domingo, 1 de novembro de 2015

Meu por acaso - Capítulo 09


Capítulo Nove

Ash
Foda-se, eu não pude acreditar na merda que eu tinha acabado de fazer, ele vai me odiar, ele vai me deixar e a culpa é minha, fiquei tão apavorado que digitei como um louco e assinei meu nome, a merda do meu nome e não pude cancelar o envio, eu olhava para o celular desesperado, sai da reunião e corri para a lancha sem nem olhar para trás, eu tinha que chegar a ele e consertar toda essa bagunça, quando cheguei no cais meu celular apitou, era um e-mail dele.

“Ash, tudo que eu queria era que não me respondesse, mas agora eu preciso de uma carona, você poderia pedir alguém para me buscar e me levar para cidade, preciso de um voo. 

Obrigado. 


Há, antes que eu me esqueça, me demito.” Uma porra, que eu iria deixá-lo escapar assim, liguei para o telefone dele e nada, a curta distância nunca pareceu mais longa, quando cheguei ao deque da cabana saltei e corri para dentro, só para encontrá-lo com sua mala pronta, ele havia se vestido e estava esperando, quando ele me viu ele sacudiu a cabeça e uma risada amarga saiu de seus lábios. 

― O que você pensou, que eu não iria descobrir que era você que vinha me seduzindo, que eu sou tão idiota que não iria ligar as palavras doces que você me dizia com seus e-mails, eu devo ser muito patético Sr. Baillei, mas eu aprendo rápido. 

― Bebê não faz assim, me deixe explicar por... 

― Explicar o quê? Você poderia ter aberto o jogo no dia do incidente na cantina, no seu apartamento antes de me foder ou mesmo depois que me fodeu, mas não, você continuou mentindo, eu te disse, te avisei que não poderia haver mentiras ― ele riu amargamente secando os olhos com as costas da mão. ― Eu tive que insinuar que desconfiava de você com aquele rapaz, para você escorregar na sua própria merda, para mim deu Ash, se em tão poucos dias você conseguiu mentir assim, eu... quer saber não interessa, eu estou fora daqui no primeiro voo e da sua vida a partir de agora. ― Dillan por favor me escuta, eu não sabia o que fazer para você me notar, e naquele dia em particular eu estava arrasado, eu fiz de tudo para você me ver, eu te tocava em toda a oportunidade que eu tinha, meu advogado disse que eu poderia ser processado por assedio se você desse queixa e você não me viu, era como se nada do que eu fizesse fazia você me olhar, os únicos momentos que eu tinha a sua atenção era quando eu gritava com você, um sorriso só por Deus, eu tinha que inventar projetos para colocá-lo ao meu lado e te olhar sorrindo enquanto discutíamos os detalhes, isso até você perceber, porque depois você me fechava de novo. Você não tem ideia do que é estar apaixonado por um homem e tê-lo ao seu lado diariamente sem que ele te veja. Aquele dia eu estava sozinho na minha casa, e fiquei me perguntando por quanta dor mais eu aguentaria passar, eu tentei me envolver com outros homens, mas eu só via você, eu realmente pensei que era uma possibilidade acabar logo com toda a dor que eu sentia, e me despedi de você, só que você respondeu de forma tão sagaz e engraçada, que vi ali uma oportunidade de entender aonde eu estava errando e descobrir uma maneira de me aproximar, então eu deixei que os e-mails continuassem, mas...
― Não interessa, você poderia ter parado com a mentiras depois do almoço com sua Nona, poderia ter começado dali, poderia ter encerrado esse seu jogo, mas você optou por me manipular, eu só me deixei levar por você, porque o meu suposto “amigo” havia me aconselhado, e como você acha que me sinto agora que descubro que você me orquestrou o tempo todo, eu não sou um dos seus projetos Ash e agora o “nós” não existe mais ― caminhei para perto dele, tentando tocá-lo, querendo por meus braços a sua volta e prendê-lo até que ele me ouvisse. ― Não me toque, nunca mais ponha as suas mãos em mim ― eu me ajoelhei e implorei chorando, me humilhei para ele como nunca fiz nem quando era uma criança. ― Bebê por favor, me perdoa, eu juro que nunca mais isso vai acontecer, eu só não quero e não posso te perder, porque eu te amo e isso iria me matar, eu faço qualquer coisa por você, menos deixar você partir assim, nós ainda temos dois dias aqui, por favor pense, se acalma só não me faça invisível de novo. 

― Com uma condição, e não haverá discussões é a única maneira de eu ficar aqui, ou eu saio dessa ilha a nado se for preciso, fui claro. 

― Eu aceito o que você quiser, é só falar. ― Eu quero que você pegue a sua mala e vá para o hotel ou eu farei isso, mas não vou dividir o mesmo espaço com você e não quero que você me ligue, quero esses dois dias para tentar entender isso e no momento que estivermos prontos para voltar, eu vou deixar você saber o que decidi. 

― Mas como vou saber que você está bem aqui sozinho se eu não posso falar com você, aqui é muito remoto. 

― Então eu vou para o hotel. ― Ok, ok, você fica aqui em nossa cabana, mas me avisa que está bem, ou permita que eu mande um funcionário para cá para te verificar uma vez ao dia. 

― Ok, uma mensagem uma vez ao dia, sem respostas suas. 

― Concordo. Eu o deixei ali, com o coração destruído, mas com fé de que nesses dois dias ele iria se acalmar e me aceitar de volta. 

*** Na manhã seguinte eu estava me sentindo ainda pior, eu não consegui dormir a noite preocupado com Dillam sozinho naquela parte da ilha, então me levantei tomei um banho e fui passear de lancha ao redor da ilha como um turista qualquer, coloquei um chapéu e óculos escuros e fui buscar um piloto, ele me levou com uma certa distância da praia, mas com o binóculos que eu tinha propositalmente pego, eu consegui ver o meu bebê sentado na espreguiçadeira perto da piscina, ele estava distraído com algo que parecia um livro nas mãos, acho que ele notou a lancha e desceu os óculos dando uma boa olhada em minha direção, ele levantou-se e entrou fechando a porta atrás dele. 

― Será que ele me viu? Não está muito distante.― Falou comigo Sr.? 

― Você acha que a essa distância, quem está na cabana seria capaz de me identificar? 

― Acho pouco provável. Minha resposta veio imediatamente em forma de texto. 

“ Espero que o sol não esteja muito em sua cabeça, seria um desperdício se o seu cérebro privilegiado sofresse uma insolação.”

Eu estava sorrindo e me preparando para enviar uma resposta em defesa quando meu telefone apitou novamente.

“Nem pense em responder e não sorria, isso não foi uma piada.”

― Eu acho que dar para identificar afinal de contas ― olhei para o piloto. ― Leve-nos de volta, ele está bem.





Dillan





Eu não podia acreditar que em menos de vinte e quatro horas ele já estava me rondando, sorri com a imagem do poderoso Ash vestido de turista apenas para me verificar, mas ele estava para ter uma surpresa, se ele insistisse nisso. Passei a noite anterior e essa manhã pensando em tudo o que ele disse, e não poderia negar, apesar de ter tentado bastante, que amar uma pessoa como ele diz que ama sem ser notado deve ser horrível. Por que me senti perdido de ele fazer minha vontade e me deixar sozinho. Me ignorar esses dois dias? Quando o vi essa manhã eu tive que entrar para ele não ver o enorme sorriso que eu tinha cobrindo metade da minha cara, eu imaginei ele com o Rajan a noite toda afogando as magoas e tentando me esquecer, mas quando o vi tão cedo me espiando algo dentro de mim clicou, e me peguei pensando que poderia nos dar uma chance, mas seria a última, ele terá que me jurar que não haverá mais mentiras. Estava pronto para tentar mais uma vez, quando um texto chegou. 

“ Não estava te espionando, apenas preocupado. Amo você” 

Bem pensando melhor eu acho que ele poderia aproveitar esses dois dias de sofrimento para pensar bem sobre seus erros. Abri meu e-mail e resolvi escrever um texto de encerramento com meu antigo amigo suicida. 

“Suicida, sim estou me dirigindo a você dessa forma, pois esse será nosso último contato, achei que tinha encontrado o homem dos meus sonhos, ( no fundo ainda acho) mesmo ele sendo um idiota, então venho encerrar nossas conversas, não quero mais mentiras e você é uma grande mentira, espero que você entenda que não posso ser seu amigo, já que estou mais ou menos envolvido com o feitor, tenho medo que ele possa fazer algo contra você, bem você me entende, bom adeus e peça a sua a outra face que delete esta conta de e-mail, não quero mais ouvir falar disso.



Adeus, ainda pensando Dillan.

P.S. nada de mensagens”

Enviei a despedida sorrindo sabendo que ele me responderia, mesmo sabendo que não devia, essa teimosia era o que eu mais gostava e odiava nele. Sorri quando o sinal sonoro me chamou.

“Meu amado Dillan, entendo sua relutância em confiar em alguém que mentiu para você, mas se coloque no lugar dele por um momento, se não fizer sentido para você lutar com todas as armas por amor, então talvez você realmente não deva ficar com ele, porque a minha outra face te ama muito e não vejo uma maneira que ele vá te deixar ir sem que use todas as armas possíveis, e ele tem os meios para isso. Nesse momento ele está em uma sala de reuniões com uma dúzia de empreiteiros e associados, ignorando suas palavras para dar atenção a única coisa que ele realmente ama, e eu que pensei que ele só tinha olhos para si mesmo. 

Adeus meu amado Dillan, e espero que você dê uma chance para minha outra face. 

P.S. Me desculpe, mas se não te enviar as mensagens acredito que ele vá enlouquecer.”

Bom o suficiente, eu não esperaria menos dele, deixei o telefone e voltei para a espreguiçadeira e para meu livro.

***

Acho que acabei cochilando porque quando acordei tinha uma dor no pescoço, fui localizar o ruído que me despertou e foi quando vi a lancha com o próprio Ash pilotando, ele queria jogar de gato e rato, dois poderiam. Arrancando toda a minha roupa mergulhei na piscina, a água fresca lavou o calor do meu corpo, mas não fez nada para a ereção que eu tinha, resultado do sonho que estava tendo quando fui despertado. Eu estava sonhando com um Ash muito submisso, amarrado e amordaçado a minha mercê, ele estava de quatro com os joelhos afastados, suas mãos amarradas nas costas, seu belo traseiro exposto a minha disposição para fazer o que quisesse, aquele pequeno buraco franzido tremia sobre meu olhar, meu pau latejava e pingava tanto quanto o seu, mas o meu não tinha um laço de couro que me impedia de gozar, firmemente amarrando juntos a suas bolas e pau, que estava em um vermelho furioso, eu descia e lambia sua entrada, chupava e mordiscava e quando eu estava quase entrando naquela bunda gostosa, eu fui acordado por essa lancha barulhenta dos infernos, mas ele estava indo pagar por isso. Saindo da água me sentei na espreguiçadeira e me coloquei em uma posição que eu sabia que seria um show bem assistido de onde ele me observava com os binóculos que brilhavam com o sol como um farou. Peguei em meu pau duro e senti uma pequena dor pela privação de satisfação, apertei a ponta e desci a mão em um punho apertado, passei a outra mão em minhas bolas e dei um aperto, minha boca abriu em um gemido alto de prazer, coloquei dois dedos na boca e os levei para minha entrada e pressionei-os para dentro de uma única vez, picada de prazer e dor me fez gozar com um grito com seu nome em meus lábios, que eu realmente esperava que ele estivesse perto o suficiente para ouvir, me levantei meio trêmulo e me inclinei expondo minha bunda enquanto recolhia minhas coisas do chão e sorri ao ouvir a lancha acelerar e voltar para o hotel.

Agora se ele estiver sentindo tanto minha falta quanto eu a dele, espero que ele venha me tomar como seu de uma vez por todas, porque esse jogo já não está tão engraçado como pensei que poderia ser. Pensando em só mais um empurrãozinho enviei-lhe um texto.

“Espero que tenha apreciado o show.”

Agora era só me sentar e esperar.




Ash



Eu não podia acreditar no que os meus olhos estavam vendo, aquele maldito provocador estava naquela piscina nu e se masturbando a céu aberto, sem nenhuma preocupação, e se não fosse eu ali, e se fosse algum pervertido dos infernos só esperando a noite cair, quando ele tirou a roupa eu tive um ereção instantânea, mas quando ele saiu da piscina e esfregou aquele pau duro, eu tinha meu ânus tremendo de desejo, em menos de trinta segundos eu tinha meu pau latejante na mão, e quando ele enfiou dois dedos em seu traseiro apertado eu tive que segurar a base para não gozar tão rápido, mas quando ele gritou meu nome eu não pude mais segurar e meu pau explodiu na lateral da lancha, ele sorriu vitorioso como se soubesse exatamente o que tinha feito comigo, virando aquela bunda apertada para praia ele se inclinou e recolheu algo no chão eu sai dali antes que eu ancorasse e me enfiasse até o talo naquele paraíso. Eu estava decidido, ele já teve tempo demais para pensar e que independente da sua resposta, mas pelos céus eu esperava que me perdoasse, ele teria que me dá-la hoje, um apito avisando de uma nova mensagem, era dele, meus joelhos enfraqueceram enquanto a mensagem abria. 

“Espero que tenha apreciado o show.” 

Porra, tá de sacanagem comigo, o filho da puta está me provocando, era isso, eu tomaria um banho e iria para a cabana e pegaria o que tão descaradamente ele está me oferendo e que os deuses me ajudem, que eu não esteja errado.Em menos de uma hora eu estava de volta na lancha fazendo o meu caminho de volta para a cabana, só que desta vez eu iria ancorar no deque ao lado e não olhando a distância. Quando desliguei o motor a cabana estava escura e totalmente silenciosa, a entrada principal estava destrancada e eu entrei, não que eu não tivesse uma chave em meu bolso, entrando, fui em direção ao quarto, estava vazio, ouvi um barulho de água e fui em direção a piscina na parte isolada da cabana, e ali gloriosamente nu e iluminado apenas pela lua estava o homem dos meus sonhos. Ele me olhou e sorriu. ― Nossa, você demorou? 

― Você estava me esperando? 

― Na verdade, eu achei que você iria contornar e voltar hoje mais cedo, confesso que estou um pouco decepcionado, achei que você estava com mais saudades de mim. 

― Eu não podia voltar, porque eu tinha sêmen em minhas roupas, da sua pequena exibiçãozinha de mais cedo, e falando nisso, o que você tinha na cabeça?

― Na verdade, você. Deixe-me eu me vestir é muito incomodo conversar nu enquanto a outra pessoa está completamente vestida ― seus olhos brilhavam com malícia. Arranquei minha camisa e o os sapatos e comecei a abrir as calças, ele ergueu uma sobrancelha. ― O que você está fazendo?



― Deixando você confortável, ficamos os dois nus e equilibramos a conversa ― ele lambeu os lábios acenando com a cabeça, acabei de tirar as calças e caminhei para a borda da piscina, ele ergueu um dedo apontando para espreguiçadeira em que havia se masturbado mais cedo. ― Por que não posso entrar aí com você.






― Porque temos que conversar, e nós dois sabemos que isso não vai acontecer.

― Eu prometo me comportar, por favor ― eu disse fazendo beicinho, ele sorriu e negou com a cabeça. ― Ok, mas por favor, não me deixe invisível.



― Eu te perdoo ― eu ameacei me levantar e ir até ele, mas ele ergueu a mão e me larguei de volta na cadeira. ― Eu disse que temos que conversar, você só pode me tocar quando e se eu disser que sim, entendeu?― Sim. Eu disse apertando os olhos para evitar que uma lágrima escorresse e levasse a outras a cair cada vez mais, ele não pode me abandonar. ― Ok, então vamos lá, eu não vou admitir mentiras entre nós, não haverá outras chances, eu quero que você entenda o quanto você me machucou me manipulando dessa forma ― eu comecei a abrir a boca, mas ele ergueu a mão. ― Não, deixe eu terminar. Eu não vou mais trabalhar com você e isso não é negociável, mas eu quero uma carta de recomendação e uma boa, mas isso é a única coisa que você vai fazer, eu não quero você interferindo na minha vida profissional, já que eu tenho certeza que você vai se meter em cada cantinho da minha vida pessoal. Você entendeu o que eu disse? 

― Sim, eu tenho que arrumar outro assistente, não que eu realmente quisesse um, eu queria você, eu entendi que não posso me meter na sua vida profissional, mas ainda não entendi a parte pessoal, você me aceita de volta? É isso que você está me dizendo? 

― Ash Baillei, eu sempre achei que você fosse mais esperto do que isso. Deixa eu desenhar para você, você tem exatos cinco segundos para entrar aqui e me beijar.

Eu me joguei na piscina e o tomei em meus braços, ele passou as pernas ao redor da minha cintura e começou a esfregar seu pau muito duro em meu abdômen, agarrei sua bundinha gostosa e apertei os globos perfeitos, meus dedos escorregaram em sua fenda e encontrei meu prêmio com um grande plugue preso nele. 

― Meu bebê é um menino perverso ― eu disse mexendo o plugue, ele gemia. ― E agora, o que eu vou fazer com você? 

― Calar a boca e me fode, porque eu não aguento mais esperar. 

E foi exatamente o que fizemos a noite toda, fizemos amor em cada parte da nossa cabana, e no fim da noite, Dillan disse que me amava, me fazendo o homem mais feliz de todos e demos o primeiro passo para nossas vidas juntos. 





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