domingo, 8 de novembro de 2015

Série Rock I'm Rio 2/4 - Irresistível - Capítulo 02



Liam
Duas semanas. Fiquei fora do ar por duas semanas. Os médicos me informaram e eu posso ver como esse tempo afetou a Mel. Ela tem profundas olheiras sob os olhos que nem toda a maquiagem do mundo conseguiria disfarçar. Seu olhar segura o meu o tempo todo em que os médicos me examinam. Ainda há medo nas profundezas amendoadas. Eu sorrio, tentando parecer forte e fazê-la perceber que estou de volta, mas, meu peito dói com o esforço.

_ Merda! _ rosno. _ meu peito... dói... Porra! _ a enfermeira corre para fora do quarto e os médicos continuam a fazer uma série de testes comigo. Que porra fizeram com minha garganta? Por que dói tanto falar? Uma pequena lanterna me cega as pupilas e eu quase mandei o filho da puta cuidar da sua própria bunda, mas, acho que não seria um comportamento aceitável. A enfermeira volta e ajusta a intravenosa no meu braço direito, injetando algo doloroso que parecia rasgar minha veia. Cacete! Eu ranjo os dentes, quase a chamando de vadia, mas, isso também não seria muito indicado.

_ É para a dor, senhor. _ ela sorri fracamente, pedindo desculpas com o olhar. _ vai passar logo. _ ela termina de injetar a droga e pega um copinho de plástico com um líquido azul dentro. _ abra a boca, por favor. Isso fará sua garganta voltar ao normal. Esteve entubado por muitos dias. _ explica com voz amigável. Certo, ela não é uma vadia. Eu só estou muito rabugento e com dor, caralho! Faço o que diz e o líquido de gosto estranho desce pela minha garganta.

Os médicos finalmente encerram seu trabalho e me dão sorrisos satisfeitos, me dizendo que estou me recuperando bem e que, provavelmente terei alta em dois ou três dias. Então, ficaram sérios e me disseram que o meu caso era um pequeno milagre. Eu tive três paradas cardíacas durante a cirurgia e eles não tinham um prospecto muito animador no meu caso. Porra, ainda bem que não xinguei nenhum deles. Eles me salvaram. Eu solto apenas um grunhido de agradecimento e volto meu olhar para minha mulher. Os médicos mudaram-se de lado e ela vem para minha cabeceira rapidamente. Sua mão procura a minha livre e entrelaça nossos dedos com cuidado. Ela abre um pequeno sorriso e se debruça sem cerimônias, colando nossos lábios outra vez. Eu gemo sem me importar com a plateia, calma derramando-se sobre mim. Não sei se pela proximidade dela ou pelas drogas que começam a fazer efeito. Meus olhos pesam.

_ Eu... Sonhei com você, baby. _ sussurro, me forçando a falar. Minha garganta ainda doendo, mas, pelo menos está hidratada agora. _ estava tudo... Muito confuso...

_ Shh. _ ela coloca os dedos nos meus lábios. _ está tudo bem, baby. Não fale agora. Não se esforce muito. _ seus olhos brilham lindamente. _ descanse, superstar. Se fortaleça para sair logo daí. _ diz-me baixinho. Seus dedos correndo pelas minhas faces. Seu olhar amoroso preso ao meu. _ eu estou em dívida com o pessoal lá de cima. _ sussurra, abrindo um sorriso ainda meio trêmulo. _ eles não o levaram de mim. Eu nunca vou poder agradecer o suficiente, baby. Ficar sem você teria me destruído para sempre. _ eu abro a boca para falar, mas, ela me cala suavemente outra vez. Olha ao redor confirmando que todos já saíram e ri um pouco travessa, deitando-se um tanto espremida do meu lado. Eu luto para manter meus olhos abertos. Ela parece incrível mesmo com olheiras e uma expressão cansada. Há um brilho diferente à sua volta, como se viesse de dentro para fora. Ela é tão bonita. Começa a sussurrar a letra de uma música e eu rio levemente, meio surpreso, meio bobo. Ela está cantando Ed Sheeran, All Of The Stars. Minha linda e doce Mel está cantando para mim e estar nessa cama por duas semanas inteiras me fez obviamente um maricas do caralho, porque lágrimas inundam meus olhos com seu tom suave. Cacete, eu não sabia que ela tinha uma voz tão boa.

So open your eyes and see (Então abra os olhos e veja)

The way our horizons meet (O modo que os nossos horizontes se encontram)
And all of the lights will lead (E todas as luzes vão te guiar)
Into the night with me (Pela noite comigo)
And I know these scars will bleed (E sei que essas cicatrizes irão sangrar)
But both of our hearts believe (Mas os nossos corações acreditam)
All of these stars will guide us home (Todas essas estrelas vão nos guiar para casa)
I can hear your heart (Eu posso ouvir seu coração)
On the radio beat (Na batida da rádio)
They're playing 'Chasing Cars' (Tocaram "Chasing Cars")
Eu rio, minhas lágrimas transbordando. Ela as limpa, rindo suavemente e continua me encantando com sua voz bonita pra caralho. Deus, eu a amo tanto.
And I thought of us (E eu pensei em nós)
Back to the time (De volta ao tempo)
You were lying next to me (Em que você se deitava do meu lado)
I looked across and fell in love (Eu olhei para o lado e me apaixonei)
So I took your hand (Então peguei a sua mão)
Back through lamp lit streets I knew (E pelas ruas, eu soube)
Everything led back to you (Tudo me levava de volta à você)
So can you see the stars? Over Amsterdam (Você pode ver as estrelas? De Amsterdã?)
You're the song my heart is beating to (Você é a canção para a qual o meu coração bate)

_ Linda... Eu amo você pra caralho... Sabia disso? _ sussurro, enquanto seus dedos correm num toque leve e reconfortante pelos meus cabelos. Sua voz treme no último verso. Seu rosto se aproxima ainda mais do meu e seu hálito delicioso provoca meus sentidos. Duas lágrimas silenciosas rolam pelas faces emocionadas. Meu peito está aquecido e a dor começa a cessar. As drogas fazendo efeito e, claro que ajuda ter a mulher da sua vida cantando sua alma para você...

_ Descanse, meu amor. _ ela murmura na minha boca. _ eu amo você também. Amo tanto, baby. _ puxa o ar como se doesse respirar. _ eu quase morri de medo de não ver mais esses incríveis olhos azuis me olhando como estão agora. _ sorri, acariciando minha barba, que está aparada, percebo. Ela deve ter se encarregado disso. _ mas, você voltou para mim, não é, meu lindo menino travesso?

_ Eu não havia deixado você, Mel. _ murmuro, o sono me puxando mais fortemente. _ nunca vou deixar você, baby. Eu mantenho minhas promessas, Srª Stone. _ eu rio já meio dormindo. Ela assente e dá o beijo mais terno e suave nos meus lábios. Eu flutuo. Meus olhos perdem a batalha. Seu sorriso lindo é minha última imagem antes de derivar para o sono. Dessa vez, feliz e em paz com seu corpo quente aconchegado ao meu.

_ Você nos deu um susto tão grande, filho. _ minha avó sorri, cravando seus olhos azuis doces e lacrimejantes em mim. Me sinto com doze anos. Ela tem esse jeito de me olhar como se eu não tivesse crescido.

_ Eu sei, vovó. _ aceno, beijando sua face quando se debruça sobre a cama. _ me desculpe. _ ofereço. Eu estive entre o sono e a consciência por dois dias depois que acordei do coma induzido. A direção do Hospital desistiu de coordenar minhas visitas. Todos eles querem entrar de uma vez só e meu quarto tem sido uma verdadeira zona.

Ontem Mat passou por aqui. Sim, ele não morreu, graças a Deus. Eu pensei que tivesse. Ele certamente parecia morto quando estava inerte dentro do carro. Mel me contou que levou dois tiros. Um de raspão no pescoço e outro em cheio no ombro direito. A bala fez um grande estrago, mas, ele sobreviveu. Seu desmaio se deu do impacto da bala que o fez bater com a cabeça violentamente no volante. Mat me olhou envergonhado. Me pediu desculpas por não ter conseguido me proteger. O homem só podia estar louco. Se não tivesse agido rápido e derrubado dois dos elementos, eu não teria nenhuma chance contra quatro. Eu disse isso à ele. Pareceu mais aliviado quando nos deixou. Ele havia tido alta há alguns dias e estava tomando um voo para ficar em repouso com sua família em LA.

Meu avô vem até a cama também e me abraça meio sem jeito para não me apertar. Meu peito ainda incomoda como uma cadela.

_ Você parece mais forte a cada dia, meu filho. _ ele diz e os dois ficam me olhando daquela forma que mencionei, como se eu fosse ainda uma criança. Eu rio amorosamente. Eu amo meus avós. Eles são a única família consanguínea que eu considero.

_ Me sinto muito melhor, vô. _ digo, rolando os olhos quando ouço os caras rindo baixinho dos cuidados de meus avós comigo. Cães sarnentos! Mel entra no quarto segurando a mão do homenzinho e meu rosto se abre em um enorme sorriso.

_ Você devia vir conosco para Seattle assim que tiver alta, filho. _ minha avó pede com preocupação na voz.

_ Eu preciso ir para casa LA, vó. _ digo e seu rosto cai, contrariada. _ há muita coisa a ser feita e eu preciso estar lá para...

_ Sua avó tem razão, baby. _ Mel me corta, embora seu tom tenha sido suave. _ eu voto a favor de irmos à casa de seus avós até que esteja mais forte para enfrentarmos LA.

Merda! As duas contra mim era covardia. Meu avô ri torto, sabendo exatamente que sou voto vencido. Eu assinto e eles se afastam para Chay chegar perto da cama.

_ Pai! Você está sentado! _ ele exclama eufórico, os olhinhos castanhos dançando de alegria por me ver já fora de perigo.

_ Hei, garotão. _ entendo os braços, chamando-o para mais perto. Ele sobe com cuidado na cama, sentando-se do meu lado. Bagunço seus cabelos com a mão direita. Movimentar o esquerdo é incômodo pra cacete. _ estou muito melhor, filho. Como foi a escola hoje? _ ele pôs-se a tagarelar por alguns minutos sobre a festinha que sua classe preparou como despedida para ele.

Levanto meu olhar para Mel e ela tem um riso misterioso na boquinha linda, observando nossa interação. Ela está me escondendo algo. Estou com essa sensação desde o momento em que acordei.

_ Baby, venha aqui. _ eu chamo, não conseguindo disfarçar minha voz rouca. Eu devo estar melhor mesmo, porque a visão dela em um de seus vestidos transpassados um pouco acima dos joelhos fez meu pau estremecer e acordar do seu estado de hibernação. Eu me seguro para não gemer quando seu corpo gostoso para à minha frente e seu leve perfume floral penetra em minhas narinas. Foda! Meu pau está completamente duro agora. Ok, não duro, duro... Mas, o grande soldado certamente está bem animado. É muito bom que eu esteja usando uma boxer por baixo da bermuda folgada do hospital. Do contrário, passaria vergonha perto do homenzinho. Mel sorri, se debruçando para mim. Um flash de diversão brilha nos olhos amendoados. Safada. Ela já percebeu meu estado de excitação. Baby, quando eu pegar você... Digo silenciosamente, meu olhar sacana duelando com o seu. Sua mão acaricia meu rosto e eu trinco os dentes. Preciso perguntar ao médico quando estarei liberado para o sexo. Nossos olhares se prendem numa conversa íntima e suja e estou tentado a pedir que todos saiam para ela me dar um de seus boquetes cinco estrelas... Cacete!

_ Comporte-se, superstar. _ ela murmura quase inaudível contra meus lábios e me beija rápido demais, mas, tenho que me contentar diante da nossa plateia. Chay sorri travesso para mim quando volto a olhar para ele. Moleque esperto. Dou uma piscada e sorrio puxando-o para meu lado direito.

_ Por que tenho a sensação de que está me escondendo algo? _ pergunto quando ela se apoia do meu lado esquerdo com cuidado. O quarto inteiro para as conversas aleatórias e sinto sua atenção sobre nós. Ela lambe os lábios e olha na direção de Chay parecendo meio preocupada. _ há algo, não há? O que é, baby? _ seus olhos ficam marejados e parece se emocionar, enquanto ergo uma sobrancelha à espera.

_ Eu... _ lambe os lábios de novo e meu pau reclama a cada vez que faz isso. Merda. Ele obviamente não recebeu o memorando de que eu levei a porra de um tiro no peito. _ estou grávida, baby. _ ela sussurra e eu sinto o sangue bombeando forte no meu peito. Uma pressão absurda. Fico levemente tonto. Cacete! Ela disse que está... Ela disse mesmo que está GRÁVIDA! É isso. Essa palavra acende em letras garrafais na minha mente. Todos se levantam quando coloco a mão no meu coração. Enfermeira! Alguém grita. Ela aperta o botão sobre o leito. _ respire, amor. Oh, meu Deus! Respire, Liam. _ Mel pede, me amparando. Os caras chegam mais perto, me ajudando a me deitar. Ajustam a cama numa posição quase sentada. A enfermeira entra afogueada. Cristo! Eu vou ser pai. Vou ser pai, caralho!

_ Estou bem. _ garanto, diante de todos os olhares preocupados. _ estou bem. Foi só... Pode ir, ok? Estou bem. _ garanto e a moça sai sem entender nada. _ Cristo, amor... _ eu sussurro, voltando a minha atenção para Mel. Lágrimas me vêm aos olhos e eu não quero refreá-las. Ela está grávida. Minha mulher está grávida e eu quase a deixei sozinha. Eu sufoco com esse pensamento. Fecho os olhos por um momento, tentando reunir algum controle. Eu rio e os abro, encarando-a. Ela ri acenando, seu lindo rosto brilhando de felicidade. _ baby, você foi fodidamente apressada, não foi? _ eu tento fazer piada. Ela dá um pequeno bufo, seus olhos se iluminando, enquanto meneia a cabeça.

_ Eu, baby? _reclama e todos riem no quarto. _ vejam só quem fala...

Levanto a mão para seu rosto corado de emoção. Eu traço seu contorno com adoração. Seu olhar amolece, me adorando de volta.

_ Você me faz tão feliz, Mel. _ minha voz sai maricasmente trêmula. _ você me faz tão feliz, baby. _ meu tom cai para um sussurro. Ela segura a minha mão em rosto e fecha os olhos virando para depositar um beijo suave na palma. _ quando você soube? Como? _ balbucio embasbacado. _ porra, sim! Nós fomos malditamente rápidos, baby. Cacete! Eu vou ter um filho! Vou ser pai! Vocês ouviram, caras? _ eu pareço uma metralhadora verbal e levo a mão ao peito de novo. Os caras riem da minha reação. Bastardos sem consideração.

_ Eu desmaiei na noite em que... Naquela noite. _ ela murmura, seu rosto pairando acima do meu. _ sim, nós fomos muito rápidos e nosso primeiro bebê Stone está aqui dentro, meu amor. _ pega minha mão suavemente e a coloca sobre seu ventre. Eu espalho os dedos, cobrindo, massageando toda a sua barriguinha possessivamente, meu olhar se desviando para o lugar onde meu filho repousa. Eu sei que é um menino.

_ Eu sonhei com isso, Mel. _ murmuro. _ eu sonhei, baby.

Ela acena, seu olhar lacrimejante.

_ Eu também, Liam. Eu também, baby.

_ Não. Estou dizendo que sonhei momentos antes de recobrar minha consciência. _ ela franze as sobrancelhas, confusa. Eu rio. Orgulho, amor e posse ricocheteando em minhas veias. Porra, ela está carregando um filho meu! A sensação é boa pra caralho. Eu ansiei por isso. Ela minha, levando minha semente em seu ventre. _ eu sonhei com um menino brincando com o nosso homenzinho na praia em Malibu. Você acha que é um menino? _ ela ri, meneando a cabeça.

_ Ainda é muito cedo para isso, amor. _ sussurra e se vira para Chay, que havia descido da cama e se encontrava sentado em um dos sofás, parecendo nada satisfeito com a notícia. _ Chay, querido? _ ela o chama, seu tom amoroso e meio tenso. Chay ainda não sabia pela sua reação. _ ei, menino bonito? _ Mel, dá um leve aperto na minha mão e vai para o pequeno. Ele fica amuado, enquanto a mãe se agacha à sua frente. _ o que foi, meu amor? Você não está feliz que vai ganhar um irmãozinho, ou irmãzinha? _ indaga, erguendo seu queixo para olhá-lo nos olhos. Mel amolece com o que vê. Eu também. Chay tem os olhos cheios de lágrimas. Merda. _ me desculpe, querido. Me desculpe por não ter contado antes... _ ela ofega um pouco à procura de palavras e táticas suaves. _ eu queria contar para Liam e você juntos. Você pode...

_ Eu não quero um irmão e nem irmã! _ ele brada, assustando-nos.

_ Por que, meu querido? _ Mel parece não se abalar com a birra e continua calma e ternamente: _ somos uma família agora. Eu, seu pai, você e esse bebê que está aqui dentro.
_ Você vai parar de me chamar de seu bebê, não é? _ ele diz com voz trêmula.

Mel para um instante, analisando o que dizer a seguir. Crianças... Ele vive pedindo para a mãe parar de chamá-lo de bebê. Pobre homenzinho. Está com um caso agudo de ciúmes e, provavelmente se sentindo ameaçado.

_ Nunca, meu menino bonito. _ Mel diz baixinho, quase só para ele ouvir: _ você é e sempre será o meu bebê. Mesmo quando estiver grande, enorme e barbudo. _ ela ri, acariciando a face do filho e a tensão se dissolve parcialmente no rosto de Chay.

_ Você promete, mãe? _ sua voz ainda é insegura e amuada. Eu rio do seu ciúme infantil.

_ Eu prometo, meu bebê. _ ela murmura em tom confidente. _ então, você vai ficar bem agora? Vai ficar feliz com nosso bebezinho? Você ouviu o que seu pai disse ainda há pouco? Ele sonhou com você brincando e cuidando do seu irmãozinho na praia. _ Chay gira a cabeleira castanha para mim e ri fracamente. Eu aceno, não querendo empurrá-lo muito. _ você sabe, eu fiz a mesma coisa quando minha mãe me contou que Sara estava a caminho. _ Mel confidencia e sorri com cumplicidade. Chay desmonta de vez. Porra, ela é muito boa. Está claro quem terá o papel conciliador. Eu? Hum, Cristo! Eu vou ser pai! Cacete, eu ainda não posso acreditar que vamos ter um bebê tão rápido. Vou precisar reduzir os palavrões... E os cigarros. Porra, eu vou ser pai!

_ Sério? Você fez? _ Chay parece surpreso. _ mas, você ama a tia Sara. _ aponta.

_ Sim, meu amor. Eu a amo muito. _ Mel afirma. _ mas, quando recebi a notícia eu era apenas uma garotinha que tinha todas as atenções do papai e da mamãe só para mim. _ ela o fita atentamente. _ consegue entender como me senti, menino bonito? _ ele assente vigorosamente e era voto vencido. O pequeno Chay não teve nenhuma chance, como eu, completamente arrebatado e apaixonado por ela. _ mas, seu avô e sua avó sempre amaram a nós duas do mesmo modo. É isso que os pais fazem, meu querido. Eles amam seus pequenos por igual. Sempre. _ a tensão vai embora do semblante do pequeno. _ você vai amar e cuidar desse pequeno bebê como a mamãe fez com a tia Sara? _ Chay acena mais uma vez.

_ Eu te amo, mamãe. _ ele sussurra e joga os pequenos braços ao redor do pescoço da mãe. Ela ri, entre lágrimas o apertando junto a si.

_ E eu à você, meu pequeno. Sempre será meu lindo bebê.

Os dois voltam para mim depois de tudo resolvido. Chay parece um pouco envergonhado.

_ Hei, filho, venha até aqui. _ chamo-o. Ele se acomoda outra vez na borda do leito.

_ Você não está chateado comigo? _ pergunta ansiosamente. _ porque eu não queria o bebê que você e minha mãe vão ter? _ eu rio tranquilizando-o. Lá vamos nós testar minhas habilidades de pai.

_ Claro que não, homenzinho. Você só estava temeroso que sua mãe e eu não lhe déssemos mais atenção e amor com a chegada do bebê. _ ele me encara ainda preocupado. _ mas, eu reforço tudo que Mel garantiu, campeão. Nenhum de nós vai deixar de amá-lo por causa dos bebês que virão. _ seus olhinhos se arregalam.

_ Vocês vão ter mais? _ seu tom é alarmado outra vez.

_ Baby... _ Mel me censura por trazer esse assunto agora. Certo. Que timing do caralho.

_ Nós vamos trabalhar primeiro com esse que já está a caminho, filho. Concorda? _ ele acena. _ mas, somos uma família agora e se vierem outros, eu e sua mãe teremos amor suficiente para todos vocês. Eu prometo.

_ Está bem, pai. _ sua vozinha foi definitivamente mais animada. Um suspiro coletivo soou bem audível no quarto.
Meus avós levaram o pequeno birrento para fazer um lanche na cantina e aproveitei a oportunidade para tocar livremente minha mulher. Minha mulher grávida. Eu sei, eu sei, estou pateticamente bobo. Foda-se se eu me importo. Eu vou ser pai, porra!

Melissa

_ Caras, me ajudam andar até a varanda? Quero dar um olá para os fãs. _ Liam pede, tentando se colocar de pé. _ eles estão mesmo aí fora por duas semanas inteiras? _ Os caras chegam perto imediatamente, ajudando-o.

_ Sim, eles estão, irmão. _ Elijah afirma. _ você assustou a todos nós. Estou pensando seriamente em chutar sua bunda quando ficar bom.

Nós rimos da rabujice de Elijah. Eu arrumo a bata verde do hospital sobre o torso de Liam. Ele está ligeiramente mais magro, mas, seus músculos ainda são perfeitamente firmes e tonificados. Lindo. Perfeito. Delicioso. Ok, Mel, pare aí. Caramba, comporte-se. Nossos olhares se prendem e um riso brinca em sua boca como se lesse meus pensamentos nada comportados.

_ Você vem comigo, baby?

_ Sempre, superstar. _ sussurro e seus olhos se iluminam, ampliando o riso que eu amo. Eu fico de lado enquanto Elijah e Collin o amparam levando-o devagar rumo à varanda. Sean, Paul e eu seguimos atrás.

No momento em que Liam entra no campo de visão dos fãs, a euforia é ouvida. Todos nós rimos, compartilhando a mesma alegria. Liam se desvencilha dos companheiros e acena com a mão direita. Eu chego do seu lado, pronta para ampará-lo se ele assim o quiser. Mas, acho que meu lindo rock star não quer parecer fraco diante de seu público. Ele me vê e me puxa, me aconchegando. Eu aceno e sou retribuída com vigorosas saudações de volta. MeLiam! MeLiam! Eles se agitam. A princípio penso ter ouvido Meu Liam, mas, percebo que os fãs criaram um apelido carinhoso para nós. Ai Deus. Estou sem palavras. Liam beija meus cabelos e sussurra sorrindo:

_ Acho que os já criaram um apelido para nós, baby. _ levanto meu rosto para ele e fico sem fôlego diante das duas safiras brilhantes. Incrível como ele parece muito melhor absorvendo o carinho do seu público. Liam se alimenta disso também. É algo que sempre estará com ele. Beija-me suavemente. Mais gritos lá embaixo. Rimos, nossos lábios ainda colados. Quando olhamos para a pequena multidão, há seguranças do hospital pedindo para eles se acalmarem. Liam acena, joga beijos e apoia o braço direito sobre meus ombros. Elijah chega do outro lado e andamos de volta para dentro.

O acomodamos sentado na cama e ele me puxa suavemente, me mantendo do seu lado direito. Eu derreto na sensação do seu grande corpo quente. Beijo seu peito próximo à cicatriz da cirurgia, reverentemente. Ainda estou meio entorpecida desde que acordou e voltou para mim. Tão lindo. Meu louco e imprudente superstar. Seu rosto ainda está corado de excitação e seus olhos me secam, sussurrando coisas sacanas. Eu rio meneando a cabeça levemente.

_ Sem mais loucuras para você, baby. _ digo baixinho, apoiando a cabeça em seu ombro.

Ele ri, rouco, sexy, todo sedutor. Oh, rapaz.

_ Eu não disse nada, minha gostosa. _ sussurra na minha orelha e seu nariz fuça meus cabelos, causando-me deliciosos arrepios.

_ Humm, eu vou fazer algo especial quando você se recuperar, baby, prometo. _ murmuro.

_ É? _ ele ri baixinho, deslizando os lábios quentes pelo meu pescoço numa carícia obscena. Caramba. Eu não consigo conter um gemido.

_ Hu-ruh. _ afirmo, enquanto seus dentes despacham mordidas provocantes na minha pele. Ai, Deus. Estamos de volta às calcinhas encharcadas. _ Liam... Baby... _ eu coaxo ofegante. _ você não pode...

_ Ei, percebem que ainda estamos aqui, né? _ a voz de Elijah quebra o nosso momento. Liam amplia o riso provocador e olha os companheiros.

_ Ah, vocês estão? Desculpem, caras, eu não vejo nada além da minha mulher. _ ownt, isso foi doce. Suspiro. Uma onda de resmungos me faz rir. Eu adoro esse clima louco entre eles.

_ Stone, segura a onda, cara. O médico disse que não terá uma boceta por, no mínimo sessenta dias. _ Collin provoca com um riso na voz.

_ O quê!? _ Liam rosna. Todos caem na gargalhada.

_ Ops, brincadeirinha... _ Collin se desculpa nada arrependido. _ você devia ver sua cara, irmão. Impagável.

_ Idiota. _ Liam ri, não disfarçando seu alívio. Ele é tão sexual...

_ Não o provoque, Collin, não está vendo que o Stone está todo moribundo? O pobre coitado...

_ Ei, não precisa me defender, porra! _ Liam corta o que era claramente outra zoação, dessa vez, de Sean.

_ É, bastardos, não provoquem o Stone. _ Paul interveio meio sério, meio brincalhão. _ já é castigo suficiente nosso irmão ficar sem uma boceta. _ Liam rola os olhos.

_ Não reclame, Liam. _ Elijah retoma. _ você disse que nos ama, porra. Então, nos aguente.

Liam bufa.

_ Nos seus sonhos, cães sarnentos. _ zomba.

_ Sim, você disse, cara. _ Collin ri. _ assim que acordou, você disse que...

_ Cristo, eu provavelmente estava sob os efeitos das drogas injetadas em meu sistema. _ ele se defende e me encara. _ eu disse mesmo isso, baby? _ eu rio e aceno. Ele grunhe.

_ E sua mulher também nos ama. Ela disse que...

_ Que merda é essa? _ Liam rosna, cortando Sean e levanta uma sobrancelha inquisitiva para mim. Eu rio mais, encolhendo os ombros.

_ Stone, não temos culpa se sua mulher tem uma queda por nós. _ Collin torna a provocar.

_ Collin... _ eu o repreendo. Ele me dá uma piscada brincalhona.

_ Eu vou cortar as bolas de todos vocês e alimentá-los com elas, seus malditos fura olhos. _ Liam resmunga. _ assim que eu me levantar dessa cama.

Eles gargalham alto. Então, param devagar, suas expressões ficam mais sérias.

_ Estamos felizes que esteja bem, irmão. Você nos assustou por uma vida inteira, cacete! _ Elijah diz, após pigarrear. Ele é o que mais segura suas emoções. Tenho percebido nesses dias em que fomos obrigados a ficar juntos. Ele chorou e socou paredes junto com os outros na noite fatídica, mas, depois tem se mantido sob um controle férreo. _ e, Stone?

_ Sim? _ Liam responde.

_ Pare de ser um maldito maricas e levante logo daí, porra! _ ele solta e os outros endossam com uma série de palavrões. Eu rolo os olhos. Roqueiros...

Liam ri amplamente e segura seu peito, obviamente sentindo desconforto.

_ Vá devagar, superstar. _ eu brinco. Ele beija meus cabelos, respirando com certa dificuldade após o esforço.

_ Eu agradeço, irmãos. Agradeço por tudo. _ Liam eleva um pouco a voz. _ principalmente por terem cuidado da minha mulher. Ela é tudo para mim. Ela é...

_ Nós sabemos, Liam. _ Elijah o corta, parecendo desconfortável de ver o amigo abrindo o coração, se expondo na frente deles. _ e você é um bastardo de muita sorte por ter conseguido reencontrar a mulher que sempre quis.

_ Uh! Eli está um tanto sentimental, ou é impressão minha? _ Collin alfineta.

_ Cale a porra da boca ou eu mesmo vou fechá-la para você, imbecil. _ Elijah, rosna baixo. Collin levanta as mãos em falsa rendição, enquanto todos riem.

_ Desde quando se tornou um Ás em relacionamentos, Eli? _ Sean entra no jogo. Liam ri, adorando não ser o foco das provocações.

Elijah bufa, uma expressão cínica e desdenhosa encobrindo os olhos verdes.

_ Vocês estão todos malditamente obtusos! _ defende-se com veemência. _ eu não faço a coisa da cerca branca, bebês e cachorros. _ ele para e me oferece um olhar de desculpas. _ isso não é pessoal, querida. O que você e o idiota com tesão aí têm é algo diferente. É para poucos. Como amigo, estou feliz por vocês. _ dá de ombros, de forma displicente. _ apenas não é para mim. Eu gosto demais do estilo sexo e rock and roll. _ ele mexe as sobrancelhas e ri maliciosamente.

Ok. Ele não é mesmo material para relacionamento. Espero que se mantenha longe de Sara. Não importa o quanto eu tenha me aproximado dele e admire sua amizade e devoção à meu marido. Eu vou arrancar suas bolas se ele machucar a minha irmãzinha.

_ Chega de conversa fiada. _ Liam diz, seu tom de repente todo negócios. _ está feito, Elijah? _ indaga e Eli acena, seu rosto se abrindo num grande sorriso.

Eles pagaram a multa rescisória com a Hart Music e o contrato foi desfeito ontem. Liam ficou parcialmente por dentro dos acontecimentos. Ainda estamos mantendo muitas coisas fora da sua atenção para não estressá-lo. Eu me surpreendi pra caramba quando seus advogados me ligaram de LA informando que eu tinha uma procuração para agir e assinar quaisquer documentos em nome de Liam. Ele havia se precavido. Liam, como eu, não confiava em Chris. Não temos ouvido falar do homem odioso além do contato profissional. Ele está estranhamente quieto. A polícia do Rio conseguiu prender os dois elementos que nos atacaram. Eles estão trancafiados há uma semana, mas, não abrem a boca. Não é preciso ser um gênio para deduzir que foram pagos pelo silêncio. Afirmam que foi um assalto mal sucedido. Mas, nós sabemos que não foi assim. Eles estavam atrás de mim. Um arrepio de terror ainda me percorre quando as cenas brutais me invadem de vez em quando. Eles não queriam Liam, muito menos Sara. O homem que apontou a arma para mim, deixou isso claro. Alguém me queria fora do caminho. E o mandante está solto, curtindo sua vida em LA como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse quase levado Liam de mim e me destruído para sempre.

_ Tudo feito, irmão! Somos livres, porra! _ Eli grita e os caras entoam palavrões, empolgados.

Caramba! Preciso falar com eles sobre o uso excessivo de palavrões. Teremos crianças por perto a maior parte do tempo, uma vez que eles não se desgrudam, apesar da implicância uns com os outros.

_ Quer mais uma boa notícia, Stone? _ Paul pergunta, seu riso engolindo as orelhas. _ Irresistível é o single mais baixado no iTunes e em outros sites de downloads! Hoje chegamos ao primeiro lugar no top 10 da Billboard[1]!

Caramba! Uau! Isso foi muito rápido. Liam deve pensar a mesma coisa porque ele está boquiaberto, seu rosto mostrando confusão.

_ Como? Nós ainda não gravamos a música adequadamente. Nós não...

Os caras riem como se compartilhassem um segredo. Pronto. Eu também estou curiosa agora. O que eles fizeram? Esses meninos travessos...

_ Nós mandamos a versão ao vivo do Rock in Rio para as principais rádios dos Estados Unidos. Uma coisa leva a outra... _ ele pisca orgulhoso. _ você sabe como funciona, irmão. A música parece um maldito vírus! Está alardeada!_ Eli revela. Liam puxa uma respiração rápida e se apoia em mim. _ e, irmão, essa é a primeira música da Stone Records. _ Liam e eu prendemos nossas respirações. Caramba! _ sua gravadora está oficialmente funcionando há uma semana. _ Liam parece tonto e eu o apoio na cama com cuidado. Os caras vêm rapidamente nos rodear.

_ Merda! Eu disse para esperarmos, seus bastardos. _ Sean, repreende os outros com genuína preocupação na voz.

_ Aguenta aí, cara. Porra. _ Elijah praticamente rosna, mas há preocupação em seu rosto torcido. _ desculpe. Devíamos saber que era muita coisa junta.

_ Respire devagar, meu amor. Vamos._ digo suavemente. Ele faz o que oriento e abre o riso lindo para mim. _ isso, baby. _ rio aliviada. _ você precisa parar de tentar parecer forte o tempo todo. Precisa repousar. _ minha voz treme um pouco porque percebo que ele ainda está fraco. Eu esqueço que sua cirurgia foi como os médicos disseram: um milagre. Ele está se esforçando para mostrar força quanto ainda não a recuperou.

_ Estou bem, baby. _ garante, tomando a minha mão e beijando-a amorosamente. _ foi mesmo muita coisa junta. _ ele ri e encara cada um de seus companheiros. _ vocês fizeram um trabalho fodidamente bom, irmãos. Cacete! _ meneia a cabeça como se ainda não acreditasse. _ como conseguiram liberar Irresistível para comercialização se ainda estávamos presos na Hart até ontem?

_ Nossos advogados encontraram uma brecha no contrato. _ Collin informa todo orgulhoso. _ parece que o Hart não é tão esperto quanto pensa.

_ Nosso contrato nos permitia lançar singles de forma independente. _ Eli esclarece. _ e foi o que fizemos. A gravadora é sua. Tecnicamente não fomos para nenhuma concorrente.

_ Porra, vocês foram malditamente perspicazes. _ Liam elogia. Eles ficam sem jeito. Que bonitinho.

_ Queríamos ter boas notícias quando acordasse, irmão. _ Collin diz, subitamente sério. _ então, agora você pode dizer que nos ama de novo. Nós fodidamente merecemos. _ eu rio. Ele é um caso perdido.

Liam bufa.

_ Beije minha bunda, idiota. _ele ri para Collin, que ri de volta. _ bom trabalho, caras. Eu devo muito a vocês. _ seu rosto fica sério. _ mas, sabem que esse cenário pode mudar com tudo que ainda vou enfrentar, não é? Como líder da banda eu deixaria o fodido Chris amargar no esquecimento. Mas, como marido, não posso deixar o homem que tentou matar a minha mulher impune. Ele vai pagar, irmãos. Vai pagar por cada um de seus crimes e métodos sujos. _ seu tom foi baixo, cheio de ira. Eu acaricio seu peito para relaxá-lo. Deus, ele não pode se irritar assim.

_ E nós estaremos do seu lado, irmão. _ Elijah olhou os outros em busca de confirmação. Todos assentiram veementemente. _ como sempre foi. _ E é por isso que eu os amo. Não vou dizer isso em voz alta dessa vez, no entanto. Liam não pode se alterar, mesmo que sejam apenas provocações.

Meu telefone toca dentro da minha bolsa sobre o sofá. Eu dou um beijo suave na bochecha de Liam e me dirijo para atender. É Jess. Sua voz aflita enche meus ouvidos no segundo em que atendo.

_ Mel? A bomba explodiu! _ ela puxa respirações curtas. _ Chris mandou as fotos para a imprensa! Estão espalhadas pela Internet! _ minhas pernas ficam moles e eu viro a cabeça para olhar na direção de Liam. Os caras estão com seus telefones nas mãos, os rostos contorcidos. Nos entreolhamos. Eles já sabem, a julgar pelas expressões furiosas. _ Liam, já é o assunto em todos os canais midiáticos. _ ela torna a dizer e eu posso sentir o pânico em sua voz. É o mesmo que enche o meu peito e torce por dentro. Isso não é justo, porra! Ele está se recuperando ainda.

_ Mel? Caras? O que há com vocês? _ Liam pergunta, sua testa subindo, intrigado.

Eu desligo o telefone sem me preocupar em me despedir de Jess. Ando de volta para ele. Elijah balança a cabeça vigorosamente, pedindo-me silenciosamente para não dizer. Eles empurram os celulares nos bolsos, mal contendo seus gênios fortes.

_ Baby... _ eu me sento na borda da cama, procurando seus olhos. _ você precisa tentar se manter calmo, amor. _ minha voz treme e meus olhos ardem , mas, eu empurro tudo isso de volta porque não quero parecer fraca. Não agora que meu marido precisa de mim do seu lado. _ aconteceu aquilo que temíamos, Liam. _ tomo uma respiração e pego suas mãos entrelaçando nossos dedos. _ as fotos estão na mídia. Eu... Eu sinto muito baby.

Ele estreita os olhos e cerra o maxilar. Seu rosto passa por uma gama de emoções. Então, ele dá um suspiro longo.

_ Meus advogados alertaram que isso poderia acontecer em breve e eles sabem o que fazer. _ ele diz, seu tom estranhamente plano, calmo, como se estivesse apenas esperando esse momento para atacar. Será? _ nós estamos preparados, baby. Eu me coloquei nessa situação quando fui àquela festa. _ ele parece envergonhado ao assumir isso.  _ preciso esclarecer esse assunto de uma vez por todas e seguir em frente. Limpo. _ os caras concordam bem ao seu estilo, rosnando palavrões. _ a única culpa que eu tenho é de ter sido um maldito mulherengo festeiro._ seu olhar amolece, pedindo-me desculpas por isso. Eu engulo todo o mal-estar com suas últimas palavras e aceno, apertando suas mãos, passando meu apoio. _ eu sinto muito por colocá-la no meio disso tudo, amor. Eu realmente sinto muito.

_ Não diga besteiras. _ eu rosno. _ onde você estiver é onde estarei. Não há outro lugar que eu queira estar senão do seu lado. _ meu tom suaviza. _ sempre, baby. Não me importo de enfrentar a mídia, ou quem quer que apareça. _ seu semblante é tomado de surpresa com minha veemência. _ você é inocente. A justiça vai ser feita e em breve estaremos com nosso bebê nos braços. Vamos manter isso em mente.

Ele ri, seus olhos se iluminando incrivelmente. Ele é tão bonito.

_ Onde aprendeu a ser tão durona, Srª Stone? _ eu sei o que ele está tentando fazer. Ele quer suavizar o clima por causa do meu estado. Engraçado, estou tentando fazer a mesma coisa por ele. Eu decido entrar no seu jogo e me permito sorrir de volta.

_ Ser a mulher de um rock star muito famoso fez isso comigo. _ sussurro. Ele desvencilha uma das mãos e me puxa pela nuca suavemente.

_ Deite aqui comigo, baby. _ ele pede e eu posso sentir uma leve fragilidade em seu tom. _ apenas deite aqui comigo e esqueçamos o maldito mundo por enquanto.

_ Nós, hum... Nós vamos dar uma volta, irmão. _ Elijah anuncia e os outros o seguem para fora do quarto em um inédito silêncio.

Nos olhamos por alguns momentos. Nossos rostos bem próximos.

_ Nós vamos vencer, Liam. _ eu digo baixinho. Meu hálito soprando em sua boca.

Ele sorri, seus dedos deslizam pelo meu pescoço e mandíbula. Eu ronrono sob seu toque. Eu amo como parece fascinado quando me toca.

_ Eu ia dizer a mesma coisa a você. _ eu rio. Ele roça o nariz no meu. Nós dois lutando ferozmente para mandar a tensão embora. _ não vamos deixar nada disso ofuscar nossa felicidade, Mel. Eu tenho a mulher que eu amo comigo e ela está carregando um filho meu. Isso é tudo que quero pensar por agora, baby. _ eu aceno, e ele se deita devagar, abrindo espaço para mim. Eu deito, me aconchegando do seu lado direito, tomando cuidado para não machucá-lo.

_ Sim, baby. _ eu sussurro, levantando o rosto para olhá-lo. _ não vamos deixar nada ofuscar nossa felicidade pelo nosso bebê. Seremos você e eu contra tudo que vier.

_ Essa é a minha garota. _ ele murmura. _ agora me beije. Eu preciso de você, baby. _ pede e eu selo nossos lábios juntos. Ele geme suavemente, sua língua saindo para mergulhar na minha boca e eu me perco nele. Seu braço enlaça-me pela cintura e eu gemo também. Ele ri contra meus lábios e continua devorando-me lenta e apaixonadamente. E como em nossa música, nos permitimos apenas deitar aqui, deixando tudo o mais para fora da porta. Esquecendo-nos do mundo.




[1] Billboard é uma revista semanal norte-americana especializada em informações sobre a indústria musical.[1] Conhecida também como The Music Bible[2] [3] ("A bíblia da música") foi fundada em 1894, tendo como foco inicial o mercado publicitário,[4] mas passou a tratar apenas de música a partir de dos anos de 1950.[5] E faz parte da Prometheus Global Media.[6]
Mantém vários rankings reconhecidos internacionalmente que classificam canções e álbuns populares em várias categorias e estilos. Seu ranking mais conhecido, o Hot 100, mostra os 100 singles mais vendidos e tocados nas rádios e é frequentemente usado nos Estados Unidos como a principal forma de medir a popularidade dos artistas bem como de uma canção.

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