Patty...
Esse happy-hour está sendo diferente...
Diretamente do Bar do Portuga, não sei por que hoje, me
liberei totalmente e me rendi às bebidas servidas, deixando-me levemente
embriagada.
Acho que comecei a me sentir um tantinho alegrinha, quando
experimentei as primeiras doses do tal do Limmoncello – licor de limão,
delicioso e geladinho e por incrível que pareça, essa garrafa foi igual ao ano,
quando percebi, já estava na metade...
Quem vê a quantidade de copos que temos em cima da mesa
vazios, imagina que nosso nível de alcoolismo, é como de alcoólatras que lambem
até catálogo de cosméticos.
− Gente!!! – faço uma pausa, esperando a atenção de todas
descompromissadas, isso mesmo produção, quando chegamos aqui éramos 12 pessoas,
que se resumiu em apenas 5 mulheres, eu, a Camila, a Erika, a Denise e a
Tatiana, os casados e noivos, já se foram – definitivamente hoje o nosso amigo
português, caprichou no sal.
−Sal? – pergunta a Camila, estagiária do RH.
− Acho que sim, estou sentindo minha cabeça pesada, acho que
foi o sal dos petiscos – brinco com elas, tentando arrumar desculpas para a
minha tontura momentânea, igual quando a gente beija um cara feio na balada por
falta de opção e depois sai dizendo que estava bêbada.
− Eles capricharam na bebida. Isso sim!! –comenta a Erika,
nossa contadora Junior.
Praticamente somente nós cinco restou no bar, juntamente com
os garçons, que já começam a limpar e arrumar as mesas, porém estamos tão
animadas, que os barulhos de cadeiras se arrastando não atrapalham em nada,
pego meu celular para ver que horas são e vejo que tem uma mensagem no face,
deixada no período da manhã.
Dom Leon
Bom dia a você também, espero que o seu Momô, tenha feito
você dormir bem.
Achando graça da resposta dele, não paro de rir,
simultaneamente, chamo toda a atenção para mim, as meninas começam a rir, em
ver minhas risadas sem sentido.
− Chefa, estou rindo, mas tem que ter um motivo, dividi com
a gente, o motivo da graça – a Tatiana pergunta curiosa.
O efeito do álcool, nos deixa com a língua solta e sem
perceber que estou abrindo o que faço nas minhas horas vagas, explico a elas
toda a situação.
− Patty, que excitante mulher... Quero um Dom também – a
assanhada da Denise, diz dando suspiros – já imagino ele, dizendo a você. Vem
na minha casa pelada agora, que vou te amarrar na minha cama e domar você.
− Ou então! – diz Camila – quero te ver nua, quando chegar à
sua casa... ajoelhada no chão, com as mãos para traz... vou foder até os seus
miolos.
Não basta ser velha e encalhada− penso comigo − tem que ser
fã de 50 tons de cinzas e imaginar todo Dom, um verdadeiro Grey.
Risadas juntamente com gemidinhos são liberados, pelas cinco
loucas.
−Tem mais meninas, hoje pela manhã quando vi que ele tinha
deixado várias mensagens, mandei uma mensagem pedindo desculpas e disse a ele
que tinha adormecido nos braços do Momô – mal consigo contar de tanto que estou
rindo.
− Está poderosa em Patty! Fala com um Dom pela internet e ao
mesmo tempo, dorme abraçada com outro – grita a Tati do outro lado da mesa.
− Até você Tati, Momô, é o Morfeu, meu deus do sono. Não
conhece a expressão de dormir aos braços de morfeu – as meninas entram em
delírio.
− Imagina a cara do tal Dom, a hora que viu a mensagem. Deve
ter pensado... A safada é comprometida e fica dando mole no face.
− Ele é bonito? Conte-nos tudo, pois tomar umas chibatadas
de homem feio não dá – a Érika é a mais animada.
− Beleza não é tudo gente! – exclama a Erika.
− Pode não ser tudo, mas vamos combinar que o principal é
ter dinheiro e um pinto grande – Ahhhhhh meu príncipe CG – suspira a Camila
− Vamos falar com ele – sugiro para meninas.
− Woohoo!!!
– Adorei
− Ulá... Já estou sentindo calor – festejam todas animadas.
Patrícia Alencar Rochetty
Boa noite Dom Leon!!!
− Vamos esperar, ele está on line – comemoro feliz,
levantando o copo com o licor de limão. Venha brindar comigo Dom gostosão.
5 minutos e nada de
resposta.
− Meninas ele desistiu de mim – faço bico – mas como eu sou
teimosa, vou explicar quem é o Momô. A
bebida faz isso com as pessoas, dá coragem quando não se tem, te dá ousadia
quando se é tímida, conclusão libera geral.
Patrícia Alencar Rochetty
Você não está achando que o Momô é algum namorado, né...
Repito o que escrevi em voz alta a elas.
− Tem que ser mais explicativa Patty, diga logo quem é o
Morfeu – a Tati me reprende.
Pego o celular e vejo que ele não respondeu e nem
visualizou, deve ter ficado chateado, por não ter respondido a ele no mesmo
momento, vai entender a cabeça desses dominadores, devem querer dominar suas
submissas até psicologicamente. Mando minha explicação.
Patrícia Alencar Rochetty
Dom Leon costumo dormir sempre abraçada com ele e
acredito que vc também durma abraçado com Morfeu.
Leio
novamente, assim que envio a mensagem.
− Você é louca amiga e, se ele não souber quem é Morfeu? –
indaga a Camila.
− Se ele não sabe quem é Morfeu, ele tem duas opções. Uma de
me perguntar quem ele é... E a outra opção de pesquisar quem é Morfeu. Vamos lá
meninas, se esse Dom, rei das palavras pelo que li em suas postagens é tão
ignorante assim, nem como amigo de face, eu quero.
− Patty, como diz a Babby, você está se tornando quase uma
Freira, seu celibato está abrindo uma porta no céu quando você morrer – deixa a
Babby e a Camila pensar assim.
− E quem disse a você que quero ir para céu, é no inferno
que o bafão acontece minha linda − respondo mal humorada, que saco essa
mulherada em se meter na minha vida pessoal.
− Diga a ela
que você só não namora Patty – fala a minha sempre defensora e amiga Tati –
Camila, ex-ficante é
igual a banheiro público meu bem, só serve na hora que a necessidade aperta
muito, quando a Patty arrumar o cara certo, tenho certeza que ela não irá
dispensar.
Por alguns instantes mudamos de assunto, mas o fato dele
estar on-line e não me responder, me intriga e o teor alcoólico nas minhas
entranhas vão só aumentando, não é que eu esteja a fim de uma pessoa, que nem
sei se existe de verdade, mas adoro um desafio e quando vejo, já estou fazendo
peraltice.
Patrícia Alencar Rochetty
Dom Leon, esse silêncio é algum tipo de castigo?
As meninas estão tão envolvidas em ouvir o garçom de língua
presa falar, que nem prestam atenção que estou grudada novamente no celular.
Patrícia Alencar Rochetty
Confesso, que pensei que os castigos no seu estilo de
vida, fossem só com chicotinhos e palmadas.
Desaforada! – penso comigo, se esse Dom Leon, for mesmo um
dominador na vida real, vai querer me caçar.
Patrícia Alencar Rochetty
Durma bem Dom Leon, se não for aos braços de Morfeu, que
seja com Nix a deusa da noite.
Por um momento penso que o efeito do álcool, esta
quadriplicando a minha visão, ou o meu entretenimento com o celular está me
confundindo, mas não, a nossa frente estão 4 garçons com cara de não bons
amigos, só esperando a gente pedir a conta e justo hoje que quero aproveitar a
noite e não quero ir embora para casa e a culpa disso tudo, são deles que
serviram a noite toda esses lubrificantes sociais.
− Ei garçons, vocês querem vir conversar com a gente? Aqui
ó! – a Denise nos aponta – uma é mais carente que a outra... a carência aqui é
tanta... que nós desabafamos até o atendente de telemarketing. – fala entre
soluços.
− Vocês estão rindo da gente, ou para a gente? – a Tati fala
rindo.
Sei que chegou a hora de ir, as meninas estão uma pior que a
outra, acho que bebemos demais, o resto de sanidade, que ainda me resta, faz
com que eu decida pedir a conta.
Nosso motorista da Van, já está na porta esperando e, dessa
vez ele tem um trabalhinho maior, ajudar cinco mocinhas levemente alegres a se
acomodarem nos bancos.
− Dona Patrícia! − ouço uma voz longe me chamar, abro os
olhos um pouco desorientada – chegamos na sua casa.
Desde quando começou a lei seca, todas as sexta-feira, o seu
Zé, tem sido nosso motorista, geralmente venho conversando com ele por todo o
trajeto, deixando cada um em suas casas, sempre sou a última a ser deixada...
Como um espirito protetor, prefiro assim, uma vez que é o escritório,
responsável pelo pagamento dessa cortesia aos funcionários.
− Boa noite! Até a semana que vem – me despeço.
− Lar, doce lar – ensonada, cansada e, um pouco tonta, me
jogo na chaise do sofá, o primeiro sapato que tiro, vejo a necessidade de um
banho urgente.
− A não! Somente hoje vai, mereço pular o banho – me recuso
a levantar do sofá, meu celular apita.
Mensagem do face.
− Escuta aqui Dom Leon... Sei que é você... O seu tempo para
falar comigo, se esgotou a mais de 1 hora... Durma nos braços do raio da
MuMu... A vaca que deveria estar com você até agora.
Já é madrugada... Estou começando a ficar impaciente, mesmo
tendo uma belíssima menina deitada ao meu lado. A curiosidade queima meu peito
e invade a minha alma, para pegar meu celular e verificar as mensagens. Isso
está fodendo o meu juízo. Não devo satisfações dos meus atos a ninguém e posso
muito bem levantar para ler as mensagens. Porém, o conteúdo delas pode precisar
de minha total atenção. Em outras ocasiões, estaria ainda desfrutando desta
noite... Mas, hoje! Algo diferente está incomodando-me.
− Preciso ir, menina linda – digo, já me dirigindo ao
banheiro para tomar uma ducha.
− Já? – ela faz biquinho.
− Viajo logo cedo – isso não é uma grande mentira, pois,
apesar de 90 quilômetros não ser uma viagem, propriamente dita, serve como
desculpa para eu, na primeira hora do dia, poder estar em minhas terras,
descansando, com sua paisagem verdejante.
– Sigo você até sua casa – falo, assim que tomamos uma
ducha, rápida.
“Enquanto a sigo até
sua casa, tento já dar uma espiada nas mensagens, mas, o que vejo, deixa-me
irritadíssimo.”
− Merda! – bato, no
volante, assim que olho meu celular, e vejo que está com a bateria descarregada
– Hoje, este celular está conspirando contra mim!
Deixo a Larissa, em sua casa, sã e salva, a não ser algumas
marcas em seu corpo. Passo pelas ruas solitárias da madrugada de São Paulo, com
pressa e uma urgência inexplicáveis, tenho a sensação de algo se iniciando. A
garoa fina umedece o para-brisa do carro e isso me faz ter mais atenção ao
dirigir, principalmente nos cruzamentos. Uma única experiência do passado foi
um aprendizado para a vida inteira.
Ao chegar no apartamento, já tenho com o carregador do
celular na mão... Só há tempo para escovar os dentes e tirar a roupa e
debruço-me no celular para ver o que foi que atrapalhou a minha noite.
− Mas, o que é isso? – tem uma coisa que me vem atormentando
há um dia, mas, finalmente, o mistério é desvendado pelas mensagens que leio.
Dou risadas, sozinho, balançando a cabeça, sentindo, ao mesmo tempo, alívio
tremendo... falo comigo mesmo − Então, o tal do Momô é o Morfeu!?!? – essa
mulher só me surpreende, adoro seu jeito desafiador, mesmo tendo ficado puto da
vida com essa história de ela dormir com esse cretino, pois, nem imaginei que
os braços aos quais ela disse que se entregaria, eram os dele!
Dom Leon:
Boa noite, menina da pinta charmosa!!. Nunca, na minha
vida, imaginaria que o seu Momô fosse Morfeu. Digamos que prefiro, realmente,
dormir com a mãe dele, Nix... Nada contra ele, mas, mulheres fazem mais meu
estilo, mesmo que do Panteão Olímpico...kkkkk Gostei de saber que prefere
dormir com deuses do que com anjos. Se cuida!
D. Patrícia, quando disse que, desta vez, será do meu jeito,
não estava brincando. Vou mostrar a você que o gelo, mesmo sendo frio, queima,
da mesma maneira que se pode, através de um olhar, ver o brilho de uma estrela,
na noite escura. Ainda visualizando suas mensagens, fico feliz ao ver o
conceito que ela tem de castigo.
Dom Leon:
Menina da pinta charmosa, nem sempre uso o chicote como
um castigo! E minha ausência, desta vez, tampouco foi um castigo... Você faz
uma ideia errada de um relacionamento D/S.
Gosto de saber que ela está curiosa a respeito de como é um
bom castigo, acho que encontrei um ponto para me apoiar para construir nossa
futura amizade. Adoro uma menina rebelde.
Quando minhas mãos tocarem o corpo dela, imediatamente reconhecerá
a quem pertence e quem é o único que pode satisfazê-la como deseja e necessita.
Saberá que os prazeres podem ser satisfeitos e saciados e que um dominador sem
submissa é como um piano sem teclas, que não pode produzir o som que trará
prazer.
Pensativo, vejo,
incansavelmente, sua imagem límpida, em minha mente, bem como as cenas de todas
as vezes que nos encontramos.
− Menina charmosa, essa pinta será a minha morte – penso,
olhando sua imagem na tela. Assim que fecho as páginas, algo me incomoda. O fanfarrão
do Nandão é muito inteligente, admiro sua coragem em criar esse perfil, mas, o
avatar que ele escolheu é bizarro!
Faço uma busca por imagens e seleciono um leopardo
expressivo, com olhos da cor dos meus.
− Vamos começar as brincadeiras, minha menina! − troco a
imagem, na esperança de que ela perceba. Irritado comigo mesmo, levanto a
sobrancelha ao dizer minha menina...
Como posso pensar assim?
Não tenho tempo e nem
quero uma menina, agora. Na verdade, acho que essa história mal resolvida com
ela há dois anos ainda mexe comigo, talvez até por capricho ou orgulho. Nunca
gostei de deixar nada pela metade e as suas fugas, junto com sua provocação, em
nosso último encontro, se assim posso chamar o que aconteceu, deixou-me com um
gostinho de quero mais. Descobrir seu sobrenome, naquela coletiva de imprensa,
foi à revelação que sempre esperei. Patrícia Alencar Rochetty... nunca um
sobrenome foi tão importante, em questão de horas, já tinha toda a sua ficha,
nas minhas mãos.
E foi daí em diante que começou a minha frustação. Quando
liguei no número do seu celular e ouvi sua voz, não tive dúvidas de que era
ela. Porém, ela recusou-se a dizer quem era, acho que já desconfiando que
falava comigo. Até hoje, não entendo porque ela fugiu todas as vezes que tentei
estabelecer contato.
Estacionado em frente ao seu prédio, foi fácil identificar o
andar de seu apartamento e, pela luz acesa, saber que ela estava lá. Liguei,
novamente, só que em seu telefone fixo. Não ia desistir, na primeira,
tentativa. Já tinha chegado até ali. Na verdade, nem tinha nada em mente, segui
um impulso, pois tudo aquilo estava excitando-me muito.
Só de me lembrar dela aparecendo, na sacada do seu
apartamento, e começando aquele show erótico para mim, tão linda, livre, na
penumbra, sinto minhas bolas doerem. O único desejo que senti, naquele momento,
ao ver seus gestos sedutores, era vê-la, aos meus pés, totalmente entregue a
mim, pronta para me receber. Eu daria a ela tudo o que seu corpo desejasse e
necessitasse. Eu a levaria a lugares e a faria sentir coisas que nunca imaginou
experimentar. Naquela ocasião, só pensar isso me excitava, cada vez mais. Se
tivesse permitido que eu subisse, a faria implorar por meu toque, tremendo e
ansiando por minhas mãos. Mas, esse momento de lascívia foi interrompido em
questão de segundos. Não me conformo por ter sido fraco, ao invés de invadir
aquele apartamento, mas, o que me deixou mais possesso e com raiva foi ser
atrapalhado pela ronda do bairro! E a danada nem ao menos veio em meu socorro,
mandando, apenas, uma mensagem...
Amor, vou demorar para chegar. Acho melhor você ir embora.
Ligo para você, depois. Beijos e boa noite. PS: “Não se esqueça de sonhar com
meu show”...
Sua mensagem foi um bom argumento para me livrar dos
guardinhas do bairro e não acabar numa delegacia, porém, também totalmente
desestimulante. O que parecia ser uma noite promissora acabou sendo um
fracasso.
Mas, isso, não foi suficiente para me fazer desistir, muito
pelo contrário, fez com que eu quisesse ainda mais tê-la em meus braços. Por
dias, tentei abordá-la, inclusive indo até seu trabalho e tentando uma
aproximação. Só que, como sempre, ela conseguiu safar-se, não me ligou nem me
deu sequer uma justificativa pelos reais motivos para não se aproximar de mim,
deixando apenas uma aura de mistério a me instigar.
Na época, isso me desestimulou tanto, que preferi desistir,
mesmo, achando que alguma coisa não se encaixava. Mas, eu não podia investir em
uma pessoa que estava em outra sintonia. Nunca fui rejeitado por nenhuma mulher
e acho que essa rejeição dela voltou a me incomodar, tirando-me do prumo. Só
que, desta vez, vou com calma, quero conhecê-la primeiro.
− Não sei onde estão seus pensamentos, neste momento, pequena.
Sei que posso marcar não apenas seu corpo, mas, também, sua alma. Você até pode
tentar fugir, de novo, mas, sua mente vai desejar estar nos meus braços e em
minhas mãos. Por isso, não resista, novamente – falo alto, comigo.
Sempre fui afobado, querendo tudo para ontem. Paciência
nunca foi uma palavra que fizesse parte do meu vocabulário, no que diz respeito
a conquistar mulheres. Mas, em certas ocasiões, como esta, a paciência é
fundamental, pois está mulher escorreu-me pelas mãos, justamente porque não
tive o cuidado de conhecê-la antes, agindo no escuro. O destino, desta vez,
está dando-me nova chance e farei o possível e o impossível para conquistar e capturar
essa quimera.
Quero aquele olhar de quem deseja mais e a voz doce a me
pedir que fique um pouco mais. Quero suas mãos macias a tocar meu rosto,
implorando para ser minha, de novo, antes da hora de partir. Assim que quero
minha menina, sempre pronta para me satisfazer e eu a ela.
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