu semblante.
_ Eu... Hum _ remexi-me desconfortável sob seu olhar. Ele parecia querer ver dentro de mim. _ já tem algum tempo que não... Que não... _ puta merda! Isso ficou estranho.
_ Que não tem sexo. _ não era uma pergunta. Algo brilhou no fundo da íris escura. Algo como satisfação. Assenti incapaz de falar. Ficamos lá nos olhando. Um tentando analisar o outro. Nossos sexos palpitando loucamente. Então abriu um riso enigmático, mais sexy que perverso e me beijou. Um beijo que começou suave e foi esquentando aos poucos. Ele queria trazer minha excitação de volta. Sua língua habilidosa lambeu cada canto da minha boca. Suas unhas desciam e subiam nas laterais do meu corpo, arrepiando-me. Abri mais as pernas e o abracei pela cintura. Uivou e tirou a boca da minha. Tirou o pênis devagar, deixando só a ponta e voltou mais devagar ainda, girando o quadril, tocando todos os nervos do meu canal. Os olhos parecendo maravilhados, extasiados por me encontrar quase virgem depois de dois anos. _ ahhhh! Porra! Muito apertada! Bocetinha deliciosa... Cristo! Não vou durar muito... Ohh! Gostosa! Gostosa... _ gemeu, sua voz tensa. Sua boca deslizou pelo meu queixo, pescoço e tomou o seio esquerdo. Chupou-o duro. Mais sucos jorraram da minha vagina. Sorriu safado contra meu seio e passou a estocar com mais força. Gemi, desavergonhada, enfiando as mãos em seus cabelos e me entreguei de vez. Ele sentiu minha submissão. Puxou tudo e bateu num golpe brutal e fundo, muito fundo se alojando no meu útero. Apoiou uma das mãos ao lado da minha cabeça e a outra veio para o cinto de novo. Puxou-me, me fazendo arquear as costas. Sua boca continuou voraz buscando o outro seio. Seu pênis batendo em mim duramente agora. Me rasgando sem dó. Me comeu com fome, seus rosnados e grunhidos um reflexo dos meus. Passou a combinar os puxões no cinto com as estocadas brutais. Me puxava para baixo enquanto seu quadril me encontrava, seu pênis indo todo o caminho me esticando quase além da minha capacidade. Deu uma mordida na auréola e lambeu acalmando. A sensação deliciosa pre orgasmo começou a se espalhar no meu ventre e eu soltei um gemido alto, necessitado. Puta merda! Ele percebeu e meteu com tudo, acelerando os golpes. O cinto apertou mais meu pescoço. _ isso, goze! Goze no meu pau, porra! Goze, minha escrava, minha putinha safada, gostosa!
_ Jay! Oh! Deus... Ohhhhhhhhhhh! _ quebrei gritando e gozando, meu corpo tremendo violentamente.
_ Isso, escrava, geme no meu pau! Grite o meu nome, porra! Esse som me perseguiu dois anos! Dois anos inteiros lembrando desse gemido do caralho! _ Ele afrouxou o aperto no meu pescoço e acho que desfaleci por alguns segundos contra os travesseiros. Meu corpo mole caiu pesadamente. Ele se deitou completamente em cima de mim. Enfiou uma mão por baixo do meu ombro esquerdo e me puxou, a outra continuava firme no cinto. Ele adora isso. Domínio total. Continuou me comendo sem trégua, meu corpo todo sacudindo com suas estocadas violentas. _ ahhhhh! Porra! Eu vou gozar... _ rosnou e saiu de dentro de mim, me puxando pelo cinto. Forçou-me a ficar de joelhos com ele. Arrancou a camisinha rapidamente e girou a ponta do cinto para trás, para a nuca. _ vem, me chupe! Mama bem gostoso. Quero encher sua boca de porra.  _enfiou a mão livre em meus cabelos e a outra manteve o agarre no cinto. Abaixei minha boca em seu pênis quente, latejante, deslizei meus lábios até onde consegui ir, dilatando minha garganta para alojá-lo. Gemeu, um som lindo de desespero, fome e um toque de saudade. Seu corpo estremeceu e jatos fortes de sêmen encheram minha boca. _ porraaaaaaa! ahhhhhhhhhhhhh! _ bombeou duro, mantendo minha cabeça imóvel para minha foder com vontade. _ tome tudo, Cassie... Ohhhhh! Boquinha deliciosa, anjo... _ balbuciou e foi diminuindo a força dos golpes. Me puxou para cima, seu pênis escapulindo da minha boca num barulho alto. Ainda estava duro. Os olhos escuros me fitaram quase ternos. _ agora não há mais nenhum vestígio daquele babaca em sua boca. Só meu. _ rosnou e me beijou duro, possessivo. Nossas bocas se separaram, nossas respirações ainda tentando se acalmar. Suas mãos foram em volta do cinto e o tirou com cuidado do meu pescoço. Me empurrou para o colchão de novo. Massageou suavemente as marcas. Ronronei fechando os olhos. _ eu ainda não tive o suficiente de você. _ abri-os e o olhei. Seu corpo esticado do meu lado, o pênis cutucando minha coxa. Deixei escapar um gemido. Ele é insaciável. Quero dizer, realmente insaciável. Pode fazer sexo por horas. O som da sua risada foi quase livre de sarcasmo, mas estava pingando sacanagem. Levantou-se e me puxou para fora da cama. _ rosto no colchão. Mãos para trás. _ seu tom voltou a ser duro. _ Estou louco de saudade de comer seu rabo. _ miei com suas palavras cruas e colei a lateral do meu rosto na cama. Não amarrou minhas mãos. Mas eu sabia que não podia movê-las. _ porra de bunda linda que você tem, escrava. _ rosnou e um tapa desceu forte na minha nádega direita. Sua língua lambeu onde tinha batido. Deu outro tapa do outro lado e repetiu o mesmo processo. Minha vagina já estava palpitando de novo. Estapeou minha bunda com vontade, sempre acalmando com a língua ou com as mãos em carícias suaves. Se debruçou sobre minhas costas e puxou meus cabelos, expondo minha nuca. Beijou, chupou e sem aviso cravou os dentes bem forte. Soltei um misto de grito e gemido. Sua risada baixa, pecaminosa, perversa soou bem no meu ouvido. Lambeu o lóbulo da minha orelha. Senti meus líquidos escorrerem entre minhas coxas. Enfiou dois dedos em minha vulva melada e levou o creme para o ânus. Saiu de cima de mim e pouco depois sua língua deslizou da minha vagina ao meu orifício. Gemi, meus quadris rebolando involuntariamente. Deu mais uma palmada dura. _ eu disse que podia se mexer? Hum? Quieta, porra! _ rosnou e continuou o ataque. Seus dedos levaram mais líquidos e foram forçando passagem. _ relaxe, Cassie. Isso... Me deixe entrar... Isso... _ seu tom era tenso, grave. Passou a chupar meu clitóris enquanto seus dedos me rasgavam cada vez mais fundo. Rosnou e acrescentou mais um dedo. Gritei, ensandecida. Como uma viciada que foi privada por muito tempo do seu vício. Meteu a língua na minha vulva e eu estava surpreendentemente me encaminhando para outro orgasmo. Levantou-se e senti a ponta robusta se alinhar no meu ânus. Segurou forte em meus quadris, cravando os dedos na minha carne e estocou firme, rasgando-me até o fundo. Suas bolas bateram na minha vulva. Gemi, suspensa entre a dor e o prazer de novo. Se abaixou sobre mim e lambeu toda a extensão da minha coluna. Seu pênis latejando no meu ânus completamente cheio. _ Ahhhhh! Cristo! Você é a porra do pacote completo! Nunca fodi um rabo tão gostoso... Tão quente e apertado... Ohhh! _ rugiu e tirou tudo, voltando de novo num impulso brutal que quase me fez desabar na cama. _ aguente firme, escrava! Só vou gozar quando tiver matado minha fome desse cu gostoso que você tem. _ avisou e passou a me comer sem piedade. Golpes duros. Eu estava bem lubrificada agora. Seu pênis entrando muito fundo, até o cabo. Eu estava bem perto de gozar de novo. Cada vez que suas bolas batiam na minha vagina ele girava o quadril massageando meu clitóris. Puxou minha bunda, me empinando mais para continuar tomando suas estocadas rudes. Me comeu assim por muito tempo. Seu suor pingava nas minhas costas e bunda. Seu agarre forte nunca cedeu nos meus quadris e não aguentei mais quando levou uma mão para meu clitóris e o beliscou duro.
_ Oh! Deus! Jay...Eu.. _ chorei na intensidade da sensação deliciosa que tomou meu corpo indo se instalar na vagina. Gozei, soluços me fazendo convulsionar.

_ Shhhh, goze gostoso... Isso... Assim, meu anjo. _ não sei se ele se deu conta do que estava me chamando. Sua voz foi apertada e ele finalmente uivou, seu pênis inchando e despejando sêmen quente no meu canal. _ perfeita! Santa Mãe! Gostosa demais... _ minhas pernas cederam e caí na cama com ele ainda profundamente enterrado em mim. Continuou metendo até cessar o ritmo, sua boca quente e macia espalhando beijos muito suaves nas minhas costas. Meus soluços foram diminuindo. Meus olhos foram pesando. Uma letargia tomando conta do meu corpo. Ele saiu devagar de dentro de mim. Arquejei e depois disso simplesmente apaguei.

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