Capítulo Onze
Letícia
Depois
daquele encontro com Zachary, volto para a minha suíte um pouco confusa. Ele é
muito...
Intenso.
Sem fazer muito ele pode me ter e isso me assustou muito. Do nada contei
toda a minha vida para ele, deixando de fora o meu relacionamento desastroso,
tenho vergonha de tudo o que aconteceu durante meu tempo com o João.
Quando Zachary ou Zach se despe da sua arrogância, ele se torna um
irresistivelmente sedutor.
Para quem estou
mentindo?
Quanto mais arrogante, mais gostoso é. Só que eu não esperava aquele jeito
carinhoso, o cuidado, me senti protegida, pela primeira vez desde que os meus
pais morreram.
— Olha o tamanho desse sorriso. — Saindo do banho encontro Lolo sentada
na minha cama. — O homem dos olhos azuis fez você revirar os olhinhos? — Reviro
os olhos e ela vê pelo espelho. — Eu sabia! — Ela bate a mão na cama. — Senta
aqui e conta tudo para titia, em detalhes.
Coloco minha camisola e deito.
— Foi bom... Muito bom...
Olho para o teto e relembro seu beijo, suas mãos pelo meu corpo, aquele
olhar intenso desnudando minha alma. Naquele momento eu daria tudo o que ele
quisesse, eu me daria de corpo, alma e coração.
— LETÍCIA SOPHIE BARROS!
— O que aquele homem delicioso fez com você a ponto de tirar o foco da
nossa amazona guerreira Xena? — Jogo
um travesseiro nela.
— Boba. Ele foi um gentleman,
atencioso, um ótimo ouvinte. Ah, acho que foi o King que cozinhou, a comida
estava uma delícia...
— Aquele nego já é lindo parado, cozinhando deve ser um estrago. Dava facin para ele.
— E Ethan?
— Dou também! Mas não muda de assunto. Conta tudo do Zachary, o tesudo.
Ops! O tesouro. — Recosto-me na cama.
— Nos levaram a uma parte da praia mais afastada e deserta. Colocaram
uma daquelas tendas de tecidos, parecidas com aquelas de novela. Uma mesa bem
arrumada, flores por todos os lados, conforme o sol baixava, Lennon ia
acendendo mini tochas. A sobremesa foi morango recheado com creme de avelã, deitados
no chantilly. — Lorena se joga ao meu lado.
— Ai... Ai... Não é que ogro dos olhos misteriosos é porreta. Um dia no
Ceará e já sou quase uma nordestina arretada.
— Eu estou com medo, Lolo. — Ela aperta minha mão.
— Medo do que, minha flor?
— De me apaixonar...
Nesse momento alguém bate na porta, Lorena corre com seu pijama amarelo.
Ouço barulhos e nada dela. Vou até a sala e sou recebida por muitas tulipas,
gérberas, rosas, lírios, de todas as cores e tamanho.
— A senhorita Barros pode assinar? — O entregador pede.
Assino e procuro um cartão no meio de tantas flores, localizo-o no meio
das rosas vermelhas:
“Eu
daria tudo para tê-la em meus braços nesse momento.
Boa
noite, meu anjo.
Z"
Eu nunca desejei estar nos braços de alguém, o tanto quanto desejei que
Zachary me tomasse naquela praia. Eu não me importaria se alguém visse ou
ouvisse, bastava ele estar ali. Durante aquele beijo, várias cenas obscenas
passaram pela minha cabeça e em todas elas, estávamos nus, entrelaçados como se
fossemos um só.
Lorena arranca o cartão das minhas mãos.
— Até eu me apaixonei agora. Menina, o que você fez para o homem lhe
mandar Holambra* inteira? Amanhã você
o leva para a cama e mostra como a gente agradece aqui no Brasil. — Eu dou
risada.
— Boba! Eu não ouvi muito bem, só entendi que houve uma explosão em
algum lugar e a presença dele é imprescindível. Ele saiu correndo dizendo que
embarcaria o mais rápido possível. Mas, duvido que Ethan já não fez algo muito
maior para você...
Ela encosta-se a mim e coloca a cabeça em meu ombro.
— Ele enjoou do brinquedinho e
jogou de canto. Não quer mais saber de mim, desde sexta à noite mal fala
comigo.
*Holambra: cidade no
Estado de São Paulo, considerada o maior centro de produção de flores e plantas
ornamentais da América Latina.
— O que houve boneca Lolo? — Passo meu braço pelos ombros dela.
— Depois daquela cena com Jô, Ethan surtou e saiu com a brilhante ideia
de me levar aos Estados unidos para morar com ele.
— Isso não é bom? — Lorena vira de frente para mim.
— Não vou mentir que adoraria, mas como será, Lê? Conheço o cara apenas
há uns dias, o que sei da sua vida, é o que todos sabem. Vou para um lugar que
mal conheço, com uma pessoa que acabei de conhecer e? — Ela dá de ombros, baixa
a cabeça e prende o cabelo. — E quando ele se cansar de mim, como será, Lê?
Mandará arrumar minhas malas e me colocará em um avião de volta como se nada
tivesse acontecido? E eu? E meu coração? — Uma lágrima rola pelo seu rosto. — O
pior de tudo isso é, acho que estou apaixonada por ele.
— Lolo... — Ela levanta a mão.
— Deixa eu terminar, Letícia. Conheço a fama do Ethan, eu sei que as
mulheres para ele não passam de objetos e ainda assim me arrisquei. No começo
foi uma brincadeira, eu estava adorando e então, do dia para a noite. — ela
coloca a mão em cima do coração. — Me apaixonei. Ele está distante de mim, não
me procura mais. Talvez seja melhor assim, eu já vou me acostumando à dor. — Abraço-a.
— Não mandamos no coração, boneca Lolo. Lembro que minha avó sempre
dizia que, “quando é para acontecer, não
há tempo, distância que possa impedir o coração de amar”. Eu não sou um bonitão
de olhos claro e charmoso, mas estou aqui para você, sempre. Vem, vamos para a
cama. — Fomos para a minha cama, ela se deitou comigo.
— Lê, antes que eu me esqueça, o Jônatas esteve aqui e passou nossos
roteiros. Embarcaremos amanhã às dez da manhã para Brasília. Você, os
convidados e seus seguranças desembarcarão lá e almoçarão com a Presidente. O
resto de nós, continuaremos o voo até o Rio.
— Não mesmo. Eu continuarei no voo com você e o Kevin se vira com
Jônatas. — seguro sua mão. — Você precisa de mim e estarei sempre para você.
— Obrigada, minha flor. Mas não quero atrapalhar. Eu sei a importância
que a Vitrine tem e o sucesso desse ano é devido a você. Terão muitas coisas a
discutir e você será apresentada a Presidente...
— Pode parando. Nada disso tem importância se você está infeliz a ponto
de chorar. Vamos direto para o Rio e preencheremos nossas cabeças, organizando
tudo para a volta deles. Assunto encerrado.
— Yes, boss!
Deitamos juntas com o cartão do Zach junto a mim. Meu sono não vem
facilmente, talvez porque ele já tenha poder até nisso. Eu não deveria me
empolgar com isso, me apaixonar por ele seria um erro. Misturar minha vida
pessoal com a profissional seria ainda pior. Eu não sei o que fazer já que meus
pensamentos estão tomados por ele e sua boca.
——ooOoo——
Estou no meio de um
salão de festas, com um vestido lindo de gala, tipo princesa azul bebê. Estou
tão feliz, porque é justamente o vestido que queria ter usado na minha festa de
debutante que nunca tive.
O salão estava repleto
de pessoas desconhecidas, mas do outro lado, com o braço estendido, estava
Zachary. Lindo em seu smoking. Eu sabia que ele viria, eu sabia que ele seria meu
príncipe...
Zach me toma em seus
braços e dançamos a valsa dos filmes que assistia com a minha mãe. Ela estaria
orgulhosa agora, vendo-me com o meu príncipe, dançando com o amor da minha
vida...
— Você está linda,
Letícia.
— Você é o homem dos
sonhos de qualquer mulher, Zachary. Estonteante a ponto de roubar a cena, forte
para proteger e generoso para me amar...
Ele se afasta e começa
a rir, todos ao redor riem as gargalhadas.
— Achou mesmo que eu
amaria alguém como você? Garota, você é a minha diversão como todas as outras.
No palco onde a banda
tocava, as cortinas se abriram e algumas pessoas conhecidas surgiram, rindo e
apontando para mim. Eu queria sair dali correndo, mas para onde? Não vejo
saídas. No meio do desespero vejo Liam com o rosto contorcido como se estivesse
com dor, estendendo o braço para mim, chamando-me. Será que devo confiar?
Olho mais uma vez para
Zachary, que já está com uma loira em seus braços e ambos rindo de mim. Em meio
às lágrimas corro até Liam.
— Por tudo o que é
mais sagrado, tire-me daqui, pelo amor de Deus! — Alguém grita não e entra na
nossa frente, impedindo nossa passagem, vi que é Ethan e imploro. — Por favor,
Ethan. Deixe-me passar...
Ele apenas ria... Eles
riam... Todos riam...
——ooOoo——
— Letícia, acorda! Por favor, minha flor, abre os olhos... — Lolo, ela
jamais riria de mim. Abro meus olhos com dificuldade e vi que tudo não passava
de um pesadelo. Mas meus olhos estavam molhados como se estivesse chorado. —
Graças a Deus, você acordou, Lê. Estava chorando e soluçando, gritava não, se remexia muito, repetiu várias
vezes o nome do Zachary.
— Desculpa Lolo. Acho que foi um pesadelo, só que não consigo me lembrar
do que era e também não me lembro de Zachary estar nele. Enfim, desculpa por te
acordar. — Ela já estava trocando de
roupa.
— Sem problemas, quase perdemos a hora. Vamos tomar café antes de
arrumarmos as malas?
— Você faz muita questão de ir ao salão principal tomar café? Não
poderíamos pedir aqui enquanto arrumamos as coisas?
Antes de eu ter terminado de falar, ela já estava no telefone pedindo
nosso café. Agradeço a Deus todos os dias por ter colocado ela e sua mãe em
minha vida, são minha família, meu coração.
Serviram o café na varanda da suíte, tudo impecável e delicioso. Nada finas comemos como duas desesperadas,
sofrimento e ansiedade dão fome. Ouvi Lorena contar às coisas que fez com
Ethan, tudo o que ele fez para ela, uma pontinha de inveja veio e tratei de
esquecer minhas frustrações para me focar somente nela.
Eu já saí com alguns homens e amei apenas um, justamente aquele que me
roubou uma vida. João não levou apenas bens, levou parte da minha juventude,
minha fé nas pessoas, acabou com meus desejos e roubou-me o poder de amar.
Sofri, chorei, sangrei, mas superei, tenho alguns trincados em minha armadura,
mas isso é sinal de um combate vitorioso. Assim penso eu.
— Havia momentos que ele me fazia acreditar que realmente me queria. — Voltei
minha atenção a ela. — Quando ele atacou o coitado do Jô, não vou mentir me
senti o máximo. Alguma coisa dentro de mim falava que ele estava na mesma
página que eu.
— Então mulher maravilha, com todas as suas suposições, você já cogitou
que o Jô é gay?
— Já desconfiei algumas vezes, mas nunca liguei. Algum problema ele ser
da turma do arco-íris?
— Claro que não. Só que às vezes o achei muito fechadão, estranhava já
que ele é muito querido e também achei engraçado, a maneira que Zach falou
dele.
— É difícil se assumir gay em uma família evangélica, onde todos esperam
um estereótipo do homem perfeito. Másculo, religioso, bem sucedido, com esposa
e filhos. Jônatas está na fase de se aceitar, a partir daí as coisas serão mais
fáceis.
Terminamos de arrumar nossas coisas e saí à procura do Kevin, achei-o
ainda em sua suíte resolvendo alguns pepinos. Ele abre a porta com sua
elegância de sempre.
— Bom dia, Letícia. Entre.
— Estamos todos atrasados e não quero te atrapalhar, vou direto ao
assunto. Kevin eu não vou descer em Brasília, vou direto ao Rio de Janeiro.
Assim posso organizar os detalhes para quando vocês chegaram e fizermos a
última rodada do encontro.
— Não quer conhecer a Presidente?
— Não.
— Tudo bem. Boa viagem para nós.
Estava quase entrando no elevador, quando ouço gritos no corredor.
Alguém falava em inglês e os outros falavam um por cima do outro. Vou em
direção a discussão e vejo Ethan escorado na parede fazendo gestos com os
braços e dois funcionários, do hotel, um homem e uma mulher. Aproximo-me deles.
— Algum problema?
— Estamos tentando ajudá-lo a chegar ao seu quarto, mas não entendemos o
que ele fala. — O funcionário responde. — Tentamos segurá-lo, mas ele se
debateu, ficamos preocupados com seu bem estar...
— Ethan? — Ele levanta seus olhos vidrados, que indicam embriaguez além
da conta e sua fala arrastada confirmam a bebedeira.
— “Letíxia, essstão tentando me arrastarr para lonxe dela...”
Ele está completamente bêbado e provavelmente falando da Lorena. Olho
para os lados e aceno para as duas pessoas que permaneciam ali, para ajudar-me
a levá-lo para sua suíte que é em outro andar.
— Ethan, eu preciso da sua ajuda. Essas duas pessoas farão a gentileza
de levá-lo a suíte. Coloque seu braço no ombro dele. — Ele balança a cabeça em
negativo.
— Tem o cheiro dela lá. — Como uma criança “birrenta” aperta o nariz com
dois dedos para não sentir cheiro e aproxima do meu rosto para falar baixinho,
com aquele bafo de onça — “O cheiro dela essstá porrr todo lado. Aquela
dessgraçada...”
Ele é muito grande e pesado, para nós, não será fácil. Tentamos caminhar
com ele escorado mais em mim do que no outro, ainda assim, quase caímos. Um de
seus seguranças aparece e rapidamente tirando-o dos meus ombros.
— Ele deu um perdido na gente, estávamos todos à sua procura.
— Leve o nosso bebezão para tomar um banho frio. Eu vou providenciar um
café forte, já está quase na hora de embarcarmos.
O segurança sorri para mim.
— Obrigado, senhorita.
Volto a minha suíte apressadamente, ligo para a copa e peço para
enviarem um café para a suíte do Ethan rapidamente. Procuro a Lorena para
contar o último babado, mas não a encontro. Onde
essa criatura se meteu?
Alguns minutos depois ela entra no quarto com os carregadores, olho pela
janela para me despedir desse lugar que é o paraíso e olhar para as areias onde
ele me beijou pela primeira vez.
— Letícia Sophie Barros? — Estou junto com os assistentes
encaminhando-me para o portão de embarque, quando um dos policiais me barra.
— Sim, sou eu. — Ele aponta para frente.
— Acompanhe-me, por favor.
Empalideci na hora. Minha vontade era ajoelhar na frente dele e implorar
perdão por tudo o que fiz, mesmo não tendo feito nada. Olhei para Lolo
desesperada e ela vem em meu socorro.
— Eu vou com ela.
Andamos um passo na frente do policial, no caminho rezei todas as
orações que vovó me ensinou. Pedi proteção a Trindade Divina, mas como o
desespero era grande, apelei para todos os santos. Chegamos à frente de uma
porta azul, o policial abriu a porta, eu entrei e ele barrou a Lolo.
— Somente ela fica aqui. Caso a senhorita queira, pode esperá-la aqui
fora.
A porta é fechada e eu estou a ponto de desmaiar quando a porta se abre
novamente e Zachary entra, vestindo uma calça social preta e uma camisa rosa,
que fica um pouco justa em seus braços fortes. Meu alívio é tão grande que
minhas pernas chegam a falhar.
— Graças a Deus é você. — Ele me pega pelo braço, senta no sofá e me
coloca em seu colo.
— Qual o problema, anjo? Fizeram algum mal para você? — Meu coração aquece
com tamanha proteção.
— Não. Só me assustei com a abordagem.
— Seu cheiro me enlouquece... — Zach sorri, enfeitiçando-me. Passa a mão
pelo meu rosto, contornando minha boca, descendo pelo meu pescoço e um arrepio
percorre meu corpo. Ele pega um punhado do meu cabelo da nuca e puxa com força,
passa o nariz. E toma minha boca. Eu não sei se devo abraçá-lo ou não, apenas
coloco minhas mãos em seus braços para me apoiar. Então, nos beijamos até
ficarmos sem ar.
Abri os olhos e me deparei com aquele azul que me perseguia em sonhos e
agora ele está aqui, tocando-me.
— Achei que você tinha partido ontem.
— O problema não era tão sério assim e durante a noite, fui até a porta
várias vezes para ir até seu quarto. Por fim as horas se passaram, King me
avisou que Ethan estava dando um show no bar da praia e fui ver isso.
— O encontrei bêbado hoje antes de virmos para cá. Ele sempre foi assim?
— Sua amiga fodeu a cabeça dele. — Zachary responde olhando para minha
boca e coloca suas mãos abaixo dos meus seios, tocando-os de leve com o polegar.
Nesse momento não sabia nem de quem ele falava, apenas emoldurei seu
rosto e o beijei. Quando o toco meu corpo acorda, renasce depois de anos e eu
quero sentir mais, muito mais. Ele passa uma das minhas pernas por ele e fico escanchada
em seu colo, sinto sua ereção roçar meu centro de prazer e como se em um
clique, ligassem meus desejos novamente, sinto-me umedecer. Ele acaricia minhas
costas e continua seu caminho e aperta minha bunda, meu corpo é totalmente
controlado por ele.
— Assim, anjo. Dança para mim. — Ele fala ao meu ouvido e meu corpo
atentamente rebola mais. — Alguém bate fortemente na porta e a abre.
Rapidamente saio do seu colo me desequilibrando e caindo em seu colo novamente.
— Calma anjo. É só o King.
King abre um largo sorriso para mim.
— É sempre bom vê-la, senhorita Barros.
— Me chame de Letícia ou Lê, ficarei menos constrangida.
— Só faltam vocês para partirmos. — King acena e sai.
— Que tal sentar do meu lado no avião?
— Não é uma boa ideia...
— Eu darei um jeito de te atacar na próxima parada.
— Não ficarei em Brasília, vou direto ao Rio de Janeiro.
Seu olhar que estava tão terno, de repente gela, assustando-me.
— O que tem no Rio de Janeiro que é mais importante que eu? — Fico sem
ação, não esperava aquela reação dele.
— Zachary... — Ele se levante e me corta.
— Esquece. — Zachary sai batendo a porta atrás de si. E eu fico ali
parada, tentando entender o que aconteceu.
Lolo ainda estava me esperando fora da sala.
— O que houve, Lê? O homem entra todo gostoso sorrindo e sai todo
nervoso e sexy. Como esses homens conseguem ficar ainda mais bonitos quando
estão bravos? Vai eu ficar brava e fazer careta, vão me chamar de Zangado dos sete anões e me colocarem em
algum jardim por aí. Corremos para embarcar e quando sentamos, dou de ombros.
— Eu não sei o que aconteceu, falei que não iria ficar em Brasília, que
ia direto ao Rio e ele surtou. — Lorena coloca sua cabeça em meu ombro.
— Me conta tudo o que aconteceu. Não é justo me deixar roendo as unhas.
— Na praia rolou um beijo e a assistente dele chegou dando a notícia que
o fez sair correndo e naquela sala, bom... Rolou beijos também, mas foram mais
quentes.
— Gente, que babado! Temos que voltar mais vezes a Fortaleza.
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