CAPÍTULO UM
Nova Iorque, Estados Unidos. Dias
atuais...
Dominic
_
Isso, vadia, me chupa assim... _ rosnei puxando os cabelos da garota número um
e meti meu pau sem qualquer gentileza na boquinha quente até a garganta. Ela
não tinha reflexo de vômito. Estava certamente acostumada a ter um pau enfiado
na boca. Ótimo. Gosto assim, das experientes. Não tenho o menor saco para
ensinar uma vadia a fazer o seu trabalho. Era morena de olhos amendoados. Eu
tinha os peitos deliciosos da garota número dois na minha boca. Era morena
também. Geralmente minha preferência era loira de peitos grandes, mas
ultimamente, nos últimos seis meses para ser exato, tenho chamado as morenas.
Cortesia da minha querida prima Helena. Uma cadela esnobe da pior espécie que tem me negado sua boceta Real. O que ela pensa? Que eu, apesar de ter sangue nobre não sou bom o suficiente para foder a princesinha? Foda-se quando eu pegar essa cadela... Oh! Merda! Eu estava divagando de novo bem no meio do sexo. Pensando em Helena quando eu tinha duas vadias gostosas bem ali só para o meu prazer. Isso não era normal. Concentrei-me novamente nas mulheres à minha frente. Nomes não eram necessários. Eu as chamava, as fodia e as mandava embora. Nunca me satisfiz apenas com uma mulher. Meu apetite é, digamos voraz... As duas gemiam muito alto, pateticamente tentando me agradar. Mas eu não me importo, desde me façam gozar muito. _ isso, mama bem gostoso no meu pau... Caralho! Que boquinha deliciosa... _ disse dando um tapa duro na sua cara. Ela sorriu. A vadia sorriu e engoliu todo o meu pau. Jesus! Eu não quero me gabar, mas sou bem grande e grosso. Essa era uma verdadeira puta. Adorei isso. Amo as putas! Bombeei duramente em sua boca. Ela já estava ofegando, buscando ar, mas não me importei, continuei comendo-a e devorando os peitos enormes da outra. Levei uma das mãos e enfiei grosseiramente na boceta da que estava em pé. Ela gemeu e suplicou:
Cortesia da minha querida prima Helena. Uma cadela esnobe da pior espécie que tem me negado sua boceta Real. O que ela pensa? Que eu, apesar de ter sangue nobre não sou bom o suficiente para foder a princesinha? Foda-se quando eu pegar essa cadela... Oh! Merda! Eu estava divagando de novo bem no meio do sexo. Pensando em Helena quando eu tinha duas vadias gostosas bem ali só para o meu prazer. Isso não era normal. Concentrei-me novamente nas mulheres à minha frente. Nomes não eram necessários. Eu as chamava, as fodia e as mandava embora. Nunca me satisfiz apenas com uma mulher. Meu apetite é, digamos voraz... As duas gemiam muito alto, pateticamente tentando me agradar. Mas eu não me importo, desde me façam gozar muito. _ isso, mama bem gostoso no meu pau... Caralho! Que boquinha deliciosa... _ disse dando um tapa duro na sua cara. Ela sorriu. A vadia sorriu e engoliu todo o meu pau. Jesus! Eu não quero me gabar, mas sou bem grande e grosso. Essa era uma verdadeira puta. Adorei isso. Amo as putas! Bombeei duramente em sua boca. Ela já estava ofegando, buscando ar, mas não me importei, continuei comendo-a e devorando os peitos enormes da outra. Levei uma das mãos e enfiei grosseiramente na boceta da que estava em pé. Ela gemeu e suplicou:
_
Me come, Dom, por favor.
Puxei
os cabelos dela pela nuca com força.
_
Vou comer você quando eu quiser. Se eu quiser, sua vadia! _ grunhi bem próximo
de sua boca. Ela tentou me beijar, mas me afastei. _ sem beijos, querida. Não
estou a fim de beijos hoje. Vou meter o pau em você, fazer você gozar. Você vai
me fazer gozar muito e aí termina. Hoje quero apenas foder. Fui claro? _ ela
sacudiu a cabeça afirmando, mas sua expressão era um tanto decepcionada. Entretanto,
isso não apagou o desempenho dela. Chame-me de coração mole, mas acabei ficando
com pena e a fodi primeiro. Depois de gozar na boca da morena número um, joguei
a reclamona de quatro e comi seu rabo. Meti sem dó e sem nenhum cuidado. Gosto
assim, duro. Quanto mais uma vadia pode aguentar meu pau, maior é a sua
recompensa. E esta não me decepcionou. Tomou meu pau grosseiramente no cuzinho
apertado. Ela obviamente não estava muito acostumada com sexo anal. Apreciei
seu empenho em me agradar. Gozei loucamente dentro dela. Seu corpo desabou
exausto no sofá. A outra já estava com os dedos enfiados na vagina deitada na
outra extremidade. Sorri e me dirigi ao bar. Servi-me de uma dose generosa de
uísque. A batida da música Candy Shop
de Fifty Cent ecoava. O volume não muito alto apenas para criar um clima. Meu pau
ainda estava semi ereto. Tomei a bebida lentamente olhando as duas no estofado
à minha frente. Uma visivelmente gasta, mas as duas ainda me olhavam com
desejo, querendo ser fodidas.
Não
quero parecer convencido, mas sou bonito. Mulheres caem aos montes em cima de
mim desde a adolescência. Nunca precisei de dinheiro e muito menos do meu
recente título de príncipe de Ardócia para foder. Elas vinham por mim. Certo,
admito. Sou convencido. Fiz um gesto com o dedo indicador chamando a vadia
número um. Ela não precisou de mais detalhes, se ajoelhou e tomou meu pau de
novo na boquinha talentosa. Em instantes eu estava duro como pedra. Ela me vestiu
a camisinha. A girei e dobrei sobre o balcão do bar e comi seu rabo com
vontade. Entrou mais facilmente. Ela era realmente uma puta. Meti meu pau com
tudo, ela gemia enquanto seu cuzinho era rasgado ferozmente por mim. Outra coisa sobre mim: amo um rabo. Só como as
bocetas das vadias depois de me fartar em seus rabos. Chamei a outra. Veio
rápido, louca para me agradar. Os peitos enormes e suculentos balançando.
_
Me ofereça seus peitos. _ minha voz saiu dura, grossa de tesão. A vadia número
um tinha uma rabo divino. _ ohhhhhh! Porra! _ grunhi comendo-a com golpes
violentos. A outra juntou os peitos com as duas mãos e levou-os à minha boca.
Chupei, lambi, mordi sem deixar de meter duramente naquele buraquinho gostoso.
_ ah! Merda! Ahhhhhhhh! _ acelerei mais ainda e gozei espancando suas nádegas
até deixa-la vermelha. Ela aguentou tudo parecendo gostar. Talvez eu a chamasse
de novo. A morena número dois estava descartada. Tinha um rabo apertado, mas
era muito inexperiente. Gosto de putas completas, que sabem o que estão fazendo
e o mais importante: não esperam nada além do meu pau e do dinheiro que dou a
elas. Sim, talvez eu chame a vadia número um mais algumas vezes acompanhada de
outra mais experiente. Saí de dentro dela e caminhei em direção ao banheiro. Olhei
por cima do ombro e elas continuavam lá me olhando ansiosas. Sorri de suas
posturas servis. Quase revirei os olhos. _ eu preciso desenhar para vocês?
Quero foder no banheiro! _ disse sarcástico e elas me seguiram como dois
cãezinhos treinados. Duas cadelas que eu usaria até me fartar.
Duas
horas depois entrei na minha cobertura, servi uma pequena dose de uísque e fui
deitar numa das espreguiçadeiras na área da piscina. Era para eu estar relaxado
depois de foder aquelas vadias à exaustão. Mas não estava. Longe disso.
Ultimamente as vadias não me satisfaziam como antes. Tudo por quê? Por causa
daquela princesinha mimada e esnobe que tem fugido de mim como o diabo da cruz.
Eu preciso de um plano. Um plano urgente. Preciso foder Helena antes que enlouqueça.
Seis longos meses desde quando nos vimos a primeira vez. Nenhuma mulher me
manteve interessado assim. Mas também nenhuma mulher ousou dizer não para mim
antes. Tomei um gole da bebida, frustrado. Meu pau estava dando sinal de vida
de novo. Bastava pensar nela para ele ficar todo animado. Cadela aristocrática
do caralho!
Seis meses antes...
Helena
Atravessei
o ambiente requintado do Cocktail Terrace no Waldorf Astoria,[1]
onde Leon mantinha uma suíte permanente. Convidou-me para ficar em seu
apartamento em frente ao Central Park, mas achei melhor não. Ele achou
estranho, mas aceitou. Preciso distanciar-me dele. Encostei-me brevemente na
bancada de granito e o barman me atendeu com um amplo sorriso. Leon e eu somos
clientes assíduos. Mesmo sem nos hospedarmos aqui na maioria das vezes, sempre
vimos aqui quando estamos na cidade. Solicitei que meu drinque fosse servido na
ampla sacada e dirigi-me a passos rápidos para fora do ambiente das mesas,
quase todas lotadas. Adoro essa vista. As luzes dessa enorme selva de pedra...
Apoiei-me na balaustrada. Fechei meus olhos. Amo estar em Nova Iorque, mas
nessa semana a missão era diferente, tensa. Leon me convidou para acompanhá-lo
como apoio moral. Ele irá encontrar os irmãos recém-descobertos pessoalmente.
Já haviam conversado por telefone e vídeo conferência, mas aquele seria de fato
o primeiro encontro dos três príncipes. O príncipe Marco, pai de Leon deixara
dois filhos fora do casamento. Isso o abalou, mas sei que ele está feliz. Depois
da morte do irmão mais novo, Damien a notícia de que tinha dois irmãos o
alegrara. Sei também que grande parte dessa felicidade se deve à Júlia e ao
filho que leva o nome do irmão falecido. Abri os olhos olhando ao longe sem enxergar
nada. Meu coração parecia esmagado dentro do peito. Não podia mais sonhar com
ele. Júlia é uma boa mulher e o ama. Os dois se amam de forma tão intensa que
às vezes é sufocante ficar perto deles. Preciso seguir em frente, abandonar
minha amada Ardócia e as ilusões tolas de adolescente de me tornar a princesa
da Ilha. A princesa de Leon. Meneei a cabeça. Não posso mais pensar nele como
homem. Não ficarei mais em Ardócia como um fantasma. Não me sinto bem com a
situação. Sei que Júlia desconfia dos meus sentimentos, mas é delicada o
suficiente para não me confrontar. Os deixarei em paz. Partirei em breve.
_
O que uma belezinha como você faz aqui sozinha?
Aquela
voz me fez virar de súbito. Era um homem sombrio e parecia embriagado. Estava se
aproximando cada vez mais de mim. Entrei em pânico. Porque não esperei por Leon?
Perguntei-me afastando enquanto o homem calvo aparentando uns quarenta anos me
encarava com olhos lascivos.
_
Estou esperando meu marido. _ disse tentando soar convincente.
_
Mas ele não devia deixar você sozinha. _ o homem me inspecionou de cima abaixo.
_ pode ser perigoso, beleza...
_
Demorei muito, querida. Algum problema com esse senhor?
Desviei
a atenção da figura odiosa para me deparar com os olhos verdes mais intensos
que já vi na vida. De onde ele saiu? Dio
mio![2]
Esse homem era muito, mas muito bonito! Uau! Fiquei completamente hipnotizada,
sem reação. Ele veio até mim e enlaçou minha cintura. Eu quase gemi quando
senti as mãos fortes dando-me um apertinho sutil, como um aviso para entrar na
encenação.
_
N-não, nenhum problema, querido. _ entrei na encenação e apoiei a cabeça no
peito largo e vigoroso do deslumbrante estranho. Seu cheiro me invadiu e eu
tremi, literalmente tremi. Foi algo visceral. _ esse senhor já estava de saída,
não é mesmo? _ afirmei um tanto ofegante, obrigando-me a desviar o olhar
daquele rosto perfeito para o indivíduo asqueroso à minha frente.
O
homem balbuciou um pedido de desculpas e saiu com as pernas visivelmente
instáveis em direção ao ambiente do bar. Tive que segurar o riso. Aquela
situação foi surreal. Mas ao levantar meus olhos novamente para o sr.incrível deparei-me com um sorriso
lento se formando naqueles lábios sexys. O olhar dele me hipnotizava. Tão
profundo. Tão verde. Tinha algo de irreverente, indomável. Agora estava mais
escuro, percebi. Ele era muito alto, pois não sou baixa, mas tinha que levantar
meu rosto para vê-lo. Os cabelos negros
e bem cortados contrastando com seus olhos claros. Havia algo familiar nele.
Mas com certeza me lembraria se já tivesse visto um homem como esse. Cristo!
Ele está muito próximo da perfeição masculina.
Espalmei minhas mãos no peitoral largo dele. Elas de repente pareciam
ter vontade própria, porque queriam desesperadamente deslizar por aqueles
músculos duros, firmes. O que em nome de Dio
está havendo comigo? Permanecemos ali nos olhando como se tudo o mais tivesse
sumido de cena. As mãos dele agora me acariciavam preguiçosamente indo da
cintura às costas. O que é essa sensação louca e prazerosa que estar assim, perto
dele faz comigo? Jamais me comportei de forma tão leviana. O homem é bonito. Tá
bom, admito, maravilhoso! No entanto,
apesar de ter me salvado ainda é um completo estranho, pensei alarmada.
Tentando recobrar meus sentidos, disse enfim:
_
Acho que já pode me soltar.
Dominic
Nossa!
Que mulher é essa? Quando a vi atravessando o terraço parecendo uma princesa
não consegui mais desgrudar os olhos dela. Usava um vestido preto bem recatado
para o meu gosto, mas se ajustava às curvas esbeltas com perfeição, esbanjando
elegância. A pele era de um tom moreno dourado, típico dos povos mediterrâneos.
Ela era incrível. Não consegui parar de admirá-la. Os olhos eram de uma cor
exótica, lembrando o uísque, o mais caro uísque, porque tudo nela gritava
refinamento. Os cabelos eram negros, retos e lisos caindo até a cintura
deleitosamente delicada. Parecia pintada a pincel. Quero essa mulher! O pensamento me atingiu com uma carga de excitação que
teve meu pau duro instantaneamente. Quero-a com uma intensidade nova e
inexplicável. Senti-me atordoado. Como isso é possível? Acabo de vê-la. Os
olhos dela eram como fogo líquido me observando com a mesma curiosidade. Com a
mesma atração? Sim, ela me quer. É claro que ela me quer. Observei e sorri. Ela
sorriu-me de volta entreabrindo os lábios cheios, bem desenhados e trêmulos como
num convite mudo. Jesus! Que boquinha linda! Eu poderia fazer coisas muito
sujas com ela...
Enfiei
as mãos em seus cabelos pela nuca enquanto descia a cabeça lentamente, o olhar
preso ao dela, aproximando-me daqueles lábios tentadores. Deixou escapar um
gemido rouco, quase inaudível antes de nossos lábios se tocarem. Jesus! Se ela
não era a coisa mais doce que provei em um longo, longo tempo. Seu corpo ficou
tenso no início, mas depois seus braços me enlaçaram pelo pescoço e me deixou
tomar, saquear sua boca. Desci uma mão para a parte baixa das suas costas e a
outra permaneceu prendendo-a pela nuca. Gemi puxando seu corpo esguio para mim.
Ela era tão suave. Tão gostosa... Deus! Eu a quero! Grunhimos os dois e nos
devoramos mutuamente. Nunca um beijo me deixou tão louco, descontrolado. Essa
mulher tinha que ser minha. Ela seria minha. Pressionei minha mão quase em sua
bunda fazendo-a sentir meu pau duro, enlouquecido por ela. Ela gemeu
friccionando sua pélvis contra mim. Sorri em sua boca, mordiscando seus lábios,
lambendo-os lascivamente. Minha mão encheu em sua bundinha firme e cavei meu
pau com mais força em sua pélvis. Ela grunhiu, mas se retesou e arrancou sua
boca da minha.
_
Disse que pode me soltar. _ repetiu, ofegante, empurrando meu peito. Os olhos
de uísque eram fogo puro, espantados, parecendo irritados, surpresos com sua
própria reação a mim.
Jesus!
Soltá-la? Eu acho que não. A mantive presa encarando-a. Ela sentia a mesma
coisa. Tenho certeza. Estava lá nos olhos dela e também na forma como seu corpo
gostoso se moldou ao meu. Sustentei seu olhar e desci minhas mãos para a
cintura delicada novamente numa carícia lenta, sentindo-a estremecer. Sim. Ela
sente a mesma coisa. Constatei sorrindo, satisfeito, mas me obriguei a retirar
as mãos do corpo tentador quase gemendo por ter que abandonar aquele contato. Ela
tomou uma distância segura de mim imediatamente. Meu sorriso ampliou com sua
fuga.
Naquele
momento o garçom chegou com os drinques. Ela observou que havia dois e
obviamente entendeu que a segui. Pegou seu coquetel de frutas, virou-se e andou
até a balaustrada, tomando um grande gole da bebida gelada. Observei seu corpo
rígido. Era uma tentativa de recobrar o controle. Sorri internamente. A deusa mediterrânea
queria fazer charminho, mas havia ficado tão afetada quanto eu. Adoro quando
elas bancam as difíceis. Sorri de novo porque essa princesa não sabia ainda,
mas estaria na minha cama no final da noite. Sou Dom Harper! Nenhuma mulher me
diz não. Tenho qualquer mulher que eu quiser.
_
Então, isso sempre funciona? _ Virou-se para mim apoiada no parapeito, a brisa
do outono balançando levemente seus cabelos.
_
Isso o que? _ enfiei uma das mãos no bolso das calças, provando minha bebida, meus
olhos correndo por toda ela, gulosos.
_
Salvar uma garota para depois flertar com ela. _ disse, os olhos de uísque
zombando de mim.
Nossa!
Aquela expressão dizia: não sou para o
seu bico, abri um riso lento. Ela sabia o quanto era linda? É claro que
sabia. Ela era toda autoconfiança. Era refinada demais. Altiva demais. Jesus!
Meu pau estava enfurecido pressionando o zíper das calças desde que senti seu
cheiro, seu gosto doce. Ela era perfeita! Acariciei-a com olhos famintos desde
as sandálias delicadas de salto alto até os cabelos meticulosamente penteados.
Era como se desafiasse um homem a desarrumá-la, pensei. Oh! Eu teria muito
prazer em ser esse homem... Uma visão dela nua com a cabeleira negra espalhada
em meus travesseiros me engolfou e eu gemi baixinho. Seus olhos estreitaram-se em
mim, desconfiados, totalmente alertas.
_
Não sei. Nunca fiz isso antes. Está funcionando? _ devolvi a pergunta.
Algo
brilhou nos olhos dela, percebi. Sua boquinha linda se curvou num arremedo de
sorriso, mas no segundo seguinte já estava recomposta de novo.
_
Acho que devo lhe agradecer pela forma um tanto criativa com que me salvou do
assédio daquele bêbado. _ me encarou com um ar de mantenha distância. _ obrigado.
_
Foi um prazer, princesa. _ disse, meus olhos devorando-a escancaradamente,
sugestivamente.
Ela
soube exatamente no que eu estava pensando, pois um leve rubor tingiu suas
faces. Sua pele era limpa, fresca. Sua beleza quase natural. Não usava muita
maquiagem e seu vestido não era o tipo que geralmente chamaria minha atenção. Era
comportado demais. Então, o que há com essa garota que me teve praticamente
babando desde o momento em que meus olhos a viram atravessando o terraço? Ela
arfou levemente sob meu olhar. É isso aí, princesa. Não adianta essa pose de
rainha do gelo, agora. Você me beijou e apreciou cada momento delicioso da
experiência, querida.
_
Sou Dom. _ estendi a mão para ela. _Mereço saber ao menos o seu nome, não?
Helena
O
timbre de voz dele era baixo e rouco. Terrivelmente sexy. Esse homem exalava
sensualidade crua, predadora. Era quase impossível olhar para ele e não pensar
imediatamente em sexo... Dio! Quem é
ele? E por que tem esse efeito tão devastador sobre mim? Tenho certeza que a
maioria das mulheres se derretia ao ouvir aquela voz, pensei. Mas não eu. Definitivamente
não posso me dar esse luxo. Não sou de me deixar levar por emoções efêmeras. Lutei
para recuperar o controle do meu corpo.
_
Dom! Nossa! Estou procurando você há horas. _ disse uma loira peituda,
avançando até ele se enroscando em seu pescoço e sem lhe dar chance de reação
tomou sua boca num beijo que só podia ser descrito como atentado violento ao
pudor. Fiquei estagnada, mortificada, e decepcionada porque ele a enlaçou pela
cintura e a beijou de volta. Ele a beijou de volta! O cretino a beijou!
Oh!
Uau! De onde ela saiu? De uma capa da playboy? Eu precisava sair dali
imediatamente, pensei horrorizada, mas antes que minhas pernas funcionassem de
novo, a boneca barbie o largou e
virou-se para mim ainda pendurada no pescoço dele. Eu o odiei! Os odiei!
_
Quem é essa? _ quis saber olhando-me de cima a baixo com clara desaprovação nas
feições que seriam bonitas se não estivessem tão carregadas na maquiagem.
Desviei
meus olhos para ele, desafiando-o a dizer alguma coisa, porque aquela criatura
espalhafatosa pendurada nele era obviamente sua namorada, acompanhante ou sei
lá o que. Levantei uma sobrancelha à espera do que diria. Senti-me ridícula por
ter caído no encanto desse Dom Juan fajuto. Quase revirei os olhos, pois o nome
dele era esse mesmo. Que piada.
Seus
olhos incríveis me prenderam por incontáveis segundos. Ele retirou um lenço do
bolso do terno e limpou os lábios sexys sem deixar de me encarar. Então sua
boca se curvou num riso sedutor, mostrando os dentes brancos e certinhos e umas
covinhas maledetas[3]
para completar. Dio! Ele era muito,
muito bonito. Pisquei desconfortavelmente e desviei o olhar para a barbie de novo. Ela parecia impaciente
com a forma como seu homem me encarava.
_
Com licença, mas vou...
_
Helena! Por que não esperou por mim? _ a voz de Leon me interrompeu. Ambos viramos
para encarar o recém-chegado. Os olhos da barbie
cintilaram na direção de Leon.
_
Desculpe. Precisava tomar um pouco de ar. Seus irmãos já chegaram? _ fui até
ele enlaçando seu braço como um bote salva vidas, louca para me livrar daquele
casal, principalmente daquele sujeitinho abusado. Como fui capaz de deixa-lo me
beijar? Como fui capaz de beijá-lo de volta? Quase gemi de desgosto, porque eu
havia gostado dele por alguns poucos minutos antes dele se transformar naquele
idiota completo.
Ele
olhava de mim para Leon intrigado.
_
Creio que acaba de conhecer um deles, caríssima.[4]
_ Leon informou estendendo a mão para o sujeito. _ Como vai, Dominic?
_
Vou bem e você, Leon? _ os dois deram um aperto de mãos firme.
Minha
respiração ficou presa um instante. O que!? Aquele era Dominic Harper? Santo Cielo! Ele era o famoso playboy
bilionário do ramo da tecnologia e notório mulherengo? Chutei-me mentalmente. Cristo!
Eu obviamente não consigo escolher bem os homens por quem me interesso. Acho
que a tal fada madrinha não ia muito com a minha cara, afinal, ironizei-me. Por
isso achei-o familiar. Não tive a curiosidade de procurar pelos novos príncipes
na internet. Senti-me mais uma vez estúpida. Eu devia ter checado isso. Teria
me poupado dessa cena de sedução ridícula do famoso libertino de Manhatan.[5]
Eles
não eram exatamente parecidos, observei, mas havia algumas semelhanças sutis,
como altura, porte físico, a cabeleira negra. Entretanto, elas acabavam aí.
Enquanto os olhos de Leon eram escuros, os de Dominic eram verdes. Um verde
escuro, tempestuoso, intenso, que no momento me encaravam com uma promessa
lasciva. Como se estivesse arrancando minhas roupas mentalmente. Por que estava
deixando esse idiota pretencioso me afetar desse jeito? Por um segundo pensei
que havia acontecido algo mágico entre nós. Mas, não. Dominic Harper, agora um
príncipe Di Castellani, sabia exatamente o que dizer ou fazer para flertar com
uma mulher. Tudo não passou de uma encenação. Não houve e nunca haveria nada de
intenso entre nós, pela razão óbvia, ele era um cachorro vadio! Obriguei-me a
sustentar o olhar cínico que ele me dirigia agora.
_
Foi um prazer conhece-la, Helena. _
sua voz foi suave, disse meu nome como uma carícia e eu tremi. Odeio ele!
_
Que bom que já se apresentaram. _ Leon bateu de leve na minha mão na curva do
seu braço. _ Helena é minha prima. Nossa prima, irmão.
_Minha
prima? _ Dominic repetiu, a expressão predadora voltando aos olhos penetrantes.
Os lábios sexys se abriram num sorriso ao mesmo tempo preguiçoso e diabólico.
Cristo!
As covinhas assassinas estavam de volta! Aquele sorriso me dizia que ainda não
tinha acabado, pelo contrário. Senti que teria problemas com meu novo primo. Si, porque Dominic Harper era sinônimo de problema e com “P”
maiúsculo! Não, a palavra devia ser toda em maiúsculo! Os tabloides viviam
cheios dos casos dele. Suas extravagâncias sempre ao lado de mulheres lindas
eram vendidas como água. Dificilmente aparecia ao lado da mesma mulher mais de
uma vez. O pior de tudo era saber que ele me afetou em um nível que nenhum
outro conseguiu. Nem mesmo Leon, reconheci. Leon não tinha o poder de
incendiar-me apenas com um olhar. Era diferente o que senti agora.
Ele
estendeu a mão novamente para mim, um brilho de desafio nos olhos verdes. Tive
que ser civilizada e aceitar seu cumprimento. Sua mão grande, morna e macia
engoliu a minha e tremi de novo. Eu não conseguia mais controlar meu corpo. Ele
me segurou por um tempo muito maior que o necessário. Por fim, soltou minha mão
deslizando seu polegar pela minha palma. Seus olhos inflamaram e os cantos da
boca pecaminosa subiram na sugestão de um sorriso. Si, odeio esse idiota e o que ele faz comigo!
_
É um prazer conhecê-lo. _ obriguei-me a dizer. Consegui injetar neutralidade na
minha voz e olhar. Ele assentiu levemente com a cabeça.
_
O prazer foi todo meu, princesa. _ era óbvio que se referia ao beijo. Seus
olhos eram abertamente provocadores.
_
Não sou uma princesa. _ o corrigi um
tanto seca. _ sou uma duquesa.
Seus
olhos passearam por mim escancaradamente, lentamente. Quando nossos olhares se
encontraram de novo eu estava me contendo para não arfar. Mas tenho certeza que
meu rosto estava em chamas. Idiota!
_
Para mim parece uma princesa. _ afirmou ainda me prendendo com seu olhar
incrível, desconcertante. A boneca barbie
bufou alto. Concordo com ela. Ele realmente era um imbecil. Pendurado em uma mulher
e dando em cima de outra de forma tão desavergonhada.
_
Jayden já está nos aguardando na nossa mesa. Vamos? _ Leon disse olhando de mim
para Dominic franzindo o cenho. É claro que percebeu o clima entre nós. O
idiota não foi nada sutil. Soltei-me do braço de Leon e virei-me retomando o
caminho pelo terraço. Senti os olhos de Dominic em cima de mim, mesmo de costas
para ele.
Acomodei-me
entre Jayden e Leon. O casal asqueroso sentou-se à nossa frente. Ignorei-os. Ou
melhor, tentei, mas eles não eram fáceis de ignorar. A barbie que atendia pelo nome de Alícia ficou o tempo todo grudada
em Dominic só desviando os olhos para cobiçar os outros irmãos que eram tão
bonitos quanto ele. Leon a olhou com frieza quando insinuou algo a respeito
dele sozinho em Nova Iorque, pois Júlia havia ficado em Ardócia.
_
Minha mulher está sempre comigo, mesmo que não esteja presente fisicamente. _
ele disse com polidez forçada. Pelo que conhecia de Leon ele estava prestes a
mandar aquela vadia se retirar da mesa. Se não fazia, era por causa do idiota
do irmão. Como que confirmando suas palavras seu celular tocou. Seu rosto se
iluminou quando viu a tela. Eu não precisava perguntar para saber quem era. _
oi, bebê. _ sussurrou, sua voz suave, amorosa. _ é Júlia. Me deem licença um
instante. Preciso atender. _ informou já se levantando, indo para a área mais
afastada depois das mesas. Barbie o
olhou se afastar suspirando e deixou escapar:
_
Nossa! Ele parece realmente apaixonado pela princesa. Isso é raro hoje em dia.
Dominic
deu de ombros e os olhos de Jayden acompanharam Leon um tanto melancólicos. Mas
foi rápido, porque ele também deu de ombros e abriu um riso cínico no momento
seguinte. Tive a impressão de que Jayden havia passado por uma decepção amorosa
recentemente. Será?
_
Então, princesa. _ a voz sexy de Dominic me fez encará-lo. _ me fale um pouco
de você. _ seus malditos olhos incríveis estavam me devorando de novo. Ele era
um imbecil completo, mas meu corpo não parecia fazer objeção quanto a isso.
_
Você não está aqui para me conhecer e sim a Leon e Jayden, seus irmãos. _ cuspi
com voz gelada. Ele abriu aquele riso debochado, sedutor, provocador, lascivo.
Comecei a perceber que era a marca registrada dele.
_
Adoro nossas preliminares, princesa. _ sussurrou. Barbie bateu no braço dele, tentando chamar sua atenção, mas ele
não desgrudou os olhos dos meus. _ aposto que por baixo dessa pose de princesa
de gelo, você é fogo puro. _ eu revirei os olhos, tentando controlar as batidas
frenéticas do meu coração. Ele era um idiota, mas era um idiota absurdamente
bonito. E para meu desgosto eu não era imune a seus atrativos. Quer piorar
ainda mais? Ele sabia disso. _ vamos, princesa, diga alguma coisa. Qualquer
coisa. _ voltou a me instigar, desvencilhando-se do agarre da loira pela
primeira vez. Eu gostei disso. Ora, o que estou pensando. Ele é um jogador, um
libertino que acha normal beijar duas mulheres num curto espaço de tempo. Per amor di Dio! _ há um senhor
engomadinho, um príncipe, um conde, duque ou sei lá o que for esperando por
você em Ardócia?
_
Isso não é da sua conta. _ consegui dizer sem me alterar. Ouvi a risada baixa
de Jayden. Barbie bufou de novo. Se
eu estivesse no lugar dela já teria ido embora e deixado esse imbecil sozinho.
Ele
gargalhou dessa vez. Oh! Dio mio! Ele
era perfeito sorrindo. Cristo! Devo estar desenvolvendo a síndrome de Estocolmo[6].
_
Então, não há ninguém. Interessante. _ murmurou ainda sorrindo.
_
Eu não disse isso. _ rebati começando a me irritar verdadeiramente.
_
Não há, princesa. _ disse e debruçou-se sobre a mesa em minha direção. Prendi a
respiração. Seus olhos intensos me mim. Malditos olhos! _ se tivesse você não
estaria assim, estressadinha, marrentinha, afetadinha.
_
Você não me conhece, seu imbecil. _ perdi as estribeiras de vez.
_
Você precisa relaxar, princesa. _ sussurrou voltando à sua posição na cadeira. Barbie pendurou-se nele de novo. _ precisa
transar. _ eu engasguei literalmente com suas palavras grosseiras. _ Posso
ajudar com isso. Prometo deixa-la bem relaxada... _ seus olhos flamejavam
zombando de mim claramente. O cretino estava adorando me tirar do sério. Barbie riu, um som odioso. Jayden avisou:
_
Leon está voltando.
Obriguei-me
a engoli a resposta. Leon sentou-se radiante do meu lado. Sorriu para os
irmãos.
_
Vamos pedir, então?
O
jantar transcorreu num clima mais ameno. Leon conduziu a conversa. Ele era
assim, um líder nato. Ainda havia certa reserva entre eles. Era o primeiro
contato que tinham, mas acho que os irmãos gostaram dele. Bem Jayden era
difícil de julgar. Se manteve mais distante. Dominic era mais acessível.
Acessível até demais, ironizei. Brincalhão, fazendo piada o tempo todo. Vi-me
admirando-o silenciosamente cada vez que falava, seu timbre rouco, sexy,
íntimo. Algumas vezes me flagrou olhando-o. Sua boca se curvava naquele sorriso
molha calcinha e eu revirava os olhos mentalmente. Convencido!
Nos
despedimos cerca de meia hora depois. Tomei o elevador para o andar da minha
suíte. Qual foi a minha surpresa ao encontrar Dominic parado, encostado à
parede assim que as portas se abriram. Cogitei descer novamente, mas não daria
esse gostinho àquele insolente. Seus olhos passearam por mim, brilhando de uma
forma que me fazia querer esquecer tudo que vi dele nas últimas horas e me
deixar seduzir. Sai do elevador e andei devagar parando à sua frente.
_
Onde está a barbie? _ alfinetei.
Ele
sorriu, aquele riso que eu estava odiando e adorando ao mesmo tempo. Vai
entender.
_
Ciúmes, princesa? _ sussurrou, enfiando as mãos nos bolsos das calças numa
postura descompromissada. Ele era realmente tudo que a mídia dizia dele. Lindo,
rico, agora um príncipe e um maldito galinha!
_
Vá sonhando, caro mio. _ disse
desdenhosa.
_
Jesus! Esse sotaque me mata. _ sua voz foi ridiculamente sedutora. _ você me
deixou duro, princesa. _ completou com aquele olhar desafiando-me, provocando-me,
testando todos os meus limites.
_
Você é um maldito cachorro vadio, Dominic Harper! _ disse entre dentes.
_
E você é uma cadela aristocrática, aparentemente fria, que precisa transar
urgentemente. _ disse jocoso. _ é seu dia de sorte, princesa. Estou me sentindo
um filantropo hoje. _ sorriu mais amplo e abriu os braços, completando: _ sou
todo seu.
Cerrei
meu maxilar. Aquele imbecil estava dizendo que sou um caso de caridade?
_
O inferno vai congelar antes que você ponha suas patas sujas em mim, seu
idiota!_ disse tentando manter minha voz baixa. Odeio escândalos.
Ele
desencostou-se da parede e se aproximou, invadindo meu espaço pessoal. Tive que
me manter firme. Não recuaria. Não o deixaria mais presunçoso do que já é. Ficou
lá me observando, seus olhos verdes malditos mantendo-me cativa,
enfeitiçando-me. Prendi a respiração. No segundo seguinte seu grande corpo me
prendeu bruscamente contra a parede. Elevou meus pulsos acima da minha cabeça e
moeu seu pênis duro na minha pélvis. Não consegui conter um gemido. Cristo!
Isso é ridículo! Ele é ridículo! Sua boca ficou bem próxima da minha. Seus
olhos zombadores, quase cruéis, perfurando os meus. Chupou meu lábio inferior,
me incendiando, me inflamando. Moeu em mim de novo e dessa vez ele gemeu
também. Minha calcinha estava completamente alagada. Então, se afastou numa
rapidez que me fez piscar, confusa. Sua boca se curvou naquele riso pecaminoso
de novo e se dirigiu ao elevador.
_
Esteja preparada para esquiar, princesa. _ disse-me naquele tom baixo e sexy antes
das portas se fecharem. Seus olhos presos em mim até o último momento. Abri a
porta do quarto e entrei me apoiando nela, trêmula, afetada, descontrolada,
excitada e muito assustada, porque havia acabado de me tornar um desafio para
ele. Oh! Dio! Dominic Harper era
muito para mim. Nunca seria páreo para ele.
[1] É um hotel mundialmente famoso,
sediado em Nova Iorque, Estados Unidos. O Waldorf-Astoria ocupa um quarteirão inteiro em Nova York, entre Park
Avenue e Lexington Avenue e 49th Street e 50th Street.
[3] Malditas.
[4] Amada, muito querida.
[5] Famoso bairro de Nova Iorque.
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