Festas Juninas no Brasil e no Mundo
A Quadrilha
A quadrilha brasileira tem o seu nome originário uma dança de salão francesa para quatro pares, a quadrille, em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A quadrille francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da contredanse, popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A contredanse se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
A quadrille veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras preexistentes e teve subsequentes evoluções (entre elas, o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil e na Europa entre os começos do romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras como o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica, de uma certa maneira, o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.
No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.
Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:
"Quadrilha Caipira" (São Paulo)
"Saruê", corruptela do termo francês "soirée", "noite"2 (Brasil Central)
"Baile Sifilítico" (Bahia)
"Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
"Quadrilha" (Sergipe)
"Quadrilha Matuta"
Culinária
Doce de abóbora com coco
Ingredientes
5 xícaras (chá) de abóbora madura descascada em cubos
1 xícara (chá) de água
1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar cristal
1 canela em pau
2 cravos-da-índia
1 xícara (chá) de coco ralado
Queijo fresco ou requeijão para acompanhar
Modo de preparo
Em uma panela, misture a abóbora, a água, o açúcar a canela e o cravo. Leve ao fogo baixo, mexendo de vez em quando. Cozinhe por 30 minutos ou até a abóbora desmanchar e começar a pegar no fundo da panela. Tire do fogo e misture o coco ralado. Deixe esfriar e guarde em recipiente fechado. Sirva acompanhado de queijo fresco ou requeijão.
Maria-mole
Ingredientes
1 envelope de gelatina incolor sem sabor
1/2 xícara (chá) de água fria
4 claras
1/2 xícara (chá) de açúcar
1 vidro de leite de coco (100ml)
4 colheres (sopa) de coco ralado
Margarina para untar
Modo de preparo
Em uma panela, coloque a gelatina de molho na água fria e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até dissolver, sem deixar ferver. Reserve. Na batedeira, bata as claras até obter ponto de neve. Acrescente o açúcar, o leite de coco e a gelatina dissolvida. Coloque em uma fôrma retangular de 35cm x 25cm untada com margarina e polvilhada com metade do coco ralado. Deixe descansar por aproximadamente 10 minutos em local seco. Polvilhe o restante do coco ralado por cima da maria-mole. Deixe na geladeira por 2 horas, corte em quadradinhos e sirva bem gelada.
Pão de batata
Ingredientes
1 colher (sopa) de sal
1 colher (sopa) de açúcar
3 tabletes de fermento biológico fresco (45g)
2 xícaras (chá) de água morna
1/2 xícara (chá) de óleo
1 ovo
2 xícaras (chá) de batata cozida e espremida
5 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 ovo para pincelar
Margarina e farinha de trigo para untar
Modo de preparo
Em uma tigela, misture o sal, o açúcar e o fermento, até que vire líquido. Adicione a água, o óleo, o ovo e a batata, e misture bem. Vá acrescentando a farinha aos poucos até que não grude nas mãos. Sove a massa e faça bolinhas. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada. Pincele com o ovo e deixe crescer por 20 minutos ou até que dobre de volume. Leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até que asse e fique dourado.
Bolinho de pinhão
Ingredientes
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de pinhão cozido picado
1 xícara (chá) de leite morno
1 ovo
1 colher (chá) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de cheiro-verde picado
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Óleo para fritar
Modo de preparo
Em uma tigela, misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Frite colheradas da massa em óleo quente até dourar. Escorra em papel-toalha e sirva.
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