Madison
Olho-me no espelho mais uma vez e vejo que todos os hematomas daquele
acidente infeliz já saíram. Enrolo-me na toalha e vou ao meu armário pegar uma
roupa para trabalhar. Remexendo nas minhas coisas, encontro uma camiseta preta
do Noah, pego-a e cheiro, ainda tem seu perfume.
Sinto saudades dele, sinto falta do seu cheiro, dos seus carinhos. Há
dias não nos vemos, somente trocamos mensagens. Ele diz que está em um caso
grande, Alyssa comentou que ele chega tarde em casa e passa a noite debruçado
em cima dos processos.
Não sei...
Ás vezes tenho a impressão de que ele está me evitando. Mas por que?
Sempre fomos claro um com o outro, aliás, é o que me fazia gostar tanto dele.
Nunca escondeu nada ou deixou de falar para me poupar. Noah é direto, não
importa o que a outra parte acha. O que
está acontecendo, excelência? Acostumei-me tanto a ter você por perto.
Coloco uma calça jeans, uma blusa básica, minhas inseparáveis botas,
pego meu casaco e vou para o Secret
Garden. Adoro aquele lugar. Hoje, não sou mais barmaid, ajudo Rebecka a administrar o lugar. Conseguimos fazer
melhorias que fizeram toda a diferença, temos uma excelente equipe de
profissionais.
Entro e sou saudada pelos seguranças. Vou direto para o escritório ver
se a Rebecka deixou alguma anotação para mim. Sento-me e volto a pensar em
Noah. Alcanço o celular para ver se pelo menos há uma mensagem dele, mas não
tem nada. Eu poderia ligar e perguntar se está tudo bem, mas não estou pronta
para levar o primeiro fora da minha vida.
Distraio-me fazendo minhas tarefas e atendendo alguns clientes que
estavam pelo clube. Bato um papo rápido com Cole e Aidan, repasso algumas
coisas com Ramon e volto para o escritório. Em seguida, um segurança escolta um
entregador com flores, até aqui.
— Com licença, Mad. Entrega para você.
Aceno e aponto para o rapaz entrar.
— Boa noite, senhorita Harver – ele entrega-me um buquê de flores
maravilhoso, diferente de todos que já vi. Há orquídeas, rosas e peônias. Elas
variam de rosa clara a rosa escura e branco — Pode assinar aqui, por favor? –
assino e devolvo, ele entrega-me um cartão e dá-me um recado — Um carro passará
aqui para pegá-la às nove da noite.
— Quem? – pergunto curiosa.
— Acredito que esteja no cartão. Tenha uma boa noite.
Depois que ele sai, abro o cartão e leio:
“Venha
encontrar-me, preciso vê-la novamente.
Sinto
sua falta, ruiva. Noah”.
Sorrio de orelha a orelha. Já recebi muitas flores, mas nenhuma
significou o que essas significam. Não sei porque. Gosto de Noah, na verdade,
adoro-o. Mas sentimentos tão profundos não fazem parte da minha vida. Olho as
flores novamente em meus braços e sinto-me em paz, sei que ele também sente
minha falta.
Voltei para o trabalho e não vi a hora passar. Quando me dei conta,
disseram-me que havia um motorista à minha espera. Despeço-me de Rebecka e vou.
Encontro Frank na frente do clube, esperando-me com a porta aberta.
— Boa noite, Mad – ele me cumprimenta sorrindo.
— Como está Frank?
— Muito bem e a senhorita? – ele é um senhor muito simpático. Durante
algum tempo, fiquei tentando entender como ele teve estômago para servir a
“Cardela” do mal.
— Estou bem – entro no carro e seguimos viagem. Percebo que está fazendo
um trajeto diferente, indo para o lado contrário do que deveríamos ir — Frank,
para onde estamos indo?
— Em direção ao litoral. Será uma viagem um pouco longa, Madison.
— Litoral? Viagem longa? Eu não tenho roupa, pode fazer a volta! – falo
já ficando irritada.
Ele sorri.
— Há uma valise para você no bagageiro. Não se preocupe, apenas
descanse.
Como se fosse fácil apenas descansar. O que Noah está aprontando? Um
arrepio de antecipação percorre meu corpo, que logo acorda com as nossas
quentes lembranças. Noah desperta o que há de melhor em mim e o de fatal,
também. Olho pela janela toda cidade ficando para trás e adormeço.
Acordo com alguém acariciando o meu rosto.
— Acorda, minha ruiva – abro os olhos e encontro aquele olhar que me faz
suspirar. Noah beija-me com doçura.
— Oi... – sussurro.
— Oi – seu sorriso o deixa ainda mais bonito.
Ele estende-me a mão e saio do carro. Frank entrega uma maleta para Noah
e parte. Deixando-me ali, na companhia de um dos homens mais bonito que já
conheci. Ele escolta-me até a casa, passamos no hall divinamente decorado e
fomos até a sala, onde a decoração é basicamente branca. Um sofá em forma de
“U” de couro branco, três poltronas também de couro branco e uma mesa de centro
em vidro.
— Esse lugar é lindo, Noah.
— Fica mais bonito de dia – ele aproxima-se de mim — Hoje quero matar as
saudades, amanhã mostrarei a casa.
Sua imponência ao caminhar em minha direção, seu jeito sério e o olhar
de puro desejo, compõe o homem dos sonhos de qualquer mulher. Noah está vestido
com uma bermuda bege e uma camisa branca de tecido fino, apenas com os dois
últimos botões fechados. Seu peitoral definido todo a mostra para o meu bel
prazer.
Ele toma minha boca em um beijo tranquilo, sua língua pede passagem para
acariciar a minha, eu resisto, quero que ele brigue por mim. Noah morde meu
lábio inferior, fazendo-me gemer e assim que baixo a guarda, ele invade minha
boca, fazendo meu corpo gritar por ele. O beijo que começou doce, logo se
transformou em louco, praticamente devorávamos um ao outro.
Suas mãos percorrem meu corpo e por onde elas passavam, queimavam como
brasa ardente. Ele puxa meus cabelos para o lado e tem acesso ao meu pescoço,
que ele beija, suga, lambe...
— Noah...
Ele separa sua boca da minha e fica olhando-me, foi nessa hora que
percebi como estava com saudades desse homem. Noah pega minha mão e leva-me até
a cozinha, que é tão bonita quanto o outro ambiente.
— Espero que não se importe de comer na cozinha. Não sei onde guardam as
coisas por aqui e a Martha preparou algo que eu possa esquentar no micro-ondas
– ele fala dando de ombros.
Vou até onde ele está, olho a organização de Martha e percebo que nem
tudo é para esquentar. Dou um “chega pra lá” nele e coloco um prato no
micro-ondas e peço para que ele sirva a bebida. Enquanto arrumo os pratos, ele
nos serve com uma taça de vinho branco, para combinar com o peixe. Sentamos um
de frente para o outro e começamos a comer, Noah está mais quieto que o normal,
comendo de cabeça baixa.
Gostaria que ele confiasse em mim o suficiente para abrir-se. Eu sei que
não poderei ajudar, mas assim pelo menos dividiria o fardo que está carregando.
Ele olha para mim e acho que vejo dor em seus olhos...
— Eu senti sua falta, Madison.
Meu corpo relaxa com sua declaração. Sinceramente, achei que ia falar
que não poderíamos nos ver mais ou que algo de ruim tivesse acontecido. Sorrio
e respondo:
— Eu também...
A tensão sexual entre nós é tão forte, que o silêncio é capaz de fazer
arrepiar. Com muita dificuldade termino de comer e olho para ele, que
encara-me. Sem perda de tempo ele empurra sua cadeira para trás e eu sento em
seu colo. Nossas bocas se fundem novamente em um beijo orgásmico.
Ele levanta comigo em seu colo e subimos as escadas, vamos até o final
do corredor e entramos em uma suíte maravilhosa. Ela estava mergulhada na
escuridão, a única iluminação que tinha, eram algumas poucas velas, que
perfumavam o lugar. Antes que eu pudesse me ater ao ambiente, sinto Noah atrás
de mim, suas mãos trilham o caminho até a frente da minha camisa e ele começa a
desabotoar. Enquanto faz isso, beija meu pescoço e eu derroto-me com seus
toques.
Logo que minha camisa está aberta ele vai a calça e a abre também,
tirando-a em seguida. Noah abaixa-se e beija cada nádega minha, sobe fazendo um
caminho de beijos até chegar ao meu pescoço. Morde o lóbulo da minha orelha e
fala com voz rouca:
— Vou fazer você gozar incontáveis vezes e em cada uma delas, gritará o
meu nome. Vou te chupar, te lamber, morder e marcá-la como minha. E para
finalizar – ele leva sua mão até minha bunda e massageia a minha entrada anal —
Vou comê-la aqui e tomar posse de todo seu corpo. Entendeu, senhorita Harver?
— S-sim...
Ele tira toda minha roupa rapidamente, jogando-me na cama nua. Faz um
pequeno show, tirando as suas peças e vem para cima de mim. Beijamos como se
não houvesse amanhã. Logo, ele desce aos meus seios e enquanto suga um, belisca
o outro mamilo fazendo-me gemer. Seu ataque é demorado, molhado e delicioso.
Desce trilhando um caminho com a sua língua e abre minhas pernas. Passa
seus dedos na minha abertura molhada, que já contrai em antecipação. Seus dedos
são substituídos por sua boca e ele não perdoa. Passa sua língua, suga, lambe
novamente e morde meu nervo, grito de prazer. Penetra-me com seus dedos,
enquanto sua língua trabalha no meu clitóris e fode-me com maestria. Meu
orgasmo não demora a vir e quando veio, fiquei tonta.
Noah vem por cima de mim outra vez e beija-me, compartilhando o meu
gosto que está em sua boca. Enquanto nos beijamos, ele esfrega seu pau na minha
entrada e eu tento forçá-lo a penetrar-me, mas Noah não permite, ele quer
judiar-me mais. Que Deus me ajude!
Ele penetra-me novamente com seus dedos e todas as sensações reascendem.
Belisca meu clitóris e o meu tesão vem como uma avalanche. Tento levantar-me,
porque não é possível ficar parada, mas ele impede-me. Noah massageia a entrada
da minha bunda, enquanto sua língua traça minha entrada e lá vamos nós
novamente, em um espiral de prazer.
Um dedo foi bom. Dois dedos, foi delicioso mas senti algo diferente.
Três dedos, senti incomodo e quando ele percebe isso, para o movimento e se
concentra somente na minha boceta. Eu já estava perdida, meu corpo
convulsionava e eu clamava por seu nome.
Então, Noah penetra-me com seu pau, fazendo-me gemer alto, pedindo mais,
sempre mais... Ele beija minha boca, suga minha língua, morde meu lábio e eu
puxo seu cabelo, mordo seu queixo e arranho suas costas. Um misto de sensações,
rondam meu corpo. Sua boca nos meus seios, uma mão na minha bunda e fodendo-me
desesperadamente. Não consigo assimilar, meu orgasmo vem e mais uma vez caio no
precipício do prazer.
Ele deita ao meu lado, retira o preservativo e o joga de lado. Observo
seu corpo, cada músculo, cada tatuagem, seu pau... Reúno minhas forças, subo em
cima dele e começo a lamber cada tatuagem. Isso vem martelando na minha cabeça
desde que o conheci. Seus gemidos vão intensificando de acordo com o lugar,
assim que chego perto do seu pau, ele prende a respiração. Sugo a cabeça,
acaricio com a língua, massageio suas bolas e seu gemido é rouco. Atrevo-me a
engoli-lo de uma vez só, engasgando-me e Noah, chama por mim. Meu nome é doce
quando sai dos seus lábios, estimulando-me a chupa-lo mais, com mais força e
faço isso enquanto o masturbo.
— Ah... Madison... Deus, como isso é bom.
Noah entrelaça seus dedos em meus cabelos e dita o ritmo da minha foda.
Sim, eu o estou fodendo com a minha boca. Não há prazer maior para uma mulher,
quando ouve os gemidos do homem e saber que ela o causa. Acelero o ritmo e
sinto o pulsar de sua veia na minha boca. Ele está perto de gozar...
Minha alegria dura pouco, ele retira-se de mim e fala:
— Quero gozar dentro de você.
Ele vai até uma nécessaire,
que está em cima da cômoda e pega algo, volta para cama e coloca um novo
preservativo. Vira-me de quatro, beija meu pescoço e vira meu rosto, para
alcançar minha boca. Enquanto beija-me, penetra-me na bunda com seus dedos.
— Está pronta para mim, Madison?
Aceno que sim e ele leva uma de suas mãos ao meu clitóris. Noah enfia
seu pau na minha boceta e fode-me lentamente, fazendo com que eu tenha
consciência de cada centímetro entrando e de cada um deles saindo.
Enlouquecendo-me. Sinto um líquido gelado na minha entrada e logo, sinto seu
pau na minha bunda e fico tensa. Noah volta a estimular meu clitóris e eu
relaxo, ele vai entrando e uma queimação se faz presente.
Eu não sei dizer se dor me dá prazer, o que posso afirmar é que com o
estímulo no meu clitóris somado a queimação do ânus, desencadeou um prazer
inigualável, levando-me ao pico do prazer. Eu gemia, gritava, pedia por mais...
Palavras desconexas, gemidos que mais pareciam lamentos.
— Vem comigo, ruiva. Me dê todo seu prazer.
E bastou para que mais um orgasmo viesse e tomasse conta. Meu corpo
convulsiona de prazer, minha cabeça está em branco, minhas forças não mais
existiam e eu sou a mulher mais satisfeita do mundo. Essa sou eu, nas mãos
dele.
Sou acordada com as carícias do Noah. Abro meus olhos e o vejo ali, só
que o seu sorriso não alcança seus olhos. Ele continua a acarinhar-me com
delicadeza, beija-me com doçura e o meu coração aperta.
— O que se passa com você, Noah?
Ele balança a cabeça.
— Nada...
Viro-me para ele.
— Eu sei que está acontecendo alguma coisa com você. Por favor,
compartilhe comigo.
Ele passa seus dedos pelo meu rosto.
— Ando cansado, desejando que algumas coisas fossem diferentes. Mas...
Complemento:
— Mas a vida não é justa...
— Exatamente – ele fala exasperado — Não quero pensar em nada. Hoje, eu
só quero aproveitar-me de você.
Noah beija-me e novamente penetra-me com delicadeza. Seu ritmo é
deliciosamente lento, como se estivéssemos fazendo amor... Se eu não manter a
sanidade, esse homem entrará no meu coração e será minha derrocada. Transamos
duas vezes antes de nos levantarmos para tomar café.
Fui ao banheiro tomar banho e encontrei tudo o que precisava para minha
higiene. Mas nada me preparou para aquele banheiro. Que isso, gente? É enorme,
a banheira cabe um time de basquete e de quebra tem uma vista maravilhosa do
mar.
Será que essa casa é do Noah? Alyssa disse que ele tinha vontade de
comprar uma, mas não tinha encontrado a que queria. Deve ser do Christopher,
apesar de ter mais cara do Benjamin. Saio do banheiro e pego a camisa dele que
estava no chão, visto e desço para encontra-lo colocando o café da manhã.
— Noah, esse lugar é lindo!
— Você não viu nada ainda. Depois do café faremos um tour.
Sentamos para tomar café, que só tinha suco, porque pelo jeito o
meritíssimo não sabe nem colocar água para ferver. No meio da refeição ele
quebra o silêncio.
— O que você tem com o Cole Knight? – Noah pergunta.
— Adoro Cole – ele olha-me sério e forma-se um “v” na sua testa, entre
os olhos — Tivemos bons momentos regados a bebidas, festas e maratonas – falo
piscando para Noah e ele não gosta muito — Na maioria das vezes, Aidan também
estava e...
— Eles compartilhavam você? – ele anda de um lado para outro.
— Nem sempre. Às vezes era somente Cole, outras, era somente Aidan.
Noah continua a andar de um lado para outro, puxando seu próprio cabelo
e eu rindo. Homens! Não enxergam um palmo na frente do nariz. Vou deixar sofrer
mais um pouquinho.
— A última vez que estivemos juntos, fiquei impressionada com a
disposição do Cole para a maratona – arregalo os olhos para ser mais convincente
— Foram dezoito horas seguidas. Acredita?
— Eu não quero você perto daqueles filhos da puta. Entendeu, Madison? Eu
não quero ter que quebrar a cara daqueles imbecis – Noah vociferava.
— Quando você me conheceu, sabia que eu não era mais virgem, Noah – continuo
comendo meu mamão e rindo. Estou achando uma gracinha esse “ciuminho” besta.
— Madison... Madison...
— Não se preocupe com isso, excelência. A nossa relação era íntima, mas
não profunda... Como vou explicar...
Noah para de andar e olha para mim assustado.
— Eles te pagavam para transar? – enquanto ele respirava fundo, eu me
acabava de rir. Minha barriga está doendo de tanto que rio dessa situação.
— Noah, Cole é gay.
Ele para de andar no minuto que falo.
— O que?
— Cole é gay e Aidan não é só seu melhor amigo, é o seu namorado. A
maratona é de séries de televisão e não de sexo! No natal, final de ano, festas
comemorativas, eles sempre me acolhem.
Noah vem até mim e me beija com força, a ponto dos meus lábios doerem.
Coloca-me em cima da mesa e entra no meio das minhas pernas, beijando-me
desesperadamente.
— Passaram pela minha cabeça mil maneiras de como acabar com o Cole e
Aidan – ele dá um tapa na minha coxa — Não faça mais isso. Você é minha!
O tapa arde e o tesão se apresenta na mesma intensidade. Abro a camisa,
exponho meus seios, pois sei que ele adora.
— Então, lembre-me a quem pertenço.
Não precisou falar duas vezes, sua boca já estava em mim, mais
especificamente nos meus seios. Logo abriu sua bermuda e penetrou-me sem
delicadeza alguma. É isso o que gosto, de tapas, mordidas e fodas intensas. Ele
circula meu clitóris com o dedo enquanto fode-me com vigor. Não demoro para
gozar e ele vem logo atrás, tira seu membro de dentro de mim e goza nas minhas
coxas.
Não contente em ter marcado somente minhas pernas, espalha seu sêmen por
todo meu corpo.
— É minha, toda minha e exclusivamente minha!
Noah sai e volta com uma toalha úmida para me limpar e assim o faz.
Depois abotoa minha camisa, alcança-me um chinelo.
— Vamos conhecer a casa.
— Como descobriu esse lugar?
— Benjamin me apresentou – bem como eu imaginava. Ben e suas
extravagâncias.
Noah pega-me pela mão e vamos em direção a sala. Chegando lá, ele abre
as portas duplas e fico maravilhada com o que vejo. Um terraço extenso, com uma
piscina enorme, jardim lindo e florido. Caminhamos até o final do terraço e
vejo a grandiosidade do lugar, daqui é possível ver o mar logo abaixo.
Continuamos nossa caminhada e descemos as escadas que leva a praia. No
último degrau, Noah me para , tira meus chinelos e fomos andar a beira mar.
Estou encantada com a visão das pedras que cercam esse pedaço do paraíso de
águas cristalinas e areia branca.
— Noah, estou sem palavras, esse lugar é absurdamente lindo!
Ele sorri — Verdade.
Caminhamos pela pequena faixa de areia de mãos dadas. Não lembro de ter
me sentido bem com ninguém nesse tipo de situação. Olho para Noah e mais uma
vez contemplo sua beleza. O que mais admiro nele é a sua sinceridade e
transparência.
Ele não está bem, há alguma coisa errada acontecendo, mas da mesma
maneira que Noah é transparente, há um muro de contenção que não permite saber
o que se passa no seu mais profundo ser. Não adiantará insistir. Talvez, ele
não confie em mim para contar-me tudo. Ainda assim, sempre estarei aqui para
ele e por ele.
Voltamos para a casa e ouvi meu celular tocar em algum lugar... Eu nunca
sei onde ele está. Até parece que tem pernas e saí se escondendo de pirraça!
Encontro-o no chão da sala. Ontem a hora que cheguei deve ter caído. Olho o
visor e vejo que é Meredith, uma amiga que não quer mudar, mas insiste em ficar
conversando.
— Olá, Meredith. Em que posso ajudá-la?
— Oi, Mad – ouço seus soluços. Mais uma vez desesperada.
— Calma, querida. Respire fundo. No seu tempo... Isso... Agora fala
comigo. O que está te incomodando?
— Cheguei à conclusão de que não nasci para ser feliz... O Hank
desapareceu – Hank é um pobre coitado sequestrado pelos sentimentos exacerbados
dessa mulher.
Começamos a conversar há alguns meses atrás e desde então, venho
tentando entender porque ela quer contato comigo. Meredith não quer mudar, não
quer melhorar, ela acha que o erro está no mundo e quer que eu concorde com seu
ponto de vista. Já cansei de tentar ajuda-la, ela não quer, não há mais nada
que eu possa fazer. Só que também não posso deixa-la desesperada, não é?
— Meredith, ouça-me com atenção. Você tem que parar de associar
felicidade com casamento. Entenda, felicidade não é um pote no final do arco
íris, onde você irá encontrá-lo e ser feliz para sempre, casada, com filhos e um
cachorro. Felicidade é a soma daqueles momentos que nos fizeram bem, que nos
marcaram, independente de ter sido com alguém ou não. Casamento é um momento
feliz dessa soma, mas não é a totalidade. Você casará achando que tem um
príncipe em casa, que fará tudo por você, que viajarão em lua de mel cem vezes
para renovar os votos de casamento, mas a realidade não é assim. Você será mãe,
terá uma casa inteira para limpar, roupa para lavar, criança para levar a
escola e um marido que ficará na frente da televisão nos dias de folga dele.
Você já não será prioridade nem para si mesma. Então, aproveite sua vida muito
bem, curta a si mesmo na sua solteirice, faça tudo o que tenha vontade de
fazer. Um dia, depois de ter aproveitado muito e ver que não há mais nada a
fazer além de doar-se para o próximo. Está me entendo, Meredith?
— Sim... – ela fala ainda soluçando.
— Homens não gostam que os sufoquem... Só homens, não! Eu mesmo sou uma,
odeio que me sufoquem. Dedique-se a outra coisa, que não seja encher Hank de
amor. Faça um curso de artesanato, de auto maquiagem, de kama sutra. Dedique
seu tempo a você e a sua profissão, o que sobrar empregue em Hank.
— M-mas... mas e se ele me deixar?
— Filha, ele já te deixou! Isso significa que o seu modo de pensar não
deu certo. Pense no que te falei e tente, se não der certo pelo menos você fez
algo para ser feliz.
— Obrigada, Madison.
— Beijos e se cuida!
Desligo o telefone e vejo Noah escorado no batente da porta, olhando-me
e sorrindo. Já sei que vem piada por aí. Sento-me no sofá e fico olhando para o
mar distante. Ele senta-se ao meu lado e acaricia meu rosto.
— Então, felicidade não é um pote de ouro no final do arco íris?
— Não. Felicidade são pequenos momentos em que o ser humano se julga
plenamente completo.
— Conceito interessante, assim como o do príncipe encantado que tem mais
haver com resgate, do que com perfeição. Você seria uma excelente psicóloga.
Tudo bem que seus conselhos não são muito ortodoxos, mas ainda ajudaria muitas
pessoas.
Viro-me para ele, a ideia é encrencar.
— Como assim conselho nada ortodoxo?
Ele ri.
— Vou repetir suas palavras, Madison. “Querida, a bíblia não diz que
sexo oral a levará para o inferno. Mas, diz que o divórcio a levará. Então,
chupe seu marido, chupe gostoso, pratique com uma banana, cubra os dentes com
os lábios para não machucar o pau dele. Porque se for para ir para o inferno,
pelo menos vá satisfeita e chupando seu marido”. Ruiva, eu passei duas horas
rindo disso.
— As mulheres são criadas em redomas religiosas, onde o “não pode” é
regra. Sabia que a maioria da população feminina não sabe o que é um orgasmo?
Vim para desmistificar esse tipo de coisa. Sexo é vida e pode sim!
Ele dá aquele sorriso de canto que o torna diabolicamente lindo.
— Pode, senhorita?
— Pode...
Noah abre minha camisa, deixando meus seios expostos e belisca um
mamilo. Abre sua bermuda e seu membro liberta-se. Ele começa a se tocar,
masturbando-se, joga a cabeça para trás, gemendo, dando-me água na boca.
Contemplo a imagem do paraíso até a merda do celular dele tocar. Noah pega o
telefone e atende, mas continua a se tocar. Não aguento e o tomo em minha boca
fazendo ele gaguejar.
— S-sim... Ok... Ah... Nada... Ok, ok. Ah... Eu a levarei. Tchau.
Noah levanta-me e coloca-me para cavalgá-lo. Toma minha boca e invade-me
com sua língua impiedosa. Desce sua boca e toma um mamilo, suga, morde... Noah
acaba com minha sanidade. Bate-me na bunda e eu cavalgo mais rápido, mais
forte. Subo e desço desesperadamente, quero tudo, quero Noah! Gozo dizendo seu
nome, saio de cima dele, abaixo-me e tomo seu pau em minha boca novamente.
Logo, ele goza chamando por mim.
Ele puxa-me para o seu colo novamente, beija-me com carinho e encosta
sua testa na minha.
— Eu daria tudo o que tenho para ficar aqui com você, mas a realidade não
nos permite. Rebecka precisa de você no clube essa noite – ele olha-me — Eu te
adoro, Madison. Mesmo você sendo desbocada, teimosa, chata. Eu te adoro. Jamais
esqueça-se disso.
Meu coração aperta, um nó forma-se na minha garganta. Batalho para que
as palavras saiam, eu quero dizer o mesmo porque assim o sinto. Abro a boca e
fecho, mas elas não saem... Noah lê o desespero em meus olhos, emoldura meu
rosto, beija minha testa e meus lábios.
— Calma. Eu já te conheço o suficiente para saber que sentes o mesmo. Um
dia você superará isso, Madison.
Saio de cima dele e vou até a janela sentindo-me um lixo. O cara só
disse que me adora, não foi um eu te amo.
Eu desaprendi a retribuir essas emoções, não sei dizer a alguém o que sinto,
quando esses sentimentos estão no meu coração. Fechei-me tanto para o mundo,
que agora não sei como abrir-me. Volto-me para Noah que continua sentado no
sofá e digo:
— Desculpa – tento justificar — Eu simplesmente... travo.
Ele vem até mim e beija minha testa.
— Não se preocupe – ele vai em direção as escadas — Você está indo
comigo para minha casa.
E meu coração volta a dançar chá-chá-chá.
Vc só vai postar mais semana que vem??
ResponderExcluirPoxa, fiquei mal pela Madison. A ex dele ainda vai aprontar muito, dá até pra imaginar... gravidez, chantagens e tals. Juiz sacana, tinha de dar mole pra aquela kenga dos infernos...
ResponderExcluirPs. Adoro mesmo assim! Bjs