sexta-feira, 6 de março de 2015

Sr. G - Capítulo 14


Patrícia Alencar Rochetty

Contando carneirinhos, fico olhando a tela, esperando algo aparecer.

Patrícia Alencar Rochetty:>  Dom Leon????

O que aconteceu com esse homem agora? Será que ficou tão triste assim? Doce ilusão a minha − O QUE SÃO TRÊS DIAS DOM LEON? – caiu na risada.

Patrícia Alencar Rochetty:> Será que desta vez foi você que caiu aos braços do Momô?

Que estranho, nada de visualizar e nem responder, fiquei no vaco.

Patrícia Alencar Rochetty:> Boa noite, preciso também cair nos braços do meu deus alado, amanhã o dia será corrido e logo no final do expediente, já estarei na estrada. Um bom final de semana e não vá dormir com muitas MUMU, em minha ausência...

Sozinha em meus pensamentos, abandonada por meu amigo virtual, suspiro fundo, respeitando meus momentos, termino de arrumar minha mala, de repente, um frio percorre minha espinha, um sentimento de Dèjá Vu, faz meu cérebro transmitir sensações estranhas.

−Se esta sensação que estou sentindo − for devido aos encontros, que a Babby, já aprontou para mim, com seus amigos, que ela decidiu ser bons partidos e que foram um desastre da natureza, dessa vez − afogo ela na praia.

Outro arrepio, percorre minha espinha.

− Estranho! Nunca estive em Ilha Bela, estou igual o refrão da música.

Você sabe o que é caviar / Nunca vi, nem comi / Eu só ouço falar... mesmo assim, a sensação de viver uma história do passado, está lá no meu subconsciente, tentando me dizer alguma coisa.

Flash e mais flash, vem acompanhado do nada, assim como o inexplicável, uma sensação que surge ocasionalmente, parece que tenho um encontro marcado. Canto em voz alta outra música, tentando, espantar as neuroses da minha cabeça.

Louca, louquinha...

Dá uma licencinha...

Saí da minha cabecinha...

Você tá doidinha

Que isso, Patricinha?

Louca... Louquinha – e nem cantando, meus pensamentos e a sensação do déjà vu vão embora, de repente uma fisgada, no ser que estava quieto desde então, faz-me coincidente, do que está me incomodando. Um “replay” de uma cena, onde tenho certeza que já passei por aquele momento, me ocorre na cabeça, com a ajuda do Sr. G.

− Há, não!!!

− Definitivamente não!!!

− Sr. G, seu tarado, você quer me deixar confusa... Imagina só, uma ilha gigante, onde terão centenas de pessoas, eu encontrar com ele Carlos Tavares Junior?

Pronto! Agora meu cérebro vem com memórias, e o Sr. G com fisgadas provocadoras.

− Sabe o que vocês dois estão fazendo? Eu pegar todas as armas, que tenho, e descer a serra amanhã, totalmente armada.

− Fiquem sabendo que quero me divertir e se começarem a querer plantar ideias em minha mente, chegarei naquela ilha com “pedras nas mãos”. E não é porque vocês têm opiniões contrarias a minha ou porque querem me fazer reviver algo enterrado a sete palmos de terra, é porque estou muito animada, com meu amigo inteligente e sábio, que conheci na internet, acho que ele, é muito mais homem, que aquele gatinho mulherengo. Veja só, o pseudônimo dele, Dom Leon. Virão à diferença? Um gatinho, jamais será um Leão.

− Para Sr. G! Essas suas fisgadas, só querem medir forças comigo... não convém querer agir, contra a minha opinião − neste jogo, só nós dois temos algo a perder. 

Deitada na cama questiono-me se é necessário agir dessa maneira?

Será realmente, preciso culpar, julgar no tempo presente o que talvez essa pessoa me fez no passado? Ou melhor, será que vale a pena, pensar como poderia ter sido diferente, caso eu tivesse aberto as portas do meu coração? Será que minha vaidade, falou mais alto? Ou será que foi orgulho ou medo? Independente da minha vontade, na época, a verdade e as circunstâncias, não permitiram.

Sempre fui como a analogia ao “urubu”, onde no meio da mais bela floresta, fui capaz de encontrar animais mortos, há algum tempo. E as dúvidas e incertezas nunca me permitiram apenas eu saber se o urubu quando abre a boca sai perfume, ou um cheiro muito ruim?

Bloqueei-me desde sempre, alimentando o meu coração, buscando só coisas ruins meio às coisas boas. Essa batata quente, vou ter que engolir − por nunca me permitir ser diferente.

As coisas que permiti entrarem em meu coração, sempre foi escolhida a dedos por mim e isso é o que tenho dentro de mim.

Refletindo, fico momentaneamente irritada.

− Sr. G!?!?  − o reprendo.

− Para!!!  − seu fisgador de uma figa − não sei por que você está alegrinho?

− Quer desarmar meu coração, né? Não quer que eu faça um “bom combate”, caso encontre seu amiguinho?

− Acha mesmo que pode ser o vencedor Sr. G – digo me contorcendo de tesão, o provocador, consegue desviar toda a atenção a ele, irradiando contrações e um intenso calor em meu corpo.

− Então é assim? Quer fazer a paz acontecer? Independentemente de quem esteja com a razão, e assim ter mais harmonia a sua volta. Egoísta!!! − Xingo, enquanto começo a me tocar, infelizmente, essa glândula centralizadora de atenções, me desarma, tira dos meus pensamentos e assume minhas ações. Pego o substituto, do meu antigo PA, que comprei a meses atrás, igualzinho ao antigo, inclusive não mudando meus paradigmas, até a cor repeti.

Conveniente com o quarto com baixa iluminação, e músicas tocando no meu ipod me entrego as minhas fantasias sexuais fantasiosas, imagino Dom Leon, dominar minhas mãos, num movimento rápido, tiro meu pijama do piu piu, se fosse considerar sua mensagem subliminar, poderia até permanecer com ele, rindo sozinha, não acho que o Dom Leon, apreciaria ele, sendo assim, fico nua rapidamente.

De barriga para cima, com a cabeça em meus travesseiros macios, abro minhas pernas ligeiramente deixando meus joelhos um pouco dobrados e os pés apoiados na cama. Meus pensamentos vislumbram as palavras sedutoras de Dom Leon e por outro lado, o Sr. G, manda irradiações e contrações, me fazendo lembrar do toque do CTJ, instantaneamente estou humedecida, imaginando um toque sem atrito.

 Sem pudor e totalmente desinibida, desço minhas mãos lascivamente pelo meu corpo e de olhos fechados conjecturo sendo visualizada pelos dois enquanto faço meu fetiche, realizar-se.

− Aí que essa fantasia, está melhor do que eu esperava.

Assim segue toda a minha inspiração sôfrega, me masturbando com o auxílio do PA, entre beijos e caricias a minha própria pele, meus dedos habilidosamente reproduzem, os desejos de ser tocada por eles, provocando o Sr. G, interrompo o contato em minha genitália.

− Gosta de provocar Sr. G, também sei jogar esse jogo – digo provocativa, porém ele é mais forte do que meus desejos e fetiches, ele insisti, e meus pensamentos viajam novamente − imaginando meus dois homens, apenas me observando.

Deslizando as pontas do meu indicador e do polegar, sinto meu clitóris, passando pelo capuz, me acaricio pressionando suavemente em movimentos circulares e estimulantes, a simples atenção que dou a meu clitóris, não é suficiente, o Sr. G, exigi sua atenção e com a outra mão, levo o PA, até ele, o danado viaja, vibra e se contrai, juntamente com as glandes do meu clitóris em sintonia.  A cada movimento que faço entre os lábios externos, incluindo a área entre a minha vulva e as pernas, faço caras e bocas, mentalizando a deliciosa sensação de estar sendo observada, pelos meus dois homens imaginários. Intensifico os movimentos ao redor da minha vulva e do meu monte Vênus, conforme sinto as pulsações e contrações vindo – fico feliz, por ter este momento só meu, levando eu e meu melhor amigo, Sr. G, a mais pura exaustão do prazer.

− Nossa, Sr. G! Estava com saudades desse nosso momento íntimo – digo ofegante, exausta – só peço que você entenda a mulher que tem dentro de mim e não queira mexer nas estruturas e nos alicerces a cada vez, que fica taradão. Boa noite menino!!!


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