Liam
Eu não consigo desviar
meu olhar da pequena figura na tela do aparelho de ultrassom. Meu filho ainda é
um pequeno ponto, mas, isso não tira a emoção que eu a Mel estamos sentindo. Eu
levanto nossas mãos entrelaçadas e beijo o dorso da sua delicadamente. Ela vira
o rosto lindo para mim. Seus olhos lacrimosos. Ela é tão sensível. Eu rio,
tentando minimizar, mas, até meus olhos estão ardendo. Colo minha testa na dela.
_ Baby... Você é tão
chorona. _ eu digo baixinho. Ela ri emocionada e acena. Nossas bocas se roçam
suavemente a princípio, mas, depois vou me empolgando e passo a devorar seus
lábios. _ linda... _ sussurro e ela ofega. Eu gemo baixinho. Minha mão desliza
possessivamente para seu ventre nu e é aí que ouço um leve pigarrear. Ela ri
contra meus lábios. Eu gemo de novo, dessa vez de frustração. Cacete! Estamos
no consultório médico! Eu rio também, injetando a dose certa de sacanagem e
murmuro contra sua boca: _ ops, acho que nos empolgamos, Srª Stone.
_ Você se empolgou, superstar. _ ela leva a mão direita para a minha
face e a acaricia, enquanto me dá selinhos mais comportados. Ouvimos outro som
de pigarro. Porra! A minha teoria de que os médicos são uns malditos veadinhos
está cada vez mais forte. Eu me afasto a contragosto da minha mulher.
_ Dentro de três
semanas, mais ou menos, seremos capazes de precisar o sexo. Vou deixá-los um
instante para que a Srª Stone se recomponha e os aguardo para lhes prescrever a
receita de vitaminas. _ o médico nos diz, olhando-nos com certo espanto por
trás da sua postura profissional recomposta. Será que ele nunca teve um marido
em seu consultório antes? O que há com esses bastardos que não acompanham suas
mulheres no momento mais importante na vida de um casal? Ah, sério, Stone? Meu subconsciente aparece. Dou um bufo mental. Quem é você, cara? Hitch, Conselheiro
Amoroso?[1]
Eu tenho que reprimir uma risada real. Ele é tão abusado. O quê? É claro que
manjo muito nesse departamento. Digo arrogante. Ele zomba de mim. Não seja ridículo, Stone. Você só tem dois
meses de casado. Eu rosno. Basta olhar o rosto satisfeito da minha mulher,
seu bastardo! Eu sou sim, um marido bom pra caralho! Agora dê o fora que
preciso ajudá-la a se vestir. Ele sorri maliciosamente. Ah, você não é divertido. Prometo não fazer nenhum comentário, Stone.
Só uma espiadinha, vai? Se manda, porra! Cristo, tá bom. Eu vou. Uau! Bela bunda! Eu me viro e a Mel está de
costas mostrando a bundinha perfeita. Eu rosno, rangendo os dentes. Ele ri e
some. Idiota tarado do caralho! Eu me vejo rindo internamente porque é claro
que ele é tarado. Somos a mesma pessoa, embora eu ainda o ache uma piada de
subconsciente...
Chegamos em casa com o
sol já mergulhando no oceano. Ela olhou o espetáculo da sua janela todo o
percurso para Malibu. Eu quase me esqueço da confusão que está a minha vida
quando a vejo sorrir assim. Greg dirigiu calado, está ainda um tanto estranho
hoje. Tenho a impressão de quer me dizer algo. Vou questioná-lo mais tarde.
Jess nos aguardava com inúmeras sacolas da Rodeo
Drive[2]
e Mel soltou um suspiro nada satisfeito assim que entramos na sala. Jess me deu
um rápido beijo no rosto e fez a mesma coisa com a Mel. Eu podia jurar que
minha mulher estava pronta para lhe dar um soco a qualquer momento, dada a
expressão ameaçadora em seu rosto. Deus, ela é tão ciumenta. Jess ainda tinha
um pequeno curativo na testa lembrando-nos que foi ferida há dois dias para
proteger a Mel. Eu realmente preciso falar com ela sobre essa implicância. Jess
é um pouco cabeça de vento, mas, é leal a mim, tenho certeza. As duas foram
para o nosso quarto em seguida, mas antes a Mel plantou um beijo de cinema na
minha boca. Eu rio da sua infantilidade, mas, a seguro e devolvo o beijo com a
mesma empolgação. Se minha mulher quer dar um show, vamos ao fodido show! Ela
ri atrevida e safada antes de desviar o olhar na direção de Jess, mandando um
recado alto e claro. As duas vão para o andar de cima em seguida e eu vou à
procura de Chay e meus avós.
Jess acabou ficando
para jantar conosco. Nem preciso dizer que Mel não disfarçou sua contrariedade.
Mesmo quando fomos colocar o homenzinho na cama, ela ainda estava emburrada.
_ Pai, você vai ser
preso? _ a pergunta repentina de Chay nos fez nos entreolhar à procura de uma
saída segura. Estávamos evitando esse assunto na frente dele. _ eu vi hoje na
tv que você pode ser preso por estupro. O que é um estupro, pai? _ cacete! A
Mel está tão estupefata quanto eu.
_ Não, filho, eu não
vou ser preso. _ eu digo com toda a convicção que sinto e fecho o livro que
acabei de ler para ele. _ estupro é uma coisa muito feia que alguns adultos
seriamente doentes fazem. _ eu olho para a Mel buscando ajuda.
_ Estupro é quando
alguém toma algo que a outra pessoa não queria dar, querido. _ ela diz
suavemente. _ por isso, é considerado um crime. _ certo, essa definição é bem
melhor do que a minha.
_ Como pegar um
brinquedo que eu não queria emprestar? _ ele questiona do alto da sua
inocência.
_ Não, meu bebê. É algo
violento. A pessoa machuca o corpo da outra... _ Mel olha para mim buscando
ajuda também. Cacete. Conversar com um garoto de seis anos é mais complicado do
que pensei.
_ Veja, homenzinho. _
eu começo, lutando para encontrar as palavras certas. _ os adultos fazem muitas
merdas fodidas à vezes. _ Mel suspira do meu lado pelo uso dos palavrões.
_ Mas, seu pai não fez
isso, Chay. Ele é inocente. Você não tem que se preocupar com isso, tá bom? _ Mel
retoma. Ela é a porra de uma diplomata quando se trata do Chay. Eu sou
fascinado pela forma como lida com ele.
Chay assente, mas,
ainda parece meio triste.
_ Você promete, pai? Eu
não quero você seja preso. _ sua pequena voz é apertada e baixa. Eu me debruço
um pouco e afago sua cabeleira vasta, retirando alguns cachos da testa.
_ Prometo, homenzinho.
Você não vai ficar sem mim, filho. _ digo baixinho, olhando-o nos olhos. Seu
semblante suaviza. _ sua mãe tem razão. Não se preocupe com isso, ok? Tudo será
resolvido em breve. _ afirmo e resolvo mudar de assunto. _ dentro de três
semanas saberemos o sexo do seu irmãozinho. _ seus olhinhos se iluminam. Ele
está muito mais tranquilo com a gravidez da Mel.
_ Baby... _ Mel me
repreende. _ pode ser uma menina, você sabe, não é?
_ Eu quero um menino! _
ele diz rapidamente. Eu rio vitorioso para Mel que meneia a cabeça.
_ Isso mesmo, filho. _
eu o encorajo. _ já pensou se for uma menina tão linda quanto sua mãe? Eu e
você vamos ter que chutar muitas bolas ao longo do caminho.
Chay dá uma risadinha
infantil. Eu rio também.
_ Minha mãe é a mais
linda no mundo todo. _ ele diz com olhinhos apaixonados em direção à Mel que
está com os olhos úmidos. Ela o beija suavemente nos lábios e sussurra que o
ama. Ele ri amplamente.
_Sim, filho. _ eu digo
à ele, mas, olhando para Mel. _ sua mãe é a mais linda no mundo todo. _ um
pequeno sorriso brinca na boquinha linda. Ela o beija mais uma vez desejando
boa noite. _ você já pensou na sua festa de aniversário? Vamos fazer o que você
quiser. _ Mel me dá outro olhar reprovador. Ela acha que eu vou estragar o
homenzinho.
_ O que eu quiser? _
Chay repete com olhos brilhando de excitação.
_ O que você quiser. _
repito. _ pense sobre isso. Mas, agora, durma, campeão.
_ Boa noite, pai. Você
é o melhor. _ ele diz e eu fico instantaneamente mole e muito maricas. Esse
moleque...
_ Estou tentando,
homenzinho. _ digo baixinho e dou-lhe um beijo na testa. _ boa noite, filho.
Deixamos o quarto de
Chay e andamos pelo corredor em direção ao nosso. Pela sua postura eu sei que
ela está remoendo a Jess ainda.
_ Eu a quero fora. _
Mel cospe assim que entramos no quarto. Ela está arrancando as roupas
furiosamente. Eu não posso evitar ficar momentaneamente distraído quando o
corpo moreno e torneado fica apenas de sutiã e calcinha fio dental. Cacete.
_ Baby... _ eu clamo
chegando até ela, puxando-a pela cinturinha. _ você está sendo ciumenta e
irracional.
_ Não, não estou. _ ela
retruca. _ essa garota quer você, Liam. _ diz tomada pelo ciúme, embora negue.
_ ela é boa demais para ser verdade.
Eu suspiro longamente.
Cristo, isso vai ser difícil. Não posso simplesmente demitir a Jess por um
capricho da minha mulher. Jess depende de mim e de Elijah para se manter longe
de problemas. Eu não sei de onde veio toda essa implicância da Mel. Porra, ela
levou uma maldita pedrada para protegê-la.
_ Eu não posso
demiti-la, Mel. _ eu digo, meu tom firme. _ Jess é como se fosse da minha
família. Eu a conheço desde sempre. Além disso, ela teve problemas sérios há
bem pouco tempo e eu e Elijah gostamos de ter um olho sobre ela.
Seus olhos amendoados
se estreitam em mim.
_ Que problemas?
_ Drogas. _ eu revelo e
seu semblante suaviza um pouco. _ ela precisa de nós para mantê-la nos eixos.
_ Oh, isso é muito
ruim. _ sua voz treme ligeiramente. _ mas, você vai mantê-la mesmo sabendo que
isso me deixa desconfortável? Eu estou pedindo a você que a tire de perto de
mim pelo menos. Restrinja seu trabalho apenas à gravadora. _ diz decidida. _ eu
quero outra personal stylist já que
não posso fugir disso.
Porra. Ela joga muito
pesado. Eu levanto seu queixo e nossos olhares duelam por longos segundos.
_ Eu insisto que está
sendo injusta. _ sussurro bem próximo à sua boca. _ mas, eu nunca faria nada
para te machucar ou deixar desconfortável. _ seu olhar amolece e seus braços se
fecham em meu pescoço. _ você é a minha prioridade, baby. Ela ficará apenas na
gravadora se essa é a sua vontade. _ sua boquinha se curva num meio sorriso.
Suas mãos passeiam pelos meus ombros e descem pelo peito. Ela morde meu queixo
e enfia as mãos sob a minha camiseta. Eu estremeço e gemo com suas unhas
raspando em meu abdome. Eu rio muito sacana, puxando seus cabelos da nuca,
forçando nossas bocas juntas. _ o que você está fazendo?
Ela ri do jeito safado
e atrevido que eu amo e desce uma das mãos para meu pau que começa a crescer,
empolgado com a atenção.
_ Eu? _ ela ri
amplamente, batendo os cílios com falsa inocência. _ eu estou muito, muito
agradecida a meu maridinho lindo. _ ela ronrona e cai de joelhos, as mãos
trabalhando freneticamente no meu cinto, libertando meu pau em tempo recorde.
_ Porra baby! _ eu
rosno e gemo ao mesmo tempo em que dá a primeira lambida na ponta. Enfio as
mãos em seus cabelos, juntando-os num coque. _ você pode chupar o meu pau a
cada maldita vez que se sentir agradecida. _ ela ri, rodando a língua na cabeça
e descendo pela veia pulsante. _ caralho... _ gemo e me forço em sua boca, que
me engole gananciosamente. _ isso, minha putinha. Chupe o meu pau... _e ela o
faz. Mel devora meu pau, segurando minha bunda, forçando-me a fodê-la cada vez
mais forte e fundo. Meus olhos rolam para trás de tanto prazer. _ porra de
boquete gostoso, amor! _ eu puxo para fora, deslizando a cabeça em sua língua.
Ela a deixa plana para fora do jeito que sabe que adoro. _ vá para a cama,
minha gostosa. _ eu rosno. _ amo gozar em sua boca. Mas, amo muito mais encher
sua boceta pequena de porra. _ ela geme, juntando as coxas e dá mais uma
chupada do caralho. Eu assobio, quase gozando. _ na cama, minha safada. Agora.
_ rosno e ela se levanta fazendo um show ao tirar o sutiã e a calcinha
minúscula. Cristo, ela sabe bem o meu ponto fraco. Sabe que amo que seja safada,
despudorada, uma puta total em nossa cama. Para mim. Só para mim. Eu me livro
das roupas rapidamente e rio avançando sobre ela antes que alcance a cama. Dá
um gritinho safado quando puxo suas costas contra meu peito. Minhas mãos vão
ávidas, uma cavando entre suas coxas, abrindo os lábios de sua boceta
escorregadia e a outra amassando a carne macia dos seios. Ela estremece,
choramingando lascivamente.
_ Deus, baby... _ mia
baixinho. Eu amo quando fala assim, o tom de voz necessitado, doida para dar
para mim.
_ Vou comer você assim.
_ eu digo no seu ouvido antes de mordicar o lóbulo e descer puxando a parte
próxima ao pescoço entre os dentes. _ vou meter em você aqui, em pé. _ ela
ronrona, abrindo as pernas, me deixando enfiar dois dedos em sua vulva melada.
Massageio seu clitóris e ela ofega alto. _ é bom provocar, baby? Hum? _ chupo
seu pescoço, comendo-a com os dedos, girando-os lá dentro, tocando as paredes e
nervos bem devagar. _ você acha que pode me provocar e não terá volta?
_ Liam... _ ela clama,
lamuriosa. A respiração entrecortada. Meto fundo duas vezes com força e
desacelero. _ baby, por favor...
Eu rio da sua
mendicância e puxo os dedos. Ela arqueja quando enrolo meu braço em sua cintura
e a levanto do chão. Me abaixo, alinhando meu pau em sua entrada e vou
empurrando devagar. Nós dois gememos à medida que estico seu canal, sua carne
se agarrando no meu pau, sugando-o absurdamente gostoso. Nunca houve nada igual
para mim. Sou insanamente louco de amor e tesão por essa mulher. Nenhuma outra é
tão gostosa assim. Nenhuma, porra! Eu solto um rugido no fundo da garganta e a
empalo até o fim.
_ Ohh! Deus, amor! _
ela grita, resfolegando com a minha invasão. Puxo quase todo e volto devagar,
dando tempo para sua boceta apertada se acostumar com meu tamanho. Eu trinco os
dentes porque quero meter com força, bem fundo.
_ Gosta disso, minha
putinha? Hein? _ eu acelero os golpes, empalando-a cada vez mais duro e fundo.
Ela geme e geme. Eu a ponho no chão e continuo a meter vigorosamente. O som das
minhas estocadas bruscas em sua bunda é um afrodisíaco a mais para mim. _ diga
o quanto gosta disso, baby. Diga que ama quando eu te fodo assim! _ minha voz é
um sussurro áspero.
_ Eu amo, baby! Amo! _
ela começa a rebolar, arqueando as costas, empinando a bundinha, me dando o
ângulo perfeito para rasgar sua boceta até o útero. Eu rosno em aprovação
quando escorrego até o talo para dentro. _ você é tão gostoso, amor... _ sua respiração
é superficial, seu corpo começa a arrepiar. _ tão gostoso... Ohhh, baby, eu
vou... _ sua voz falha e ela grita alto, gozando forte no meu pau. As paredes
mamando em mim, sugando-me, levando todo o meu controle.
_ Merda! Eu estou lá,
baby! Goze no meu pau, minha delícia! Estou gozando com você... _ eu rosno,
sentindo meu pau inchar, violentando sua bocetinha pequena sem dó. A sensação
abrasadora sobe pelas minhas bolas e toma conta de mim. Eu busco sua boca num
beijo faminto e gozo duro, atirando longos jatos de porra, profundamente
enterrado nela. Fodo sua boca, chupando sua língua com força. Estamos os dois ganindo
do prazer intenso, aterrador. Nossos corpos estremecem. Estamos suados,
ofegantes, chamando o nome do outro numa lamúria sensual. Eu ainda estocando
fundo, me derramando todo dentro dela. Deixo sua boca para ambos respirarmos.
Puxamos o ar pesadamente. Eu a levanto de novo, empalando-a num último golpe.
Ela choraminga, arquejando, toda mole, saciada. Ficamos assim por um momento,
buscando a calmaria. Eu a abaixo e saio de seu calor com cuidado. Suas pernas
estão bambas. Eu rio, juntando as forças depois do gozo delicioso e a levanto
nos braços. Ela pende a cabeça no meu peito, miando baixinho. Eu beijo
delicadamente seus cabelos, nos dirigindo para o banheiro.
_ Ela quer você. _ Mel
torce o narizinho bonito assim que a deito na cama depois de tomarmos banho.
Cristo, ela não larga esse osso. Eu rio e me junto à ela, puxando seu corpo nu
contra o meu. Deslizo meu nariz pela sua mandíbula, inalando seu cheiro único.
_ Bem, se isso for
verdade ela tem um problema porque eu quero você. _ seu semblante suaviza e ela
abre um meio sorriso. _ só você, baby. _ sussurro e puxo para trás para olhá-la
nos olhos. _ para sempre.
_ Eu te amo. _ ela
murmura, massageando meus cabelos da nuca.
_ É? _ eu a provoco,
aproximando nossas bocas, dando pequenos selinhos.
_ Uh-ruh. _ ronrona.
_ Quanto, baby? _
sussurro em sua boca. _ diga o quanto me ama.
Ela ri lindamente. Eu
amo o som da sua risada despreocupada.
_ Muito, amor. _ puxa
meu lábio entre os dentes. Eu gemo. Ela ri adorando me provocar. _ muito,
muito, muito...
Eu enfio os dedos em
seus cabelos, me deleitando na maciez e a forma como eles deslizam pelas ondas
castanhas. Meu olhar passeia por todo o seu rosto perfeito.
_ Eu te amo mais. _
digo baixinho quando nossos olhares se encontram, se prendendo de novo e abaixo
minha boca na sua suavemente. Eu devoro sua boca lentamente, saboreando,
chupando sua língua devagar, sussurrando coisas piegas, mas, que vão fazê-la
ficar tranquila e, o mais importante, é tudo que está em meu coração. Eu a amo
tão profundamente que não é possível mensurar e colocar isso em palavras.
Eu levanto tarde da
noite e desço para o térreo. Vou até a área externa, acendo um cigarro e me
estendo na espreguiçadeira perto da piscina. Amanhã tenho outro interrogatório
no departamento de polícia. Eles dizem que encontraram algo novo e querem meu
depoimento. Eu não tenho ideia do que seja. Procuro não demonstrar para Mel que
minha cabeça está fodida pelo medo. É isso. Estou malditamente com medo do rumo
disso tudo. Eu sou apenas humano, ok? Mas, quando estou com ela, não deixo isso
transparecer porque não quero que fique abatida com a minha merda. Meu filho
está crescendo dentro dela. Ela precisa estar forte e protegida para que ele se
desenvolva bem. Sim, eu tenho lido essas revistas bem maricas de mulher
grávida. Foda-se! Os caras não sabem disso. Ninguém sabe. Eu faço essas
pesquisas online. Santa Internet! Além disso, eu tenho conversado com seu
médico. Estou presente desde a segunda consulta, pois a primeira eu ainda
estava convalescendo. Farei tudo que puder para que sua gravidez seja
tranquila.
_ Liam? _ a voz de Greg
me assusta, me fazendo virar para sua figura grande do outro lado da piscina.
Ele está na sua forma característica, completamente em alerta.
_ Greg? O que faz
acordado a essa hora? _ eu rio da ironia, uma vez que também estou acordado.
Ele vem até mim e se senta na ponta da outra espreguiçadeira. Sua postura está
tensa. Me lembro de que não o questionei ainda sobre sua estranheza nos últimos
dias. _ há algo errado, amigo?
Ele me olha longamente
antes de dizer:
_ Jess está usando de
novo. _ não é preciso que esclareça. Eu sei do que se trata. Só eu, Elijah e
ele sabemos dos problemas dela com as drogas. Merda!
_ Você tem certeza,
Greg? Como ficou sabendo? _ eu questiono, sentindo uma tristeza e impotência me
invadir. Eu a achei bem eufórica hoje, mas, pensei que era porque queria ajudar
a Mel com o novo guarda-roupa. Merda. Eu não notei nada suspeito.
_ Sim, eu tenho. Ela deu
um vexame na última festa de Elijah. Eles discutiram quando ele a arrancou de
uma mesa de pó. _ Cristo. É sério, então. Ela voltou a usar mesmo se escancarou
assim em uma festa. Porra! _ ele não queria que lhe falasse nada por causa de
tudo que tem enfrentado... _ Greg revela.
_ Porra! Eu já tenho
muita merda para lidar. Eu não posso cuidar dela dessa vez. _ digo, mesmo que
meu peito aperte. Jess é muito querida para mim e os caras. Mas, agora eu tenho
uma mulher grávida para cuidar além da porra de um processo nas costas.
_ Eu sei. _ ele faz uma
pausa e me analisa com seus olhos escuros astutos. _ eu ouvi o que parecia ser
uma discussão entre ela e a Mel na tarde das entrevistas. _ eu franzo as
sobrancelhas.
_ Discussão?
_ Sim, Jess estava desafiante.
Parecia drogada naquela tarde também. _ ele diz e meu coração afunda. Ela saiu
drogada com a minha mulher? Eu vou ter que rever minha decisão de não
demiti-la. Que merda essa garota tem na cabeça? E eu achando que ela foi uma
espécie de heroína ao salvar a Mel. Era a porra da coca lhe dando coragem e
fazendo perder a noção.
Melissa
_ Sim, papai, estamos
todos bem. _ eu digo no meu melhor tom convincente. _ estou com saudades.
_ Eu também, querida.
Vou tirar uma semana para visitar vocês em breve. _ ele diz suavemente e eu
derreto sob seu tom amoroso. _ você está se cuidando? Como está meu neto? _ eu
sorrio. Ele, assim como Liam acha que é outro menino.
_ Estamos bem, pai.
Estou me cuidando direitinho. _ eu afirmo e saio para a varanda do meu quarto.
Ainda não me acostumei com essa vista incrível.
O sol está se pondo. Esse se tornou meu lugar favorito na casa também.
Me encosto na haste de ferro e observo Chay correr na praia com o filhote de labrador
que o Liam comprou há uma semana. Joshua e Norah estão com ele lá embaixo. Eu
aceno quando eles olham para cima.
_ Falei com Sara hoje.
Ela está se adaptando bem pelo que me disse. _ ele continua.
_ Sim, falei com ela
também e me pareceu bem animada com a cidade e a recepção na empresa. _ Sara
foi muito teimosa em não aceitar a proposta generosa de Liam. Mas, a entendo.
Elijah é muito perigoso para ela. Não quer nada além de “bater” bocetas
aleatórias como ele próprio alardeia. Talvez seja mesmo melhor para minha irmã
ficar longe até ele desistir de persegui-la. Bom, Liam me disse que ele tem
estado muito ranzinza depois da partida de Sara. Eu rio. Na verdade, as
palavras exatas de meu marido foram: Elijah
parece ter um pau enfiado na bunda ultimamente... _ Sara é muito
competente, pai. Vai se adaptar bem rápido. Tenho certeza.
_ Eu sei. Minha menina
atrevida é dura na queda. _ ele ri carinhosamente. _ estou indo para o Sul numa
exposição. Eu ligo quando chegar lá. Fique bem, querida. Dê um beijo no Chay
por mim. _ ele pausa um instante. _ e diga ao Liam que estou torcendo por ele.
_ Farei isso, papai.
Fique bem também. Te amo. _ digo baixinho.
_ Também te amo, minha
menina. _ ele diz e desliga em seguida.
Eu desço para a
cozinha. Norah já está lá para começar a preparar o jantar. Eu desisti de das
minhas aventuras culinárias. Liam sempre comeu todas as minhas tentativas de
assassinato, tadinho. Mas, percebi que era hora de parar porque, vamos
combinar, não levo jeito para a coisa. Norah por outro lado, é uma cozinheira divina.
Temos a esposa de Martin, nosso motorista, que cozinha sempre que necessário,
mas, Norah alegou que não tem nada para fazer e estava ficando entediada.
Agora, o máximo que faço é cortar os legumes e fazer uma salada. Isso eu
consigo fazer bem. Certo, teve aquela vez em que arruinei uma salada... É
sério, não sei o que houve. Estava com um gosto super estranho.
_ Liam ainda vai
demorar, querida? _ a voz suave de Norah me tira da minha introspecção.
_ Ele me ligou há pouco
avisando de uma reunião com sua equipe de publicidade. _ eu digo, meu tom me
denunciando. _ deve levar em torno de duas horas.
Ela pousa os olhos
azuis doces em mim. Norah é uma mulher bonita. A mãe de Liam era muito parecida
com ela. Os cabelos grisalhos são curtos, deixando seu rosto com um ar jovial,
e seu corpo mignon deve ter virado a cabeça de Joshua quando jovens. Seu
sorriso é muito parecido com o de Liam. É lindo, aberto, luminoso. Eu me vi
gostando rapidamente dela. Acho que a recíproca é verdadeira, pois não percebi
nenhum receio de sua parte em relação a mim.
_ Há algo incomodando,
Mel? _ ela questiona, enquanto limpa o frango sobre a pia. Eu vou até o freezer
e retiro alguns tomates e batatas. Quanto os coloco sobre o balcão ela ainda
está me encarando à espera de uma resposta.
Ok, aqui vamos nós.
_ Eu não consigo
engolir essa garota, Jess... _ eu solto de uma vez.
Norah me olha por
alguns instantes e eu tenho a nítida impressão que vejo algo brilhar no fundo
dos olhos azuis.
_ Jess é... _ ela
franze o nariz um pouco. _ complicada. Mas, não deve lhe dar muito crédito,
querida.
Eu a olho. Eu quero
perguntar se houve algo entre ela e Liam no passado, mas, por outro lado, não
quero coloca-la em uma posição difícil. Afinal, ela é avó de Liam. É com ele
que está a sua lealdade. A dúvida está me corroendo. Eu sinto que há, houve
algo entre eles. A pequena miss vadia fica muito à vontade com ele. E Liam,
para minha raiva também é todo carinhoso e atencioso com ela. Arrg! Estou sendo
paranoica? É isso que o ciúme faz com a gente? Passamos a ver coisas aonde não
existe? Eu não quero ser esse tipo de mulher. Mas, caramba, eu tenho esse
pressentimento forte dentro de mim. Eu sei que a dissimulada quer o meu marido.
Se ela não teve uma chance ainda, com certeza quer ter. Tá certo que ela não
escancara muito, mas, isso está lá. Nós, mulheres sentimos cheiro de piranha de
longe. E, para ser sincera, não sei se foi uma boa jogada tirá-la de perto de
mim e manda-la direto para a gravadora ficar o tempo todo mais perto do meu
marido. Eu tenho trabalhado lá também, mas, apenas meio expediente. Isso depois
de muita insistência minha. Liam queria que ficasse mofando em casa. Eu não vou
voltar à isso. Já vivi essa fase dondoca parasita com Raul. Não quero ficar
posando de madame, ou primeira-dama do rock como a imprensa tem me chamado. Sou
uma mulher renovada que não será oprimida de novo. Sem chance.
_ Eu acho que ela é
apaixonada pelo Liam. _ decido jogar pelo menos essa carta para Norah. Vejo
aquele flash de novo em seus olhos.
_ Liam é apaixonado por
você, Mel. _ ela diz suavemente, e começa a cortar o frango habilmente. _ Jess
é apenas uma amiga querida dele e dos meninos. Eles cresceram juntos. Meu neto
possui um coração muito bonito como já deve ter percebido. Gosta de ter os
amigos por perto.
_ Sim, eu sei. _ eu
concordo com um gosto amargo na boca. _ mas eu sinto que ela o quer.
_ Talvez queira mesmo.
_ ela concede e me olha. _ não quero ser a bruxa má, mas, você terá que lidar
com isso muitas vezes, querida. Seu marido é um astro da música mundial. _
tenho toda a sua atenção agora. Ela crava os olhos em mim tão direta quanto seu
neto. _ além disso, meu neto é um colírio para os olhos. _ eu rio, enrubescendo
com o riso meio malicioso que se espalha em seu rosto. Uau! Liam teve a quem
puxar... Joshua realmente não teve chance contra ela. _ sempre haverá mulheres
fáceis o rodeando. Mas, ele se casou com você, querida. Liam poderia ter
qualquer uma, mas, escolheu você. Ele esteve meio perdido depois do sucesso da
banda. Nenhuma mulher teve o poder de puxá-lo do estilo rock and roll. _ seu
riso amplia quando fala como os caras. Eu rio também. _ ele a ama muito. Jess
esteve aí, do lado dele o tempo todo. Por que acha que a notaria exatamente
agora que tem você?
Hum, certo. Bom ponto.
_ Eu confio no Liam,
Norah. Confio plenamente. _ digo, séria. _ é nela que não confio.
Ela sorri, calma e
serena.
_ Então, fique
tranquila. Jess não tem poder para fazer nada se ele não quiser. _ diz e fica
mais séria. _ e nós duas sabemos que ele não quer.
Entramos numa espécie
de entendimento tácito e passamos a falar sobre temas mais leves enquanto
preparávamos o jantar. Quero dizer, ela preparava o jantar.
Duas horas depois, Liam
e os caras chegaram. Eu torci o nariz fingindo birra quando vieram me
cumprimentar. Os traidores nunca mais jantaram aqui depois da primeira noite em
que cozinhei. Certo, tentei cozinhar. Elijah diz que ainda dói o maxilar de
tentar mastigar a carne. Eu errei no tempo de preparo, para variar. Só estão
aqui hoje, porque Liam deve ter avisado que Norah estava na cozinha. Eu sorrio,
feliz em tê-los aqui. Eu sou tão boba. Meus olhos ficam úmidos. Eu amo minha
nova família. Eu... Meus olhos encontram os olhos azuis do meu marido e eu arfo
levemente quando ele para na minha frente. Minha Nossa. Só tem o quê? Seis
horas que não o vejo e já sinto sua falta absurdamente. Hoje ele veste um de
seus ternos Armani. Eu simplesmente amo vê-lo no estilo formal. Ele fica mais
másculo, com cara de homem de negócios. Oh, rapaz. Ele ri, o riso travesso de
menino que tanto amo e me envolve pela cintura. Eu mordo o lábio para não gemer
diante da nossa plateia na cozinha.
_ Hei, baby. _ sussurra
bem próximo à minha boca. Ele fumou. Sinto o cheiro muito longe porque
disfarçou com bala de menta.
_ Oi, baby. _ há um
murmúrio geral e eu sei que é dos caras, observando nossa troca cheia de amor._
senti sua falta. _ digo baixinho, levantando minha cabeça, meus lábios quase
tocando os seus. Seu riso se amplia lentamente e o brilho nas safiras azuis se
torna sem vergonha.
_ E eu a sua, meu amor.
_ ele ronrona antes de descer a boca sobre a minha num beijo lento, delicioso. Agarro-me
em seus ombros largos, passeando as mãos pelo peitoral amplo e as subo para o
pescoço, acariciando seus cabelos da nuca como ele gosta. Liam geme baixinho e
eu me colo à ele, esquecendo momentaneamente que estamos na cozinha na frente
da sua avó e dos caras. Seus braços me puxam mais para perto e é nesse momento
que ouço:
_ Homenzinho, você não
pode entrar aqui. _ é a voz sorridente de Elijah. _ sua mãe e seu pai estão,
hum... Ocupados. _ há um coro de risadas. Até Norah está rindo. _ vem, vamos
jogar vídeo game antes do jantar.
Caramba! Chay! Eu me
afasto relutante de Liam, mas, ele me mantem perto. Eu coro como uma
adolescente. Liam beija meus cabelos e ri baixinho, adorando me ver sem graça.
Tão sem vergonha...
Norah me olha como se
dissesse: viu, não tem com que se
preocupar. Eu fico mais vermelha ainda. Sério, que idade eu tenho? Doze?
_ Como foi a reunião? _
eu o olho e tento puxar um assunto seguro, dado o brilho safado que ainda vejo
em seu olhar.
_ Foi como o esperado.
Estamos avançando bem. _ ele diz, mas, sinto um mas em seu tom.
_ Mas? _ eu insisto.
_ Não será tão fácil
quanto pensei, baby. _ ele suspira longamente e nesse momento eu vejo que
parece exausto. Liam tem disfarçado bem, no entanto, eu sei o quanto essa
situação o tem afetado. _ não com um processo nas minhas costas.
Eu levanto a mão para o
seu rosto e acaricio, acalmando-o.
_ Vai ficar mais fácil,
baby. Não perca a fé. _ sussurro,
olhando-o nos olhos. _ o jantar ainda vai demorar uns trinta minutos. Vem comigo,
amor. Eu vou cuidar de você.
Seus olhos se iluminam
com malícia.
_ Você vai, é? _ ele
ri.
Eu meneio a cabeça.
_ Não tenha ideias,
superstar. _ eu rio provocando-o. _ eu vou ajudar você com o banho e depois,
farei uma massagem relaxante no meu marido. Isso é tudo.
Ele ri lindamente, seus
olhos cheios de amor pelo meu cuidado com ele.
_ Você é imbatível, Srª
Stone, sabia disso? _ me beija suavemente.
_ Hum, eu sei. _ eu
digo imitando sua confiança arrogante de rock star.
Ele puxa para trás para
olhar em meus olhos. Humor dançando em suas pupilas.
_ Muito arrogante, baby?
_ Muito confiante. _ eu
digo e nós dois rimos com a troca de papéis em nosso antigo jogo de provocação.
Quando olhamos em volta todos tinham sumido. Rimos com cumplicidade. Eu o puxo
pela mão. _ vem, baby. Eu vou cuidar de você.
Selena
Ele estoca com força,
deixando um rastro de dor em meu canal. Sua mão está em meu pescoço,
imobilizando-me sobre a cama. Oh, meu Deus! Sinto-me quase desfalecendo. Ele
aperta com uma violência como se tivesse com raiva de mim. Ele percebe que está
me asfixiando e relaxa um pouco, mas, continua metendo fundo furiosamente. Quando
abri a porta para ele mais cedo eu sabia que não ia ser suave hoje. Ele estava
possesso porque foi chamado para depor no departamento de polícia. E, para
variar, eu sou seu saco de pancadas. Ou seu saco de fodas, como preferir. Ele
mete com mais força, arrancando o ar dos meus pulmões. Meu rosto está banhado
de lágrimas e eu choro baixinho, deixando-o me usar como sempre fez. Chris é um
psicopata da pior espécie. Sim, meu irmão, Chris Hart abusa de mim desde quando
eu tinha treze anos. Sou sua puta particular como ele carinhosamente me chama. Eu odeio cada segundo disso. Eu o odeio
com todas as minhas forças. Ele me quebrou. Tirou muito mais do que a minha
inocência. Esse monstro me tirou a vontade de viver. De lutar. Ele me moldou.
Sou sua marionete. Seu brinquedo sexual. Ele me usa de todas as formas imagináveis
e repulsivas e eu me mantenho calada, malditamente calada por anos a fio! Que
espécie de covarde aguentaria isso? Um covarde que queira viver apesar de tudo.
Ele nunca chegou a me ameaçar com palavras, mas a frieza e a crueldade que vejo
em seus olhos. A crueldade com que eu o vejo tratar os outros me impede de
tentar lutar. Ele me mataria se eu tentasse. Eu sei que sim. Eu sei que tem
coragem e sangue frio de sobra para fazer isso. Então, essa é a razão para
minha atitude covarde.
_ Minha puta! É isso
que você é e sempre será! _ ele geme em meu ouvido e continua a violentar meu
ânus. _ será que você vai gozar hoje, neném? _ sua voz é suave, doentemente
suave. Sim, às vezes eu gozo, quando é suave e toca meu corpo com todo o
conhecimento que só ele tem. Isso faz de mim uma doente também? Não, eu me
torturei por anos achando que era uma aberração porque eu gozo na maioria das
vezes em que ele me fode. Quando fiz vinte e um anos procurei uma psicóloga.
Ela me esclareceu que sofro do que os estudiosos chamam de síndrome de
Estocolmo[3]. Ela
me disse que isso é, de certa forma normal, porque Chris era uma pessoa muito
querida do meu convívio e não me tomou com agressividade. Eu o amava. Como
irmão, é verdade. Mas, ele foi cuidadoso e suave comigo no começo. Era doentio.
Sempre foi doentio, porém, me fazia gozar em todas as vezes em que transávamos.
A violência veio quando fiz dezessete anos. Ele violentou meu ânus e fiquei
dias machucada. _ você ainda está aí? Vadiazinha! Eu amo isso, Sels. Você
sempre será fodida por mim, assim! _ eu odeio esse apelido. Fecho os olhos,
rezando para isso acabar logo, mas, sei que não tenho tanta sorte, quando ele está
contrariado com algo, vem ao meu apartamento ou me chama em seu apartamento de
foda e me fode sem trégua. _ não há para onde fugir, baby. Você é minha! Só eu
posso comer esse cu gostoso assim! _ eu soluço alto e ele puxa meus ombros, me
rasgando em mais uma estocada brutal e goza, rosnando como um animal, enquanto
seu esperma faz meu canal arder insuportavelmente.
Ele fica debruçado em
cima de mim pelo que parecem horas. Quero que saia. Quero gritar para que tire
seu pau asqueroso de dentro de mim, mas, minha voz covarde não sai. Eu continuo
a soluçar baixinho porque se fizer isso alto ele vai se irritar e me foder de
novo. Seus lábios depositam beijos suaves em minha nuca. Eu estremeço. Eu odeio
que mesmo depois que praticamente me estuprou eu aprecie seus lábios em mim. Eu
o odeio, mas, meu corpo responde à ele. Chris ri e sai de cima de mim com
cuidado. Ele me vira de costas no colchão e de frente para ele. Seus olhos dourados
estão suaves agora que gozou e descarregou sua raiva. Suas mãos terminam de me
despir do vestido. Ele me acaricia com maestria. Beija minhas lágrimas. Sua
boca toma a minha com delicadeza. Infelizmente ele sabe como me excitar. Sabe
exatamente como e onde me tocar. Sua boca, língua, e dentes brincam com meu
corpo e eu derreto, esquecendo-me da dor no meu ânus machucado. Quando seus
lábios e língua tocam a minha vagina, eu luto a mesma batalha perdida. Decência
e moral contra luxúria e o tesão que infelizmente ele me faz sentir. Eu gozo
forte, chorando de novo, engolfada pelo prazer e imensa vergonha de sentir
isso.
No momento em que ele
se veste e finalmente me deixa usada, humilhada, um trapo humano, eu me arrasto
para o banheiro e me debruço sobre o vaso sanitário. O vômito lava-me de dentro
para fora. Isso sempre acontece depois que ele me toma. É uma reação
fisiológica da minha perturbação emocional. Meu ânus dói absurdamente e posso sentir
o líquido pegajoso escorrendo entre minhas nádegas. Ando devagar para o
chuveiro e deixo a água lavar o monstro da minha pele. As lágrimas são
abundantes agora. Eu soluço alto, soltando toda a minha frustração, impotência
e covardia. Eu bato nas paredes com os punhos. Meu corpo treme convulsivamente
sob a água fria. Busco o sabonete e me esfrego com força. Minha pele já está
vermelha. Eu esfrego furiosamente agora. Ainda consigo sentir o cheiro dele.
Não, não está mais na minha pele. Ele está impregnado em minha memória. Disso
não posso correr. Eu visto um roupão e me arrasto de volta para o meu quarto.
Eu gostaria que ele morresse e me deixasse em paz. Morresse ou... Minha mente
duela entre a covardia e a vontade de ser livre. Meu pensamento vai inevitavelmente
para a única pessoa que enxergou a verdadeira face de meu irmão comigo. Mel me
ofereceu ajuda. Eu não sou estúpida de pensar que ela está fazendo isso porque
morre de amores por mim. Ela está fazendo isso para ajudar a livrar o Liam da
acusação de estupro. Eu poderia acabar com isso. Eu poderia mandar o monstro do
meu irmão para o inferno de uma prisão. Eu poderia... Oh, Deus. Eu choro mais.
Lágrimas banham minhas faces, enquanto eu pego meu celular e seleciono o número
da Mel. Meu dedo paira sobre ele, minhas mãos estão tremendo. Vá, Selena.
Apenas faça! Meu cérebro tenta me comandar. Eu clico em chamar e o levo ao
ouvido. Meu coração salta violentamente no peito. Estou a caminho de admitir pela
primeira vez para outra pessoa tudo que meu irmão tem feito comigo nos últimos
onze anos da minha miserável vida.
_ Alô. Selena, é você?
_ a voz suave da Mel entra em meus ouvidos. Eu não entendo o por que, mas, eu
nunca a odiei completamente, apesar de ela ter tirado de mim o único homem que
eu amei fora desse ciclo vicioso e doentio que sempre vivi com o Chris. Eu
fecho os olhos, respirando pesadamente. Parece que corri uma maratona do
caralho. Eu preciso falar, mas, minha língua parece colada ao céu da boca.
Fale, Selena! Não seja mais uma vez covarde! Fale, porra! _ Selena? Você está
aí? _ ela torna.
_ S-sim, Mel. _ eu
gaguejo. Minha voz tremendo horrivelmente. Tomo uma respiração profunda e solto
as palavras que podem mudar a minha vida. _ e-eu preciso de ajuda. Você tinha
razão... Eu sou abusada pelo meu irmão.
[1] Hitch é um filme estadunidense de 2005, do gênero comédia
romântica, dirigido por Andy Tennant e com roteiro de Kevin Bisch. O filme
custou 70 milhões de dólares.
[2] Rodeo Drive é
o nome de um famoso e longo quarteirão de Beverly Hills, no Condado de Los Angeles nos Estados Unidos. Esse quarteirão
é considerado um dos mais caros do mundo. Faz sucesso desde a década de 1950 e 1960 por ser um local de
alto luxo, lugar para fazer compras caríssimas além de abrigar finos
restaurantes. É também conhecido mundialmente por abrigar grandes lojas de
grife. Marcas como GiorgioArmani, Bally, Bang&Olufsen,Bijan, BVLGARI, Burberry, Gucci, LouisCartier, Celine, Chanel, Christian Dior, Coach, Dolce &
Gabbana, Fendi, Hermès,Lacoste, Louis Vuitton, Ralph Lauren, Prada, Salvatore Ferragamo, Tiffany & Co., Valentino, Versace e Yves Saint-Laurent, entre outras.
[3] Situação em que a vítima
desenvolve empatia em relação a seu algoz.
Link Amazon
ResponderExcluirhttp://www.amazon.com.br/Irresist%C3%ADvel-S%C3%A9rie-Rock-Im-Rio-ebook/dp/B01C7N76G8/ref=pd_sim_351_1?ie=UTF8&refRID=0DQSAWY8Z5R8GR33JX0C