Liam
Duas semanas. Fiquei
fora do ar por duas semanas. Os médicos me informaram e eu posso ver como esse
tempo afetou a Mel. Ela tem profundas olheiras sob os olhos que nem toda a
maquiagem do mundo conseguiria disfarçar. Seu olhar segura o meu o tempo todo
em que os médicos me examinam. Ainda há medo nas profundezas amendoadas. Eu
sorrio, tentando parecer forte e fazê-la perceber que estou de volta, mas, meu
peito dói com o esforço.
_ Merda! _ rosno. _ meu peito... dói... Porra! _ a enfermeira corre para fora do quarto e os médicos continuam a fazer uma série de testes comigo. Que porra fizeram com minha garganta? Por que dói tanto falar? Uma pequena lanterna me cega as pupilas e eu quase mandei o filho da puta cuidar da sua própria bunda, mas, acho que não seria um comportamento aceitável. A enfermeira volta e ajusta a intravenosa no meu braço direito, injetando algo doloroso que parecia rasgar minha veia. Cacete! Eu ranjo os dentes, quase a chamando de vadia, mas, isso também não seria muito indicado.
_ É para a dor, senhor.
_ ela sorri fracamente, pedindo desculpas com o olhar. _ vai passar logo. _ ela
termina de injetar a droga e pega um copinho de plástico com um líquido azul
dentro. _ abra a boca, por favor. Isso fará sua garganta voltar ao normal.
Esteve entubado por muitos dias. _ explica com voz amigável. Certo, ela não é
uma vadia. Eu só estou muito rabugento e com dor, caralho! Faço o que diz e o
líquido de gosto estranho desce pela minha garganta.
Os médicos finalmente
encerram seu trabalho e me dão sorrisos satisfeitos, me dizendo que estou me
recuperando bem e que, provavelmente terei alta em dois ou três dias. Então,
ficaram sérios e me disseram que o meu caso era um pequeno milagre. Eu tive
três paradas cardíacas durante a cirurgia e eles não tinham um prospecto muito
animador no meu caso. Porra, ainda bem que não xinguei nenhum deles. Eles me
salvaram. Eu solto apenas um grunhido de agradecimento e volto meu olhar para
minha mulher. Os médicos mudaram-se de lado e ela vem para minha cabeceira
rapidamente. Sua mão procura a minha livre e entrelaça nossos dedos com cuidado.
Ela abre um pequeno sorriso e se debruça sem cerimônias, colando nossos lábios
outra vez. Eu gemo sem me importar com a plateia, calma derramando-se sobre mim.
Não sei se pela proximidade dela ou pelas drogas que começam a fazer efeito.
Meus olhos pesam.
_ Eu... Sonhei com você,
baby. _ sussurro, me forçando a falar. Minha garganta ainda doendo, mas, pelo
menos está hidratada agora. _ estava tudo... Muito confuso...
_ Shh. _ ela coloca os
dedos nos meus lábios. _ está tudo bem, baby. Não fale agora. Não se esforce
muito. _ seus olhos brilham lindamente. _ descanse, superstar. Se fortaleça
para sair logo daí. _ diz-me baixinho. Seus dedos correndo pelas minhas faces.
Seu olhar amoroso preso ao meu. _ eu estou em dívida com o pessoal lá de cima.
_ sussurra, abrindo um sorriso ainda meio trêmulo. _ eles não o levaram de mim.
Eu nunca vou poder agradecer o suficiente, baby. Ficar sem você teria me
destruído para sempre. _ eu abro a boca para falar, mas, ela me cala suavemente
outra vez. Olha ao redor confirmando que todos já saíram e ri um pouco
travessa, deitando-se um tanto espremida do meu lado. Eu luto para manter meus
olhos abertos. Ela parece incrível mesmo com olheiras e uma expressão cansada.
Há um brilho diferente à sua volta, como se viesse de dentro para fora. Ela é
tão bonita. Começa a sussurrar a letra de uma música e eu rio levemente, meio
surpreso, meio bobo. Ela está cantando Ed
Sheeran, All Of The Stars. Minha linda e doce Mel está cantando para mim e
estar nessa cama por duas semanas inteiras me fez obviamente um maricas do
caralho, porque lágrimas inundam meus olhos com seu tom suave. Cacete, eu não
sabia que ela tinha uma voz tão boa.
So
open your eyes and see (Então abra os olhos e veja)
The
way our horizons meet (O modo que os nossos horizontes se encontram)
And all of the lights will
lead (E todas as luzes vão te guiar)
Into the night with me (Pela
noite comigo)
And I know these scars will
bleed (E sei que essas cicatrizes irão sangrar)
But both of our hearts
believe (Mas os nossos corações acreditam)
All of these stars will guide us home (Todas essas
estrelas vão nos guiar para casa)
I can hear your heart (Eu posso ouvir seu coração)
On the radio beat (Na batida da rádio)
They're playing 'Chasing Cars' (Tocaram "Chasing
Cars")
Eu rio, minhas lágrimas
transbordando. Ela as limpa, rindo suavemente e continua me encantando com sua
voz bonita pra caralho. Deus, eu a amo tanto.
And
I thought of us (E eu pensei em nós)
Back
to the time (De volta ao tempo)
You
were lying next to me (Em que você se deitava do meu lado)
I
looked across and fell in love (Eu olhei para o lado e me apaixonei)
So
I took your hand (Então peguei a sua mão)
Back through lamp lit
streets I knew (E pelas ruas, eu soube)
Everything led back to you
(Tudo me levava de volta à você)
So can you see the stars? Over Amsterdam (Você pode ver as
estrelas? De Amsterdã?)
You're
the song my heart is beating to (Você é a canção para a qual o meu coração
bate)
_ Linda... Eu amo você
pra caralho... Sabia disso? _ sussurro, enquanto seus dedos correm num toque leve
e reconfortante pelos meus cabelos. Sua voz treme no último verso. Seu rosto se
aproxima ainda mais do meu e seu hálito delicioso provoca meus sentidos. Duas
lágrimas silenciosas rolam pelas faces emocionadas. Meu peito está aquecido e a
dor começa a cessar. As drogas fazendo efeito e, claro que ajuda ter a mulher
da sua vida cantando sua alma para você...
_ Descanse, meu amor. _
ela murmura na minha boca. _ eu amo você também. Amo tanto, baby. _ puxa o ar
como se doesse respirar. _ eu quase morri de medo de não ver mais esses
incríveis olhos azuis me olhando como estão agora. _ sorri, acariciando minha
barba, que está aparada, percebo. Ela deve ter se encarregado disso. _ mas,
você voltou para mim, não é, meu lindo menino travesso?
_ Eu não havia deixado
você, Mel. _ murmuro, o sono me puxando mais fortemente. _ nunca vou deixar
você, baby. Eu mantenho minhas promessas, Srª Stone. _ eu rio já meio dormindo.
Ela assente e dá o beijo mais terno e suave nos meus lábios. Eu flutuo. Meus
olhos perdem a batalha. Seu sorriso lindo é minha última imagem antes de
derivar para o sono. Dessa vez, feliz e em paz com seu corpo quente aconchegado
ao meu.
_ Você nos deu um susto tão grande, filho. _ minha avó
sorri, cravando seus olhos azuis doces e lacrimejantes em mim. Me sinto com
doze anos. Ela tem esse jeito de me olhar como se eu não tivesse crescido.
_ Eu sei, vovó. _
aceno, beijando sua face quando se debruça sobre a cama. _ me desculpe. _
ofereço. Eu estive entre o sono e a consciência por dois dias depois que
acordei do coma induzido. A direção do Hospital desistiu de coordenar minhas
visitas. Todos eles querem entrar de uma vez só e meu quarto tem sido uma
verdadeira zona.
Ontem Mat passou por
aqui. Sim, ele não morreu, graças a Deus. Eu pensei que tivesse. Ele certamente
parecia morto quando estava inerte dentro do carro. Mel me contou que levou
dois tiros. Um de raspão no pescoço e outro em cheio no ombro direito. A bala
fez um grande estrago, mas, ele sobreviveu. Seu desmaio se deu do impacto da
bala que o fez bater com a cabeça violentamente no volante. Mat me olhou
envergonhado. Me pediu desculpas por não ter conseguido me proteger. O homem só
podia estar louco. Se não tivesse agido rápido e derrubado dois dos elementos,
eu não teria nenhuma chance contra quatro. Eu disse isso à ele. Pareceu mais
aliviado quando nos deixou. Ele havia tido alta há alguns dias e estava tomando
um voo para ficar em repouso com sua família em LA.
Meu avô vem até a cama
também e me abraça meio sem jeito para não me apertar. Meu peito ainda incomoda
como uma cadela.
_ Você parece mais
forte a cada dia, meu filho. _ ele diz e os dois ficam me olhando daquela forma
que mencionei, como se eu fosse ainda uma criança. Eu rio amorosamente. Eu amo
meus avós. Eles são a única família consanguínea que eu considero.
_ Me sinto muito
melhor, vô. _ digo, rolando os olhos quando ouço os caras rindo baixinho dos
cuidados de meus avós comigo. Cães sarnentos! Mel entra no quarto segurando a
mão do homenzinho e meu rosto se abre em um enorme sorriso.
_ Você devia vir
conosco para Seattle assim que tiver alta, filho. _ minha avó pede com
preocupação na voz.
_ Eu preciso ir para
casa LA, vó. _ digo e seu rosto cai, contrariada. _ há muita coisa a ser feita
e eu preciso estar lá para...
_ Sua avó tem razão,
baby. _ Mel me corta, embora seu tom tenha sido suave. _ eu voto a favor de
irmos à casa de seus avós até que esteja mais forte para enfrentarmos LA.
Merda! As duas contra
mim era covardia. Meu avô ri torto, sabendo exatamente que sou voto vencido. Eu
assinto e eles se afastam para Chay chegar perto da cama.
_ Pai! Você está sentado!
_ ele exclama eufórico, os olhinhos castanhos dançando de alegria por me ver já
fora de perigo.
_ Hei, garotão. _
entendo os braços, chamando-o para mais perto. Ele sobe com cuidado na cama,
sentando-se do meu lado. Bagunço seus cabelos com a mão direita. Movimentar o
esquerdo é incômodo pra cacete. _ estou muito melhor, filho. Como foi a escola
hoje? _ ele pôs-se a tagarelar por alguns minutos sobre a festinha que sua
classe preparou como despedida para ele.
Levanto meu olhar para
Mel e ela tem um riso misterioso na boquinha linda, observando nossa interação.
Ela está me escondendo algo. Estou com essa sensação desde o momento em que
acordei.
_ Baby, venha aqui. _
eu chamo, não conseguindo disfarçar minha voz rouca. Eu devo estar melhor mesmo,
porque a visão dela em um de seus vestidos transpassados um pouco acima dos
joelhos fez meu pau estremecer e acordar do seu estado de hibernação. Eu me
seguro para não gemer quando seu corpo gostoso para à minha frente e seu leve
perfume floral penetra em minhas narinas. Foda! Meu pau está completamente duro
agora. Ok, não duro, duro... Mas, o grande soldado certamente está bem animado.
É muito bom que eu esteja usando uma boxer por baixo da bermuda folgada do
hospital. Do contrário, passaria vergonha perto do homenzinho. Mel sorri, se
debruçando para mim. Um flash de diversão brilha nos olhos amendoados. Safada.
Ela já percebeu meu estado de excitação. Baby, quando eu pegar você... Digo
silenciosamente, meu olhar sacana duelando com o seu. Sua mão acaricia meu
rosto e eu trinco os dentes. Preciso perguntar ao médico quando estarei
liberado para o sexo. Nossos olhares se prendem numa conversa íntima e suja e
estou tentado a pedir que todos saiam para ela me dar um de seus boquetes cinco
estrelas... Cacete!
_ Comporte-se,
superstar. _ ela murmura quase inaudível contra meus lábios e me beija rápido
demais, mas, tenho que me contentar diante da nossa plateia. Chay sorri
travesso para mim quando volto a olhar para ele. Moleque esperto. Dou uma
piscada e sorrio puxando-o para meu lado direito.
_ Por que tenho a
sensação de que está me escondendo algo? _ pergunto quando ela se apoia do meu
lado esquerdo com cuidado. O quarto inteiro para as conversas aleatórias e
sinto sua atenção sobre nós. Ela lambe os lábios e olha na direção de Chay
parecendo meio preocupada. _ há algo, não há? O que é, baby? _ seus olhos ficam
marejados e parece se emocionar, enquanto ergo uma sobrancelha à espera.
_ Eu... _ lambe os
lábios de novo e meu pau reclama a cada vez que faz isso. Merda. Ele obviamente
não recebeu o memorando de que eu levei a porra de um tiro no peito. _ estou
grávida, baby. _ ela sussurra e eu sinto o sangue bombeando forte no meu peito.
Uma pressão absurda. Fico levemente tonto. Cacete! Ela disse que está... Ela
disse mesmo que está GRÁVIDA! É isso. Essa palavra acende em letras garrafais
na minha mente. Todos se levantam quando coloco a mão no meu coração. Enfermeira!
Alguém grita. Ela aperta o botão sobre o leito. _ respire, amor. Oh, meu Deus!
Respire, Liam. _ Mel pede, me amparando. Os caras chegam mais perto, me
ajudando a me deitar. Ajustam a cama numa posição quase sentada. A enfermeira
entra afogueada. Cristo! Eu vou ser pai. Vou ser pai, caralho!
_ Estou bem. _ garanto,
diante de todos os olhares preocupados. _ estou bem. Foi só... Pode ir, ok?
Estou bem. _ garanto e a moça sai sem entender nada. _ Cristo, amor... _ eu
sussurro, voltando a minha atenção para Mel. Lágrimas me vêm aos olhos e eu não
quero refreá-las. Ela está grávida. Minha mulher está grávida e eu quase a
deixei sozinha. Eu sufoco com esse pensamento. Fecho os olhos por um momento,
tentando reunir algum controle. Eu rio e os abro, encarando-a. Ela ri acenando,
seu lindo rosto brilhando de felicidade. _ baby, você foi fodidamente apressada,
não foi? _ eu tento fazer piada. Ela dá um pequeno bufo, seus olhos se
iluminando, enquanto meneia a cabeça.
_ Eu, baby? _reclama e
todos riem no quarto. _ vejam só quem fala...
Levanto a mão para seu
rosto corado de emoção. Eu traço seu contorno com adoração. Seu olhar amolece,
me adorando de volta.
_ Você me faz tão
feliz, Mel. _ minha voz sai maricasmente trêmula. _ você me faz tão feliz,
baby. _ meu tom cai para um sussurro. Ela segura a minha mão em rosto e fecha
os olhos virando para depositar um beijo suave na palma. _ quando você soube?
Como? _ balbucio embasbacado. _ porra, sim! Nós fomos malditamente rápidos,
baby. Cacete! Eu vou ter um filho! Vou ser pai! Vocês ouviram, caras? _ eu
pareço uma metralhadora verbal e levo a mão ao peito de novo. Os caras riem da
minha reação. Bastardos sem consideração.
_ Eu desmaiei na noite
em que... Naquela noite. _ ela murmura, seu rosto pairando acima do meu. _ sim,
nós fomos muito rápidos e nosso primeiro bebê Stone está aqui dentro, meu amor.
_ pega minha mão suavemente e a coloca sobre seu ventre. Eu espalho os dedos,
cobrindo, massageando toda a sua barriguinha possessivamente, meu olhar se
desviando para o lugar onde meu filho repousa. Eu sei que é um menino.
_ Eu sonhei com isso,
Mel. _ murmuro. _ eu sonhei, baby.
Ela acena, seu olhar
lacrimejante.
_ Eu também, Liam. Eu
também, baby.
_ Não. Estou dizendo
que sonhei momentos antes de recobrar minha consciência. _ ela franze as
sobrancelhas, confusa. Eu rio. Orgulho, amor e posse ricocheteando em minhas
veias. Porra, ela está carregando um filho meu! A sensação é boa pra caralho. Eu
ansiei por isso. Ela minha, levando minha semente em seu ventre. _ eu sonhei com
um menino brincando com o nosso homenzinho na praia em Malibu. Você acha que é
um menino? _ ela ri, meneando a cabeça.
_ Ainda é muito cedo
para isso, amor. _ sussurra e se vira para Chay, que havia descido da cama e se
encontrava sentado em um dos sofás, parecendo nada satisfeito com a notícia. _
Chay, querido? _ ela o chama, seu tom amoroso e meio tenso. Chay ainda não
sabia pela sua reação. _ ei, menino bonito? _ Mel, dá um leve aperto na minha
mão e vai para o pequeno. Ele fica amuado, enquanto a mãe se agacha à sua
frente. _ o que foi, meu amor? Você não está feliz que vai ganhar um
irmãozinho, ou irmãzinha? _ indaga, erguendo seu queixo para olhá-lo nos olhos.
Mel amolece com o que vê. Eu também. Chay tem os olhos cheios de lágrimas.
Merda. _ me desculpe, querido. Me desculpe por não ter contado antes... _ ela
ofega um pouco à procura de palavras e táticas suaves. _ eu queria contar para
Liam e você juntos. Você pode...
_ Eu não quero um irmão
e nem irmã! _ ele brada, assustando-nos.
_ Por que, meu querido?
_ Mel parece não se abalar com a birra e continua calma e ternamente: _ somos
uma família agora. Eu, seu pai, você e esse bebê que está aqui dentro.
_ Você vai parar de me
chamar de seu bebê, não é? _ ele diz com voz trêmula.
Mel para um instante,
analisando o que dizer a seguir. Crianças... Ele vive pedindo para a mãe parar
de chamá-lo de bebê. Pobre
homenzinho. Está com um caso agudo de ciúmes e, provavelmente se sentindo
ameaçado.
_ Nunca, meu menino
bonito. _ Mel diz baixinho, quase só para ele ouvir: _ você é e sempre será o
meu bebê. Mesmo quando estiver grande, enorme e barbudo. _ ela ri, acariciando
a face do filho e a tensão se dissolve parcialmente no rosto de Chay.
_ Você promete, mãe? _
sua voz ainda é insegura e amuada. Eu rio do seu ciúme infantil.
_ Eu prometo, meu bebê.
_ ela murmura em tom confidente. _ então, você vai ficar bem agora? Vai ficar
feliz com nosso bebezinho? Você ouviu o que seu pai disse ainda há pouco? Ele
sonhou com você brincando e cuidando do seu irmãozinho na praia. _ Chay gira a
cabeleira castanha para mim e ri fracamente. Eu aceno, não querendo empurrá-lo
muito. _ você sabe, eu fiz a mesma coisa quando minha mãe me contou que Sara
estava a caminho. _ Mel confidencia e sorri com cumplicidade. Chay desmonta de
vez. Porra, ela é muito boa. Está claro quem terá o papel conciliador. Eu? Hum,
Cristo! Eu vou ser pai! Cacete, eu ainda não posso acreditar que vamos ter um
bebê tão rápido. Vou precisar reduzir os palavrões... E os cigarros. Porra, eu
vou ser pai!
_ Sério? Você fez? _
Chay parece surpreso. _ mas, você ama a tia Sara. _ aponta.
_ Sim, meu amor. Eu a
amo muito. _ Mel afirma. _ mas, quando recebi a notícia eu era apenas uma
garotinha que tinha todas as atenções do papai e da mamãe só para mim. _ ela o
fita atentamente. _ consegue entender como me senti, menino bonito? _ ele
assente vigorosamente e era voto vencido. O pequeno Chay não teve nenhuma
chance, como eu, completamente arrebatado e apaixonado por ela. _ mas, seu avô
e sua avó sempre amaram a nós duas do mesmo modo. É isso que os pais fazem, meu
querido. Eles amam seus pequenos por igual. Sempre. _ a tensão vai embora do
semblante do pequeno. _ você vai amar e cuidar desse pequeno bebê como a mamãe
fez com a tia Sara? _ Chay acena mais uma vez.
_ Eu te amo, mamãe. _
ele sussurra e joga os pequenos braços ao redor do pescoço da mãe. Ela ri,
entre lágrimas o apertando junto a si.
_ E eu à você, meu
pequeno. Sempre será meu lindo bebê.
Os dois voltam para mim
depois de tudo resolvido. Chay parece um pouco envergonhado.
_ Hei, filho, venha até
aqui. _ chamo-o. Ele se acomoda outra vez na borda do leito.
_ Você não está
chateado comigo? _ pergunta ansiosamente. _ porque eu não queria o bebê que
você e minha mãe vão ter? _ eu rio tranquilizando-o. Lá vamos nós testar minhas
habilidades de pai.
_ Claro que não,
homenzinho. Você só estava temeroso que sua mãe e eu não lhe déssemos mais
atenção e amor com a chegada do bebê. _ ele me encara ainda preocupado. _ mas,
eu reforço tudo que Mel garantiu, campeão. Nenhum de nós vai deixar de amá-lo
por causa dos bebês que virão. _ seus olhinhos se arregalam.
_ Vocês vão ter mais? _
seu tom é alarmado outra vez.
_ Baby... _ Mel me
censura por trazer esse assunto agora. Certo. Que timing do caralho.
_ Nós vamos trabalhar
primeiro com esse que já está a caminho, filho. Concorda? _ ele acena. _ mas, somos
uma família agora e se vierem outros, eu e sua mãe teremos amor suficiente para
todos vocês. Eu prometo.
_ Está bem, pai. _ sua
vozinha foi definitivamente mais animada. Um suspiro coletivo soou bem audível
no quarto.
Meus avós levaram o
pequeno birrento para fazer um lanche na cantina e aproveitei a oportunidade
para tocar livremente minha mulher. Minha mulher grávida. Eu sei, eu sei, estou
pateticamente bobo. Foda-se se eu me importo. Eu vou ser pai, porra!
Melissa
_ Caras, me ajudam
andar até a varanda? Quero dar um olá para os fãs. _ Liam pede, tentando se
colocar de pé. _ eles estão mesmo aí fora por duas semanas inteiras? _ Os caras
chegam perto imediatamente, ajudando-o.
_ Sim, eles estão,
irmão. _ Elijah afirma. _ você assustou a todos nós. Estou pensando seriamente
em chutar sua bunda quando ficar bom.
Nós rimos da rabujice
de Elijah. Eu arrumo a bata verde do hospital sobre o torso de Liam. Ele está
ligeiramente mais magro, mas, seus músculos ainda são perfeitamente firmes e
tonificados. Lindo. Perfeito. Delicioso. Ok, Mel, pare aí. Caramba,
comporte-se. Nossos olhares se prendem e um riso brinca em sua boca como se
lesse meus pensamentos nada comportados.
_ Você vem comigo,
baby?
_ Sempre, superstar. _
sussurro e seus olhos se iluminam, ampliando o riso que eu amo. Eu fico de lado
enquanto Elijah e Collin o amparam levando-o devagar rumo à varanda. Sean, Paul
e eu seguimos atrás.
No momento em que Liam
entra no campo de visão dos fãs, a euforia é ouvida. Todos nós rimos, compartilhando
a mesma alegria. Liam se desvencilha dos companheiros e acena com a mão
direita. Eu chego do seu lado, pronta para ampará-lo se ele assim o quiser.
Mas, acho que meu lindo rock star não quer parecer fraco diante de seu público.
Ele me vê e me puxa, me aconchegando. Eu aceno e sou retribuída com vigorosas
saudações de volta. MeLiam! MeLiam! Eles
se agitam. A princípio penso ter ouvido Meu
Liam, mas, percebo que os fãs criaram um apelido carinhoso para nós. Ai
Deus. Estou sem palavras. Liam beija meus cabelos e sussurra sorrindo:
_ Acho que os já
criaram um apelido para nós, baby. _ levanto meu rosto para ele e fico sem
fôlego diante das duas safiras brilhantes. Incrível como ele parece muito melhor
absorvendo o carinho do seu público. Liam se alimenta disso também. É algo que
sempre estará com ele. Beija-me suavemente. Mais gritos lá embaixo. Rimos,
nossos lábios ainda colados. Quando olhamos para a pequena multidão, há
seguranças do hospital pedindo para eles se acalmarem. Liam acena, joga beijos
e apoia o braço direito sobre meus ombros. Elijah chega do outro lado e andamos
de volta para dentro.
O acomodamos sentado na
cama e ele me puxa suavemente, me mantendo do seu lado direito. Eu derreto na
sensação do seu grande corpo quente. Beijo seu peito próximo à cicatriz da
cirurgia, reverentemente. Ainda estou meio entorpecida desde que acordou e
voltou para mim. Tão lindo. Meu louco e imprudente superstar. Seu rosto ainda
está corado de excitação e seus olhos me secam, sussurrando coisas sacanas. Eu
rio meneando a cabeça levemente.
_ Sem mais loucuras
para você, baby. _ digo baixinho, apoiando a cabeça em seu ombro.
Ele ri, rouco, sexy,
todo sedutor. Oh, rapaz.
_ Eu não disse nada,
minha gostosa. _ sussurra na minha orelha e seu nariz fuça meus cabelos,
causando-me deliciosos arrepios.
_ Humm, eu vou fazer
algo especial quando você se recuperar, baby, prometo. _ murmuro.
_ É? _ ele ri baixinho,
deslizando os lábios quentes pelo meu pescoço numa carícia obscena. Caramba. Eu
não consigo conter um gemido.
_ Hu-ruh. _ afirmo,
enquanto seus dentes despacham mordidas provocantes na minha pele. Ai, Deus. Estamos
de volta às calcinhas encharcadas. _ Liam... Baby... _ eu coaxo ofegante. _
você não pode...
_ Ei, percebem que
ainda estamos aqui, né? _ a voz de Elijah quebra o nosso momento. Liam amplia o
riso provocador e olha os companheiros.
_ Ah, vocês estão?
Desculpem, caras, eu não vejo nada além da minha mulher. _ ownt, isso foi doce.
Suspiro. Uma onda de resmungos me faz rir. Eu adoro esse clima louco entre
eles.
_ Stone, segura a onda,
cara. O médico disse que não terá uma boceta por, no mínimo sessenta dias. _
Collin provoca com um riso na voz.
_ O quê!? _ Liam rosna.
Todos caem na gargalhada.
_ Ops, brincadeirinha...
_ Collin se desculpa nada arrependido. _ você devia ver sua cara, irmão. Impagável.
_ Idiota. _ Liam ri, não
disfarçando seu alívio. Ele é tão sexual...
_ Não o provoque,
Collin, não está vendo que o Stone está todo moribundo? O pobre coitado...
_ Ei, não precisa me
defender, porra! _ Liam corta o que era claramente outra zoação, dessa vez, de
Sean.
_ É, bastardos, não
provoquem o Stone. _ Paul interveio meio sério, meio brincalhão. _ já é castigo
suficiente nosso irmão ficar sem uma boceta. _ Liam rola os olhos.
_ Não reclame, Liam. _
Elijah retoma. _ você disse que nos ama, porra. Então, nos aguente.
Liam bufa.
_ Nos seus sonhos, cães
sarnentos. _ zomba.
_ Sim, você disse,
cara. _ Collin ri. _ assim que acordou, você disse que...
_ Cristo, eu
provavelmente estava sob os efeitos das drogas injetadas em meu sistema. _ ele
se defende e me encara. _ eu disse mesmo isso, baby? _ eu rio e aceno. Ele
grunhe.
_ E sua mulher também
nos ama. Ela disse que...
_ Que merda é essa? _ Liam
rosna, cortando Sean e levanta uma sobrancelha inquisitiva para mim. Eu rio
mais, encolhendo os ombros.
_ Stone, não temos
culpa se sua mulher tem uma queda por nós. _ Collin torna a provocar.
_ Collin... _ eu o
repreendo. Ele me dá uma piscada brincalhona.
_ Eu vou cortar as
bolas de todos vocês e alimentá-los com elas, seus malditos fura olhos. _ Liam
resmunga. _ assim que eu me levantar dessa cama.
Eles gargalham alto.
Então, param devagar, suas expressões ficam mais sérias.
_ Estamos felizes que
esteja bem, irmão. Você nos assustou por uma vida inteira, cacete! _ Elijah
diz, após pigarrear. Ele é o que mais segura suas emoções. Tenho percebido
nesses dias em que fomos obrigados a ficar juntos. Ele chorou e socou paredes
junto com os outros na noite fatídica, mas, depois tem se mantido sob um controle
férreo. _ e, Stone?
_ Sim? _ Liam responde.
_ Pare de ser um
maldito maricas e levante logo daí, porra! _ ele solta e os outros endossam com
uma série de palavrões. Eu rolo os olhos. Roqueiros...
Liam ri amplamente e
segura seu peito, obviamente sentindo desconforto.
_ Vá devagar,
superstar. _ eu brinco. Ele beija meus cabelos, respirando com certa
dificuldade após o esforço.
_ Eu agradeço, irmãos.
Agradeço por tudo. _ Liam eleva um pouco a voz. _ principalmente por terem cuidado
da minha mulher. Ela é tudo para mim. Ela é...
_ Nós sabemos, Liam. _
Elijah o corta, parecendo desconfortável de ver o amigo abrindo o coração, se
expondo na frente deles. _ e você é um bastardo de muita sorte por ter
conseguido reencontrar a mulher que sempre quis.
_ Uh! Eli está um tanto
sentimental, ou é impressão minha? _ Collin alfineta.
_ Cale a porra da boca
ou eu mesmo vou fechá-la para você, imbecil. _ Elijah, rosna baixo. Collin
levanta as mãos em falsa rendição, enquanto todos riem.
_ Desde quando se
tornou um Ás em relacionamentos, Eli? _ Sean entra no jogo. Liam ri, adorando
não ser o foco das provocações.
Elijah bufa, uma
expressão cínica e desdenhosa encobrindo os olhos verdes.
_ Vocês estão todos
malditamente obtusos! _ defende-se com veemência. _ eu não faço a coisa da
cerca branca, bebês e cachorros. _ ele para e me oferece um olhar de desculpas.
_ isso não é pessoal, querida. O que você e o idiota com tesão aí têm é algo
diferente. É para poucos. Como amigo, estou feliz por vocês. _ dá de ombros, de
forma displicente. _ apenas não é para mim. Eu gosto demais do estilo sexo e
rock and roll. _ ele mexe as sobrancelhas e ri maliciosamente.
Ok. Ele não é mesmo
material para relacionamento. Espero que se mantenha longe de Sara. Não importa
o quanto eu tenha me aproximado dele e admire sua amizade e devoção à meu
marido. Eu vou arrancar suas bolas se ele machucar a minha irmãzinha.
_ Chega de conversa
fiada. _ Liam diz, seu tom de repente todo negócios. _ está feito, Elijah? _
indaga e Eli acena, seu rosto se abrindo num grande sorriso.
Eles pagaram a multa
rescisória com a Hart Music e o contrato foi desfeito ontem. Liam ficou
parcialmente por dentro dos acontecimentos. Ainda estamos mantendo muitas
coisas fora da sua atenção para não estressá-lo. Eu me surpreendi pra caramba
quando seus advogados me ligaram de LA informando que eu tinha uma procuração
para agir e assinar quaisquer documentos em nome de Liam. Ele havia se
precavido. Liam, como eu, não confiava em Chris. Não temos ouvido falar do
homem odioso além do contato profissional. Ele está estranhamente quieto. A
polícia do Rio conseguiu prender os dois elementos que nos atacaram. Eles estão
trancafiados há uma semana, mas, não abrem a boca. Não é preciso ser um gênio
para deduzir que foram pagos pelo silêncio. Afirmam que foi um assalto mal
sucedido. Mas, nós sabemos que não foi assim. Eles estavam atrás de mim. Um
arrepio de terror ainda me percorre quando as cenas brutais me invadem de vez
em quando. Eles não queriam Liam, muito menos Sara. O homem que apontou a arma
para mim, deixou isso claro. Alguém me queria fora do caminho. E o mandante
está solto, curtindo sua vida em LA como se nada tivesse acontecido. Como se não
tivesse quase levado Liam de mim e me destruído para sempre.
_ Tudo feito, irmão!
Somos livres, porra! _ Eli grita e os caras entoam palavrões, empolgados.
Caramba! Preciso falar
com eles sobre o uso excessivo de palavrões. Teremos crianças por perto a maior
parte do tempo, uma vez que eles não se desgrudam, apesar da implicância uns
com os outros.
_ Quer mais uma boa
notícia, Stone? _ Paul pergunta, seu riso engolindo as orelhas. _ Irresistível
é o single mais baixado no iTunes e em outros sites de downloads! Hoje chegamos ao primeiro
lugar no top 10 da Billboard[1]!
Caramba! Uau! Isso foi
muito rápido. Liam deve pensar a mesma coisa porque ele está boquiaberto, seu
rosto mostrando confusão.
_ Como? Nós ainda não
gravamos a música adequadamente. Nós não...
Os caras riem como se
compartilhassem um segredo. Pronto. Eu também estou curiosa agora. O que eles
fizeram? Esses meninos travessos...
_ Nós mandamos a versão
ao vivo do Rock in Rio para as principais rádios dos Estados Unidos. Uma coisa
leva a outra... _ ele pisca orgulhoso. _ você sabe como funciona, irmão. A música
parece um maldito vírus! Está alardeada!_ Eli revela. Liam puxa uma respiração
rápida e se apoia em mim. _ e, irmão, essa é a primeira música da Stone Records. _ Liam e eu prendemos
nossas respirações. Caramba! _ sua gravadora está oficialmente funcionando há
uma semana. _ Liam parece tonto e eu o apoio na cama com cuidado. Os caras vêm
rapidamente nos rodear.
_ Merda! Eu disse para
esperarmos, seus bastardos. _ Sean, repreende os outros com genuína preocupação
na voz.
_ Aguenta aí, cara.
Porra. _ Elijah praticamente rosna, mas há preocupação em seu rosto torcido. _ desculpe.
Devíamos saber que era muita coisa junta.
_ Respire devagar, meu
amor. Vamos._ digo suavemente. Ele faz o que oriento e abre o riso lindo para
mim. _ isso, baby. _ rio aliviada. _ você precisa parar de tentar parecer forte
o tempo todo. Precisa repousar. _ minha voz treme um pouco porque percebo que
ele ainda está fraco. Eu esqueço que sua cirurgia foi como os médicos disseram:
um milagre. Ele está se esforçando para mostrar força quanto ainda não a
recuperou.
_ Estou bem, baby. _
garante, tomando a minha mão e beijando-a amorosamente. _ foi mesmo muita coisa
junta. _ ele ri e encara cada um de seus companheiros. _ vocês fizeram um
trabalho fodidamente bom, irmãos. Cacete! _ meneia a cabeça como se ainda não
acreditasse. _ como conseguiram liberar Irresistível para comercialização se
ainda estávamos presos na Hart até ontem?
_ Nossos advogados
encontraram uma brecha no contrato. _ Collin informa todo orgulhoso. _ parece
que o Hart não é tão esperto quanto pensa.
_ Nosso contrato nos
permitia lançar singles de forma
independente. _ Eli esclarece. _ e foi o que fizemos. A gravadora é sua.
Tecnicamente não fomos para nenhuma concorrente.
_ Porra, vocês foram
malditamente perspicazes. _ Liam elogia. Eles ficam sem jeito. Que bonitinho.
_ Queríamos ter boas
notícias quando acordasse, irmão. _ Collin diz, subitamente sério. _ então,
agora você pode dizer que nos ama de novo. Nós fodidamente merecemos. _ eu rio.
Ele é um caso perdido.
Liam bufa.
_ Beije minha bunda,
idiota. _ele ri para Collin, que ri de volta. _ bom trabalho, caras. Eu devo
muito a vocês. _ seu rosto fica sério. _ mas, sabem que esse cenário pode mudar
com tudo que ainda vou enfrentar, não é? Como líder da banda eu deixaria o
fodido Chris amargar no esquecimento. Mas, como marido, não posso deixar o
homem que tentou matar a minha mulher impune. Ele vai pagar, irmãos. Vai pagar
por cada um de seus crimes e métodos sujos. _ seu tom foi baixo, cheio de ira.
Eu acaricio seu peito para relaxá-lo. Deus, ele não pode se irritar assim.
_ E nós estaremos do
seu lado, irmão. _ Elijah olhou os outros em busca de confirmação. Todos
assentiram veementemente. _ como sempre foi. _ E é por isso que eu os
amo. Não vou dizer isso em voz alta dessa vez, no entanto. Liam não pode se
alterar, mesmo que sejam apenas provocações.
Meu telefone toca dentro
da minha bolsa sobre o sofá. Eu dou um beijo suave na bochecha de Liam e me
dirijo para atender. É Jess. Sua voz aflita enche meus ouvidos no segundo em
que atendo.
_ Mel? A bomba
explodiu! _ ela puxa respirações curtas. _ Chris mandou as fotos para a
imprensa! Estão espalhadas pela Internet! _ minhas pernas ficam moles e eu viro
a cabeça para olhar na direção de Liam. Os caras estão com seus telefones nas
mãos, os rostos contorcidos. Nos entreolhamos. Eles já sabem, a julgar pelas expressões
furiosas. _ Liam, já é o assunto em todos os canais midiáticos. _ ela torna a
dizer e eu posso sentir o pânico em sua voz. É o mesmo que enche o meu peito e
torce por dentro. Isso não é justo, porra! Ele está se recuperando ainda.
_ Mel? Caras? O que há
com vocês? _ Liam pergunta, sua testa subindo, intrigado.
Eu desligo o telefone
sem me preocupar em me despedir de Jess. Ando de volta para ele. Elijah balança
a cabeça vigorosamente, pedindo-me silenciosamente para não dizer. Eles
empurram os celulares nos bolsos, mal contendo seus gênios fortes.
_ Baby... _ eu me sento
na borda da cama, procurando seus olhos. _ você precisa tentar se manter calmo,
amor. _ minha voz treme e meus olhos ardem , mas, eu empurro tudo isso de volta
porque não quero parecer fraca. Não agora que meu marido precisa de mim do seu
lado. _ aconteceu aquilo que temíamos, Liam. _ tomo uma respiração e pego suas
mãos entrelaçando nossos dedos. _ as fotos estão na mídia. Eu... Eu sinto muito
baby.
Ele estreita os olhos e
cerra o maxilar. Seu rosto passa por uma gama de emoções. Então, ele dá um
suspiro longo.
_ Meus advogados
alertaram que isso poderia acontecer em breve e eles sabem o que fazer. _ ele
diz, seu tom estranhamente plano, calmo, como se estivesse apenas esperando
esse momento para atacar. Será? _ nós estamos preparados, baby. Eu me coloquei
nessa situação quando fui àquela festa. _ ele parece envergonhado ao assumir
isso. _ preciso esclarecer esse assunto
de uma vez por todas e seguir em frente. Limpo. _ os caras concordam bem ao seu
estilo, rosnando palavrões. _ a única culpa que eu tenho é de ter sido um
maldito mulherengo festeiro._ seu olhar amolece, pedindo-me desculpas por isso.
Eu engulo todo o mal-estar com suas últimas palavras e aceno, apertando suas
mãos, passando meu apoio. _ eu sinto muito por colocá-la no meio disso tudo,
amor. Eu realmente sinto muito.
_ Não diga besteiras. _
eu rosno. _ onde você estiver é onde estarei. Não há outro lugar que eu queira
estar senão do seu lado. _ meu tom suaviza. _ sempre, baby. Não me importo de
enfrentar a mídia, ou quem quer que apareça. _ seu semblante é tomado de
surpresa com minha veemência. _ você é inocente. A justiça vai ser feita e em
breve estaremos com nosso bebê nos braços. Vamos manter isso em mente.
Ele ri, seus olhos se
iluminando incrivelmente. Ele é tão bonito.
_ Onde aprendeu a ser
tão durona, Srª Stone? _ eu sei o que ele está tentando fazer. Ele quer
suavizar o clima por causa do meu estado. Engraçado, estou tentando fazer a
mesma coisa por ele. Eu decido entrar no seu jogo e me permito sorrir de volta.
_ Ser a mulher de um
rock star muito famoso fez isso comigo. _ sussurro. Ele desvencilha uma das
mãos e me puxa pela nuca suavemente.
_ Deite aqui comigo,
baby. _ ele pede e eu posso sentir uma leve fragilidade em seu tom. _ apenas
deite aqui comigo e esqueçamos o maldito mundo por enquanto.
_ Nós, hum... Nós vamos
dar uma volta, irmão. _ Elijah anuncia e os outros o seguem para fora do quarto
em um inédito silêncio.
Nos olhamos por alguns
momentos. Nossos rostos bem próximos.
_ Nós vamos vencer,
Liam. _ eu digo baixinho. Meu hálito soprando em sua boca.
Ele sorri, seus dedos
deslizam pelo meu pescoço e mandíbula. Eu ronrono sob seu toque. Eu amo como parece
fascinado quando me toca.
_ Eu ia dizer a mesma
coisa a você. _ eu rio. Ele roça o nariz no meu. Nós dois lutando ferozmente
para mandar a tensão embora. _ não vamos deixar nada disso ofuscar nossa
felicidade, Mel. Eu tenho a mulher que eu amo comigo e ela está carregando um
filho meu. Isso é tudo que quero pensar por agora, baby. _ eu aceno, e ele se deita
devagar, abrindo espaço para mim. Eu deito, me aconchegando do seu lado
direito, tomando cuidado para não machucá-lo.
_ Sim, baby. _ eu
sussurro, levantando o rosto para olhá-lo. _ não vamos deixar nada ofuscar
nossa felicidade pelo nosso bebê. Seremos você e eu contra tudo que vier.
_ Essa é a minha
garota. _ ele murmura. _ agora me beije. Eu preciso de você, baby. _ pede e eu
selo nossos lábios juntos. Ele geme suavemente, sua língua saindo para
mergulhar na minha boca e eu me perco nele. Seu braço enlaça-me pela cintura e
eu gemo também. Ele ri contra meus lábios e continua devorando-me lenta e
apaixonadamente. E como em nossa música, nos permitimos apenas deitar aqui,
deixando tudo o mais para fora da porta. Esquecendo-nos do mundo.
[1] Billboard é uma revista
semanal norte-americana especializada em informações sobre a
indústria musical.[1] Conhecida também
como The Music Bible[2] [3] ("A bíblia
da música") foi fundada em 1894, tendo como foco inicial o mercado publicitário,[4] mas passou a
tratar apenas de música a partir de dos anos de 1950.[5] E faz parte
da Prometheus Global Media.[6]
Mantém vários rankings reconhecidos internacionalmente que
classificam canções e álbuns populares em várias categorias e
estilos. Seu ranking mais conhecido, o Hot 100, mostra os 100 singles mais vendidos e tocados nas rádios e é frequentemente usado
nos Estados Unidos como a principal forma de medir a popularidade dos artistas
bem como de uma canção.
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