Carlos Tavares Junior...
Assim que ela
curva-se para tirar a mala do porta-malas, minha educação torna-se medíocre por
causa da visão da sua bunda, na saia justa, perfeitamente redonda e empinada! Sinto
a luxuria e o tesão varrerem meu corpo, assim que a saia sobe, conforme seu
corpo inclina, mostrando uma parte da sua coxa dourada.
Nocauteado e fascinado pela bela imagem à frente dos meus olhos, acordo do transe causado por minhas fantasias mais devassas, quando ela fecha o porta-malas, violentamente, deixando claro que percebeu que está sendo observada por mim.
Nocauteado e fascinado pela bela imagem à frente dos meus olhos, acordo do transe causado por minhas fantasias mais devassas, quando ela fecha o porta-malas, violentamente, deixando claro que percebeu que está sendo observada por mim.
Olhando em seus
olhos desafiantes, fico intrigado com o fato de essa mulher tornar-se um
desafio tão grande, principalmente por pegar fogo quando é devidamente
estimulada, transformando-se, em segundos, em gelo, quando percebe que é
desejada!
− Não me
apresente a ninguém e nem mesmo queira mostrar-me as instalações da casa. Apenas
me diga onde fica o banheiro, a fim de que possa tomar um banho decente.
Psiu! Quietinha,
pequena!!! – são as palavras que tenho vontade de dizer a ela, apenas pelo fato
de suas palavras fazerem-me imaginá-la nua, com seu corpo molhado debaixo do
chuveiro... e é tudo culpa dela, que
desperta minha lascívia ao respirar, descompassadamente, enquanto fala e tenta estabelecer
regras para sua permanência. Imagino-me falando para ela: “como quero senti-la
com minha boca! Quero ler seu corpo com minhas mãos e saboreá-la com minha
língua, em cada pedaço do seu corpo. Mas, apenas digo:
− Você é quem
manda! – digo, baixo, deslizando minhas
mãos em seus braços e tomando a mala das suas mãos.
Patrícia Alencar Rochetty...
Calafrios
percorrem meu corpo enquanto ele desliza suas mãos por meus braços. Tenho
certeza de que a maresia da ilha mexeu com o meu estado emocional, só que
resolvo não ficar com peso na consciência pelo que estou sentindo, afinal, se
tenho que ficar com algum peso, que seja do corpo desse exibido gostoso em cima
de mim...
Suspirando, disperso,
rapidinho, essa fantasia louca da minha cabeça, apesar de minha calcinha
molhada mostrar os efeitos desses pensamentos libidinosos. Não há como
disfarçar essa manifestação incontrolável do meu corpo, pois, a cada passo que
dou, o tecido úmido é um lembrete gritante do meu estado de excitação, que
manda mensagens ao resto do corpo.
Andamos lado a
lado, em direção à enorme casa, vou observando e regozijando-me com seu
delicioso corpo. U lá lá... como dizem
as pessoas que vêm algo muito bom, admirável e, muitas vezes, apetitoso... É
muita areia para meu caminhãozinho para uma viagem só... bem, mas, nada impede
que eu faça quantas viagens forem necessários...
Entramos na
imensa casa de veraneio, que é elegante, refinada e muito bem decorada, embora
se note que não há fotos espalhadas por nenhum canto. Ela é espaçosa e sua
mobília sofisticada, toda em madeira “de lei”. A estrutura do forro é toda em
lambri aparente. A área social é aberta e integrada ao deck, que dispõe de uma
bela churrasqueira, em volta da qual há algumas pessoas... Deduzo que deve ser
ali onde tudo acontece, pois é possível sentir uma atmosfera tranquila. Mas, também,
acho tudo muito feminino e mil dúvidas vêm à minha mente... Será que a casa é
da família dele? Será que, dentre todas as pessoas espalhadas por lá, há algum
parente dele? Sei lá, uma prima, irmã ou até mesmo uma namorada? Porque, vamos
combinar, só tem mulher neste angu! E uma mais linda que a outra, diga-se de
passagem! Não que eu deseje mal a qualquer uma delas, mas, sim, apenas que
virem seres vegetativos, pois serem tão lindas deveria ser até pecado! Rio,
interiormente, com tais pensamentos, que brotam enquanto caminho para entrar na
casa.
Mas, não nego que
me aborrecem essas daí, pois, com a magreza que estampam, devem ser daquelas
que só comem alface e outros tipos de folhas, isto é, não fazem refeições,
apenas vão pastar, pois só comem mato para manter aqueles corpos... Bem, devem
fazer uma concessão apenas a uma boa linguiça... Linguiça!?!? Só de pensar nessa
palavra, já relembro da protuberância na calça daquele patrocinadorzinho,
enquanto estávamos lá fora, entre os carros. Se tivesse seguido os impulsos
ditados pelos meus hormônios e pelo Sr. G, acho que o teria agarrado, sem
pensar no depois, há vários minutos atrás.
E a cara da Babby
quando me vê passar, acompanhada por ele?!?! Não quero nem lembrar! Seu sorriso
cínico e seu aceno positivo expressaram que eu deveria reconhecer que ela estava
com a razão, quando me falou algo, enquanto ainda estávamos lá fora.
Imagina só, ela
falou que euzinha fiquei de quatro quando vi o Carlos! Até parece! Quase disse
a ela que isso é coisa do Sr. G, mas, claro que não falei, né? Mas, deu vontade!
Agora, ao passar por este corredor comprido, com
um monte de portas, minhas pernas tremem a cada passo que dou. Foco, Patrícia! Lembre-se
de que ele não é para você, o cara é...
− Este é seu
quarto.
− Vou usá-lo somente
para um banho rápido! Logo, desocupo-o – friso que só o usarei por alguns minutos
e nada mais.
− Este quarto é
seu pelo tempo de sua estadia em Ilhabela.
− Ah, não é,
mesmo! Já tenho uma reserva no hotel e, assim que terminar esse jantar que meus
amigos vieram prestigiar, irei embora – meu coração bate forte, fazendo as
palavras saltarem da minha boca.
− Vocês são meus
convidados não só para o jantar, mas, para permanecerem como meus hóspedes,
também! E não aceito um não como resposta. Quanto à reserva do hotel, eu
resolvo.
− Hello!!! Você
não resolve nada disso, ok? E quer saber
mais? Nem a porcaria do banho eu quero mais! Vá dar ordens para suas amigas, lá
fora! – só não o mando para o inferno porque lá ele estaria entre amigos – Na
minha vida, quem coloca regras sou eu. Assim, ninguém decide por mim onde,
quando e com quem ficarei, está entendido?
Só me falta essa
agora! Parecer-me com algumas amigas cafonas da minha infância que, além de irem
de penetras nas festas, ainda pediam um pedaço de bolo para levarem para a “avó
doente”! Ele só pode estar variado da cabeça ao pensar que aceito um negócio
deste. Dormir aqui? Valei-me... nem pensar!
− Vejo que não é afeita
a seguir regras, né? Tampouco é educada o suficiente para aceitar um convite.
Então, vou mostrar a você meu modo de resolver isso.
Seu olhar cai
para minha boca, com a fúria de um predador faminto, o que me surpreende! Não
tenho tempo de racionar a respeito do que ele diz, porque, com apenas um puxão
possessivo seu, meu corpo une-se ao dele. Sua língua arrasta-se sobre meus
lábios, que cooperam, lascivamente, com essa exploração, até invadir minha
boca. De forma inusitada, recebo comandos automáticos do Sr. G! Se já estava
molhada, agora, fico encharcada! Até meus mamilos traiçoeiros endurecem,
dolorosamente, de excitação, juntando-se aos apelos do Sr. G. Não há uma fenda da minha boca que sua língua
lisa não explore, com maestria, provando sua excelência de “beijador
profissional”!
A fim de
provocá-lo, um pouco, e precisando respirar, puxo minha cabeça, mas ele é
rápido e faminto ao segurá-la com força e sofreguidão. Não consigo reprimir um
gemido fugidio de prazer, que escapa entre nossas bocas, quando ele desliza a
outra mão em meu corpo, num ataque selvagem, mostrando que ambas as mãos são
habilidosas. Inconsciente dos meus desejos, e a fim de recuperar minha sanidade,
tento imobilizar sua mão com a minha, para impedi-lo de continuar a assaltar
meu corpo. Sem querer, nessa disputa de nossas mãos, que se entrelaçam enquanto
nossas bocas não se largam, esbarro na sua deliciosa protuberância... o que faz
com que ele, instantaneamente, libere um gemido, cujo som ecoa em meus ouvidos
como uma avalanche de tesão. Senhor dos Anéis Largos!!! Meu corpo clama por ele.
Minhas pernas trêmulas não resistem e sou amparada por seus músculos,
que pressionam meu corpo contra a porta do quarto que, de repente, é aberta. Quando
me dou conta, já estou lá dentro. Ele toma cada som que emito, como se eu
estivesse a implorar por toques mais ousados. Porém, limita-se àquele beijo
longo, profundo e forte, nada além disso, mesmo que meu corpo esteja implorando
por mais. Como uma punição, ele ignora minha súplica.
Ele morde meu
lábio inferior, junto com uma chupada delirante, então, finalmente, se separa
de mim. Que atropelamento viril foi esse?!?! Alguém anotou a placa? Prestando
atenção a mim, por estar tão próximo do meu corpo, ele observa o meu peito
subir e descer. Coça o queixo, numa contemplação de satisfação, e, suspirando,
ouço-o dizer:
– No banheiro tem todos os produtos de higiene
de que vai precisar. Bom banho, Patrícia!
− Tá... – eis o
único som que meu cérebro consegue fazer minha boca emitir, mesmo minha mente
vasculhando uma resposta que dê menos bandeira quanto à intensidade do desejo
que ele despertou em meus sentidos.
Assim que ele sai
do quarto, sem olhar para trás, o constrangimento por ter sido vencida por um
beijos toma conta de mim. Com
sinceridade, sinal máximo de tesão foi o que esse beijo enviou à minha cabeça!
Estou sentindo muito mais minhas carências, ultimamente, e, por estar sozinha há
muito tempo, decido que... quer saber?... Acaba, não, mundão!!! Esta noite vai ser
uma criança, mas, que fique bem claro... Esta noite! Somente ela...
Rindo, sozinha,
abro o zíper da mala, satisfeita por ser tão facinho de ser convencida por um
beijo. Que beijo foi este!?!?!
Sr. G, não pedi
sua opinião – esbravejo − Aliás! Para de enviar essas ondas de desejos insanos!
Compreenda que vou ficar aqui porque eu quero e não porque você está animado. Posso
ser comedora só de “mato”, como as paquitas eróticas que estão lá fora, você
sabia? Posso levar isso a ferro e fogo, diferente delas, então, não me provoque!
Meu celular vibra,
com um toque, e, ansiosa, pego-o para ver o que tem na tela. Surpresas!!!
Dom Leon:> Menina da pinta charmosa, espero que tenha chegado bem e se instalado de maneira segura! Bom divertimento! Viva a vida intensamente! Entregue-se aos seus desejos.
Desejos, Dom
Leon? Se você soubesse como eles estão aflorados...
Patrícia Alencar Rochetty:> Cheguei bem. Ainda não me decidi aonde vou instalar-me. Estudando as opções...
Visualizado 20:25
Um beijo pode ter-me
convencido a tomar uma ducha gelada, mas, ele vai precisar utilizar mais artimanhas do que apenas um
beijo para me convencer a dormir aqui, sabendo que ele está tão próximo de
mim,.
Dom Leon:> Como ainda não decidiu onde se instalar? Quer dizer que gosta de aventura, pequena? Viajou sem estar com reserva ou hospedagem definidas?
Carlos Tavares Junior...
Vamos brincar um
pouco, minha quimera! Ver seus olhos queimando, freneticamente, de desejo e
excitação fez-me querer mais. Sei que estou sendo um bastardo manipulador,
usando todas as armas que tenho para tentar convencê-la a passar a noite aqui,
mas, é o que tenho em minhas mãos e vou usar tudo até esgotar minhas chances.
Meu celular
mostra que ela respondeu a minha pergunta.
Patricia Alencar Rochetty:> Claro que reservei hotel, mas, é como se eu tivesse acabado de assistir um filme que bagunçou tudo, no lugar onde meus amigos foram convidados para jantar. A volta dos mortos vivos!!! Conhece?
Morto? Não acho
que essa provocadora pode sequer pensar que algo ao meu lado pudesse estar morto!
Para falar a verdade, meu pau está mais vivo do que nunca!
Dom Leon:> Pequena, não entendo muito de morto, pois estou sempre muito vivo e pronto... mas, conte-me a respeito do enredo desse filme. Será que encontrou alguma paixão do passado?
Visualizado 20:32
Resposta automática
Patricia Alencar Rochetty: Nada disso! Ká disse que nunca me apaixonei... Nenhum homem foi capaz de realizar a façanha de me fazer ficar apaixonada. De qualquer maneira, você é muito esperto, pois encontrei apenas um conquistadorzinho barato, que se tem em alta conta.
Vou invadir
aquele quarto, agora, e mostrar a ela o que é barato... No fim, acabo rindo,
sozinho, de sua audácia.
Dom Leon:> Na verdade, por sua ênfase nisso, mais parece que esse morto a que se refere, você nunca conseguiu enterrar... e, falando em enterrar algo, aproveite sua noite para enterrar o que realmente está a fim...
Visualizado 20:35
Engula essa do
conquistador barato.
Patrícia Alencar Rochetty: Jogando-me, novamente, nos braços de outro, Dom Leon? Snif... snif... pensei que os dominadores fossem mais radicais no sentido de não compartilhar suas meninas e amigos..
Disso você não
tenha dúvida, minha pequena! Não compartilho o que é meu, porém, neste caso,
estou dividindo comigo mesmo...
Dom Leon:> Aproveite seus dias, pois eles estão contados... quando eu tomar posse de seu corpo e reivindicá-la como minha, não haverá conquistadorzinho barato que a faça querê-lo vivo novamente. As anotações, em meu caderninho mental, só aumentam e, para cada um deles, estou planejando a respectiva punição que vou aplicar em você, quando te encontrar. E, umas belas palmadas em seu lindo bumbum também não faltarão...
Visualizado 20:38
Por um momento,
meu sangue ferve ao imaginar isso. Entretanto, passado esse momento puramente
carnal, caio em mim ao perceber que, apesar de eu ter acabado de seduzi-la com
um beijo profundo, segundos depois, ela está na internet, insinuando-se para um
homem que nem conhece! Deixando o celular
de lado, percebo que preciso de uma cerveja para acalmar os ânimos. Acho que o
feitiço virou contra o feiticeiro... Fiquei tão focado em fazê-la decidir-se a
ficar esta noite, que não percebi que ela estava interessada em outro também...
bem... está certo que esse “outro” sou eu mesmo, mas, ela não sabe disso,
então, sinto-me traído e desprezado como se não fosse eu o outro... nossa...
que locura!
Sinto meu celular
vibrar, no bolso, mas, ignoro e continuo caminhado entre os convidados do
Nandão. Claro que conheço a maioria, muitos sendo organizadores do evento,
alguns são atletas e suas famílias, além de haver muitas meninas, aqui, que já
passaram por meus braços. Independentemente disso, minha determinação, hoje,
está totalmente focada em outra coisa... isto é, nem sei mais se está mesmo ou
não...
Encantado com as
crianças brincando, tomo minha cerveja, perdido em meus pensamentos, que são
bruscamente interrompidos.
− Ela pode ser
dura na queda, às vezes... Mas, é uma mulher que vale a pena.
Linda como uma
deusa, sua amiga fala comigo. As mulheres tem um jeito peculiar de transmitir
mensagens! Ao dizer isso, a esposa do Juiz revela que a desafiadora,
provocadora e petulante da sua amiga Patrícia, com certeza, já disse algo a meu
respeito para ela. Se é isso, a mensagem é recebida por mim de bom grado.
− Uma bela menina
– limito a responder, com um sorriso no rosto.
− O Luiz Fernando
contou-nos a respeito de seu convite – fico atento, olhando para ela, esperando
seu veredicto quanto a eles passarem o final de semana aqui – Por nós será
ótimo ficar, só que precisamos apenas esperar a Patrícia sair do banho para
dizer se ela quer ficar. Vou dizer a ela que as crianças adoraram a casa para
ajudar a convencê-la a ficar – ela dá uma piscada cúmplice para mim.
O Nandão e o
Marco aproximam-se de nós e a forma possessiva com que este último pega a
esposa, num abraço de urso, mostra o quanto ela pertence a ele, coisa que deixa
isso muito bem clara.
− Animados para a
programação do final de semana? – indago, para estabelecer um bate papo
animado.
− Vamos adorar
velejar e os pequenos vão divertir-se. O Nandão estava mencionando o quanto sua
empresa apoia o esporte – engatamos num bate papo animado. O Marco é um cara
espontâneo e a conversa rendeu até um encontro de motos para o próximo mês.
Já ao lado da
churrasqueira, observando-os animados com as crianças, alimentando-as, fico
analisando como minha vida é vazia em termos de família. O Nandão vai dar
atenção aos outros convidados e aproveito para mandar uma mensagem à minha
quimera, que está demorando uma eternidade para ficar pronta! Mas, antes de
fazer isso, vejo a resposta que tinha recusado-me a ver antes.
Patrícia Alencar Rochetty:> Não afirme que fará algo que não será fácil de conseguir. Até porque uma pessoa ultra independente como eu não pode, contraditoriamente, ser uma submissa e aceitar esses seus castigos. Já li muito sobre isso e olha... vou ser sincera, esse negócio de ficar quietinha para levar chicotada não faz e nunca fará parte de mim! E, veja bem, só estou enfatizando isso porque, se te conhecer, um dia, se alguém for ficar na ponta do seu chicote, pode ter certeza de que não será a minha bela busanfa, acredite-me!
Rio alto com a
visão deturbada que ela tem a respeito do que é ser um dominador! Não sou
sádico nem gosto de uma menina sem vontade própria, mas, isso ela saberá com o
tempo.
Dom Leon:> Charmosa a forma como se refere ao seu bumbum... Já ouvi dizer bunda, glúteos, nádegas, bumbum, mas, busanfa foi a primeira vez... kkkkkkkkkkkkkkkk... Sempre associarei a palavra a você quando ouvi-la a partir de agora.
Mudando de assunto, você já jantou? Ah, e desculpe-me pela demora em responder, mas, estava terminando um assunto com uns amigos.
Resposta automática
Patrícia Alencar Rochetty: Não, na verdade, estou apavorada!
Preocupado, mando,
logo, outra mensagem.
Dom Leon:> O que aconteceu?
Patricia Alencar Rochetty:> Estou mandando mensagens para minha amiga e seu marido, mas, eles não respondem! Preciso deles, pois aconteceu um probleminha... estou trancada no banheiro... rsrsrs... a maçaneta da porta quebrou e eu já gritei, esperneei e nada de ninguém aparecer...
Uhm!!! Belo
castigo.
Dom Leon:> Talvez a força do meu pensamento tenha enviado vibrações tão poderosas a ponto de travar a porta, como punição, uma vez que, trancada, ficará longe do seu amigo vivo morto.
Tento distrai-la,
enquanto, disfarçadamente, vou caminhando em direção à casa.
Patricia Alencar Rochetty:> Engraçadinho!!! Estou aqui há quase uma hora, minha bateria está acabando e não sei até quando vou ter voz para continuar gritando!
Aperto o passo
para chegar o mais rápido possível ao quarto onde ela está. Se ela tem que
gritar, quero apenas que seja o meu nome, enquanto estiver em meus braços. Continuo
provocando-a, a fim de distraí-la do medo.
Dom Leon:> Cadê o príncipe encantado ou o morto vivo que não vai salvá-la com o cavalo alado dele?
Patrícia Alencar Rochetty:> Primeiro, ele não é príncipe! Definitivamente, minha conclusão é que ele é mais uma uma assombração. O infeliz assombrou um amigo meu, no passado, e, hoje, colocou-me nessa loucura claustrofóbica de ficar trancada.
Chego ao quarto e
o som que ouço é apenas o de sua respiração forte e ofegante.
− ALGUÉM PODE ME
OUVIR? ESTOU, AQUI, NESTE BANHEIRO, TRANCADA!!!
Vejo sua roupa em
cima da cama, um short jeans desfiada e uma regata estampada. A certeza que ela
está nua ou apenas enrolada na toalha excita-me e ideias vêm a minha mente.
− Patrícia? –
pergunto, fingindo ignorar o que está acontecendo.
− Estou trancada.
Você pode tirar-me daqui? Ah, mas, antes de qualquer coisa, já vou deixar claro
que, se você tiver culpa por eu estar aqui, corto suas bolas – não duvido e,
pelo tom da sua voz, preciso pensar rápido.
Forço a porta,
desejoso e sedento, louco para ver a nuance de sua pele e nada.
− A porta não
abre, vou ver se tenho alguma ferramenta no carro.
− Não! – ela
grita – Apenas chame a Bárbara e o Marcos.
− Para de ser
teimosa, eles estão alimentando as crianças, eu resolvo isto.
De jeito
nenhum... Não vou chamar ninguém para atrapalhar minha chance de eu ser seu
herói da noite. Mas, por outro lado, preciso apenas avisá-los que eu e ela
resolvemos conversar um pouco e que, logo, nos juntaremos a eles... não, não é
uma boa ideia, porque isso só denegriria minha imagem perante eles quando vissem
as mensagens que mandou para eles.
Resolvo perguntar
a ela o que está realmente aconteceu, se a fechadura travou, a maçaneta caiu ou
se emperrou. Ela diz que é a chave que não roda, então, peço para ela tentar
tirar a chave e passá-la por debaixo da porta para mim.
Enquanto ela
tenta fazer isso, vou estabelecendo uma conversa, como se fôssemos grandes
amigos.
− Confessa,
Patrícia, que estava esperando eu vir salvar você...
Nunca imaginei
começar nosso final de semana desta maneira! Está certo que a imaginei ela nua,
em minha cama, mas, não trancada atrás de uma porta!
− Ah, mais é
claro senhor pretencioso, eu fiquei aqui, trancada por quase uma hora,
excitadíssima, sonhando com um príncipe encantado derrubando a porta e, claro,
né, você era a imagem perfeita dele.
Um sorriso de
satisfação toma minha boca ao perceber, por sua irreverente reposta, que ela
parece estar mais calma.
− Não precisava
ter feito tudo isso, pequena! Bastava pedir para eu ficar com você, no banho, porque
eu adoraria deslizar minhas mãos em seu corpo ensaboado.
Meu sangue ferve,
em minhas veias, com o desejo louco de deslizar as mãos por seu corpo molhado.
− Não duvido
disso, mas, sabe como é, né? Nós, pequenas, temos imaginação fértil, então,
adoramos inventar maneiras para atrair nossos príncipes encantados. Apenas não
gostamos quando estes aparecem e mostram que são, na verdade, asquerosos
sapos...
Ah, meu Pai! Ela
tem todos os atributos que uma menina necessita, é linda, sedutora, charmosa e tem
uma língua afiada, movida por uma mente rápida e inteligente.
− Isso já
aconteceu muitas vezes? Porque, em caso positivo, vem escolhendo mal seus
príncipes, pequena! Saiba que, hoje, vou mostrar a você como é delicioso ser
salva por um de verdade.
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