lamba
os rastros
do meu gozo
no teu peito
acumula
sussurros
afagos
pequenas mortes
do meu prazer
esse meu querer
insano
e infinito
de ti
lembra
da noite
e do amanhecer
colha
sem pudor
todas as minhas palavras
sem ar
sem voz
sem por quê
congela
meus gestos
meu carinho
no teu corpo
deixa
que tua pele
contemple
a minha
longe
bem distante
escuta o som
esparrama
no tampo da mesa
a vertigem
o que arde
o que te cura
sinta
peça
fala
da delícia do pecado
que se esconde
nos teus braços
na tua boca
no teu beijo
esse beijo
embolado
na minha língua
esse cheiro
esse gosto
proibido
de nós dois
esse silêncio
cheio de dizeres
esse líquido
que me encharca
que em ti
transborda
esse mel derramado
todo o dia
toda hora
que em ti
por mais que não queira
acontece
e aí
em ti
esse todo de mim
aflora
pra todo o sempre
permanece…
Cau Lanza -
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