Capítulo Doze
Noah
Como se em um passe de mágica, uma lembrança clareia minha ideia, onde
Madison estava com um cara perto do clube. E nada tira da minha cabeça, que o
beijo que ela deu foi provocação. Seja como for, vamos provocar a ruiva. Dou
meu melhor sorriso para ela e volto a beijar a garota que agora está no meu
colo.
Suas amigas mais que empolgadas gritam e batem palmas sem parar. Quando
volto a olhar para Madison, ela está conversando energeticamente com o dedo em
riste no rosto do Benjamin. Dou risada da sua indignação. Essa mulher é quente!
Tracy puxa Madison pelo braço, a aproxima de mim e fala:
— Noah, essa é amiga que te contei que me ajudou com conselhos e muita
paciência.
Então minha ficha caiu, ela é uma das mulheres desesperadas que Madison
aconselha. Olho para a ruiva que está me fuzilando com o olhar e Tracy
continua:
— Madison, este é...
— Eu sei quem ele é, juiz Noah Lancaster – Madison responde séria.
— Vocês se conhecem? – a garota pergunta com um sorriso luminoso.
— Sim, nos conhecemos e aquela – aponto para Alyssa — É a minha irmã.
— Que legal!
Dois homens desconhecidos chegam por trás de Madison e Alyssa, falam
alguma coisa para elas e saem para a pista de dança. Movo Tracy de lugar para
ter a visão do que elas irão fazer e mais uma vez, arrependi-me. Madison estava
com uma calça muito justa, como de costume. Uma blusa decotada, dando visão
privilegiada dos seios. Rebolava esfregando-se no desgraçado, que tinha o
sorriso de orelha a orelha. Lógico, deve estar pensando nas posições que foderá
ela, depois desse inferno.
Olho para Alyssa que já estava aos beijos com o outro. Juro por Deus, se
a minha irmã dançar daquela maneira, eu arrebento o cara e a deixo de castigo
pelo resto da sua vida. Percebo que a pista de dança não tem só minha atenção,
Benjamin e Christopher estão vidrados na mesma direção.
Tracy chama a minha atenção e num piscar de olhos, olho para pista e não
vejo mais as duas. Procuro, mas não as vejo. Faço gestos para os dois
procura-las e também não as encontram. A morena que está com Benjamin fala que
Madison mandou uma mensagem para ela, dizendo que estavam indo para casa.
Era só o que me faltava! Eu vou matar aquela cadela ruiva por colocar
minha irmã no mal caminho. Sabia que não era uma boa influência para minha
maninha. Acho que Alyssa ainda é virgem. Caralho! Tiro o celular do bolso e
mando uma mensagem para Aly, dizendo que a encontro em casa em meia hora.
Procuro o número do telefone da Madison e envio uma mensagem para ela também:
“Se acontecer alguma coisa de mal com a minha irmã, eu farei o mesmo com
você”.
Sua resposta:
“Deixa ver se
entendi... Se o cara transar com a sua irmã, você transará comigo?”
“Não brinca com coisa
séria, Madison”.
“Ai meu Deus! Você
acha que sua irmã ainda é virgem.”
“Madison”
“Dá um tempo, Noah.
Sua irmã é adulta e sabe o que faz. Volta para a sua gatinha”.
“Ficou com ciúmes,
ruiva?”
“Vacas voam, Noah?
Então, não. Não fiquei com ciúmes”.
“Admita, ruiva. Você
queria estar no lugar dela. Rebolando no meu colo”.
“Vai sonhando. Boa
noite, excelência”.
“Madison Harver, é bom
que minha irmã esteja em casa quando eu chegar, daqui meia hora”.
Despeço-me deles, passo no bar, deixo a conta paga e vou embora. Quero
Alyssa em casa sã e salva. E não na rua, com um pervertido, fazendo Deus sabe o
que, com a minha irmãzinha. Estaciono o carro na garagem e vejo que o de Alyssa
está ali. Respiro aliviado. Nunca tive problemas com a minha irmã, ela sempre
foi muito responsável e dedicada. O problema é Madison, ela é uma péssima
influência. Só de pensar que ela pode ter falado para minha irmã o que falou
para aquela garota, já começo a suar frio.
Vou direto para o meu quarto tomar banho, mesmo não sendo fumante, o
cheiro impregna na roupa e no cabelo. Tiro o celular do bolso e vejo que já é
quatro e meia da manhã. Repasso as mensagens que troquei com Madison e sorrio.
Não é à toa que os outros gostam de ficar a sua volta, ela tem algo especial.
Acordo com o meu celular tocando desesperadamente. Encontro-o na mesinha
de cabeceira e atendo:
— Alô.
— Bom dia, Bela Adormecida. Pronto para outra noitada? – Benjamin
pergunta rindo.
— Cara, nem acordei ainda. Que horas são?
— Onze horas da manhã.
— Ben, me diz o que você e a Madison discutiram ontem.
— Ela estava inconformada porque estávamos ali. Acusou-nos de
persegui-las. Foi muita coincidência mesmo, conhecermos justamente quem
queremos distância – ele limpa a garganta — A Madison na pista de dança, também
foi cruel. Se ela fosse uma dançarina do clube, Rebecka triplicaria o
faturamento.
— Ela é linda.
— Vou investir nela novamente, aquilo deve ser um furacão na cama.
Minha resposta sai mais rápida do que eu gostaria:
— Fica longe, Benjamin.
— Por que, Noah? Ela nos contou que vocês tiveram um lance, mas você era
comprometido. Até onde sei, você não pode responder por ela.
— O aviso está dado, Ben. Não ouse tocar nela.
— Ciúmes, meritíssimo?
— Vai se foder, babaca.
Ele se despede e desligo. Idiota. Levanto, faço minha higiene e desço
para tomar café. Peço para a Martha servi-lo na sala, sento-me no sofá e pego
um dos jornais, abro-o. Nisso, ouço a porta da frente abrir e Alyssa entrar.
Ela vai direto para as escadas e percebo que está com a mesma roupa da noite
anterior. Ah merda!
— Alyssa.
Da escada, ela responde:
— Bom dia, Noah.
— Bom dia nada. Desça aqui – fecho o jornal e espero ela vir, mas não há
movimentação alguma.
— Eu vou trocar de...
— Desça aqui agora, Alyssa!
Ela vem e senta à minha frente:
— Qual o problema, Noah?
— Você passou a noite fora? – encaro-a e ela não se intimida.
— Sim. E antes que você fale qualquer coisa, quero te avisar de algo, eu
sou adulta!
Martha entra com uma bandeja com o meu café, deixa-a em cima da mesa de
centro e se vai.
— Eu vi você saindo da boate com um desconhecido.
Ela ri.
— Não. Você não me viu saindo porque estava com o bico grudado naquela
garota que conheceu minutos antes de eu me aproximar com a Madison – Alyssa levanta-se
— Olha, passei a noite fora, quero tomar banho, trocar de roupa. Posso ir?
Aceno que sim. Alcanço a xícara de café e tomo um gole, que desce
embolado. Alyssa é responsável, jamais cederia as loucuras da Madison, não é?
Imagens da ruiva dançando com aquele cara, voltam como tsunami, despertando
minha ira. Acabo derramando café no meu short, largando a xícara forte demais,
quebro uma parte dela.
Subo as escadas de dois em dois degraus, indo direto para o meu quarto.
Tiro o short sujo e o jogo no canto, procuro meu celular e o acho em cima do
travesseiro. Pego-o e teclo uma mensagem rapidamente:
“Minha irmã dormiu fora de casa, indo contra a minha vontade, Madison você
sabia disso. Por que insiste em me provocar?”
Sua resposta:
“Bom dia para você também,
excelência. Novamente isso? Noah, sua irmã é adulta”.
Antes que eu pudesse responder, chega outra mensagem dela:
“Você disse que faria
comigo, o que fizessem com ela. A ameaça ainda está de pé? 3:)”
“Sim, está. E dependendo do que aconteceu, posso fazer pior com você”.
“Estou ansiosa,
excelência”.
“Não me provoca, ruiva. O que fizeram com a minha irmãzinha?”
“Pergunte para ela,
Noah”.
“Eu vou perguntar, Madison. E depois acertarei minhas contas com você”.
“Venha, meritíssimo
;)”.
Ela quer jogar? Vamos jogar! Só que comigo, o jogo é sério. Coloco uma
calça jeans e vou até o quarto de Alyssa e bato na porta.
— Está aberta. Entre – ela grita.
— Eu preciso que você me responda, fizeram alguma coisa com você? –
pergunto sério, ansioso e irritado. Ansioso, porque terei Madison onde sempre a
quis, sob mim. Irritado, porque terei que caçar o filho da puta que mexeu com a
minha irmã caçula.
Ela revira os olhos.
— Você não vai gostar de ouvir, mas já que está insistindo. Eu tive uma
noite maravilhosa, com uma companhia maravilhosa. Olha para mim? Vê? Minha pele
boa, sorriso no rosto, brilho nos olhos...
— Ok. Ok – falo levantando as mãos e as levando ao ouvindo — Foi o
suficiente.
— Gente doida – Alyssa fala fechando a porta.
Desço rapidamente, pego as chaves do carro e saio em velocidade máxima,
em direção a casa de Madison. Assim que paro no semáforo, alcanço o celular e
envio uma mensagem a ruiva:
“Estou chegando. Tire
a roupa”.
Sua resposta:
“Estou à sua espera”.
O sinal abre e piso fundo. Ela
não perde por esperar. Vou matar a fome que venho sentindo desde aquele adeus
há oito dias atrás. Sentir seu gosto, ouvir seus gemidos, enrolar meus dedos
naquelas mechas vermelhas.
Estaciono na frente de sua casa, desço do carro e um pensamento cruza
minha cabeça. E se o cara de ontem a noite ainda estiver com ela? Dou de ombros
e encaminho-me até a porta. Se ele estiver, terá que ir embora. Madison atende
a porta e arregala os olhos quando me vê.
— O que está fazendo aqui Noah?
Ela está linda, com um vestido curto azul, cabelo bagunçado e descalça.
Entro sem permissão, fecho a porta e encosto na parede.
— Vim cumprir minha ameaça.
Beijo-a com força, querendo tudo o que ela possa me dar. Minhas mãos
passeiam pelo seu corpo, apertando seus seios, descendo até a junção das suas
coxas e a fazendo a gemer. Sim, isso era o que eu queria ouvir, Madison gemendo
por mim e para mim.
Baixo as alças do seu vestido e os seus seios fartos ficam expostos,
para minha satisfação. Beijo seu pescoço, dou-lhe pequenas mordidas no caminho
até chegar em seu mamilo. Tomo um em minha boca, sugo, mordo, fazendo
intumescer. Enquanto minha boca está dando atenção em um, aperto e belisco o
outro, alternando entre os dois. Os gemidos dela, estão cada vez mais altos.
Não quero a foder aqui em pé na porta. Baixo-me em frente a ela e trago
o vestido que estava na cintura, junto comigo. Ela levanta os pés para que eu
possa tira-lo. Beijo seus pés, seu joelho demorando mais tempo em suas coxas.
Sua pele é tão branquinha, perfeita...
Viro-a e a visão da calcinha enterrada na sua bunda, faz um gemido vim
lá do meu pau, que estava protestando para sair das calças urgentemente. Mordo
cada nádega, chupando cada marca que eu deixei e o ogro que mora dentro de mim,
comemorou ao ver minhas marcas nela. Subo pela sua espinha lambendo-a inteira,
sua pele arrepia, seu gemido é rouco e o meu desejo é intenso.
Pressiono-a mais uma vez contra a parede, suas costas encostada ao meu
peito, falo em seu ouvido:
— Eu a quero tanto, que chega a doer... – meu desejo expresso em
palavras, sai como um pedido. Ela se movimenta, encaixando-se perfeitamente em
meu corpo.
— Então, pegue-me...
Pego-a no colo, subo as escadas e vou em direção ao corredor onde há
algumas portas. Entro no último cômodo, prevendo que seu quarto seja ali por
causa da vista para frente. Coloco-a na cama e tiro minha camiseta, abro minha
calça sem tirar os olhos dela, que de tão perfeita, parece um anjo. Madison é
linda! Seus olhos brilham com luxuria ao ver meu corpo. Ela passa a língua
pelos lábios e um gemido rouco sai de mim.
Não falamos nada, nenhuma palavra é necessária nesse momento. Acredito
que como eu, ela prefira que nossos corpos falem por nós. Lembro-me de ter
camisinhas na carteira, alcanço e as jogo em cima da cama ao lado dela, que
pega uma, abre a embalagem e vem até mim. Madison ajoelha-se e toma meu pau em
sua boca com maestria, tirando-me do prumo. Ela o lambe, chupa, aperta,
fazendo-me louco. E logo que termina seu ataque, coloca o preservativo.
Sorrio.
— Agora é minha vez.
Deito Madison de barriga para cima, beijando-a com volúpia. Desço pelo
seu pescoço, junto seus seios e os sugo, seguindo pelo seu estomago, dando
atenção ao seu umbigo. Continuo meu caminho até chegar onde desejo estar, há
algum tempo. Tiro sua calcinha e abro suas pernas, sua abertura rosada dá boas
vindas para mim. Desço minha boca em seu clitóris e o sugo, esperando sentir o
néctar que tanto almejo.
Seu cheiro é inebriante e seu gosto é delicioso. Circulo seu nervo
sensível, fazendo Madison remexer-se sem parar. Para acalma-la, beijo suas
coxas e mordo-as, marcando como minhas. Volto a atacar sua linda boceta,
enfiando dois dedos e provocando seu clitóris com a língua. Quando ela volta a
se contorcer e suas paredes internas a contraírem meus dedos, aumento o ritmo a
levando ao orgasmo, onde Madison grita meu nome. Com o dedo indicador e o
polegar, abro os grandes lábios e dou-lhe um tapa, para que o orgasmo estenda-se
por mais tempo.
Vou para cima dela até ficarmos olho no olho e a beijo, enterrando-me
nela de uma só vez. Separo minha boca da sua para olhá-la, saber o que se passa
com ela através de seus olhos e o que vejo faz com que o ogro dentro de mim
urre de prazer, ela é minha. Tiro meu pau de dentro dela e provoco sua
abertura, ouço seus gemidos de protesto. Encaro-a.
— Você me provocou, me desafiou e brincou, fez tudo o que quis. Agora, é
minha vez de cobrar, senhorita Harver e vou lhe cobrar com juros e correção
monetária.
Coloco-a de quatro e fico contemplando seu lindo corpo ao meu desfrute.
Sua bunda exuberantemente empinada a minha mercê, desperta meus desejos mais
insanos. Dou um tapa em uma nádega, uma na outra e por fim uma em sua abertura,
fazendo gritar de desejo.
Penetro-a sem piedade, segurando-a pelo seu quadril firmemente. Ela
entra no meu ritmo, nos levando para o céu e para o inferno ao mesmo tempo. Com
um dedo, massageio sua bunda deliciosa, que logo tomarei para mim. Madison geme
pedindo por mais. Penetro-a na bunda com um dedo e ela enlouquece entrando num
ritmo frenético nos levando direto para o abismo.
A mudo de posição rapidamente, colocando-a para cavalgar em mim. Tentei
trazê-la com cuidado para não machucar, mas Madison estava faminta, sentou sem
cerimônia no meu pau e cavalgou lindamente. Seus seios pulando é o paraíso,
aperto-os, mordo, chupo e por fim, os beijo. Entrelaço meus dedos em seus
cabelos e trago sua boca para minha. Aumentamos nosso ritmo transloucado e o
orgasmo de Madison chega e o seu grito de prazer, faz com que a minha
libertação venha rasgando também.
Sem forças, ela deita sua cabeça em meu ombro e eu acaricio seu corpo
cansado. Sua pele é macia e mesmo coberta de suor, exala um cheiro delicioso de
morangos. Ficamos naquela posição por minutos, horas, não sei. A única coisa
que soube, foi que aquela mulher pode desestruturar o meu mundo
estrategicamente organizado. Coisa que não posso me dar o luxo de permitir.
Deito-a na cama com cuidado, vou até o banheiro tirar o preservativo e
descarta-lo. Volto para o quarto, visto minhas roupas e sento-me ao lado dela.
Passo minha mão pelo seu corpo e belisco um de seus mamilos. Meu pau protesta
pelo fato de já estar coberto e da minha razão gritar que corremos perigo.
Inclino-me e tomo sua boca em um beijo nada casto.
— Obrigado pelos seus serviços, conselheira – falo rindo.
Vi uma Madison corada, empalidecer. Ela se levanta e vai em direção ao
banheiro, mas para e volta-se para mim, coloca suas mãos no quadril e fala:
— Você é um cretino filho da puta, juiz Lancaster. Saia da minha casa e
não ouse olhar para minha cara, nunca mais.
Alguém pode me explicar o que aconteceu? Eu fiz uma brincadeira, não foi
ofensivo, pelo menos não para falar assim comigo. Madison é amargurada,
insegura e eu não tenho tempo para tipos assim.
— Não são suas clientes que precisam de ajuda profissional, você precisa.
Quem tinha que agradecer aqui é você, porque foi por minha causa que você soube
o que é um orgasmo de verdade.
— Você é um idiota arrogante achando que pode tudo, que pode falar como
bem entende com as pessoas. Acorda para vida, excelência, não pode! Saia da
minha casa agora!
Faço uma mesura.
— Com prazer, senhorita amargurada.
Mal viro as costas e ouço um zunido passar por mim, por instinto desvio
do barulho e logo um objeto estoura na parede. Olho para trás e vejo Madison
alcançando outro objeto para atirar. Encaminho-me para a porta e digo antes de
fecha-la:
— Você precisa de um psiquiatra, urgente – logo que fecho a porta, sinto
vibra-la e ouço algo tilintando no chão. Essa mulher é o cão!
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