domingo, 1 de março de 2015

Série Rock I'm Rio - Incontrolável - Capítulo 01



CAPÍTULO UM

Nova Yorque, Madson Square Garden...

Liam

_ I can’t get no, satisfaction! _ a multidão gritou enlouquecida. Elijah veio para o meu lado e sua guitarra chorou. Ele é um maldito exibicionista, mas é foda pra cacete com uma guitarra nas mãos. Suor escorria pelo meu rosto. Nós estávamos num bom momento.
Olhei o ginásio lotado. A primeira vez que estivemos aqui há quatro anos, éramos apenas mais uma banda abrindo para os famosos. Mas desde então, eles vêm por nós. Estão aqui por nós! Nós fizemos isso, porra! Nós chegamos ao maldito topo!

_ Vamos, senhoras! _ sorri, caminhando pela pequena passarela. Eu amo estar perto dos fãs. Isso aqui é o que me completa. É o meu elemento. Não vivo sem esse calor, essa adrenalina me tomando, me entorpecendo. Essa energia e excitação louca só podem ser comparadas a gozar bem duro numa boceta quente e apertada, porque se há duas coisas que amo nesse mundo é cantar e foder. Não necessariamente nessa ordem... _ não sejam tímidas. _ ronronei sedutoramente e arranquei a camiseta. Os assovios, ovações e gritos encheram meus ouvidos: Oh! Meu Deus! Liam, eu te amo! Liam, case comigo! Liam, me foda! Sorri conseguindo vislumbrar a garota que disse a última frase. Era uma loira bonita que estava espremida lá embaixo. Deslizei a mão esquerda pelo meu abdome molhado e dei-lhe uma piscada sacana. _ eu posso aceitar isso mais tarde, baby. _ Ela enlouqueceu. Elas enlouqueceram completamente. _ I can’t get no!_ cantei me abaixando para pegar as mãos que se agitavam me chamando. Umas me puxavam com uma força absurda. Eu apenas sorria me desvencilhando e passava para a seguinte. 

_ Dragon fly! Dragon fly! Dragon fly![1]_ a multidão explodiu, quando a música acabou e corri para o palco. A bateria de Paul e o baixo de Collin soaram ensurdecedores por exatos cinco segundos e as luzes se apagaram. Eles continuaram chamando o nome da banda. As luzes se acenderam e novos gritos. Gargalhei. Porra de cena fodidamente linda! 

_ Senhoras, vocês foram incríveis esta noite. _ elevei minha voz acima da euforia. Mais gritos. _ e caras, não deixem de agradar suas meninas, se é que me entendem. _ dei um sorriso maliciosamente arrogante. _ segurem-nas bem apertado. Isso, companheiros. Cuidem de suas garotas. _ isqueiros foram ligados. _ nós ainda não estamos nos despedindo. _ pausei um pouco. _ acho que vocês não querem sair daqui sem ouvir o hino da banda, não é? _ mais gritos. _ Então, me respondam, cacete! Quem aí está incontrolável, hoje? _ os gritos e pulos foram tantos que tive a impressão de sentir as estruturas do MSG[2] balançarem. Cacete! Meu violão foi entregue a mim. Coloquei o microfone no pedestal. Puxei uma respiração e fechei os olhos. Dedilhei a introdução e eles foram à loucura. 

Incontrolável. Yes! Baby
Eu nunca senti isso antes. Você invadiu a minha mente
Yes! Não segure. Deixe fluir, baby
Incontrolável. Você consegue sentir?
Yes! Você sente. Seus olhos me queimam como fogo
Não fuja mais, vem pra mim
É proibido, perigoso
Mas, baby, é incontrolável. Venha, venha para mim.

A batida ganhou força. Elijah, Paul, Sean e Collin estavam comigo agora. As vozes femininas ecoaram me ajudando no refrão. Eu amo isso, porra!

Eu vou fazer você ferver.
Uma rapidinha comigo vai durar a noite inteira...
Yes! Baby. Quando eu tiver você. Baby, quando eu tiver você...
Yes! Batendo você, batendo, batendo você a noite inteira...

_ Estamos voando para Seattle ainda hoje. _ Elijah anunciou enquanto tomávamos nossas cervejas jogados nos estofados do camarim, após o show. Os caras estavam visivelmente gastos. Foi uma semana intensa. Eu estava no meu limite também, mas a alegria de subir no palco suplantava qualquer cansaço. _ tivemos um momento fodidamente bom lá fora. 

_ Sim, nós tivemos. _ assenti, apoiando minhas botas na mesinha de centro. _ aproveitem a pausa dessa semana e aprendam a tocar direito, seus idiotas! _ eles riram e rosnaram palavrões, erguendo suas cervejas num brinde. Nossas garrafas tilintaram. Um silêncio caiu por alguns instantes. Todos eles sabiam da minha tensão porque eu também estaria num avião hoje, mas ao contrário deles que estavam indo ver suas famílias, eu estava voando para o Brasil, confrontar meu inferno pessoal. Uma família que sempre me rejeitou. 

Sou o mais novo dos filhos de Mario Portela, um brasileiro e famoso empresário do ramo da música. Minha mãe, Alécia Stone, norte-americana de Seattle, o conheceu no Rock in Rio nos anos 80. Ele era casado, mas isso não o impediu de seduzi-la. O velho a fez sua amante por cinco anos. A porra toda só foi jogada no ventilador quando eu nasci. Ela teve complicações no parto e morreu dois dias depois. Meu pai me levou para morar com sua mulher e filhos. Acho que conseguem imaginar como foi a recepção, não é? Ele tinha dois filhos mais velhos com minha bruxadrasta. É, esse é o termo carinhoso que criei para Lúcia Portela logo que aprendi minhas primeiras palavras. Ela sempre me odiou. Ela e meu irmão do meio, Raul. O mais velho, Rodrigo, apenas me ignorava. Fui criado por babás. Meu pai me amava, no entanto. Ele amava minha mãe também. Dizia-me isso incessantemente. Apenas foi covarde demais para assumi-la. Era muito conhecido na sociedade carioca e isso o freou. Quando era criança isso nunca me incomodou, mas quando entrei na adolescência eu o acusava de covarde. Minha mãe era jovem e linda, não merecia o destino que teve. Era loira, tinha olhos azuis doces e risonhos que aprendi a amar através das fotos. Ele dizia que me pareço com ela e realmente pareço. Comecei a me ressentir de nunca ter tido a chance de vê-la. Cheguei a pensar que Deus era injusto deixando minha bruxadrasta viva e me tirado minha mãe. 

Mas meu velho me amava. Disso não posso reclamar. No entanto, o amor e predileção de meu pai por mim me fez alvo das muitas maldades da bruxa e seu queridinho Raul. Eles tornaram minha vida um inferno. A merda era feia. Bem feia. Raul me fez seu saco de pancadas. O bastardo era oito anos mais velho. Então, apanhei por muito tempo até chegar a um ponto em que não aguentei mais. Quando fiz dezesseis anos arrumei minha mochila e me mandei para Seattle viver com meus avós maternos. Eu os amo. Sempre passei temporadas com eles. Meu pai nunca me privou desse convívio. 

Só voltei ao Rio de Janeiro quando tinha dezoito anos. Meu pai estava muito doente e eu tive que vê-lo. Esse foi um período fodido pela doença do meu velho. Raul estava casado há um ano, mas ainda era o mesmo bastardo, apenas não ousou tocar a mão em mim. Bom, acho que meu tamanho deve tê-lo intimidado também. Eu não era mais o adolescente franzino. Eu cheguei decidido a odiar sua mulher tanto quanto o odiava, mas não consegui. Não só porque Melissa era a coisa mais linda e deliciosa em que eu já havia posto os olhos, mas porque ela era doce e gentil comigo. Eu a chamava de doce Mel. Raul achava que era provocação, mas era apenas a forma como eu a via. E, havia algo lá. Desde o primeiro momento em que nossos olhares se cruzaram eu a senti em cada maldita parte do meu corpo. Ela também sentia. Uma energia crua, louca, selvagem, lasciva creptava quando estávamos perto. Era uma porra muito forte, intensa. Quase incontrolável. Vocês mataram a charada, não é? Sim, a música foi feita para ela. Só Elijah sabe disso. Minha linda e proibida cunhada me inspirou de muitas formas. Quase me matei de me masturbar imaginando meu pau enterrado até as bolas na boceta da doce Mel. A imagem dela veio nítida na minha mente. Os lindos olhos amendoados me dizendo que era tão louca para me dar quanto eu era para fodê-la. Cacete! Eu era completamente louco por aquela mulher! Raul nunca a mereceu e eu odiava vê-los juntos. Ele descobriu minha paixonite pela sua mulher. É claro que descobriu, gênio! Você a fodia com os olhos o tempo todo. Então, meu querido irmão passou a me provocar. Não com palavras, mas mostrando que Mel pertencia à ele. O bastardo só faltava transar com ela na minha frente.

Eu o odiava mais nessas ocasiões do que quando ele me batia. Sim, eu era fodidamente louco de tesão naquela mulher e preciso admitir, estou ansioso pra caralho para voltar a vê-la depois de seis anos. É isso, fazem seis anos que não vou ao Brasil. A última vez que estive lá foi para o funeral do meu velho. Depois disso me dediquei à Libélula e ganhamos o mundo. Investi dinheiro. Tornei-me o líder da banda e o sucesso veio. Finalmente veio e com ele muitas, muitas mulheres. A doce e proibida Mel foi relegada a um canto da minha mente, mas não completamente esquecida. Ainda me pego pensando nela, no que está fazendo, com quem está fazendo. Ela ficou viúva há dois anos. Gostaria de dizer que sinto muito, mas não. Não havia amor fraternal entre Raul e eu. Era uma hostilidade aberta. Como já devem ter deduzido, não me dei ao trabalho de ir ao funeral dele. Ironicamente tive um show fodidamente perfeito nesse dia. 

No entanto, por mais que deteste o restante da família, Mel ficou sob a minha pele. Talvez seja porque nunca tive sua boceta. É isso. Com certeza é isso. Não me entendam mal, mas eu sou bonito. Não estou nem aí se isso soa arrogante. Eu sou bonito, porra! Tenho certeza que a teria fodido até me saciar se ela fosse casada com qualquer outro. Ela teria sido minha. Tenho certeza. 

_ Que riso idiota é esse, irmão? _ Elijah zombou, cutucando meu ombro me tirando do meu recuo no tempo. _ pensando obviamente numa boceta pela sua cara de fodido. _ ele era um bastardo completo, mas esse idiota é o meu verdadeiro irmão. Digo, irmão do coração. Todos nós nos conhecemos e somos amigos desde crianças. Nossas famílias vivem no mesmo bairro em Seattle, mas minha conexão com Elijah é mais profunda. Eu amo esse bastardo, não que eu vá dizer isso a ele algum dia. De jeito nenhum! Nunca.

_ Eu acho que vocês devem ir logo embora e me deixar ter alguma diversão antes de pegar aquele voo. _ bufei tomando o último gole da minha cerveja e me levantando.

_ Ei, Liam? _ Elijah tornou num tom apreensivo. _ você está bem mesmo, cara? 

Antes que eu assentisse a porta se abriu e Natasha, nossa assistente pessoal entrou. Seus olhos vieram para mim e Elijah imediatamente. Abri um riso sacana. Sim, antes que perguntem, nós fodemos com ela. Nat é muito competente no seu trabalho, além de linda pra caralho, mas é uma puta daquelas bem liberais. Eu a fodi primeiro, depois a banda veio junto. Elijah, no entanto, cometeu o erro de se apaixonar pela vadia. Ele nunca teve bom gosto para mulheres. Sempre se apaixona pelas putas. Você deve estar se perguntando por que transo com ela se meu amigo a ama. Hum, isso é fodido mesmo. Nat transa com a banda toda. Sim, sei que assusta pra cacete, mas ela fode com a banda toda e eu sou da banda, só para constar. Quando estou cansado ou chateado demais para ir atrás de uma boceta eu aceito seus serviços. Ok. Vou explicar isso melhor. Eu não a fodo no sentido literal, ela apenas chupa meu pau. E porra! A vadia tem uma boquinha divina.

_ Ohhhh! Foda! Que boquinha gostosa! _ grasnei metendo meu pau até a garganta de Nat, enquanto Elijah estocava duro em sua boceta por trás. A vadia estava de joelhos no estofado do camarim. Os outros caras saíram há pouco. Eles sabem que Elijah só divide a refeição comigo. Eles podem trepar com ela em outro momento. Nat é a porra de uma boqueteira profissional. Sua língua fez uma pressão deliciosa no meu eixo. Passei a foder sua boca com força, comendo sem dó, esticando seus lábios ao limite. Não quero me gabar, mas meu pau me dá orgulho. Ele é grande e grosso e eu tenho que reconhecer o mérito da garota me chupando. Ela é muito talentosa... _ ah! Porra! Cacete! Isso, sua puta safada! Me chupa bem duro! Isso... Caralho! Mais duro! _ sua boca passou a trabalhar incansavelmente no meu pau, as estocadas furiosas de Elijah sacudindo seu corpo, contribuindo para o atrito perfeito. Comecei a sentir o choque familiar nas bolas. _ ahhhhhhhhhh! Foda! Vou gozar! Mama tudo! Engole tudinho, porra! _ gemi alto e esporrei em sua garganta. Fez sons de engasgo, mas continuou seu trabalho, arrancando gemidos de mim, enquanto me deixava limpo. Elijah rugiu furiosamente e bateu nas nádegas magras de Nat. Acho que ele fazia isso muito mais para puni-la por ser uma vadia do que para seu prazer. Ela me limpou e eu me enfiei nas calças. Eu precisava voltar para o hotel e me preparar para a viagem. Olhei os dois antes de sair. Elijah ainda não tinha terminado com ela. Arrancou toda a roupa de Nat grosseiramente, colou seu rosto no sofá, puxando suas pernas para o chão e rosnou, enfiando dois dedos em seu rabo. Ela gritou lascivamente e rebolou em seus dedos. Sem muita preparação ele afundou seu pau nada modesto no rabo da vadia. Os gritos dela eram um misto de dor e prazer. Deu algum tempo para ela se ajustar e puxou seus cabelos da nuca, passando a fodê-la sem piedade. Porra! Estou ficando duro de novo!

O jato taxiou pela pista de pouso do aeroporto Tom Jobim. Eu estava tenso pra caralho. Um mês. Eu preciso aguentar essa porra por um mês até nossa participação no Rock in Rio. Não consegui dormir muito, sobretudo porque Nat quis se enfiar na cama comigo. A cadela não se enxerga, caralho! Ela sabe que tudo que terá de mim é a minha porra em sua garganta. Nada mais. A porta se abriu e eu me mexi rapidamente. Preciso de um banho e de umas duas horas de sono. 

Parei na porta. Uma limusine estava estacionada lá embaixo. Esquadrinhei as proximidades e o ar foi arrancado dos meus pulmões ao ver uma mulher de costas para o jato, falando ao telefone. Meu corpo tremeu, o reconhecimento se instalando em mim. Melissa? Cacete! Era ela. Eu reconheceria aquela bunda ente mil. Meus olhos correram por ela ávidos, saudosos, embevecidos. De repente, eu tinha dezoito anos de novo. Os hormônios à flor da pele... O desejo louco me consumindo... Meu pau absurdamente duro pressionando o zíper das calças. Ela continuou de costas, distraída ao telefone e eu desci lentamente a escada do jato, dando início a uma inspeção desavergonhada. Cabelos castanhos, longos e brilhantes? Confere. Cintura fina? Perfeita. Bundinha dura e empinada? Aprovada. Pernas longas e as mais belas panturrilhas que já vi? Confere. Pisei finalmente em solo brasileiro e ela encerrou a ligação se virando para mim. Porra! Cacete! A estrela dos meus sonhos pornôs ainda era estonteantemente linda. Cristo! Linda pra caralho! Parei um instante para me recompor porque por mais que meu corpo ainda reaja de forma ridiculamente intensa à visão dela, porra! Que visão! Sou um homem agora. Então se comporte como tal, seu imbecil!

Melissa

Oh! Deus! Eu vou vê-lo dentro de poucos minutos. Olhei pela janela da limusine, enquanto o jato taxiava. Liam Stone, meu lindo, sexy e tentador cunhado que agora é o rock star mais famoso da América. Ele sozinho faturou cerca de duzentos milhões de dólares no ano passado. Sua fortuna pessoal é avaliada em mais de um bilhão. Suas músicas estão no top dez das rádios no mundo todo e ele é também um galinha assumido. As mais belas modelos e atrizes de hollywood já passaram por sua cama. Eu estou nervosa pra caramba! Esse trabalho não é novo para mim. Já recepcionei outros astros internacionais nos três anos em que Rodrigo me fez assessora da Portela Entretenimentos. Pelo amor de Deus! No ano passado cuidei de nomes como Paul McCartney, Rolling Stones e Justin Timberlake, por que estou tão nervosa? Torci minhas mãos suadas de novo, meu coração batendo como um tambor quando o jato parou. Ouvi o toque do meu celular e me forcei a atender. 

_ Ei, irmã! _ a voz de Sara, minha irmã mais nova soou do outro lado. _ então, já viu o nosso deus do rock gostoso? _ gemi, abrindo a porta e saindo do veículo. Eu estava de repente sufocando.

_ Não. O jato apenas acabou de aterrissar. _ praticamente rosnei. Ela sorriu divertida.

_ Hum, você está nervosa, Mel. _ não era uma pergunta. Ela sabia de toda a minha história com Liam. Do desejo louco, arrebatador, mas proibido, terminantemente proibido que alimentei desde quando Raul me apresentou seu irmão mais novo. Eu queimei por ele. Me senti suja, mas eu o quis com uma força absurda. Apenas um olhar em seus olhos azuis safados, sedutores e eu me afogava. Era algo quase incontrolável. Eu nunca consegui entender isso porque amei meu marido. Eu amei Raul, e desejar seu irmão fazia sentir-me uma vadia. Eu ansiava por cada olhar roubado, cada toque furtivo. Liam nunca falou abertamente sobre como se sentia, mas nunca precisou. Seus olhos azuis me consumiam, faziam promessas sujas cada vez que estávamos perto. Ele era só um garoto e isso me fez doente. Era loucura. Imoral, na verdade.

_ Sim, estou. _ anuí, tomando uma respiração profunda. _ mas ele não é mais o mesmo de seis anos atrás e nem eu, Sara. Ele é Liam Stone agora. Nossa relação será estritamente profissional. 

_ Você está tentando convencer a mim ou a si mesma, maninha? _ ela tornou. _ aqui vai o meu conselho: veja se ainda sentem a mesma química de antes e deite e role com o gostoso o mais rápido possível. _ deu um suspiro típico de fã. Revirei os olhos. _ Mel, toda mulher quer uma noite com Liam Stone. Se tiver a chance agarre-a, maninha. Faça isso por você e por nós, reles mortais que não vão conseguir chegar tão perto dele. _ mais suspiros. Eu ri dessa vez.

_ Você está suspirando por Liam Stone, é isso? Onde fica seu noivo nessa história? _ ela gargalhou.

_ Querida, você era casada quando o conheceu e isso não a impediu de molhar a calcinha por ele. _ ai! Essa foi direta. 

_ Ok, você fez um bom ponto. Liam Stone é o epítome da beleza masculina e o sonho molhado de todas as mulheres que ainda conseguem ovular. _ ela riu mais. Eu já estava menos tensa. Acho que foi por isso que minha irmãzinha ligou. Eu a amo tanto. _ você pode pegar o Chay na escola? Vou me enrolar aqui sendo babá do nosso deus do rock. Ele tem uma entrevista coletiva e depois vou levá-lo à suas instalações. 

_ Claro, Mel. Mas depois quero saber dos detalhes sórdidos. _ disse com um riso malicioso na voz.

_ Ótimo. Mas não haverá detalhes sórdidos, maninha. _ tentei soar firme. _ isso é trabalho para mim. Pare de fantasiar. Liam Stone pode ter as mulheres mais lindas...

_ Ei, pode parar! _ me cortou. _ você á linda, Mel. Não se diminua porque aquele imbecil não a valorizou. _ suspirei. Raul me deixou assim, uma mulher insegura por suas inúmeras traições. Apenas um ano depois que nos casamos meu marido já me traía. Eu aguentei no início porque o amava e esperei pacientemente que mudasse, mas ele nunca mudou. Quando decidi abandoná-lo, engravidei e aí fiz o que a maioria das mulheres fazem, permaneci presa a um casamento falido pelo meu filho. Raul era a escória como marido, mas era um pai amoroso. Ele chegou a diminuir seus casos depois que Chay nasceu, mas nos últimos anos do nosso casamento retomou com força total. Chegou ao ponto de desfilar abertamente com a amante, uma modelo famosa, dez anos mais nova do que eu. Quando os dois morreram num acidente de carro há dois anos eu só consegui sentir alívio. Eu e meu filho fomos caçados pela imprensa implacavelmente nos primeiros meses após sua morte. Eu era o retrato da vergonha na sociedade carioca. Mas as coisas voltaram a ficar tranquilas no último ano e estamos seguindo em frente. Nós dois. Só nós dois.

_ Eu preciso desligar, Sara. Nos falamos mais tarde. _ ela se despediu e desliguei, tentando reunir meus nervos para encarar Liam Stone frente a frente. Guardei meu celular na bolsa e me virei. Minha. Nossa. Senhora. Tive que suprimir um gemido ao me deparar com ele parado ao pé da escada. Usava calças jeans desbotadas, uma camiseta branca básica por baixo de uma jaqueta de couro preta. Uma típica estrela do rock, ironizei. Tirou os óculos escuros com movimentos fluídos e inclinou a cabeça levemente, me avaliando por alguns segundos irritantes. 

_ Liam... _ minha voz foi baixa, ofegante e levemente trêmula. Oh! Pelo amor de Deus! Sou uma mulher adulta, não uma garotinha. Mas ele tinha esse efeito desconcertante sobre mim. Sempre teve. Um riso lento se abriu na boca perfeita enquanto vinha devagar na minha direção e eu me esqueci de como se respirava. Oh. Meu. Deus. Ele era letalmente bonito agora. Era um homem. Testosterona emanava por todos os poros. Os olhos azuis cintilaram da mesma forma que fazia sempre que me via, mas havia algo mais lá. Um brilho ousado, perigoso, predador, intimidador. Arquejei quando parou à minha frente.

_ Ora, ora, que recepção mais... _ seu timbre sexy e rouco fez uma onda quente e eletrizante invadir meu ventre. Meus mamilos arrepiaram. Seu olhar capturou meus seios sob a blusa branca de seda e seu riso ampliou. _ calorosa... _ minhas faces incendiaram. Sério? Que idade eu tenho? Quinze anos? Recriminei-me. _ então, a quem devo agradecer? _ ronronou a última parte.

_ Pela limusine? _ indaguei confusa. Seu riso se tornou abertamente sexual. Deus! Ele tinha um sorriso indecente. Eu havia me esquecido desse detalhe. Minha calcinha encharcou instantaneamente. 

_ Não, Mel. Por ter você aqui me recepcionando. _ sussurrou.

_ Hum, é meu trabalho. _ ele ficou sério. _ sou assessora na Portela Entretenimento e, portanto, serei sua babá por um mês. _ um brilho safado tingiu suas íris e o riso brincou em sua boca de novo.

_ Babá? Hum, isso soa interessante... _ pendeu a cabeça para o lado direito e seu olhar desceu lentamente por mim e isso levou todo o meu esforço para não ofegar vergonhosamente. _ vou adorar que você me coloque na cama todas as noites desse mês. 

Oh! Má escolha de palavras.

_ Sinto muito, mas meus serviços não incluem isso, espertinho. _ falei, tentando soar tão natural quanto possível quando se tem a sua fantasia proibida flertando descaradamente na sua frente.

_ Tem certeza? Podemos negociar isso mais tarde em um jantar, talvez? _ ofereceu-me o sorriso arrogantemente sem vergonha outra vez. Ele tem essa forma de sorrir que ilumina todo o seu rosto. Os olhos azuis piscam hipnotizantes, safados e toda mulher num raio de um quilômetro tem sua calcinha molhada. Liam Stone é um galinha sedutor e não posso negar que a química entre nós ainda está presente. Oh! Rapaz. Muito presente. Mas isso aqui é trabalho. Lembrei-me e estendi a mão para ele.

_ É bom vê-lo de novo, Liam. _ esquivei da pergunta. Ele ampliou o riso, sabendo exatamente o que eu estou fazendo. _ seja bem vindo.

_ É bom vê-la também, Mel. Obrigado. _ sua mão grande e morna engoliu a minha e uma onda eletrizante subiu pelo meu braço, arrepiando os pelos, estremeci. Ele estreitou os olhos sutilmente ainda segurando minha mão. Nossos olhares se prenderam por incontáveis segundos. Catalogou cada centímetro do meu rosto e seus olhos fumegaram, detendo-se na minha boca. Lambi os lábios, minha boca subitamente seca. Minha. Nossa. _ você está linda. _ riu torto, me lembrando do garoto que conheci há dez anos. Ah! Deus! Ele era bonito. Muito bonito para minha sanidade mental. _ quero dizer, continua linda. _ sua voz foi um tom mais baixo e rouco e isso fez coisas ruins para meu corpo necessitado. Caramba! Coisas muito ruins. Seu olhar azul me hipnotizou, me reduzindo a uma massa desejosa e trêmula, como uma garotinha que nunca esteve com um homem. É oficial: estou ferrada se em apenas alguns minutos em sua companhia já estou ofegando e babando como uma cadela no cio.

Liam

Eu sei que preciso soltar sua mão, mas não quero fazer isso. Mel, minha doce Mel foi enviada para mim como uma providência divina e meu cérebro já começa a trabalhar freneticamente, arquitetando um plano para tê-la embaixo de mim. Finalmente embaixo de mim. Essa coisa louca, intensa entre nós ainda é latente e eu não saio do Brasil sem fodê-la até me fartar. Meu pau se sacudiu quando toquei sua mão fria e suada. Ela está nervosa. Gosto de saber que a deixo nervosa. O engraçado é que há dez anos era eu quem ficava assim, suado e nervoso quando a via. Mas não sou mais aquele garoto. Sou um homem agora e aprendi uma ou duas coisinhas nesse meio tempo. Coisas que vou adorar fazer com ela. Abri meu riso de vou comer você em breve e soltei relutantemente sua mão. Ela é linda! Linda pra caralho! Merda! Acho que já falei isso. Ela provoca essa reação estranha em mim. Só ela me deixa assim, completamente embasbacado. Mas não há mais nenhum bastardo para me frear. Mel é minha. Ela piscou nervosamente, tentando manter a compostura como sempre fazia quando eu a comia com os olhos anos atrás. É isso aí, baby. Dessa vez você não me escapa. Dessa vez será incontrolável...

[1] Libélula em Inglês.

[2] Madison Square Garden, chamado às vezes simplesmente de MSG ou The Garden, é um complexo de quatro arenas localizado na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos.


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