sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sr. G - Capítulo 28 - 2ª Parte



Carlos Tavares Junior... 


Os relatórios deixados na minha mesa dão-me bases para saber que não foram encontradas nenhuma falha na fabricação da cerveja,
porém a auditoria conclusiva no meio de transporte, ainda faltam detalhes. Nos tempos atuais, a competência das empresas, bem sucedidas vão muito além de apenas se basearem a suposições e as ameaças do mercado, confesso que crescemos muito e que a empresa deixou de ser pequena há muitos anos, porém, todos os funcionários, que hoje a administram vêm de quando ela era muito pequena e juntos crescemos aprendendo e errando. Claro que mais acertamos que erramos e justamente por este motivo, não posso permitir que mudanças precipitadas possam comprometer e levar a um erro. O que temos que buscar como ensinamento nesta possível falha é o acerto com exatidão. Este tem sido o nosso diferencial aos nossos concorrentes. A cada página que leio apresentado por cada departamento, tenho mais certeza, que ainda não é o momento para fazer a reunião, sendo assim mando um e-mail cancelando e remarcando para daqui alguns dias, quando já terei em minhas mãos os relatórios concluídos da auditória no transporte. 

Estou quase saindo do escritório quando meu telefone toca. A foto dela aparece na minha tela e meu coração acelera. Como é bom saber que temos alguém ao nosso lado, que nos faz acreditar que o sonho impossível de pular de um penhasco na escuridão, nos dão a segurança de encontrar a luz no final. 

− Oi Garanhão, pensei que estava em reunião. Liguei para deixar uma mensagem no seu celular. Tenho um monte de novidades. 

− Que surpresa boa, minha menina — a palavra novidade, faz-me curioso e inseguro, por instantes dou graças a Deus por estar no celular e ela não ver a minha cara de preocupação, no fundo acredito que ela não vai dar-me uma notícia como prevejo por telefone — Desmarcamos a reunião, estou livre agora, pode contar as novidades. Você melhorou? — estou ansioso 

− Vou ser breve, não quero te atrapalhar no trabalho. Estou saindo da casa da Agnelo e indo para o sítio − ela parece ansiosa tanto quanto eu e mil possibilidades passam pela minha cabeça, inclusive de assumir ela e o nosso fruto do desejo. Peguei-me por diversas vezes hoje, depois que conversei com o Nandão, enquanto lia os relatórios, fazendo planos e imaginando a carinha da nossa sementinha. 

− Você nunca atrapalha, estou aqui inteiro a sua disposição, morrendo de saudades de ter você enlaçada ao meu corpo. Os enjoos passaram? 

− Garanhão fico lisonjeada com tamanha preocupação, mas vai se acostumando, pois isto acontecerá por muitas vezes. 

Meu coração dispara além do que já estava e agradeço por estar sentado, pois minhas pernas ficam bambas. 

− Você foi ao médico? — isto é apenas o que consigo perguntar, não existe exigência em saber a verdade neste momento. Ouço uma risadinha dela e não sei se é de nervosismo ou de alegria, esta mulher me confunde. 

− Não precisei ir bonitão, para saber o que já sei há muitos anos — não entendo o que ela esta falando e continua — Tem períodos no mês das mulheres que elas sentem sintomas que a natureza decidiu junto com o homem lá de cima, que precisam passar e nem sei o motivo. 

− Esta dizendo tudo isto por que pequena? 

− Porque estou no meu período e sempre sofro enjoos e tonturas, quando ele está prestes a chegar. Bem-vindo ao meu mundo garanhão. 

Não posso dizer que esta confissão alivia-me, pois meu peito aperta e no fundo sinto-me desiludido. Não acredito que em tão pouco tempo a tenho como minha, com sentimentos eternos. Não é que planejamos isto ou esperávamos juntos por um resultado como positivo a minha ilusão momentânea, mas a possibilidade deu-me uma esperança de poder junto a ela construirmos uma família. Conta-me as novidades e mesmo sabendo que ela estará em poucos dias ao meu lado e que os planos mudarão quanto ao seu irmão, vibro, mas não dá forma que deveria, sei que fico extremamente feliz, mas acho que no fundo meu lado possessivo de ser, esperava outra novidade. Esperava que ela dissesse que estava com um fruto meu em seu ventre. 

− Você parece que não ficou animado com as novidades. 

− Não é isto, o dia foi regado de suposições. Gostei muito das novidades, principalmente por que terei você aqui, em poucos dias. 

− Agradeça o meu ciclo, por ser curto, pois quando chegar a São Paulo te compensarei cada minuto, longe de você. 

− Animador! − a pequena provocadora me distrai em apenas uma frase. 

− Animador é ouvir a sua voz, você nem imagina o que ela causa em mim. 

− Vejo que está ousada? Minha cueca está começando a ficar pequena — brinco com ela dizendo exatamente o que sua ousadia causa em mim − Alguém está crescendo desenfreadamente, imaginando você ousada nos meus braços. 

− Uhmm. Adoraria o sentir crescendo entre meus lábios. 

− Meus dedos estão coçando, para puni-la por ser tão provocadora. 

− Agora você que esta me provocando Garanhão, você falando assim, posso sentir o calor das suas mãos na minha pele macia — ela ri baixinho, então é assim que vai ser? Quer brincar? Vamos brincar então, pequena provocadora. 

− Fico feliz que gosta de sentir o ardido na sua pele macia. Acabo de fazer uma anotação mental. 

− Promessas! 

− Acredite em mim, sou um pagador de promessas, mais fervoroso que Zé do burro para salvar a vida do seu animal Nicolau, quando se trata em te satisfazer. Imagino que estes dias do seu ciclo, deve te deixar bem meladinha com o seu fluxo. 

− Nossa Carlos, nunca imaginei dividir uma intimidade tão grande com um homem. Sinto-me envergonhada. 

− Isto é porque você não esta dividindo isto com qualquer homem e sim com o seu homem. Onde você está? — meu lado dominador fala mais alto. 

− Estou na porta da casa da Agnelo, a dois passos da rua, esperando o Eduardo aparecer para irmos embora. 

− Então entre na casa novamente e vá a um lugar reservado. Vamos brincar um pouquinho. 

− Não posso, esqueceu? Estou nos meus dias. 

− Não interessa os seus dias, isto não é apenas um pedido pequena, mesmo de longe serei cuidadoso e isso não será um problema. Você precisa saber que sou seu, o tanto quanto desejo que você seja minha. E por este motivo quero te fazer gozar mesmo estando longe de mim e no seu período — friso o seu período − Você me deve isto, afinal, quem começou foi você. Você não vai querer me ver com dor nas bolas por tantos dias? Vai? 

− Um dia, você me falou, que meus orgasmos pertenciam somente a você e que quando não são proporcionados por seu toque, você se torna muito mal — ela me provoca, enquanto ouço sua voz ofegante caminhando − Mas como adoro estar nos seus braços quando você é muito mal, estou indo a um banheiro que tem nos fundos da casa da Agnelo.

− Isto pequena. Seja obediente, já estou fechando a porta da minha sala e abrindo o zíper da calça para dar passagem ao meu pau, ele está carente e precisando da sua atenção, mesmo que seja apenas ouvindo seus gemidos, enquanto você se toca. E este orgasmo não se engane, ele será somente meu. Vou fazer que seja bem especial para você. 

A respiração dela no celular causa um fervor dentro de mim, minha insanidade impera, imaginando ela se tocar, sem estar ao meu lado. Ouço uma porta se abrir e fechar e isto me dá a certeza que ela primeiro se entrega a mim e depois entrega seu corpo. 

− Sinto-me como uma garotinha, escondida, aprontando algo. 

− Uma garotinha safadinha? Foi isto que você quis dizer? — a questiono e sua risadinha sapeca entrega que esta gostando − Tira sua roupa e fica só de calcinha, você ficou deliciosa esta manhã, vestida com esta lingerie preta, vim embora com meu pau dolorido sem poder te fuder mais e mais vezes. Não me cansarei nunca de estar enterrado até o talo dentro da sua bocetinha molhada e apertadinha — adoro ser perverso com ela. 

− Você me quer seminua? — gemi baixinho − E o que eu ganho em troca? 

− Se você estivesse aqui, estaria deslizando a minha língua por todo seu corpo agora, a sinto salivar só de imaginar sua gostosa. Mas como não está aqui comigo, você ganha as minhas palavras de desejo e minhas mãos deslizando por todo o meu pau. Minha menina você é um tesão até de longe, ouvir sua respiração ofegante esta fazendo meu pau babar de desejo. 

− Quero ver — ela pede dengosa e eu aceito. 

− O que você quer ver gostosa? — preciso que ela diga. 

− Quero que mande um vídeo deslizando suas mãos por toda a sua extensão longa e deliciosa. 

− Assim? — tiro uma foto da minha glande exposta babando. 

− Delicioso! 

− Agora é sua vez. Presta atenção! — minha voz sai mais rouca que imaginava − quero que enlace seus dedos nestes bicos pontudos e gostosos e sugue eles pensando ser minha boca — ouço ela chupar e intensifico meus movimentos por toda a minha extensão — Isto bebê, chupa com vontade e passe a língua sobre eles, agora quero receber a foto da sua língua sobre seu seio. 

Ousada e deliciosa, ela envia a imagem, sua pinta evidente e a língua sobre os bicos me motivam a ser mais perverso. 

− É interno ou esterno seu absorvente? 

− Interno — ela diz baixinho, parecendo envergonhada. 

− Então quero que você puxe sua calcinha de lado e retire ele lentamente. Você tem outro aí com você? 

− Hum... Hum... 

− Perfeito! Pegue o outro e introduza até os seus dedos ficarem totalmente melados, com a outra mão aperte este brotinho saliente e se masturbe com os dedos fortemente massageando este clitóris tesudo. Delicioso! — exclamo − Posso ouvir você se tocar, sua respiração e gemidinhos, revelam cada passo que você está fazendo. Você está enfiando o absorvente minha gostosa? 

− Hum... Hum. — mesmo não sendo a resposta que desejo, o seu som confirmando me levam a loucura. 

− Hum! Hum. O que? — questiono, morrendo de tesão, querendo ouvir ela dizer mais. 

− Estou. 

− Então enfia ele até o final e gire este dedo dentro de você, sinta suas glândula que envolvem sua parede interna, dê atenção a elas — Posso sentir aqui, você engolir os seus dedos. Provoque aquela glândula saliente que vibra dentro de você. 

− Ahhh!!! — encontrou ela, chupo o ar perversamente. 

− Assim você me mata, amor! − Queria estar ao seu lado agora, fudendo esta boceta gostosa e este cuzinho apertadinho — aperto meu pau com mais força − Diz para mim, o quanto está gostoso!?! 

− Muito gostoso e excitante. Nunca imaginei fazer isto garanhão. É tão íntimo. 

− É íntimo, muito íntimo. É delirante, mas é um momento lascivo e gostoso somente nosso, agora acelere estes dedos e vem comigo sua safadinha gostosa. Estou com meu pau aqui entrando em erupção, louco ouvindo você, meus nervos estão dilatados, imaginando sua boceta melada apertando ele, enquanto explode de prazer. Como eu queria estar aí, enfiando meu pau nesta delícia. − Me manda outra foto, metendo este dedo e se masturbando. 

− Ahhh! Carlos esta tão delicioso, não precisamos fazer isto. 

Sinto-a tímida de repente. 

− Patrícia, isto não é um pedido. É uma ordem... Não há nada mais lindo neste mundo, que ver minha mulher, se tocando e pensando em mim. 

Ela fica em silêncios por instantes e a imagem chega. Seus lábios vermelhos e inchados estão divididos por seus dedos. A imagem é dos deuses, gozarei a qualquer momento. 

− Você é gostosa pra caralho, estes lábios foram esculpidos pelos deuses! — a incentivo no meio das minhas palavras emitindo sons de prazer com a minha respiração ofegante − Diz para mim pequena, como gosta que te chupe? 

− De qualquer jeito, você é o único homem da minha vida que sabe me chupar gostoso. 

Emociono-me com sua confissão. Ela faz bem a minha possessão e me leva a loucura das minhas ações. 

− Adoro ser o único. Adoro te preencher fundo e forte. Adoro quando você se mexe no meu pau. Essa bocetinha é só minha, dona dos meus desejos? 

− Sim! Vou gozar garanhão, estou tão perto. 

− Ainda não. Quero que goze só quando eu mandar. Está adorável ouvir sua respiração, enquanto me masturbo também. 

− Muito injusto isto. — reclama dengosa − sua respiração está acabando comigo, ela é como bálsamo aos meus ouvidos. Estou tão perto Carlos − puxo o ar forte e solto lentamente no fone do celular — esta vendo, é muito torturante isto. 

Não há limite que possam nos restringir nem estando longe. 

− Goze minha gostosa. Goza suspirando como está fazendo, meta este dedo fundo e pressione este negócio dentro de você com força, assim como meu pau faz e você gosta, fundo e forte, te rasgando inteirinha. Isso. Assim — ouço-a gemer alto e acelero meus movimentos forte e frenético, ouvindo o som dela gemendo de prazer e gozo lançando o líquido viscoso por toda mesa do meu escritório. 

− Isto foi... Uau — ela diz ofegante. 

− Foi muito bom, pequena provocadora. 

− Aff. Garanhão será que fui muito escandalosa? 

− Para mim você foi perfeita, mas não sei o quanto você esta longe das outras pessoas da casa. Posso lhe garantir que se alguém ouviu, sentiu um tesão imenso. 

− Você fala isto, porque não sabe que as pessoas que estão lá fora, é uma senhora de mais de 65 anos, minha ex-professora, que possivelmente pode vir a ser minha cunhada e meu irmão.

− Para de ser boba, eles não ouviram nada, você gemeu baixinho e gostoso. Te amo minha menina e vou contar os minutos até você chegar — mal termino de falar e já sinto vontade de dizer mais. 

− Também te amo garanhão. 

− Patrícia? 

− Oi? 

− Sou um sortudo feliz por ter encontrado você — ela tenta falar — me deixa terminar de falar linda. Quero te dar o meu melhor. Neste exato momento da minha vida, estou vivendo a melhor atmosfera de sentimentos e você é a razão — respiro fundo — quero ser seu porto seguro minha menina, estarei aqui quando você mais precisar, não duvide disto nunca. Adorei saber das novidades. Se cuida. 

− Também estou feliz Carlos. Se cuida também. Beijos. 


Patrícia Alencar Rochetty. 


Passamos os próximos 3 dias juntinhos com nossos pais, no início senti eles melancólicos e nostálgicos, por ficarem sozinhos, mas conversei com eles, disse que perto de mim, talvez o Eduardo tenha mais oportunidades e quase chorei, quando meus pais disseram. 

− Bah! Sei que criamos os filhos para o mundo... Mas dentro de nós, somos egoístas, temos o sentimento mesquinho e a vontade de trazer o mundo para os nossos filhos, para que eles nunca saiam de perto da gente e quando não conseguimos isto... Sentimos-nos impotente. Mãe, nossa bonequinha tem razão, vai ser bom para o Dado, um novo recomeço — sentado na sua cadeira de balanço, vejo abaixar a cabeça pensativo, esse homem é e sempre será o meu verdadeiro pai. 

− Tu tens razão pai — minha mãe concorda, chorosa, limpando as lágrimas com o avental — nosso moleque cresceu, é um homem barbado. Imaginamos ele frágil a vida toda, o menino suportou a dor da culpa, a vida inteira, talvez erramos em algum ponto o protegendo demais, mais sei que por outro lado, ele também sempre nos protegeu. Cuida de nós hoje em dia, com carinho, é respeitoso e vejo no seu olhar o arrependimento culposo por não ter sabido lidar, com o que a vida lhe deu. Agora ele precisa descobrir sozinho que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo, ele vai ter que encontrar ela e tenho fé no Senhor Jesus Cristo, que ele vai encontrar. 

Abracei-os com tanto carinho e admiração, não poderia no mundo, ter pais mais maravilhosos do que eles. Não falamos sobre o passado e quer saber, não precisou. Uma ferida pode cicatrizar sozinha, basta não mexer nela, removendo a casca. Sei que precisamos de ajuda, mas isto, não medirei esforços para conseguir. 

− Não quero ver vocês tristes, quero ver vocês orgulhosos. Espera até ver como o nosso Dado, vai se sair bem em São Paulo. E mãe e pai, vocês estão intimados a nos visitar uma vez por mês. Mandarei passagens aérea e não aceito não como resposta. 

− Capaz, que entro naquele monte de lata com asas. Gosto dos meus pés no chão. 

− Pai, o senhor é forte, aguentou muitas turbulências na sua vida, não acredito que agora, irá se acovardar com medo de um friozinho na barriga. Que raio de gaúcho macho é este Tchê — brinco com ele — Fazemos um acordo, um mês vocês vão, um mês a gente vem. 

Tudo passou muito rápido, o Eduardo trabalhou arduamente no sítio, por todos os dias. Cortou lenha, para meses, privando meu pai do serviço braçal. Parece que ele reverteu a abstinência do álcool e das drogas em trabalho. De longe eu e meus pais, ficamos observando, com sorrisos nos lábios, acreditando num futuro melhor para ele. Arrumou a porta da sala, que estava um pouco empenada e repassou tudo milimetricamente com cuidado. Ele não descansou um só minuto, com as roupas surradas, percebi, que ele não é preocupado com a vaidade, é simples e se tornou um homem esforçado, esperando apenas a sua hora chegar e vencer. Exausto ele não saiu nenhuma noite e pelo que percebi, não teve pesadelos também. Conversamos muito sobre a sua ida para São Paulo e as suas expectativas. Ele se mostrou seguro e que aproveitará esta oportunidade com unhas e dentes. 

− Tudo pronto? — pergunto assim que ele fecha o zíper da mala. 

− Não sei. 

− O que você não sabe? 

− Não sei, se é certo eu ir para um lugar desconhecido, depender de você, até arrumar algo, para me virar. 

− O que é errado, é você não acreditar que tudo vai dar certo. Acredite em você, porque eu acredito. 

− Tenho medo de te decepcionar, de não ser capaz — ele fecha os olhos e abaixa a cabeça, sentado na cama. 


− Ei? — ajoelho na frente dele, com os dedos levanto seu queixo — Pensamento positivo, ok... Você já conseguiu e eu já sinto-me orgulhosa. Vamos?



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