debruça-te
sobre meu corpo
numa dessas noites
duvidosas
de lua cheia
e conta-me estórias
vigia
os ponteiros
que correm lentos
marcando o tempo
que se vai
e não volta
não me solta
minha pele estendida
macia
eriçada
e em gestos demorados
faça-me cócegas
veja
minha boca entreaberta
pedindo a água da tua
veja
minha carne exposta
num brado rouco
esperando o beijo
veja
todo o desejo
abordando
a curvatura dos lábios
pétalas suaves
veste sacra da flor
entrega-te
deixa vagar
o olhar
o sentir
o luar
deixa esquentar
mata minha fome
deixa
o tempo parar
esqueça os ponteiros
não me solta
não para de me amar....
- Cau Lanza -
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