domingo, 21 de setembro de 2014

Príncipe da Luxúria - Capítulo 01



CAPÍTULO UM
Nova Iorque, Estados Unidos. Dias atuais...
Dominic
_ Isso, vadia, me chupa assim... _ rosnei puxando os cabelos da garota número um e meti meu pau sem qualquer gentileza na boquinha quente até a garganta. Ela não tinha reflexo de vômito. Estava certamente acostumada a ter um pau enfiado na boca. Ótimo. Gosto assim, das experientes. Não tenho o menor saco para ensinar uma vadia a fazer o seu trabalho. Era morena de olhos amendoados. Eu tinha os peitos deliciosos da garota número dois na minha boca. Era morena também. Geralmente minha preferência era loira de peitos grandes, mas ultimamente, nos últimos seis meses para ser exato, tenho chamado as morenas.
Cortesia da minha querida prima Helena. Uma cadela esnobe da pior espécie que tem me negado sua boceta Real. O que ela pensa? Que eu, apesar de ter sangue nobre não sou bom o suficiente para foder a princesinha? Foda-se quando eu pegar essa cadela... Oh! Merda! Eu estava divagando de novo bem no meio do sexo. Pensando em Helena quando eu tinha duas vadias gostosas bem ali só para o meu prazer. Isso não era normal. Concentrei-me novamente nas mulheres à minha frente. Nomes não eram necessários. Eu as chamava, as fodia e as mandava embora. Nunca me satisfiz apenas com uma mulher. Meu apetite é, digamos voraz... As duas gemiam muito alto, pateticamente tentando me agradar. Mas eu não me importo, desde me façam gozar muito. _ isso, mama bem gostoso no meu pau... Caralho! Que boquinha deliciosa... _ disse dando um tapa duro na sua cara. Ela sorriu. A vadia sorriu e engoliu todo o meu pau. Jesus! Eu não quero me gabar, mas sou bem grande e grosso. Essa era uma verdadeira puta. Adorei isso. Amo as putas! Bombeei duramente em sua boca. Ela já estava ofegando, buscando ar, mas não me importei, continuei comendo-a e devorando os peitos enormes da outra. Levei uma das mãos e enfiei grosseiramente na boceta da que estava em pé. Ela gemeu e suplicou:
_ Me come, Dom, por favor.
Puxei os cabelos dela pela nuca com força.
_ Vou comer você quando eu quiser. Se eu quiser, sua vadia! _ grunhi bem próximo de sua boca. Ela tentou me beijar, mas me afastei. _ sem beijos, querida. Não estou a fim de beijos hoje. Vou meter o pau em você, fazer você gozar. Você vai me fazer gozar muito e aí termina. Hoje quero apenas foder. Fui claro? _ ela sacudiu a cabeça afirmando, mas sua expressão era um tanto decepcionada. Entretanto, isso não apagou o desempenho dela. Chame-me de coração mole, mas acabei ficando com pena e a fodi primeiro. Depois de gozar na boca da morena número um, joguei a reclamona de quatro e comi seu rabo. Meti sem dó e sem nenhum cuidado. Gosto assim, duro. Quanto mais uma vadia pode aguentar meu pau, maior é a sua recompensa. E esta não me decepcionou. Tomou meu pau grosseiramente no cuzinho apertado. Ela obviamente não estava muito acostumada com sexo anal. Apreciei seu empenho em me agradar. Gozei loucamente dentro dela. Seu corpo desabou exausto no sofá. A outra já estava com os dedos enfiados na vagina deitada na outra extremidade. Sorri e me dirigi ao bar. Servi-me de uma dose generosa de uísque. A batida da música Candy Shop de Fifty Cent ecoava. O volume não muito alto apenas para criar um clima. Meu pau ainda estava semi ereto. Tomei a bebida lentamente olhando as duas no estofado à minha frente. Uma visivelmente gasta, mas as duas ainda me olhavam com desejo, querendo ser fodidas.
Não quero parecer convencido, mas sou bonito. Mulheres caem aos montes em cima de mim desde a adolescência. Nunca precisei de dinheiro e muito menos do meu recente título de príncipe de Ardócia para foder. Elas vinham por mim. Certo, admito. Sou convencido. Fiz um gesto com o dedo indicador chamando a vadia número um. Ela não precisou de mais detalhes, se ajoelhou e tomou meu pau de novo na boquinha talentosa. Em instantes eu estava duro como pedra. Ela me vestiu a camisinha. A girei e dobrei sobre o balcão do bar e comi seu rabo com vontade. Entrou mais facilmente. Ela era realmente uma puta. Meti meu pau com tudo, ela gemia enquanto seu cuzinho era rasgado ferozmente por mim.  Outra coisa sobre mim: amo um rabo. Só como as bocetas das vadias depois de me fartar em seus rabos. Chamei a outra. Veio rápido, louca para me agradar. Os peitos enormes e suculentos balançando. 
_ Me ofereça seus peitos. _ minha voz saiu dura, grossa de tesão. A vadia número um tinha uma rabo divino. _ ohhhhhh! Porra! _ grunhi comendo-a com golpes violentos. A outra juntou os peitos com as duas mãos e levou-os à minha boca. Chupei, lambi, mordi sem deixar de meter duramente naquele buraquinho gostoso. _ ah! Merda! Ahhhhhhhh! _ acelerei mais ainda e gozei espancando suas nádegas até deixa-la vermelha. Ela aguentou tudo parecendo gostar. Talvez eu a chamasse de novo. A morena número dois estava descartada. Tinha um rabo apertado, mas era muito inexperiente. Gosto de putas completas, que sabem o que estão fazendo e o mais importante: não esperam nada além do meu pau e do dinheiro que dou a elas. Sim, talvez eu chame a vadia número um mais algumas vezes acompanhada de outra mais experiente. Saí de dentro dela e caminhei em direção ao banheiro. Olhei por cima do ombro e elas continuavam lá me olhando ansiosas. Sorri de suas posturas servis. Quase revirei os olhos. _ eu preciso desenhar para vocês? Quero foder no banheiro! _ disse sarcástico e elas me seguiram como dois cãezinhos treinados. Duas cadelas que eu usaria até me fartar.
Duas horas depois entrei na minha cobertura, servi uma pequena dose de uísque e fui deitar numa das espreguiçadeiras na área da piscina. Era para eu estar relaxado depois de foder aquelas vadias à exaustão. Mas não estava. Longe disso. Ultimamente as vadias não me satisfaziam como antes. Tudo por quê? Por causa daquela princesinha mimada e esnobe que tem fugido de mim como o diabo da cruz. Eu preciso de um plano. Um plano urgente. Preciso foder Helena antes que enlouqueça. Seis longos meses desde quando nos vimos a primeira vez. Nenhuma mulher me manteve interessado assim. Mas também nenhuma mulher ousou dizer não para mim antes. Tomei um gole da bebida, frustrado. Meu pau estava dando sinal de vida de novo. Bastava pensar nela para ele ficar todo animado. Cadela aristocrática do caralho!
Seis meses antes...
Helena
Atravessei o ambiente requintado do Cocktail Terrace no Waldorf Astoria,[1] onde Leon mantinha uma suíte permanente. Convidou-me para ficar em seu apartamento em frente ao Central Park, mas achei melhor não. Ele achou estranho, mas aceitou. Preciso distanciar-me dele. Encostei-me brevemente na bancada de granito e o barman me atendeu com um amplo sorriso. Leon e eu somos clientes assíduos. Mesmo sem nos hospedarmos aqui na maioria das vezes, sempre vimos aqui quando estamos na cidade. Solicitei que meu drinque fosse servido na ampla sacada e dirigi-me a passos rápidos para fora do ambiente das mesas, quase todas lotadas. Adoro essa vista. As luzes dessa enorme selva de pedra... Apoiei-me na balaustrada. Fechei meus olhos. Amo estar em Nova Iorque, mas nessa semana a missão era diferente, tensa. Leon me convidou para acompanhá-lo como apoio moral. Ele irá encontrar os irmãos recém-descobertos pessoalmente. Já haviam conversado por telefone e vídeo conferência, mas aquele seria de fato o primeiro encontro dos três príncipes. O príncipe Marco, pai de Leon deixara dois filhos fora do casamento. Isso o abalou, mas sei que ele está feliz. Depois da morte do irmão mais novo, Damien a notícia de que tinha dois irmãos o alegrara. Sei também que grande parte dessa felicidade se deve à Júlia e ao filho que leva o nome do irmão falecido. Abri os olhos olhando ao longe sem enxergar nada. Meu coração parecia esmagado dentro do peito. Não podia mais sonhar com ele. Júlia é uma boa mulher e o ama. Os dois se amam de forma tão intensa que às vezes é sufocante ficar perto deles. Preciso seguir em frente, abandonar minha amada Ardócia e as ilusões tolas de adolescente de me tornar a princesa da Ilha. A princesa de Leon. Meneei a cabeça. Não posso mais pensar nele como homem. Não ficarei mais em Ardócia como um fantasma. Não me sinto bem com a situação. Sei que Júlia desconfia dos meus sentimentos, mas é delicada o suficiente para não me confrontar. Os deixarei em paz. Partirei em breve.
_ O que uma belezinha como você faz aqui sozinha?
Aquela voz me fez virar de súbito. Era um homem sombrio e parecia embriagado. Estava se aproximando cada vez mais de mim. Entrei em pânico. Porque não esperei por Leon? Perguntei-me afastando enquanto o homem calvo aparentando uns quarenta anos me encarava com olhos lascivos.
_ Estou esperando meu marido. _ disse tentando soar convincente.
_ Mas ele não devia deixar você sozinha. _ o homem me inspecionou de cima abaixo. _ pode ser perigoso, beleza...
_ Demorei muito, querida. Algum problema com esse senhor?
Desviei a atenção da figura odiosa para me deparar com os olhos verdes mais intensos que já vi na vida. De onde ele saiu? Dio mio![2] Esse homem era muito, mas muito bonito! Uau! Fiquei completamente hipnotizada, sem reação. Ele veio até mim e enlaçou minha cintura. Eu quase gemi quando senti as mãos fortes dando-me um apertinho sutil, como um aviso para entrar na encenação.
_ N-não, nenhum problema, querido. _ entrei na encenação e apoiei a cabeça no peito largo e vigoroso do deslumbrante estranho. Seu cheiro me invadiu e eu tremi, literalmente tremi. Foi algo visceral. _ esse senhor já estava de saída, não é mesmo? _ afirmei um tanto ofegante, obrigando-me a desviar o olhar daquele rosto perfeito para o indivíduo asqueroso à minha frente.
O homem balbuciou um pedido de desculpas e saiu com as pernas visivelmente instáveis em direção ao ambiente do bar. Tive que segurar o riso. Aquela situação foi surreal. Mas ao levantar meus olhos novamente para o sr.incrível deparei-me com um sorriso lento se formando naqueles lábios sexys. O olhar dele me hipnotizava. Tão profundo. Tão verde. Tinha algo de irreverente, indomável. Agora estava mais escuro, percebi. Ele era muito alto, pois não sou baixa, mas tinha que levantar meu rosto para vê-lo.  Os cabelos negros e bem cortados contrastando com seus olhos claros. Havia algo familiar nele. Mas com certeza me lembraria se já tivesse visto um homem como esse. Cristo! Ele está muito próximo da perfeição masculina.  Espalmei minhas mãos no peitoral largo dele. Elas de repente pareciam ter vontade própria, porque queriam desesperadamente deslizar por aqueles músculos duros, firmes. O que em nome de Dio está havendo comigo? Permanecemos ali nos olhando como se tudo o mais tivesse sumido de cena. As mãos dele agora me acariciavam preguiçosamente indo da cintura às costas. O que é essa sensação louca e prazerosa que estar assim, perto dele faz comigo? Jamais me comportei de forma tão leviana. O homem é bonito. Tá bom, admito, maravilhoso! No entanto, apesar de ter me salvado ainda é um completo estranho, pensei alarmada. Tentando recobrar meus sentidos, disse enfim:
_ Acho que já pode me soltar.
Dominic
Nossa! Que mulher é essa? Quando a vi atravessando o terraço parecendo uma princesa não consegui mais desgrudar os olhos dela. Usava um vestido preto bem recatado para o meu gosto, mas se ajustava às curvas esbeltas com perfeição, esbanjando elegância. A pele era de um tom moreno dourado, típico dos povos mediterrâneos. Ela era incrível. Não consegui parar de admirá-la. Os olhos eram de uma cor exótica, lembrando o uísque, o mais caro uísque, porque tudo nela gritava refinamento. Os cabelos eram negros, retos e lisos caindo até a cintura deleitosamente delicada. Parecia pintada a pincel. Quero essa mulher! O pensamento me atingiu com uma carga de excitação que teve meu pau duro instantaneamente. Quero-a com uma intensidade nova e inexplicável. Senti-me atordoado. Como isso é possível? Acabo de vê-la. Os olhos dela eram como fogo líquido me observando com a mesma curiosidade. Com a mesma atração? Sim, ela me quer. É claro que ela me quer. Observei e sorri. Ela sorriu-me de volta entreabrindo os lábios cheios, bem desenhados e trêmulos como num convite mudo. Jesus! Que boquinha linda! Eu poderia fazer coisas muito sujas com ela...
Enfiei as mãos em seus cabelos pela nuca enquanto descia a cabeça lentamente, o olhar preso ao dela, aproximando-me daqueles lábios tentadores. Deixou escapar um gemido rouco, quase inaudível antes de nossos lábios se tocarem. Jesus! Se ela não era a coisa mais doce que provei em um longo, longo tempo. Seu corpo ficou tenso no início, mas depois seus braços me enlaçaram pelo pescoço e me deixou tomar, saquear sua boca. Desci uma mão para a parte baixa das suas costas e a outra permaneceu prendendo-a pela nuca. Gemi puxando seu corpo esguio para mim. Ela era tão suave. Tão gostosa... Deus! Eu a quero! Grunhimos os dois e nos devoramos mutuamente. Nunca um beijo me deixou tão louco, descontrolado. Essa mulher tinha que ser minha. Ela seria minha. Pressionei minha mão quase em sua bunda fazendo-a sentir meu pau duro, enlouquecido por ela. Ela gemeu friccionando sua pélvis contra mim. Sorri em sua boca, mordiscando seus lábios, lambendo-os lascivamente. Minha mão encheu em sua bundinha firme e cavei meu pau com mais força em sua pélvis. Ela grunhiu, mas se retesou e arrancou sua boca da minha.
_ Disse que pode me soltar. _ repetiu, ofegante, empurrando meu peito. Os olhos de uísque eram fogo puro, espantados, parecendo irritados, surpresos com sua própria reação a mim.
Jesus! Soltá-la? Eu acho que não. A mantive presa encarando-a. Ela sentia a mesma coisa. Tenho certeza. Estava lá nos olhos dela e também na forma como seu corpo gostoso se moldou ao meu. Sustentei seu olhar e desci minhas mãos para a cintura delicada novamente numa carícia lenta, sentindo-a estremecer. Sim. Ela sente a mesma coisa. Constatei sorrindo, satisfeito, mas me obriguei a retirar as mãos do corpo tentador quase gemendo por ter que abandonar aquele contato. Ela tomou uma distância segura de mim imediatamente. Meu sorriso ampliou com sua fuga.
Naquele momento o garçom chegou com os drinques. Ela observou que havia dois e obviamente entendeu que a segui. Pegou seu coquetel de frutas, virou-se e andou até a balaustrada, tomando um grande gole da bebida gelada. Observei seu corpo rígido. Era uma tentativa de recobrar o controle. Sorri internamente. A deusa mediterrânea queria fazer charminho, mas havia ficado tão afetada quanto eu. Adoro quando elas bancam as difíceis. Sorri de novo porque essa princesa não sabia ainda, mas estaria na minha cama no final da noite. Sou Dom Harper! Nenhuma mulher me diz não. Tenho qualquer mulher que eu quiser.
_ Então, isso sempre funciona? _ Virou-se para mim apoiada no parapeito, a brisa do outono balançando levemente seus cabelos.
_ Isso o que? _ enfiei uma das mãos no bolso das calças, provando minha bebida, meus olhos correndo por toda ela, gulosos.
_ Salvar uma garota para depois flertar com ela. _ disse, os olhos de uísque zombando de mim.
Nossa! Aquela expressão dizia: não sou para o seu bico, abri um riso lento. Ela sabia o quanto era linda? É claro que sabia. Ela era toda autoconfiança. Era refinada demais. Altiva demais. Jesus! Meu pau estava enfurecido pressionando o zíper das calças desde que senti seu cheiro, seu gosto doce. Ela era perfeita! Acariciei-a com olhos famintos desde as sandálias delicadas de salto alto até os cabelos meticulosamente penteados. Era como se desafiasse um homem a desarrumá-la, pensei. Oh! Eu teria muito prazer em ser esse homem... Uma visão dela nua com a cabeleira negra espalhada em meus travesseiros me engolfou e eu gemi baixinho. Seus olhos estreitaram-se em mim, desconfiados, totalmente alertas.
_ Não sei. Nunca fiz isso antes. Está funcionando? _ devolvi a pergunta.
Algo brilhou nos olhos dela, percebi. Sua boquinha linda se curvou num arremedo de sorriso, mas no segundo seguinte já estava recomposta de novo.
_ Acho que devo lhe agradecer pela forma um tanto criativa com que me salvou do assédio daquele bêbado. _ me encarou com um ar de mantenha distância. _ obrigado.
_ Foi um prazer, princesa. _ disse, meus olhos devorando-a escancaradamente, sugestivamente.
Ela soube exatamente no que eu estava pensando, pois um leve rubor tingiu suas faces. Sua pele era limpa, fresca. Sua beleza quase natural. Não usava muita maquiagem e seu vestido não era o tipo que geralmente chamaria minha atenção. Era comportado demais. Então, o que há com essa garota que me teve praticamente babando desde o momento em que meus olhos a viram atravessando o terraço? Ela arfou levemente sob meu olhar. É isso aí, princesa. Não adianta essa pose de rainha do gelo, agora. Você me beijou e apreciou cada momento delicioso da experiência, querida.
_ Sou Dom. _ estendi a mão para ela. _Mereço saber ao menos o seu nome, não?
Helena
O timbre de voz dele era baixo e rouco. Terrivelmente sexy. Esse homem exalava sensualidade crua, predadora. Era quase impossível olhar para ele e não pensar imediatamente em sexo... Dio! Quem é ele? E por que tem esse efeito tão devastador sobre mim? Tenho certeza que a maioria das mulheres se derretia ao ouvir aquela voz, pensei. Mas não eu. Definitivamente não posso me dar esse luxo. Não sou de me deixar levar por emoções efêmeras. Lutei para recuperar o controle do meu corpo.
_ Dom! Nossa! Estou procurando você há horas. _ disse uma loira peituda, avançando até ele se enroscando em seu pescoço e sem lhe dar chance de reação tomou sua boca num beijo que só podia ser descrito como atentado violento ao pudor. Fiquei estagnada, mortificada, e decepcionada porque ele a enlaçou pela cintura e a beijou de volta. Ele a beijou de volta! O cretino a beijou!
Oh! Uau! De onde ela saiu? De uma capa da playboy? Eu precisava sair dali imediatamente, pensei horrorizada, mas antes que minhas pernas funcionassem de novo, a boneca barbie o largou e virou-se para mim ainda pendurada no pescoço dele. Eu o odiei! Os odiei!
_ Quem é essa? _ quis saber olhando-me de cima a baixo com clara desaprovação nas feições que seriam bonitas se não estivessem tão carregadas na maquiagem.
Desviei meus olhos para ele, desafiando-o a dizer alguma coisa, porque aquela criatura espalhafatosa pendurada nele era obviamente sua namorada, acompanhante ou sei lá o que. Levantei uma sobrancelha à espera do que diria. Senti-me ridícula por ter caído no encanto desse Dom Juan fajuto. Quase revirei os olhos, pois o nome dele era esse mesmo. Que piada.
Seus olhos incríveis me prenderam por incontáveis segundos. Ele retirou um lenço do bolso do terno e limpou os lábios sexys sem deixar de me encarar. Então sua boca se curvou num riso sedutor, mostrando os dentes brancos e certinhos e umas covinhas maledetas[3] para completar. Dio! Ele era muito, muito bonito. Pisquei desconfortavelmente e desviei o olhar para a barbie de novo. Ela parecia impaciente com a forma como seu homem me encarava.
_ Com licença, mas vou...
_ Helena! Por que não esperou por mim? _ a voz de Leon me interrompeu. Ambos viramos para encarar o recém-chegado. Os olhos da barbie cintilaram na direção de Leon.
_ Desculpe. Precisava tomar um pouco de ar. Seus irmãos já chegaram? _ fui até ele enlaçando seu braço como um bote salva vidas, louca para me livrar daquele casal, principalmente daquele sujeitinho abusado. Como fui capaz de deixa-lo me beijar? Como fui capaz de beijá-lo de volta? Quase gemi de desgosto, porque eu havia gostado dele por alguns poucos minutos antes dele se transformar naquele idiota completo.
Ele olhava de mim para Leon intrigado.
_ Creio que acaba de conhecer um deles, caríssima.[4] _ Leon informou estendendo a mão para o sujeito. _ Como vai, Dominic?
_ Vou bem e você, Leon? _ os dois deram um aperto de mãos firme.
Minha respiração ficou presa um instante. O que!? Aquele era Dominic Harper? Santo Cielo! Ele era o famoso playboy bilionário do ramo da tecnologia e notório mulherengo? Chutei-me mentalmente. Cristo! Eu obviamente não consigo escolher bem os homens por quem me interesso. Acho que a tal fada madrinha não ia muito com a minha cara, afinal, ironizei-me. Por isso achei-o familiar. Não tive a curiosidade de procurar pelos novos príncipes na internet. Senti-me mais uma vez estúpida. Eu devia ter checado isso. Teria me poupado dessa cena de sedução ridícula do famoso libertino de Manhatan.[5]
Eles não eram exatamente parecidos, observei, mas havia algumas semelhanças sutis, como altura, porte físico, a cabeleira negra. Entretanto, elas acabavam aí. Enquanto os olhos de Leon eram escuros, os de Dominic eram verdes. Um verde escuro, tempestuoso, intenso, que no momento me encaravam com uma promessa lasciva. Como se estivesse arrancando minhas roupas mentalmente. Por que estava deixando esse idiota pretencioso me afetar desse jeito? Por um segundo pensei que havia acontecido algo mágico entre nós. Mas, não. Dominic Harper, agora um príncipe Di Castellani, sabia exatamente o que dizer ou fazer para flertar com uma mulher. Tudo não passou de uma encenação. Não houve e nunca haveria nada de intenso entre nós, pela razão óbvia, ele era um cachorro vadio! Obriguei-me a sustentar o olhar cínico que ele me dirigia agora.
_ Foi um prazer conhece-la, Helena. _ sua voz foi suave, disse meu nome como uma carícia e eu tremi. Odeio ele!
_ Que bom que já se apresentaram. _ Leon bateu de leve na minha mão na curva do seu braço. _ Helena é minha prima. Nossa prima, irmão.
_Minha prima? _ Dominic repetiu, a expressão predadora voltando aos olhos penetrantes. Os lábios sexys se abriram num sorriso ao mesmo tempo preguiçoso e diabólico.
Cristo! As covinhas assassinas estavam de volta! Aquele sorriso me dizia que ainda não tinha acabado, pelo contrário. Senti que teria problemas com meu novo primo. Si, porque Dominic Harper era sinônimo de problema e com “P” maiúsculo! Não, a palavra devia ser toda em maiúsculo! Os tabloides viviam cheios dos casos dele. Suas extravagâncias sempre ao lado de mulheres lindas eram vendidas como água. Dificilmente aparecia ao lado da mesma mulher mais de uma vez. O pior de tudo era saber que ele me afetou em um nível que nenhum outro conseguiu. Nem mesmo Leon, reconheci. Leon não tinha o poder de incendiar-me apenas com um olhar. Era diferente o que senti agora.
Ele estendeu a mão novamente para mim, um brilho de desafio nos olhos verdes. Tive que ser civilizada e aceitar seu cumprimento. Sua mão grande, morna e macia engoliu a minha e tremi de novo. Eu não conseguia mais controlar meu corpo. Ele me segurou por um tempo muito maior que o necessário. Por fim, soltou minha mão deslizando seu polegar pela minha palma. Seus olhos inflamaram e os cantos da boca pecaminosa subiram na sugestão de um sorriso. Si, odeio esse idiota e o que ele faz comigo!
_ É um prazer conhecê-lo. _ obriguei-me a dizer. Consegui injetar neutralidade na minha voz e olhar. Ele assentiu levemente com a cabeça.
_ O prazer foi todo meu, princesa. _ era óbvio que se referia ao beijo. Seus olhos eram abertamente provocadores.
_ Não sou uma princesa. _ o corrigi um tanto seca. _ sou uma duquesa.
Seus olhos passearam por mim escancaradamente, lentamente. Quando nossos olhares se encontraram de novo eu estava me contendo para não arfar. Mas tenho certeza que meu rosto estava em chamas. Idiota!
_ Para mim parece uma princesa. _ afirmou ainda me prendendo com seu olhar incrível, desconcertante. A boneca barbie bufou alto. Concordo com ela. Ele realmente era um imbecil. Pendurado em uma mulher e dando em cima de outra de forma tão desavergonhada.
_ Jayden já está nos aguardando na nossa mesa. Vamos? _ Leon disse olhando de mim para Dominic franzindo o cenho. É claro que percebeu o clima entre nós. O idiota não foi nada sutil. Soltei-me do braço de Leon e virei-me retomando o caminho pelo terraço. Senti os olhos de Dominic em cima de mim, mesmo de costas para ele.
Acomodei-me entre Jayden e Leon. O casal asqueroso sentou-se à nossa frente. Ignorei-os. Ou melhor, tentei, mas eles não eram fáceis de ignorar. A barbie que atendia pelo nome de Alícia ficou o tempo todo grudada em Dominic só desviando os olhos para cobiçar os outros irmãos que eram tão bonitos quanto ele. Leon a olhou com frieza quando insinuou algo a respeito dele sozinho em Nova Iorque, pois Júlia havia ficado em Ardócia.
_ Minha mulher está sempre comigo, mesmo que não esteja presente fisicamente. _ ele disse com polidez forçada. Pelo que conhecia de Leon ele estava prestes a mandar aquela vadia se retirar da mesa. Se não fazia, era por causa do idiota do irmão. Como que confirmando suas palavras seu celular tocou. Seu rosto se iluminou quando viu a tela. Eu não precisava perguntar para saber quem era. _ oi, bebê. _ sussurrou, sua voz suave, amorosa. _ é Júlia. Me deem licença um instante. Preciso atender. _ informou já se levantando, indo para a área mais afastada depois das mesas. Barbie o olhou se afastar suspirando e deixou escapar:
_ Nossa! Ele parece realmente apaixonado pela princesa. Isso é raro hoje em dia.
Dominic deu de ombros e os olhos de Jayden acompanharam Leon um tanto melancólicos. Mas foi rápido, porque ele também deu de ombros e abriu um riso cínico no momento seguinte. Tive a impressão de que Jayden havia passado por uma decepção amorosa recentemente. Será?
_ Então, princesa. _ a voz sexy de Dominic me fez encará-lo. _ me fale um pouco de você. _ seus malditos olhos incríveis estavam me devorando de novo. Ele era um imbecil completo, mas meu corpo não parecia fazer objeção quanto a isso.
_ Você não está aqui para me conhecer e sim a Leon e Jayden, seus irmãos. _ cuspi com voz gelada. Ele abriu aquele riso debochado, sedutor, provocador, lascivo. Comecei a perceber que era a marca registrada dele.
_ Adoro nossas preliminares, princesa. _ sussurrou. Barbie bateu no braço dele, tentando chamar sua atenção, mas ele não desgrudou os olhos dos meus. _ aposto que por baixo dessa pose de princesa de gelo, você é fogo puro. _ eu revirei os olhos, tentando controlar as batidas frenéticas do meu coração. Ele era um idiota, mas era um idiota absurdamente bonito. E para meu desgosto eu não era imune a seus atrativos. Quer piorar ainda mais? Ele sabia disso. _ vamos, princesa, diga alguma coisa. Qualquer coisa. _ voltou a me instigar, desvencilhando-se do agarre da loira pela primeira vez. Eu gostei disso. Ora, o que estou pensando. Ele é um jogador, um libertino que acha normal beijar duas mulheres num curto espaço de tempo. Per amor di Dio! _ há um senhor engomadinho, um príncipe, um conde, duque ou sei lá o que for esperando por você em Ardócia?
_ Isso não é da sua conta. _ consegui dizer sem me alterar. Ouvi a risada baixa de Jayden. Barbie bufou de novo. Se eu estivesse no lugar dela já teria ido embora e deixado esse imbecil sozinho.
Ele gargalhou dessa vez. Oh! Dio mio! Ele era perfeito sorrindo. Cristo! Devo estar desenvolvendo a síndrome de Estocolmo[6].
_ Então, não há ninguém. Interessante. _ murmurou ainda sorrindo.
_ Eu não disse isso. _ rebati começando a me irritar verdadeiramente.
_ Não há, princesa. _ disse e debruçou-se sobre a mesa em minha direção. Prendi a respiração. Seus olhos intensos me mim. Malditos olhos! _ se tivesse você não estaria assim, estressadinha, marrentinha, afetadinha.
_ Você não me conhece, seu imbecil. _ perdi as estribeiras de vez.
_ Você precisa relaxar, princesa. _ sussurrou voltando à sua posição na cadeira. Barbie pendurou-se nele de novo. _ precisa transar. _ eu engasguei literalmente com suas palavras grosseiras. _ Posso ajudar com isso. Prometo deixa-la bem relaxada... _ seus olhos flamejavam zombando de mim claramente. O cretino estava adorando me tirar do sério. Barbie riu, um som odioso. Jayden avisou:
_ Leon está voltando.
Obriguei-me a engoli a resposta. Leon sentou-se radiante do meu lado. Sorriu para os irmãos.
_ Vamos pedir, então?
O jantar transcorreu num clima mais ameno. Leon conduziu a conversa. Ele era assim, um líder nato. Ainda havia certa reserva entre eles. Era o primeiro contato que tinham, mas acho que os irmãos gostaram dele. Bem Jayden era difícil de julgar. Se manteve mais distante. Dominic era mais acessível. Acessível até demais, ironizei. Brincalhão, fazendo piada o tempo todo. Vi-me admirando-o silenciosamente cada vez que falava, seu timbre rouco, sexy, íntimo. Algumas vezes me flagrou olhando-o. Sua boca se curvava naquele sorriso molha calcinha e eu revirava os olhos mentalmente. Convencido!
Nos despedimos cerca de meia hora depois. Tomei o elevador para o andar da minha suíte. Qual foi a minha surpresa ao encontrar Dominic parado, encostado à parede assim que as portas se abriram. Cogitei descer novamente, mas não daria esse gostinho àquele insolente. Seus olhos passearam por mim, brilhando de uma forma que me fazia querer esquecer tudo que vi dele nas últimas horas e me deixar seduzir. Sai do elevador e andei devagar parando à sua frente.
_ Onde está a barbie? _ alfinetei.
Ele sorriu, aquele riso que eu estava odiando e adorando ao mesmo tempo. Vai entender.
_ Ciúmes, princesa? _ sussurrou, enfiando as mãos nos bolsos das calças numa postura descompromissada. Ele era realmente tudo que a mídia dizia dele. Lindo, rico, agora um príncipe e um maldito galinha!
_ Vá sonhando, caro mio. _ disse desdenhosa.
_ Jesus! Esse sotaque me mata. _ sua voz foi ridiculamente sedutora. _ você me deixou duro, princesa. _ completou com aquele olhar desafiando-me, provocando-me, testando todos os meus limites.
_ Você é um maldito cachorro vadio, Dominic Harper! _ disse entre dentes.
_ E você é uma cadela aristocrática, aparentemente fria, que precisa transar urgentemente. _ disse jocoso. _ é seu dia de sorte, princesa. Estou me sentindo um filantropo hoje. _ sorriu mais amplo e abriu os braços, completando: _ sou todo seu.
Cerrei meu maxilar. Aquele imbecil estava dizendo que sou um caso de caridade?
_ O inferno vai congelar antes que você ponha suas patas sujas em mim, seu idiota!_ disse tentando manter minha voz baixa. Odeio escândalos.
Ele desencostou-se da parede e se aproximou, invadindo meu espaço pessoal. Tive que me manter firme. Não recuaria. Não o deixaria mais presunçoso do que já é. Ficou lá me observando, seus olhos verdes malditos mantendo-me cativa, enfeitiçando-me. Prendi a respiração. No segundo seguinte seu grande corpo me prendeu bruscamente contra a parede. Elevou meus pulsos acima da minha cabeça e moeu seu pênis duro na minha pélvis. Não consegui conter um gemido. Cristo! Isso é ridículo! Ele é ridículo! Sua boca ficou bem próxima da minha. Seus olhos zombadores, quase cruéis, perfurando os meus. Chupou meu lábio inferior, me incendiando, me inflamando. Moeu em mim de novo e dessa vez ele gemeu também. Minha calcinha estava completamente alagada. Então, se afastou numa rapidez que me fez piscar, confusa. Sua boca se curvou naquele riso pecaminoso de novo e se dirigiu ao elevador.
_ Esteja preparada para esquiar, princesa. _ disse-me naquele tom baixo e sexy antes das portas se fecharem. Seus olhos presos em mim até o último momento. Abri a porta do quarto e entrei me apoiando nela, trêmula, afetada, descontrolada, excitada e muito assustada, porque havia acabado de me tornar um desafio para ele. Oh! Dio! Dominic Harper era muito para mim. Nunca seria páreo para ele.



[1] É um hotel mundialmente famoso, sediado em Nova Iorque, Estados Unidos. O Waldorf-Astoria ocupa um quarteirão inteiro em Nova York, entre Park Avenue e Lexington Avenue e 49th Street e 50th Street.
[2] Meu Deus!
[3] Malditas.
[4] Amada, muito querida.
[5] Famoso bairro de Nova Iorque.

[6] Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. 


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