Capítulo Cinco
Madison
— Graças à Deus cheguei em casa.
O dia mal começou e já fui presa, autuada e penalizada. Serei escrava
daquele juiz arrogante. Alyssa é tão delicada, um amor de pessoa e o irmão um
cavalo. Vai entender.
Tiro minhas roupas e vou para o chuveiro. Estou toda dolorida e há
marcas arroxeadas nos meus braços. Merda! Coloco minha cabeça debaixo do jato
de água e começo a repassar tudo o que aconteceu.
Saí do Secret Garden, estava
amanhecendo, resolvi ir para casa caminhando, fica um pouco distante, mas
caminhar é bom para espairecer. Depois de um tempo andando, percebi que tinha
alguém atrás de mim e quando me virei para olhar, aquele ogro pulou a minha
frente.
— Olha quem eu encontro aqui, a conselheira do amor – seu tom de deboche
não passou desapercebido.
— Você deve estar me confundindo com outra pessoa.
— Não – dou um passo para o lado para continuar meu caminho e ele me
segura pelo braço — É você mesmo, cadela. Foi você quem convenceu minha Anne
que eu não era bom o suficiente para ela.
Olho para ele fixamente, tento me recordar da Anne. Ah, sim, o cara
abusivo, que a tratava como uma inútil. Ele a convenceu de que não seria nada
sem ele, sempre a teve ao seu lado fazendo tortura psicológica. Anne é
encantadora e tinha se esquecido o tanto que era forte, deixou que esse
troglodita a manipulasse a ponto de se sentir um nada. Encaro-o.
— Você não a merece mesmo. A maltratava...
— Eu sempre a tratei como princesa. Nenhuma puta vai atravessar nosso
caminho e atrapalhar isso – ele grita e aperta ainda mais meu braço.
Daí em diante, coloquei em prática minhas aulas de defesa pessoal e Muai Thai. Quem diria que um dia eu iria
usar isso? E não é que, é bom? Ele é grande, mas não é dois. Nada que os dedos
na garganta e uma joelhada na virilha não resolva. Assim que consegui derrubar
o Shrek, a polícia para e me aborda:
— O que está acontecendo?
Eu poderia falar que nada, mas com o pé no pescoço do cara, eles não iam
acreditar muito.
— Ele estava me perseguindo e me atacou.
— Não é o que parece. Você é garota de programa? – um dos oficiais ri.
— Não. Ele estava me atacando por causa da sua namorada – idiota!
— O mundo está perdido. Mulheres disputando mulheres, com os homens – o
policial loiro fala e eu reviro os olhos.
— Tsc tsc tsc – o outro policial, mais tapado que o primeiro, fala —
Você roubou a namorada dele? Essas sapatonas de hoje, não têm vergonha de se
mostrarem.
— Por que não deveríamos nos mostrar? Está com medo que eu roube a sua
também? Ah, não. Você não tem, porque é um tapado! – ele retira as algemas e
minha voz fica mais alta e aguda — Oh não, você não vai me algemar porque esse
imbecil me atacou.
— Coloque suas mãos para cima devagar. É melhor se acalmar, senhorita –
o policial estrábico fala.
Nisso um carro preto encosta e quem não fazia falta, se aproxima. Noah
Lancaster, a arrogância em pessoa. Agora serei presa mesmo, ele não vai deixar
isso passar em branco. Parabéns, Madison!
Ele pergunta para o policial loiro:
— O que está acontecendo aqui, oficial?
— Bom dia, meritíssimo. Essa mulher estava agredindo esse homem – um dos
imbecis responde.
— Por que você agrediu ele? – O juiz pergunta.
— Por que... – quando vou responder, percebo que ele está estudando meu
corpo e fixa seu olhar nos meus seios. Homens! — Dá para olhar nos meus olhos,
majestade?
— Petulante. E a forma correta de tratamento, é excelência.
— Posso pelo menos baixar os braços, mister excelência? Estão ficando
doloridos – como ele é irritante.
Eu não estava mais suportando essa situação. Eu sou a vítima aqui, o
fato de eu ter usado a luta foi por legítima defesa. E enquanto ele fala com o
policial eu o estudo. Ele é muito alto, olhos verdes claros e sua íris é
contornada com um tom de amarelo. Eu sei que é muito forte, pois vi seus
músculos retratados na camisa que ele usava, no dia que levei Alyssa. E de
terno ele fica muito mais apetitoso e lindo. Volto para a realidade quando ele
fala:
— Agora me responda.
— Ok. Ok – lá vou eu contar minha história novamente — Ele estava me
seguindo e resolveu me atacar a essa hora da manhã – tento argumentar que não
saio por aí batendo nas pessoas, acabo exaltando-me novamente e não deu outra,
voz de prisão.
— Prendam-na, autuem e a levem para o tribunal hoje à tarde para que eu
possa lhe atribuir uma pena ou o valor da fiança.
— Sério? Eu vou ficar com a ficha suja na polícia, por socar um
perseguidor? – é o fim!
Depois de toda a conversa, o arrogante meritíssimo Lancaster vai embora,
deixando-me com esses dois policias tapados e um ogro desmaiado. Eu já estava
cansando, quando ouço um dos guardas tentando estabelecer contato com a
criatura desacordada:
— Senhor, senhor, consegue me ouvir?
— O que aconteceu? – viro-me para ver o homem abrir os olhos e se
sentar. Quando foca em mim, faz uma careta e fala — Sua desgraçada.
— Senhor quer prestar uma queixa contra ela? – o policial estrábico
pergunta a ele. Estou ficando surda, só pode ser.
— Ele me ataca e ainda presta queixa contra mim? – falo antes que eu
pudesse controlar minha boca.
Ouço um soluço seguido de choro e volto a olhar para o lado. O cara
chora como uma menina. Era só o que me faltava, um homem desse tamanho, que até
agora pouco queria me socar, chorando. Isso está ficando cada vez melhor.
— Essa infeliz acabou com a minha vida, tirou minha namorada de mim e
agora não sei o que fazer.
— Vai querer dar queixa dela? – o policial volta a perguntar. O Shrek balança a cabeça em negativo e o
zarolho vira-se para mim — Você vai conosco, mocinha.
Enfiam-me dentro do carro de polícia e vamos em sentido a delegacia. No
caminho fico pensando a que ponto cheguei, ser presa por bater em um homem na
rua. E por que diabos, aquele estúpido dos infernos passou exatamente naquele
momento? Todo prisioneiro tem direito a uma ligação, minha única opção é
Rebecka, para dizer-lhe que não irei, motivos de força maior. Encarcerada!
Tiram-me com delicadeza do carro, o que é um milagre. Porque não é assim
que vejo nos filmes, geralmente tem até uns tapas na cabeça por parte da
autoridade. Entro na delegacia e todos me olham com indiferença, afinal, devem
estar imaginando que sou outra prostituta. Eles puxam minha ficha e veem que
está limpa.
Fico ali sentada vendo toda a movimentação de entra e sai, algumas
pessoas exaltadas, prostitutas mascando seus chicletes de bocas abertas e com
maquiagens que mais parecem ter saído de um circo. Outros desesperados,
declarando-se inocentes, mesmo sujos de sangue dos pés à cabeça. Senhor, onde
fui me meter? Depois de duas horas, eles levam-me para o carro novamente e
vamos em direção a Corte da cidade. E eu vou rezando todas as orações que
conheço, porque se há uma coisa que eu sei é, aquele idiota gostoso vai me
ferrar.
Eles me escoltam até uma sala de portas duplas, que está escrito em
letras garrafais, Excelentíssimo Senhor
Juiz de Direito Noah Lancaster. Poderiam ter colocado entre parênteses
“arrogante”, ficaria perfeito. A secretária entra na sala e logo volta,
dizendo-nos para entrar.
— O juiz Lancaster irá recebe-los.
Os guardas fazem a gentileza de me deixarem passar primeiro. Assim que
entro e vejo o excelentíssimo gostoso juiz, minha boca seca. Sua beleza é
incontestável, de terno e nessa sala, sua superioridade aflora, o tornando
poderoso.
— Sente-se, senhorita – ele aponta uma cadeira para mim e pega um papel
das mãos do policial — Então, Madison Aria Harver, você não pode sair por aí
batendo nas pessoas...
— Não! – será que não vão entender nunca? — Ele estava me perseguindo...
— Vamos direto ao ponto, Madison. Os policias e eu achamos que você é um
tanto agressiva e precisa melhorar esse seu comportamento. Então, vou
atribuir-lhe como uma pena alternativa, servir o Judiciário de Nova York,
trabalhando nesta comarca como assistente, das dez da manhã às cinco da tarde,
durante quarenta dias, sob meu comando e sob a supervisão da Harriet, chefe do
gabinete.
— Não, obrigada, majestade – falo já me levantando.
— Você tem duas opções – ele assume uma expressão assustadoramente sexy
— É isso ou a cela. Você escolhe.
— Começo quando? – não tenho que pensar muito, não é?
O juiz Lancaster abre um sorriso diabólico. Um calafrio percorre meu
corpo. Alguma coisa lá no fundo me diz que isso não dará certo. Que Deus me
ajude!
— Amanhã! Aproveite seu último dia de folga e não espanque mais ninguém,
por favor. Tenham um excelente dia.
Até pensei em tentar argumentar com aquele ser, mas olhando-o assim,
daqui, sei que não tenho a menor chance. Resigno-me a um aceno e ele nos
dispensa. Assim que saio na porta, encontro Alyssa:
— Oi, Madison. Eu queria... – suas palavras cessam quando avista os
policias atrás de mim — O que está acontecendo?
O irmão dela sai do seu trono e dá um beijo em sua testa. Um gesto muito
bonito, por sinal. Fala para ela que eu explicaria o que aconteceu, pelo menos
o carrasco está me dando a chance de contar a minha versão. Sento-me com ela
nas cadeiras da sala de espera.
— Eles me pegaram batendo em alguém...
— Nãoo... – Alyssa começa a rir — Não sabia que você era do tipo Elektra.
— E não sou. Mas o cara estava me perseguindo, dizendo que acabei com o
relacionamento dele. Queria vingança – balanço a cabeça.
— Entendo – ela sorri em compreensão — Uma pena que te trouxeram para o
Noah. Ele detesta qualquer tipo de violência, tem uma política bem severa em
relação a isso. Queria te agradecer por mesmo te dar trabalho, continuas ao meu
lado. Obrigada.
— Não tem que agradecer – pego sua mão — Foi um prazer te conhecer.
— Espero que possamos ser amigas – Alyssa sorri lembrando ainda mais seu
irmão, são muito parecidos.
— Já somos – abraço-a — E vou te contar, aquela sua cunhada, é uma cadela
do mal.
— Entendeu por que bebi no outro dia? – ela ri alto, chamando a atenção
de todos.
— Claro que sim. Se cuida com ela, Alyssa. Não deixe que aquela mulher
te torture.
Nos despedimos e saí daquele lugar que será meu trabalho diurno pelos próximos
quarenta dias. Aceno para um táxi e vou para casa pensando que, pode ser uma
experiência muito boa trabalhar naquele lugar. Terei a oportunidade de ajudar
pessoas e dar a minha contribuição para o mundo.
Minha casa é o meu porto seguro. Assim que a água quente passa pelo meu
corpo, sinto meus músculos começarem a relaxar. Tento bloquear todos os
pensamentos, os sentimentos e faço o possível para lavar minha alma. Seco-me e
vou para o quarto, deito-me na cama e preparo-me para dormir. Meus dias de sossego
acabarão, trabalhar servindo aquele homem, exigirá de mim toda paciência e
autocontrole possível.
Lembro-me do seu sorriso e a forma com que colocava a ponta dos óculos
na boca. Por um instante, imagino sua boca em mim. Não, Madison, não vamos fazer
isso. Além de não irmos um com a cara do outro, ele já é comprometido. Muito
mal comprometido por sinal e a sua companheira, fala muito sobre o tipo de
pessoa que ele é. Saio do chuveiro, seco-me e vou para o quarto. Deito-me
somente de toalha e adormeço com o pensamento na boca do juiz Lancaster.
Sou despertada pelo telefone. Alcanço a merda do aparelho que fica ao
lado da minha cama. Quem é a uma hora dessas?
— Alô!
A voz de Rebecka sai aguda do fone, fazendo que eu o afaste do ouvido.
— Graças à Deus você atendeu!
Para que você tem um celular? Estávamos ficando preocupados, Madison.
— Eu nem sei onde anda meu telefone – saio da cama com o telefone fixo
sem fio colado a orelha, para caçar meu celular. Olho pela sala, nada. Cozinha,
nada! Volto para o quarto — Por que? Aconteceu alguma coisa, Becka?
— Eu é que te pergunto, aconteceu alguma coisa, Madison? São dez e meia
da noite e você ainda não apareceu. Ligamos várias vezes para o seu celular e
só cai na caixa postal. Tentamos esse várias vezes e só atendeu agora.
Rebecka Lamarque, além de ser minha patroa, é a pessoa mais próxima de
mim. Passo a mão pelo cabelo e falo:
— Tive problemas logo que saí do clube e só cheguei em casa depois das
duas da tarde.
— O que aconteceu? – seu tom era angustiado — Você precisa de alguma
coisa? Quer que eu vá até aí?
— Não, Becka. Vou tomar um banho e já estou indo para o clube. Já nos
encontramos e conto tudo o que aconteceu.
— Tudo bem. Estou mandando um carro te buscar. Beijos.
— Beijos – não adiantaria nada dizer para não mandar o carro.
Primeiro saio a caça do meu celular, que encontro no bolso da jaqueta,
que está no cesto da lavanderia. Depois, vou para o banheiro tomar outro banho
para ver se acordo. Visto um vestido preto e uma das minhas famosas botas de
cano alto, também pretas. Tenho meu uniforme no clube que é composto por um
colete e saia preta, com o logo Secret
Garden. Todos devemos ser sexys, até mesmo os barmaid´s.
A campainha toca, pego meu casaco e desço. Assim que abro a porta, dou
de cara com Benjamin Graham.
— Te colocaram como motorista hoje, Ben? – dou um beijo em seu rosto.
— Eu soube o que aconteceu hoje pela manhã. Quando cheguei no clube e a
Becka contou que você não respondia, fiquei aflito também. Então, me ofereci
para vir te buscar – vamos em direção ao carro e ele abre a porta do seu Maserati Gran Turismo para mim.
— Muita gentileza sua. Obrigada!
Logo que fui contratada e comecei no clube, Ben cercava-me de todas as
maneiras. Deu trabalho convence-lo de que jamais sairia com ele ou com qualquer
outro do seu seleto grupinho. Por fim, depois de meses, nos tornamos amigos, de
vez em quando o acompanho em festas, mas nada demais. Rimos muito, bebemos um
pouco e nos divertimos demais. Sei que ele é um bom homem, bom caráter, mas
precisa de um porto seguro. É muito solitário.
— Estou sabendo que foi parar no gabinete do juiz Noah hoje – ele ri
alto. O cara está tirando com a minha cara.
— A vida é uma cadela de vez em quando. Esses dias fui levar a irmã dele
e por pouco não me mandou prender, acusada de charlatanismo. E hoje, ele passa
justamente no momento em que tinha socado alguém – sua risada era
incontrolável, chegou a se engasgar — Fora aquela mulher dele...
— Carly? – seu sorriso some na hora e ele volta sua atenção para mim — O
que aquela safada falou para você?
— Calma, não falou nada. Ela só não é uma boa pessoa, ainda mais se
tratando de Alyssa.
— Aquela mulher é insuportável! – ele encosta o carro em frente ao Secret Garden e olha para mim — Nós
nunca entendemos o que Noah viu nela. Ela não faz seu tipo. Ele é a bondade em
pessoa e ela é uma egoísta do caralho. Nunca suportou a gente, sempre se desfez
de nós quando ele virava as costas. Só a suportamos, porque ele é nosso amigo.
Mas se Alyssa estiver tendo problemas com a Carly, Noah não perdoará, sua irmã
é tudo para ele.
Entro e sou cumprimentada por todos. Amo trabalhar nesse lugar e apesar
de ser uma pessoa muito reservada, gosto do pessoal que trabalha aqui.
Divirto-me muito. Rebecka vem ao meu encontro.
— Vamos para o meu escritório, Mad. Obrigada, Ben.
Fomos para o segundo piso, onde se localiza sua sala, que contrasta com
todo o clube, por ser muito clara. A decoração é branca, poucos móveis, a mesa
é de mármore marfim e a cadeira vermelha. Ela mal fecha a porta e fala para mim:
— Estou sabendo o que aconteceu. Você está bem? O cara te machucou?
— Estou bem e não dei tempo dele me machucar – sorrio e sento em uma das
cadeiras — Lembra daquela menina que volta e meia te pedia para arranjar uma
vaga de acompanhante de luxo? Uma baixinha de cabelo Chanel loiro?
— Anne? – ela fala pensativa.
— Essa! Um dia ela me procurou contando sobre seu relacionamento, que
queria o carinho dele, tal. Resumindo o assunto, ajudei-a enxergar que ela
estava em um relacionamento abusivo, ele a dominava psicologicamente. Ela teve
coragem de dar um fim nisso e voltou para sua cidade, está estudando novamente.
E ele veio me cobrar isso.
— Madison de Deus! – Rebecka estava com a mão na boca — Mas o cara é
enorme. Como...
— Defesa pessoal e Muai Thai –
passo a mão pelos meus cabelos cor de fogo — Agora, tenho que trabalhar na
Corte com o juiz Lancaster de segunda à sexta, das dez às dezessete horas, por
quarenta dias.
— Levaram-na justamente para o Noah? Que azar. Ele é...
— Já sei, Ben já tinha me contado sobre a postura de “não violência” do
senhor Lancaster. Infelizmente ele me viu com o pé no pescoço do cara.
— Que azar – Rebecka ri poucas vezes e é linda — Você tem férias
vencidas, Mad. Pode tira-las agora e se dedicar só a Corte.
— Não. Vou levar os dois numa boa. Mesmo assim, obrigada. Só peço para
sair no máximo até as duas da manhã, assim poderei ter pelo menos quatro horas
de sono.
— Claro – ela se levanta — Pode sair antes se quiser, Mad. Faça como
achar melhor.
— Obrigada, Becka – abraçamo-nos — Agora vou indo, ainda tenho que ir
pegar meu colete.
— Mad – quando estou saindo ela me chama — No próximo feriado, estou
indo para a casa de campo e queria muito que fosse comigo – seus olhos são
suplicantes. Eu sei o quão difícil é para ela ir para aquela casa.
— Claro que sim. Vai fechar o clube?
— Todos precisamos de descanso de vez em quando. Como segunda é feriado,
fechamos sábado pela manhã e voltamos na terça.
— Combinado.
Quando estou saindo da sala, tirando meu casaco, cruzo com o juiz e o
Chris. Sério, universo? Está tentando me enlouquecer? Baixo a cabeça para
fingir que não o vejo, mas não adianta muito.
— Fico honrado em vê-la novamente, senhorita Harver.
— A honra é minha – sorrio com o mesmo deboche que ele — Juiz Lancaster,
como está? Fico feliz que sua esposa tenha permitido que o senhor faça alguma
coisa, sem a coleira.
Christopher que estava perto teve uma crise de riso. Noah estava com o
rosto vermelho de raiva e ali assinei meu decreto de mais quarenta dias, no
mínimo. Ele vem para cima de mim, pressionando-me entre a parede e seu corpo,
encostando o braço na parede.
— Você está brincando com fogo, menina. Se eu fosse você, pensaria duas
vezes antes de provocar-me – ele vira-se e segue em sentido ao escritório da
Rebecka.
— Madison, o que é isso no seu braço? – Chris fala alto.
— O que? – baixo meu olhar para ver uma grande mancha roxa esverdeada em
meu braço. Balanço a cabeça em negativa, sentindo-me cansada — Não é nada.
Os dois voltam a se aproximarem de mim e Noah fala:
— Como assim não é nada, olha
isso?
— Vamos relembrar os fatos, majestade... – respondo.
— Excelência – ele me corrige.
— Quer saber? – baixo a cabeça — Vamos deixar isso para lá. Eu realmente
estou cansada. Hoje meu dia foi um pouquinho complicado – o juiz encara-me e
queimo sob seu olhar. Percebo que seus olhos estão mais doces, aceno e saio.
Tudo bem, ok. Respira fundo, Madison. Vamos relevar o fato de estar excitada e
vamos trabalhar. Precisamos ganhar o cereal de cada dia. Que homem é esse? Seu
perfume fica em meu nariz, um cheiro amadeirado, de homem.
Putz,o bicho vai pegar nessa casa de campo...Doidinha pra saber o q vai acontecer kkkk
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