sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O LADO BOM DE SER TRAÍDA - Capítulo 36


Bárbara

Amor sem reservas, é exatamente isso que eu sinto por ele. É inacreditável como o destino está traçado. Após a desilusão sofrida, nunca em mil anos busquei um novo amor, mas ele estava lá pra mim, em uma bendita audiência. E apesar do meu receio em me abrir, em ir além do desejo e atração, o meu até então frágil coração foi atingido por algo maior,
por um sentimento que vai além da paixão, e não querendo comparar, mas já fazendo, este amor é inédito em minha vida, pois vem acompanhado de muito respeito, admiração e um desejo que sai pelos meus poros.

Ao me declarar, vi em seus olhos a plena felicidade, e vejo que a minha escolha fez bem para a minha alma, para a dele, que não esconde o quão emocionado e contente ficou, com um simples "eu te amo". E de maneira inusitada, ele me pega em seus braços e me abraça forte, e com um beijo apaixonado ele cobre meus lábios roubando meu fôlego. A sua língua macia e doce, dança junto com a minha, mas ele interrompe o momento, e olhando dentro dos meus olhos, como se me conhecesse há anos, sussurra:

- Diga-me novamente.

Não tem como não se libertar para o verdadeiro sentimento, que é o amor. Onde duas pessoas entregam as suas vidas

- Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo hoje, te amarei amanhã e por toda a minha vida.

Não preciso ter medo de declarar, tenho que me jogar para a felicidade, e curtir cada momento, cada pedacinho deste sentimento, que tomou conta de todo o meu ser.

Passamos a melhor noite de amor da minha vida, ele é carinhoso, sedutor, me faz sentir desejada e amada. Valoriza cada pedacinho do meu corpo, como se estivesse explorando tudo que lhe pertence.

Acordamos cedo, tomamos banho juntos, aprontamos o café, acho que posso começar a me acostumar com isso.

- Amor, vamos? Posso te deixar em seu escritório.

- Querido, agradeço a carona, mas hoje eu vou com a minha paixão, viúva negra.

Ele ri, do apelido dado a minha super máquina.

- Quer dizer que a "viúva negra" irá desfrutar de você por todo o trajeto? Assim eu fico enciumado.

- Bobo, não fique! - Minha viuvete, é menina. - Pode ficar tranquilo.

- Mas falando sério. Você acha necessário ir de moto? O trânsito está cada vez mais perigoso para os motociclistas.

- Iiiiiii, nem vou argumentar para não criar discussão. Você também é motociclista e sabe que quando somos apaixonados, não pode ter impedimentos.

- Eu sei minha linda, sou apaixonado por motos, mas prefiro na estrada, onde corro menos risco do que dentro da cidade, que tem em média 10 acidentes por dia.

Pronto. Falou o Senhor das Estatísticas. - Mas fique tranquilo, sou super prudente, vou devagar, apenas para matar a saudades. - Tudo bem?

- Espero que nada aconteça com você, assim que chegar em seu escritório, por favor, me avisa! Já que vai de moto, vai trocar de calça, né? Está super colada em seu corpo, desenha tudo que não pode!

- Aí meu Deus, acordou com o bichinho dos ciúmes? Pois fique sabendo, que eu amo está calça, valoriza o meu corpo, e me sinto confortável na moto.

- Confortável? Com todos te desejando? Ainda mais que a sua moto te deixa empinada e muito gostosa. Ou esqueceu, que tive o prazer de acompanhá-la em uma posição extremamente atraente para os olhos?

- Meu amor, toda mulher tem que ser deseja, mas só pode existir um único homem, que vai levá-la para fazer loucuras, e no meu caso, eu sou exclusivamente sua. E agora, vamos encerrar o assunto, já que estamos mega atrasados. E saio arrastando-o. 

- Não "engoli" a sua resposta, mas por ora irei aceitar. E sai resmungando! 

Depois de muita relutância, nos despedimos, mediante a minha promessa que respeitarei todas as regras de trânsito, e andar no máximo a 60km/h. OMG, com uma moto que alcança tranquilamente 200km/h, vai ser difícil me conter. Mas farei o esforço.

Que delícia, chego ao escritório em exatos 30 minutos, bem provável que o Marco ainda esteja no trânsito. Quer saber? Vou tornar um hábito em vir de moto, vou economizar tempo e evitar o stress, pronto decidido!

Meu dia, é mais do mesmo, só resolvendo pepinos de grandes empresas, que sabem que a União não alivia, quando o assunto é: TRIBUTO.

Vou em um restaurante delícia com a Patty, me esbaldei, comi massa que tanto amo, depois vou dar um jeito de eliminar tudo isso aqui, com muito exercício com o meu delicioso namorado. Aproveito, e ligo para me certificar que está tudo bem, e que ele já está a caminho para buscar a Vitória.

Mal o dia terminou, e já estou tendo pensamentos pecaminosos com o meu tudo. Ele é tão perfeito na cama, que não tem como não pensar e desejar o tempo todo, será que sou ninfomaníaca? Fico rindo sozinha, feito uma boba!

Tive que sair um pouco tarde do escritório, uma reunião que não queria terminar, me segurando até o último segundo. E antes de sair, envio uma SMS para o meu amado:

Amor, jantamos juntos? Posso levar algo?

Não demora nem um segundo, a sua resposta:

Não precisa levar nada minha linda, te espero em meu apartamento, já falei com a Maria, e ela deixou o jantar pronto, afinal, hoje o dia é de comemorações.

Não tem como não me acostumar, tudo que ele faz é para me agradar. E de fato, hoje começou um novo tempo, com a Vitória em sua vida, juntinhos, isso me deixa mais do que feliz. 

Quando chego à garagem, me deparo com um homem olhando a minha moto, mexendo onde não deve, para que ele quer ver o motor da minha moto, é mecânico por acaso? Aí eu vejo vermelho. Odeio quando mexem em minha viúva negra, o lema é: olha mais não toca. Daqui a pouco, vai querer subir, para deixar a marca de bunda no banco da moto. 

- E aí amigo, admirando a máquina?

Ele toma um susto quando me vê, ora, quer mexer no brinquedo dos outros, mas não quer ser interrompido, agora eu vi.

- E... é... pois é, estou aqui admirando. É da Senhora?

- É sim, mas admira de longe, essa aqui é de estimação, não gosta de ser tocada.

- Oh, mil desculpas! Amo motos, então já vou indo.

E sai apressado, como se fugisse de algo. Estranho. Eu, hein!

Deixo pra lá, e sigo o meu caminho. Antes de passar na casa do Marco, vou para o meu apartamento, dá o velho tapa no visual, pois o dia todo sem banho não dá para namorar. E hoje, não perco por nada de estar ao lado do meu amor, hoje a sua vida vai mudar, com a chegada da filha, acredito que a ansiedade está corroendo-o.

Marco

Ansiedade é pouco o que estou sentindo. Hoje finalmente tudo vai se normalizar. Não vejo a hora de ter a minha pequena em meus braços. Já liguei para os fornecedores, mais de dez vezes, e os equipamentos já saíram para entrega. Já deixei a Maria em alerta, e o Pedro vai me dá uma força com o recebimento de todos os aparelhos, já que hoje tenho 03 audiências marcadas pela manhã, e não tem como desmarcar.

E logo após o almoço, recebo a tão esperada ligação:

- Diga Pedrão, novidades boas?

- Excelentes, meu amigo! Todos os equipamentos instalados e testados. Tudo funcionando em perfeito estado. Basta ir buscar a Vitória.

- Meu amigo, você disse o que meu coração esperava, então vou me apressar aqui, os médicos já sabem que estou indo buscá-la. Você vai me esperar?

- Claro, quero ver a minha afilhada.

Despeço-me, e termino o que tenho que fazer, e sigo para o hospital. Estou com o coração na boca, não vejo a hora de tê-la em casa.

Ainda no trânsito, meu celular toca. E atendo pelo bluetooth do som do carro.

- Ei minha linda. O que devo a honra da sua ligação?

- Engraçadinho, como se eu demorasse um século para te ligar. - Bom, quero saber notícias da Vitória.

- Estou à caminho do hospital, todos os equipamentos estão instalados e prontos.

- Que felicidade. Mais tarde estarei com vocês. Infelizmente, agora não posso ir, mas meu pensamento estará com você. Tudo vai dar certo.

- Tenho certeza que sim. Te espero mais tarde.

- Um beijo, ah... Eu te amo!

- Eu também, e muito que não cabe em mim. - E com declarações, feito dois adolescentes apaixonados, desligamos. Apenas dois minutinhos ouvindo a sua voz, já me deixa confortável, e enche a minha vida de esperança.

Chego ao hospital, depois de uma hora inteirinha perdida no trânsito, estou começando a aceitar a ideia da Bárbara em utilizar a moto como meio de transporte.

E as primeiras pessoas as quais encontro, são os meus pais. Eles estão em uma conversa animada com a Rafaela, como se fossem amigos. Não entendo, mas isso me deixa desconfortável.

- Filho, nem percebemos que você chegou. - Fala a minha mãe, sempre carinhosa e com um sorrisão no rosto.

- Mãe, fico feliz por vocês terem adiado a viagem, e estarem presentes em um momento tão importante da minha vida e da minha pequena. - Me viro, para cumprimentar a Rafaela - Vejo, que vocês já estão bem entrosados com a enfermeira da minha pequena.

- Oh meu querido, sempre víamos visitar a Vitória, e nunca paramos para conversar com a doce Rafaela, ela tem sido o seu braço direito, não é?

- Mãe, ela é uma enfermeira extremamente competente. Me contenho com as palavras.

Deixo de enrolação, e vou verificar os procedimentos. Escuto com paciência e atenção, à todas orientações do Dr. Eurico, e a Rafaela, também faz as perguntas pertinentes, para não ter nenhuma falha.

Passa um filme na minha cabeça, e sinto um orgulho enorme de ser pai dessa princesa guerreira, que vem mostrado à ciência e a todos, que ela luta a favor da vida. Meu coração vai se acalmando e logo percebo que chegou o momento.

E por fim, o Dr. Eurico informa, que o ideal é fazer o transporte em uma ambulância, pois se precisar de qualquer apoio médico, ela já está equipada, e não discuto com isso, apesar que já estava com a cadeirinha montada em meu carro, para o bem da minha filha, não vou contestar nenhuma orientação médica.

- Tudo bem, Dr. Eu acompanho a minha filha na ambulância.

- Mas filho, você veio de carro? Como fica, você vem depois buscar? Indaga o meu pai.

- Caramba, me esqueci deste detalhe. Mas depois eu vejo o que posso fazer.

Neste momento, a Rafaela interrompe.

- Marco, se o Senhor desejar, posso levar o seu carro. Não tenho muita experiência, mas tenho carteira de motorista.

- Ah, que maravilha! Estou falando meu filho, que esta moça é seu braço direito. Então tudo resolvido. Rafa, basta seguir o nosso carro. - Pronto, minha mãe já fez amizade eterna.

Penso um pouco, mas esta é a melhor opção. Não posso ficar sem o meu carro.

- Tudo bem. - Rafaela aqui está as chaves, é automático, apenas acelerar e frear.

Ela dá uma risada tímida - Não sou experiente, mas posso aprender, para tudo tem uma primeira vez - Por que será que percebi um duplo sentido nesta frase?

Me despeço dos meus pais, com um abraço caloroso. E agradeço mais uma vez.

Ao sair no corredor, todos os funcionários da ala infantil estão presentes. Tenho muito o que agradecer pelo carinho que todos sempre deram a mim e a minha pequena. E apesar dos meus esforços constantes, e de todos os gastos despendidos, não deixo de pensar nas famílias que não tem recurso financeiro para dá um melhor atendimento para os seus filhos, seja no enfrentamento desta doença, ou em qualquer outra. Esse é um assunto que lutarei com unhas e dentes para conseguir melhores condições a essas crianças. Desde o nascimento da Vitória, tenho feito contribuições para instituições filantrópicas, não sou milionário, mas soube investir bem os honorários recebidos na época que ainda advogava, sem contar, com a herança deixada pelos meus avós paternos. Nunca fui um gastador desenfreado, sempre pensei e economizei para o futuro.

Entro no quarto, olho para o bercinho e lá está ela, se remexendo toda, e minha alegria ainda fica maior, quando ouço o som que até parece ser um gritinho. Com o papel de alta nas minhas mãos e com a certeza de um novo recomeço vou caminhando até ela.

- Preparada minha princesa? Os aposentos da realeza está te aguardando em nossa casa.

Pego ela em meus braços e as lágrimas de emoção de pura alegria escorrem pela minha face. Falo baixinho em seu ouvido: 

– Vitória agora nada mais nos separa, o papai estará com você o resto da sua vida.

Vou caminhando com ela em meus braços em direção à porta de saída do quarto e só saio desse momento de puro êxtase, quando passamos por um corredor de anjos, ovacionando com alegria e muita emoção a saída da minha princesa.

Parece que cada profissional da área da saúde, da higiene e do administrativo, que esteve com a minha guerreira nesses últimos meses, querem dar o último cheiro e abraço nela. Sinto-me até um pouco egoísta de não querer soltá-la um só segundo. 

Depois de todas as despedidas, minha glória é satisfeita, quando passo pela porta do hospital e apresento a minha filha o mundo. Quero mostrar a ela o mundo real, o verde das folhas das árvores, a leve brisa em sua pele, o cheiro do ar livre, agora tenho uma vida diferente a apresentar para ela. 

Não vejo nada a minha volta somente a minha princesa em meus braços, louco para levá-la para nossa casa.

Finalmente entramos na ambulância, na verdade ela não precisa de nenhuma equipamento, mas prevenir é melhor do que remediar. E com ela ao meu lado, partimos para o meu apartamento. 

Bárbara

Chego em casa, e me arrumo apressadamente. Quero ver o meu lindo, e principalmente a Vitória, já me sinto parte desta família, e vou tomá-la para mim, o que mais desejo é o bem-estar dos dois.

Sei que o momento é dele com a filha, mas por outro lado me sinto um pouco a vontade em participar desse momento, mesmo que seja apenas por estar ali ao lado dos dois. Não tenho o sentimento de que a Vitória é fruto de outro amor, isso não me afasta deles, pelo contrário, já me sinto como uma "boadrastra", já que a mãe, só se deu o trabalho de trazê-la ao mundo, sem nenhum cuidado, amor e carinho. 

Nosso amor está nascendo de quase nada e pretendo que ele cresça com quase tudo. Não vou temer esse amor, vou viver ele um dia de cada vez. Com todos os desafios que tiver que encontrar.

É apaixonante conhecer sua estória e ver como ele lida com tudo, sem querer passar por cima de ninguém. Apenas se dedicando ao amor. Se ele abriu a porta do seu coração para eu entrar. Quero entrar e ficar.

Não sei se foi o olhar... Talvez o sorriso... Pode ter sido as palavras ou talvez o toque....O que sei é que estamos juntos.... E pretendo viver tudo isso com intensidade.

Resolvo ir para o apartamento do Marco de carro, acho arriscado ir de moto, apesar que iria economizar o meu tempo, mas não quero arriscar. 

O tempo de espera para vê-los, não passa de 50 minutos, e aqui estou de frente ao edifício, me identificando para o porteiro.

Ao chegar, em seu apartamento, tomo um susto na pessoa que abre a porta pra mim.

- Boa noite, Rafaela. Pensei que o seu turno já tivesse acabado.

- Oh não, Senhorita Bárbara. Com a vinda da minha princesa pra cá, eu fiz questão de ficar, pelo menos na primeira noite dela em um ambiente diferente.

- Ah entendo. - Entendo, porcaria nenhuma. Esta sonsa pensa que me engana. Mas os meus olhos estão bem abertos, feito uma águia.

- Amor, você chegou. Sou recebida por um abraço bem caloroso, sei que é desnecessário, mas não resisto e dou um beijo lento e bem apaixonado, quero deixar claro que ele aqui, tem dona.

- E vejo que chegou com saudades.

- Sempre com saudades de você, amor! - Sempre! Olho de soslaio para a sonsa, que continua parada nos olhando. - E cadê a nossa princesa? Hoje o dia é dela.

- Nem vou ficar com ciúmes, pois só compartilho você com a minha filha.

- Agora chega de conversa, e me leve até ela.

Quando chego ao quartinho todo rosa, pintado com fadas e princesas me emociono. Está tudo lindo. E a Vitória está bem acordada, da última vez não pude vê-la acordada, ela demonstra ser bem esperta, assim como eu vi nos vídeos, para conhecer melhor sobre a patologia. E apesar da quantidade de aparelhos hospitalares ela não faz uso de nenhum.

- Amor, se ela está respirando sozinha, por que tantos equipamentos?

- Apenas para prevenção, já que quando ela tinha 06 meses teve duas paradas respiratórias, então a existência de todos os equipamentos, é apenas preventivo.

- Ah... Será que posso pegá-la?

- Claro, deixa eu ajudá-la.

Com a Vitória em meus braços, tive a melhor sensação do mundo, e me deu uma vontade louca de ser mãe.

- Ela é muito fofa, dá vontade de beijar e não parar mais.

- Isso é. Você entende o porquê da minha paixão desenfreada?

- Claro que entendo, já que sinto da mesma forma.

- Bom, vou deixar as senhoritas se conhecerem melhor, e vou tomar um banho, desde que cheguei do hospital, não fiz mais nada, do que ficar babando por minha filha.

- Pode deixar, deixa eu ficar babando agora!

Não resisto e começo a conversar com a pequena. -Adulto é um "bichinho" besta mesmo, só chegar perto de uma criança, já começa a falar com voz fininha e respondendo pela criança, mas estou adorando tudo isso.

Neste momento, de babação somos interrompidas pela sonsa.

- Já vejo que está fazendo amizade com a minha pequena. Por que ela insiste em dizer MINHA?

- Estou aqui aproveitando a minha enteada, que já amo como filha. Dou a minha alfinetada, mas não deixo de falar a verdade.

- A Vitória é muito amada, e está rodeada por pessoas que querem ser a sua mãe, mas como cheguei primeiro, acredito que se ela falasse, seria pra mim o primeiro: "mamãe".

Agora ela passou dos limites.

- Acho que você está muito apegada à Vitória, lembre-se aqui você só é a enfermeira.

- Oh, não me interprete mal, só quis dizer que sempre estive presente na vida da minha menina.

Eu me calo, pois não quero entrar neste joguinho sujo.

Mas não contenta com o silêncio, e volta a tagarelar. - Hoje mesmo, eu tinha que vir na ambulância, afinal sou enfermeira, mas o Dr. Marco fez questão que eu trouxesse o seu carro, de acordo ele, eu sou o seu braço direito. Sendo assim, acho que sou mais do que uma enfermeira na vida deles.

Mas é uma insolente. A sorte dela, é que estou com a Vitória nos braços.

- Ah sendo assim, além de enfermeira vai acumular função como motorista? Isso deve ser bom para o seu currículo.

Ela ficou instantaneamente vermelha, se ficou com raiva ou envergonhada, eu não sei. Mas se não aguenta, não entra na brincadeira.


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