Passei a noite na mais completa solidão por companheiros exclusivamente as estrelas e os pirilampos emitindo luz dentro da noite fria, no céu, nem se quer a lua preguiçosa tinha aparecido ela estava aborrecida e não quis que seus raios de encantamento viessem ornamentar a paisagem noturna.Na terra houve o lamento de sua ausência.
Lastimei não ter você ao meu lado.
Estranhos sons noturnos feriam meus ouvidos.Preparei-me para passar uma noite longa e vazia.
Os ruídos fizeram-me imaginar as mais absurdas coisas.Eram os lamentos da noite, queixumes da lua, mensagem de saudade que, em forma de aragem acariciavam meu rosto, convidando-me a divagar.
Em mim a necessidade de sonhar, sensação deliciosa de abandono, estendendo as mãos para com ela percorrer rios, atravessar vales, escalar montanhas, esquecendo tudo.Depois quem sabe, exausto, deitar-me-ia em alguma praia, deixando que as ondas cobrissem meu corpo e a areia servisse de travesseiro para dormir um sonho de paz.
Os momentos de devaneio rapidamente passaram, ficou expresso em minh’alma o sentido exato da solidão, senti seus olhos fitando só a mim.Provei a sensação deliciosa da caricia de seus beijos!
Fui percorrendo a estrada da imaginação, recordando seus cabelos, olhos, boca, palavras, experimentei o mais grato dos prazeres.
Na ilusão das luzes da ribalta, entre os ruídos dos ventos procuro alívio para essa tensão.
Quando a madrugada se aproxima lenta, suave e quando já se faz silêncio na noite ouço somente minha respiração, então me retiro para o meu ultimo refugio.
Chorei baixinho, e desejei os carinhos seus...
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