domingo, 6 de dezembro de 2015

A Vitrine - Capítulo 05

Capítulo Cinco


Letícia

Acordo com o meu celular despertando, são raras essas ocasiões, mas minha noite não foi tranquila, acordei várias vezes.
— Bom dia flor do dia!
Lorena me fala com bom humor, e eu a retribuo com menos empolgação.
— Bom dia.
— Cheguei cedo, você ainda estava dormindo, então pedi seu café da manhã no quarto.
— Obrigada Lolo. Minha noite foi agitada, estou um pouco ansiosa.
Ela me alcança um lindo buquê de flores do campo.
— Chegou agora pouco para você, do senhor Larkin.
Pego o cartão para ver o que diz, acredito que essa seja sua caligrafia, é muito elegante.
Adorei o nosso jantar. Você é uma companhia fantástica. Espero que tenhamos uma nova oportunidade. Beijos.
“Liam Larkin”


Alguém bate na porta, não me dou o trabalho de trocar de roupa e vou atender. Kevin me olha de cima a baixo.
— Noite ruim, Lê? Bom dia. — Passa me dando um beijo no rosto.
— Bom dia. Só estou um pouco ansiosa.
Tranco-me no banheiro para fazer minha higiene, saio ainda de pijama e me sento à mesa para tomar café. Ambos sentam de frente para mim e passam os detalhes da reunião e do almoço me olhando com o canto dos olhos. Vou trocar de roupa porque os dois estão me irritando. Mas antes tenho que perguntar uma coisa a Lolo.
— Lorena? — ela olha-me surpresa.
— Sim?
— Eu sei com quem você estava ontem.
Jogo verde e ela cai.
 — Ethan queria conhecer outro lugar... — Ela se cala com a realização. — Merda, você jogou verde.
— E colhi maduro. — pisco para ela e vou para o banheiro com a roupa no cabide.


Preparo-me psicologicamente para a segunda rodada de apresentações da Vitrine. Kevin e Lorena descem antes de mim, fico para trás com a intenção de protelar o meu encontro com aquele homem. Depois de meia hora escondendo-me na suíte, desço e vejo um chefe vermelho de nervoso.
— Letícia, você está bem?
— Sim, senhor.
— Então porque a demora? — Ele fala mais alto do que deveria me assustando.
— Desculpa senhor Kevin. Não queria causar estresse. — Falo fazendo uma careta e passando por ele. Homens!
Coloco minha pasta em cima da mesa que foi preparada para mim a abro e retiro os papéis que preciso. Tento parecer calma, mas meu corpo, assim que passou pela porta, ficou em alerta. A porta do salão é fechada e esse é meu sinal para começar.
— Bom dia senhores, espero que a noite de vocês tenham sido boa. Tenho...
— Eu tive uma noite maravilhosa — Ethan se recosta na cadeira e cruza as pernas.  Ele olha para a Lolo e dá uma piscada e volta a me olhar. — Mas pelo jeito você não Letícia.
Eu sorrio e continuo.
— Tenho mais dois projetos para apresentar. Peço que as perguntas sejam feitas após a apresentação de cada projeto.
E assim foi, duas horas em cima de um projeto, a apresentação foi rápida, mas o debate que houve logo após foi demorado e muito proveitoso. Alcanço um copo com água que levaram para mim e continuo a apresentação.
— Esse último não está na lista que repassei para vocês, mas o preparei com carinho e deixei por último pela sua grandiosidade.
Eles me olham com muita atenção, principalmente Kevin com olhar de traído. Ele supera!
— Por favor, Jônatas, coloque as imagens do resort. — as imagens aparecem no telão que foi instalado atrás de mim. — Essa é uma das paisagens mais lindas que já vi e acredito que vocês também... — todos concordam e continuo. — Esse lugar é no Nordeste brasileiro, como podem perceber é ermo. Nessa região moram apenas cento e poucas pessoas, não mais que isso. Um espanhol descobriu a localização, comprou parte das terras, tirou licenças para construir um resort de luxo, só que ele não contava com a falência. Ele me procurou alguns dias atrás para negociar e a oportunidade é essa. Aqui, pode-se construir um hotel e nessa parte de trás, pode ser feito o maior condomínio de luxo para férias existente, podendo receber artistas, empresários, todos aqueles que querem suas férias em casas como se fossem a sua, com toda tecnologia disponível e o principal, sem fotógrafos. Há mil e quinhentos metros da costa, há um banco de areia, lugar ideal para um bar exclusivo. — Falo por mais vinte minutos apresentando cada detalhe desse lugar, as vantagens que teriam e as condições que incluí como a manutenção da escola local.



— O projeto é muito bom, a ideia é excelente, mas paraíso como esse, nós temos em várias partes do mundo, alguns são famosos. Por que investiríamos nesse? — O galã grego, Sebastian me questiona.
— Porque o Brasil pode oferecer uma coisa que os outros não. — Olho-o com veemência. — O clima e a baixa probabilidade de catástrofes naturais.
A sala silencia, olho para cada um, desviando apenas de Zachary. Eu não suportaria seu olhar para o meu falhar. Abaixo minha cabeça para guardar meus papéis me xingando mentalmente, na minha estúpida opinião, seria o mais disputado. Mas me enganei.
— Eu tenho duas perguntas, a primeira é, se eu embarcar nesse projeto, que não é pequeno, você será responsável por ele? — Zachary levanta de sua cadeira e enquanto está se servindo de alguma coisa e pergunta.
Eu abro a boca, mas ele levanta a mão para me parar.
— Só mais uma pergunta senhorita Letícia. Todos nós teremos uma hora com você ou isso é um privilégio de poucos? — Ele aponta para Liam. — Porque Larkin teve duas horas com você no jantar de ontem, Ethan teve mais tempo na noite anterior.
Os outros se voltam para mim esperando uma resposta. Isso não está acontecendo. Respiro fundo e respondo.
— Sobre a primeira pergunta, se caso contratarem a Global para intermediar, pode ser que o senhor Cooper me coloque nisso. Sobre a segunda pergunta... — olho para o Kevin, um pouco nervosa e ele acena em positivo. — Podemos resolver esse impasse indo almoçar todos juntos agora...
— Não! — O italiano me corta. —Eu não quero dividir meu horário com mais ninguém.
Os outros concordam com ele e fazem algumas observações. Eu não as ouço porque estou planejando como vou matar Zachary, que está me olhando com deboche. Kevin vem até mim e começa a falar, mas Zachary toma a frente.
—Senhores, senhores, calma. Vamos organizar isso agora. Quem irá almoçar com ela daqui a pouco?
Aí o rebuliço começa, olho para o Kevin chocada, sem acreditandar no que está acontecendo. Gesticulo para resolver aquela bagunça, ele apenas dá de ombros. Zachary para a discussão.
— Silêncio agora! Algum assistente anota, ficará assim: Rossi almoça com ela mais tarde. O Sheik ficará com o jantar dessa noite. O almoço de amanhã será com o Sebastian e o jantar comigo.
— Vocês embarcarão para o Ceará hoje no final da tarde... — Reúno a força que me resta e digo com muita vergonha.
— E? — Sebastian pergunta.
— Eu não irei. Não está nos planos a minha ida com vocês nessa viagem.
— Então refaça seus planos Cooper, porque ela vai!

— Se a menina tocar esse projeto, eu embarco. Bashir tem que resolver algumas coisas e convido os outros camaradas para demandar sobre essa ideia. — O Sheik fala enquanto se levanta.
— Senhores, o carro os pegará às 16 horas. — Kevin eleva sua voz. — Seus assistentes têm todas às coordenadas para nossa viagem. Agradeço a todos e que tenhamos um bom dia.
— Letícia... — Volto-me para o dono da voz, cuja pessoa que acabou de me oferecer de bandeja para os tubarões. — Se eu fosse você doçura, não perdia tempo conversando. Tem um almoço daqui a pouco e mala para arrumar.
O filho de uma boa mãe sai rindo com Ethan.
Kevin me pega pelo braço e me arrasta para a varanda, minha paciência que já não era muito, esgotou.
— Por que você não parou aquilo, senhor Cooper? E já vou avisando, não irei para lugar algum.
Respiro fundo várias vezes, a brisa da noite toca meu rosto e fecho meus olhos.
Por que Zachary fez aquilo?
Vingança?
Argh! Ele está fodendo com a minha cabeça.
— Letícia, acalme-se. — Por um momento tinha esquecido que o Kevin estava aqui. — Eu não posso obrigá-la a viajar e nem ter um momento com eles. Só que você terá oportunidade de fazer contato diretamente com cada nome, já parou para pensar nisso? Você é uma das melhores negociadoras que existem, essas conversas podem render bons contratos. E se caso aceitar ir nessa viajem, será sua folga, faça o que quiser lá. Deixa eu te dizer uma coisa, parabéns pelo último projeto. Na hora fiquei chateado por não saber de nada, mas durante a apresentação fiquei maravilhado, você é muito boa no que se dispõe a fazer e obrigado por incluir a Global, mesmo sendo um projeto particular.
— Está de brincadeira comigo não é Kevin? — Ele está com aquela cara de “Onde está Wally”. Respiro fundo mais uma vez, conto até dez. — Eu te mandei um e-mail pedindo autorização para apresentar algo inédito, fiz uma breve explanação do que seria. Admito que muita coisa ficou no escuro, mas quanto menos pessoas soubessem seria melhor.
— Desculpa pela falha, Letícia.
— Esquece. Vou procurar o senhor Rossi para combinarmos o horário do bendito almoço, tenho que ir para casa arrumar as malas e você Kevin, procure a Lolo e avise-a que ela também é obrigada a ir.
Ele sorri e acena, viro-me e saio à caça de Martino Nicolazzi.

——ooOoo——


Depois de combinar o horário do nosso encontro, vou para casa arrumar minha mala. Lolo vem comigo para conversar.
— Promete não ficar chateada comigo, Lê?
— Prometo não surtar.
— É sobre Ethan. Ai Lê, ele é tão carinhoso comigo, estou nas nuvens. Ontem à noite fomos dar um passeio pela cidade, caminhamos na praia. Não resisti e dormi com ele. Não me mata por favorzinho.
Dou risada da sua carinha de anjo. Jamais ficaria brava com a felicidade dela, jamais.
 — Então me conta como o senhor Scott é na cama.
— Ele é tão fofo e quente. Na hora que ele tirou a calça fiquei choquida, porque chocada era pouco. Achei que não caberia, juro para você, senti o trem lá no útero, mais um pouquinho chegava à garganta. — tenho uma crise de riso, não consegui falar mais nada, apenas rir. Essa minha amiga é impagável, o que eu faria sem o senso de humor dela? Lorena continua a contar sua saga. — A noite foi louca, estou toda dolorida. O cara tem pegada, me virou, girou, jogou, puxou, eu era apenas uma boneca em suas mãos. Por falar em mãos, que mãos!
Mais de uma hora depois, estou de volta ao hotel para encontrar-me com o italiano bonitão. Peço para levarem minhas coisas para a suíte e me encaminho para o restaurante. Uma das secretárias de Martino estava à minha espera na porta, ela apenas aponta onde ele está sentado e o concierge me escolta até lá.
— Signorina Letízia... — Ele se levanta para me cumprimentar.
Bom Senhor, esse homem sabe como ser charmoso.
— Boa tarde, senhor Rossi. Desculpa meu atraso, é que as coisas saíram um pouco do meu controle hoje.
— Tutto bene, ragazza. Parla italiano?
— No. Em inglês, por favor. — Misericórdia. Italiano não é minha praia.
— És uma belíssima mulher, Letízia. — Esse “z” naquela boca, é um pecado. — Posso saber sua idade?
— Obrigada pelo elogio, você é um homem muito charmoso. Tenho trinta anos.
— Fiquei muito impressionado com seu currículo profissional, já pensou em mudar de empresa? Você poderia ser muito bem remunerada e de quebra morar na Itália.
— No momento, o meu único interesse é levá-los a fechar negócios, amo o Brasil e meus planos incluem não sair daqui. — dou meu melhor sorriso amarelo.
Eu poderia contar para ele que meu sonho é morar fora, mas o que ele tem a ver com isso? Aliás, quanto menos pessoas souberem, melhor é. Eu sinto alguém me observar, olho para os lados, mas não vejo ninguém suspeito.



O almoço corre bem, Martino é hilário, gosta de contar suas proezas que me garantiram boas risadas. A sensação de ser observada continuou lá, todo o tempo, deixando-me incomodada.
— Estou encantado com você, Letízia. Sua pele é linda, seu sorriso contagiante.   — Distraída, sinto o calor da sua mão na minha, levanto meu olhar até encontrar o seu. Estou em estado de choque, não esboço nenhuma reação. Ele leva minha mão até a sua boca, e a beija. — Eu gostaria de passar mais um tempo com você, de preferência a sós.
O ar no ambiente já estava tenso, por um momento senti que a temperatura caiu alguns graus. Retiro minha mão da sua delicadamente, arrumo o guardanapo no meu colo e o olho.
— Sinto muito se passei uma impressão errada quanto a esse... Arranjo. — sim, porque isso tudo é arranjo do Zachary para dar o troco. Olho para o meu relógio. — Logo partiremos e ainda tenho que organizar algumas coisas para que tudo seja perfeito. Obrigada pelo almoço, eu me diverti muito. Com licença.
Saio do restaurante sem olhar para trás, no começo me senti lisonjeada com alguns de seus elogios, só que agora, me sinto ofendida. Não que sair com homens bonitos, seja ruim, é que, ele é casado, essa coisa de uma noite só, não é para mim. Eu quero mais...

——ooOoo——

Pedi autorização para Lolo e eu seguirmos no carro dos assistentes, estava cheio, apertado, mas ainda assim, era o melhor lugar. Estou correndo léguas dos convidados, principalmente dele, Zachary. Quando estamos no mesmo ambiente não consigo ser eu, fico nervosa, constrangida, assim como uma adolescente.
Já no aeroporto na hora do embarque, sei que estou na primeira classe. Isso não é ruim, nem um pouco, mas só quero distância. Continuo a discutir com o Jônatas.
— Eu não importo de pegar o próximo voo, só me tira da primeira classe.            — Continuo a discutir com o Jônatas. Ele balança a cabeça não entendo nada.
— Letícia Barros, fumou maconha, foi? Quem em sã consciência não quer viajar na primeira classe, mulher? — Lolo se aproxima. — Vamos fazer o seguinte, eu vou para o lugar dela Jô e ela pode ficar no meu assento atrás.
Suspiro aliviada graças a Deus alguém joga no meu time. Eu sei que ela quer ir perto do Ethan e por ela trocar comigo, Ethan já ganhou alguns pontos. Tudo resolvido, todos embarcados, coloco meus fones para ouvir minha música preferida e ler.
Há alguns dias sinto vontade de ler esses romances água com açúcar que a Lorena e a mãe dela costumam ler. Ela teve a bondade de emprestar seu leitor digital para mim, já li dois e estou encantada com a literatura Hot e admito, deixaram os romances água com açúcar, muito melhores.



Estava empolgada lendo “Amor sem Limites — Abbi Glines”, encantada com a Blaire e o Rush, que homem! Já imaginei ele com aquelas tatuagens, superprotetor e sexy. Suspiro como uma menina idealizando seu príncipe encantado.
Estou bem apertada, levantei-me para ir ao banheiro do avião, que detesto por sinal, encontro Zachary saindo. Dou um passo para trás na intenção de escapar dali sem que ele perceba, mas como o destino não me ajuda, ele me viu. Com a minha melhor cara de paisagem, aproximo para entrar no banheiro.
— O que houve com o banheiro da realeza, interditou? Deixe-me adivinhar, o ego de alguém caiu e acabou entupindo tudo — Falo com deboche.
— Ethan monopolizou tudo por lá.
Deveria ter imaginado.
Entro, faço o que tenho que fazer, lavo minhas mãos e saio. Encontro-o escorado naquele espaço apertado, ficamos mais próximos do que eu gostaria. Ele está com uma calça jeans desbotada, contornando suas coxas, uma camiseta justa com decote “V” branca e bem ajustada. Tudo me leva a crer que ele malha, porque o seu corpo é escultural, seus músculos são bem visíveis. Vejo parte de uma tatuagem contornando seu braço, imagino que seja uma tribal ou qualquer coisa assim.
Estou praticamente babando em cima do homem, sua boca atraiu toda minha atenção. Um pequeno sorriso se espalha por aqueles lábios, belos dentes aparecem e para piorar a situação, ele passa a ponta da língua pelos lábios. Todo meu corpo aquece, estou a um passo de pular nele e beijá-lo.
Zachary se aproxima, passa os dedos por uma mexa do meu cabelo. Minha respiração acelera, ele aproxima da minha orelha, sua respiração faz com que me arrepie dos pés à cabeça.
— Fico feliz que tenha gostado.
— Gostado do que? — alguém se aproxima para usar um dos banheiros e ele se afasta para deixar passar. Ele ri e aquele som pode ser o mais novo hit que embala meus sonhos.
— Espero que tenha gostado da parte de trás, também. — Ele se vira, dá alguns passos em direção ao seu assento e diz antes de sumir da minha vista.
Enfim veio minha realização, ele estava rindo porque eu estava babando sobre ele. Posso ser mais decadente? Não, acho que não. Volto ao meu assento e uma das assistentes do Ethan está ao meu lado, ela é muito querida, gostei de conversar com ela e queria algumas informações sobre o dono daqueles olhos azuis.
— Kimy, você conhece o senhor Zachary Thorton?
— Oh sim, todos conhecem ele. A Candace ali, já saiu com ele umas duas vezes, disse que o homem é um deus na cama. Mas ele também é conhecido pela sua arrogância, não se preocupa em passar por cima das pessoas, desculpa não está no seu vocabulário, quase todas as matérias que ele figura na América é descrito como implacável. — Ela faz uma careta e continua. — Ele era noivo de uma das herdeiras Wilkinson, até pegá-lo em flagrante em uma das festas do senhor Scott, festa do tipo orgia. Algumas pessoas dizem

que ela surtou e começou a quebrar tudo e ele bateu nela, mas nunca ninguém provou isso e o rompimento partiu dele.
— Muita informação.
Balanço a cabeça.
— Vi sua cara a hora que o senhor O´Brian começou a te arrumar encontros. Desculpa, mas era hilária. Mas olha pelo lado bom...
— E há um lado bom nisso? — pergunto descrente.
— Claro que sim, ele também está na sua lista de encontros.
— Ainda estou tentando ver o lado bom.
— Ele e o senhor Scott são muito amigos, também já vi ele com Larkin e Khristophoros. Por falar em Larkin, estou sabendo que ele está bem interessado em você.
. — Não é bem assim, as pessoas exageram. — Desconverso, porque isso já está virando fofoca. Coloco meus fones e volto para o livro, vou tentar esquecer um tatuado lendo a história de outro.

O resto da viagem corre muito bem, sem turbulências, sem apreensão e sem Zachary.

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